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quinta-feira, 31 de março de 2016

Grupos Musicais dos Anos 80 - Ocaso Épico

Os Ocaso Épico foram formados em 1981 por Farinha (Carlos Cordeiro).

O tema "Memórias", gravado em 19 de Outubro de 1984, por Farinha (voz, guitarra, flauta, teclas), Alberto Garcia (bateria), Anabela Duarte (voz, performance e teclas), Ricardo Camacho (percussão) e Rui Magalhães (baixo), aparece na compilação "Ao Vivo No Rock Rendez-Vous em 1984" com o título "Intro".

São considerados a melhor banda ao vivo de 1984, em conjunto com os GNR, para o programa "Som da Frente" de António Sérgio.

Anabela Duarte sai do grupo em Março de 1985 após um concerto na sala do teatro "A Barraca".

Houve um ano em que foram o grupo que mais tocou no Rock Rendez-Vous. São convidados por Mário Guia (Dansa do Som, Rock Rendez-Vous) a gravar um disco. As gravações decorreram ao longo de vários meses. Mais do que um grupo funcionava antes como um projecto pessoal de Farinha Master.

O disco "Muito Obrigado" foi editado em 1988. No disco participaram Pedro Barrento, Rui Mofreita, Zé Nabo, Alberto Garcia, Rui Fingers, Ricardo Camacho e José Carrapato. 

Em 1989 foi divulgada a maqueta "Desperdícios" resultante de várias sessões de gravação. Um dos músicos participantes neste registo foi Carlos Zíngaro (também colaborador pontual de Zao Ten). "Experimentalismos ambientais, orientalices, um ou outro ritmo "industrial" e outras coisas acabadas em Zen. E o humor característico do Farinha Master em títulos como "Descarregar Proteína Animal", "Alvalóide", etc." (TP)

Aparecem na compilação "Insurrectos", que também incluía os Zao Ten, com "Uma Bica e um Neubauten".

O grupo continua a trabalhar sendo de destacar, neste período, temas como "Sonic Yuppie" e "Atalaia". O grupo para pouco tempo depois.

Em Junho de 1993 realizou-se o concerto de regresso, na Caixa Económica Operária, com primeira parte dos Subterfúgio. No entanto, o grupo apresentou-se sem Farinha (Dr. Zao Ten) que ficou retido em casa devido a uma gripe.

Mário Guia chega a anunciar a entrada em estúdio dos Ocaso Épico, prevista para Janeiro de 1995, para a gravação de um segundo disco mas tal não se concretizou.

DISCOGRAFIA
Muito Obrigado (LP, Dansa do Som, 1988)
Desperdícios (K7, Tragic Figures, 1989)

Colectâneas
Ao Vivo No Rock Rendez-Vous (1984) - Intro
Insurrectos (1990)  - Uma Bica e um Neubauten 
Feedback (1990) - Entre Barreiras / D. Suzete
Corrosão Cerebral (1992) - M. Obx

COMENTÁRIOS
Nascido em 1957, Farinha estudou engenharia no Instituto Superior Técnico, cedo integrando múltiplas actividades artísticas, de onde se destaca o ter tocado gaita de foles e stylofone num grupo de música popular. Estudou guitarra, flauta e voz no Hot Clube e fez teatro no Centro Cultural Roque Gameiro e circo no Chapitô (chegando a apresentar peças de teatro no Teatro da Comuna com este grupo num espectáculo de teatro-circo de Henrique Tenreiro). A sua produção teatral rendeu-lhe o primeiro sintetizador, comprado com dinheiro que fez de um espectáculo. Paralelamente a estas actividades perfomáticas, foi sempre praticando e interiorizando filosofia oriental. Em 1976, fez yoga no Centro Tibetano da Ogian Centre e, em 1980, estudou filosofia yin-yang no Instituto Kuchi. Mas foi na música que a sua influência  foi mais marcante e a sua actividade mais continuada. O seu primeiro grupo de pop-rock surge em 1980 e chamava-se "WC", integrando elementos como Anabela Duarte e Manuel Machado, companheiros também de grupos posteriores, e onde explora a guitarra, a flauta e a voz.

Em 1981, forma os emblemáticos "Ocaso Épico", que marcaram inequivocamente a música pop dos anos 80. Ligados para sempre ao apogeu do Rock Rendez-Vous, foram uma das bandas que mais actuações ao vivo realizou naquela mítica sala de concertos. Em 1988, lançaram o disco "Muito Obrigado", editado pela Dansa do Som. Todas as letras e músicas foram compostas pelo Farinha e os músicos que participaram foram : Pedro Barrento, Rui Moreita, Zé Nabo, Alberto Garcia, Rui Fingers, Ricardo Camacho e José Carrapato, e com a colaboração de Mário Guia na gravação. 

A banda Ocaso Épico surge em Portugal no início dos anos 80 , como um paradigma da nova música portuguesa criando um espaço nunca antes habitado do folclore português com cariz industrial. Para quem conhece o tema "Intro" do Lp ao vivo no saudoso Rock-Rendez-Vous poderá concerteza descortinar que este foi o berço de muitas ideias novas para a sonoridade da música moderna lusitana, com letras em português, cantadas também em tonalidades de "phado" por Anabela Duarte e em dueto com o cantar alentejano do Carlos Cordeiro/Farinha Master (já desaparecido mas aqui a ser recordado com saudades daquilo que ele fez e do que poderia ainda ter feito para estilhaçar a água do pântano ou marasmo do panorama musical português.

«Já devia ter gravado o disco, mas não estava preparado. Tem muito a ver com a carga karmica, que é o fio condutor de acções que originam reacções, reacções que originam acções...O que eu te sei dizer é que já faço yoga há 15 anos...» Blitz nº 200 (30/08/88)

NO RASTO DE
Farinha (Carlos Cordeiro) faleceu em 18 de Fevereiro de 2002. À altura da sua morte liderava os Angra do Budismo, projecto fundado em 1999, do qual faziam parte Luís Bernardo (guitarra eléctrica), Sabini (baixo) e Sara Belo (voz) e que lançaram a maqueta "TransMutação". Nos anos 90, Farinha participou ainda em projectos como "Zaoten", ao lado de nomes como os do violinista Carlos Zíngaro e João Sampaio, "The Pé" e "K4-Quadrado Azul". É ainda de referir a sua produção musical para cinema de animação, onde fez música para dois filmes de António Rocha. (Público).

 Ricardo Camacho e Alberto Garcia surgem ligados à banda, mas apenas como colaboradores temporários. (JN) O baterista Alberto Garcia tocou com os Rádio Macau. Rui Fingers fez parte dos V12.

A única ligação de Manuel Machado à música verifica-se apenas quando toca com o filho. Rui esteve na Bélgica, voltou a Portugal, mas não está ligado à música. Por seu lado, Paulo reside no Canadá, onde continua a actividade musical. (JN) Manuel Machado fez parte da primeira formação dos Angra do Budismo.

José Paulo Andrade foi guitarrista dos V12. Com o seu projecto Gamma Ray Blast lançou o EP "5 Dimensões".

erro! é um projecto musical de João Palma com um passado musical em bandas como Zao Ten, Ocaso Épico, Profilaxia e Feijão Freud.

Biografia retirada daqui

segunda-feira, 21 de março de 2016

Grupos Musicais dos Anos 80 - Ópera Nova

Grupo de Cascais formado em 1980. Os elementos do grupo eram Luís Beethoven (voz), Pedro Veiga (teclas) e Manuel Andrade Rodrigues (teclas). 

O mentor do primeiro single foi Pedro Veiga, que tirou a ideia do tema "Sonhos" a partir de um disco de Donna Summer. Como era muito técnico e inteligente em matemática e em programar computadores, fez várias junções entre sequenciadores e sintetizadores monofónicos que utilizavam na altura e em estúdio puderam usar material polifónico emprestado.

Manuel Rodrigues participou em algumas horas de estúdio (colocou dois  acordes com som de piano num teclado caseiro) e na sessão de fotos mas saiu do grupo ainda antes da edição do disco de estreia.

Já com o disco gravado, entra Braunyno da Fonseca, nome que fora sugerido ao grupo por Nuno Canavarro (Street Kids).

Assim, em 1983 é editado o single "Sonhos" com produção de Carlos Maria Trindade (Heróis do Mar). A edição em máxi-single incluía a versão longa de "Sonhos" no lado A e os temas "Luar" e "Palavras" no lado B. Venderam mais de 10.000 discos.

O grupo torna-se um duo, com Veiga e Braunyno, após a saída de Beethoven. Passam a utilizar alguns instrumentos acústicos. João Marques (trompete) e Renato Júnior (saxofone) foram alguns dos músicos que participaram em ensaios do grupo.

Editaram um novo single, em 1984, com os temas "México" e "Western".  O disco, produzido e gravado em 12 horas no Angel Studio, nos dias 22 e 27 de Dezembro de 1983, incluía várias referências da cultura musical, desde Kid Creole até New Order.

O grupo terminaria pouco tempo depois.

DISCOGRAFIA
Sonhos/Luar (Single, Polygram, 1983)
Sonhos (Máxi, Polygram, 1983)
México/Western (Single, Polygram, 1984)

NO RASTO DE...
Beethoven e Veiga formaram os F.A.S. que participaram no 1º Concurso de Música Moderna do Rock Rendez-Vous (1984).

Luis Beethoven é DJ. Colaborou com Carlos Maria Trindade no projecto No Data (2006).

Braunyno tinha formado anteriormente os Amor de Perdição (grupo que tinha uma direcção de música na linha dos Adam and The Ants). Mais tarde criou os Alfa Morreu que contaram com a colaboração do cantor (e artista gráfico) Paulo Scavullo (ex-Telavive).

O trompetista João Marques chegou a colaborar com os Sitiados. Mais tarde formou os Meninos d'Avó.

Renato Júnior colaborou com os Barbarela/Santa Luzia. Depois chegou a tocar com os UHF. Trocou o saxofone pelas teclas e mais recentemente produziu discos de Susana Félix e João Pedro País, entre outros. Foi o compositor da música do Euro 2004.

Biografia retirada daqui

sexta-feira, 11 de março de 2016

Grupos Musicais dos Anos 80 - NZZN

Naquela altura [início da década de oitenta] era um pouco mais fácil conseguir um contrato discográfico e nem sequer se utilizavam demo-tapes, Zica, ex-baterista dos NZZN, recorda como foi: «Nós éramos uma banda de "covers" de Van Halen e AC/DC. Começámos a tocar na zona de cascais e a certa altura fartámo-nos de fazer versões e resolvemos fazer originais.

Porque nessa altura a Vadeca estava a apostar em bandas portuguesas, contactámos a Vadeca. Ensaiávamos na Associação Popular de Paço D'Arcos e tínhamos duas ou três música feitas:"Vem Daí", "Deixa Arder" e pouco mais. O Idílio Viana foi ver-nos à sala de ensaio e gostou... Depois foi editado o single "Vem Daí"... 

Na altura tivemos o apoio dos UHF, que foi decisivo para a nossa carreira porque o Mário Dimas decidiu pegar nos NZZN e fazer a primeira parte dos UHF durante um verão, e, nesses anos, onde os UHF actuavam era enchente certa. A partir daí compramos um P.A. da Furacão e tornamo-nos  autónomos e a seguir fizemos o single "Gajos da Sorte". Fizemos concertos por todo o lado e seguiu-se a grande aventura do LP.

Em 1984 gravámos o disco nos estúdios Valentim de Carvalho, mas devido à inexperiência dos produtores (gravámos com o Tó Pinheiro da Silva e produção de Mike Sargeant) não saiu o som que queríamos. Foi um desastre, a crítica não perdoou, e como o álbum se chamava "Forte e Feio" [alinhamento: "Brigada Rock", "Infringindo a Lei", "Fogo Posto", "Participe no Concurso", "Vem Daí", "Heavy Metal", "Paga e Não Bufes", "Morde Aqui... A Ver Se Eu Deixo" e "Desgoverno (Nacional)"] ainda mais pancada recebemos. Depois houve problemas internos e a banda acabou por se desintegrar».

Os NZZN, a banda acrónima de Necas, Zica e Zé Nuno, foi a primeira em Portugal a enveredar pelos sons do "heavy metal". Havia até quem augurasse um futuro dourado àqueles que ousassem romper as malhas e se assumissem como pioneiros da onda mais pesada do rock em Portugal. A verdade é que o sucesso, uma vez mais, durou apenas dois anos.

Os NZZN ganharam lugar na história como criadores do primeiro single português de "heavy metal" - "Vem Daí" - lançado em 1980 e que disparou para o primeiro lugar do top do popularíssimo programa radiofónico Rock em Stock. Mas para finais do ano seguinte já a banda se dissolvia por falta de contratos. "Estávamos na contra-maré", dispara Necas, o ex-guitarrista da banda. "O que fazíamos e que sempre fizemos foi um hard-rock pesado, mas o que estava mesmo a dar era o new wave", explica. O ex-baixista do grupo, Zé Nuno, deixa as coisas claras: "Os discos tinham que vender, se não se vendiam a editora deixava de apostar na banda. Nós estivemos em cima com o primeiro single, não estivemos mal com o segundo, mas depois, com o álbum, que já não vendeu o que se esperava, sentimos logo isso". "Na época até achei ingenuamente que o meu esforço de dez ou 20 anos como músico ia ser finalmente recompensado. E embarquei idioticamente naquilo, só percebendo mais tarde que as coisas não eram assim tão lineares. Senti algum desencanto mas não desisti. Continuo a tocar e até me estou a cagar para os tops", afirma Necas. "É mesmo assim", brinca Zica, "a certa altura sentimos que nunca mais voltaríamos a ser estrelas do rock'n'roll".

De resto, o ex-guitarrista dos NZZN defende mesmo que este "boom" do rock português "foi algo criado artificialmente e a prova é que não durou mais do que dois ou três anos. Não havia circuito, não tínhamos mercado para termos aí umas 50 mil bandas a gravar". Mas, ainda assim, os NZZN embarcaram também na euforia. "É claro que optámos logo por cantar em português. Caramba, se somos portugueses porque é que não havíamos de cantar na nossa língua? ...Para além de que já vinham lá de fora coisas mais do que suficientes em inglês", diz Zica.

FORMAÇÃO
Armindo (voz); Necas (guitarra); Zica (bateria); Zé Nuno (baixo) 
[aquando da edição do álbum já estava Paulo no Baixo]

DISCOGRAFIA
Vem Daí/Deixa Arder (Single, Vadeca, 1981)
Trip Fixe/Gajo de Sorte (Single, Vadeca, 1981)
Forte e Feio (LP, Vadeca, 1982)

NO RASTO DE...
Zica teve um programa de rock ("Boca do Inferno") na Rádio Marginal. Já reformado da Tap é animador cultural e tem escrito textos para programas de humor como os "Malucos do Riso". 

Necas é funcionário do Tribunal de Justiça.

Necas e Zica tem um grupo de bares chamado "Atitude Rude". No dia 30/12/1994, os NZZN deram um concerto no Ruína Bar, com os Atitude Rude.

Zé Nuno voltou a estudar e é hoje engenheiro na C.M. Lisboa. 

Biografia retirada daqui

terça-feira, 1 de março de 2016

Cantores dos Anos 80 - Nuno Rebelo

Quando os Street Kids já estavam em fase de dissolução, Nuno Rebelo oferece-se para baixista dos GNR(Alexandre Soares ia sair e Vítor Rua ia para a guitarra). Já tinham Jorge Romão mas Nuno Rebelo ainda fez três espectáculos com o grupo e participou na gravação do single "Soul Finger" que nunca viria a ser editado. Conhece Jorge Lima Barreto, através de Vítor Rua, e trava conhecimento com música "de todos os tempos e de todos os sítios".

O projecto com os Mler ife Dada começa em 1984 e só terminaria no início de 1991. É um dos elementos mais activos na compilação "Divergências", da Ama Romanta, contribuindo com um tema a solo, "Nipsha", e com o  tema dos Mler ife Dada. Produziu os temas de Anamar, SPQR e Essa Entente e participa como músico nos temas "Dim" e na peça de música improvisada "Situação Aparente".

Em 1988, a convite da Associação Cultural Manobras, compôe uma "sinfonia" electrónica para o 3º desfile de Moda "Manobras de Maio". O duplo-álbum "Sagração do Mês de Maio (1ª Sinfonia Falsificada)", o seu trabalho a solo, é editado em 1989 através da EMI-Valentim de Carvalho.

Os Plopoplot Pot começaram em 1991. O grupo, já sem Vítor Rua, vence o I Concurso da Câmara Municipal de Lisboa. Aparecem na compilação "Em Tempo Real" da El Tatu. O grupo era formado por Nuno Rebelo (baixo),  Paulo Curado (saxofone), Rodrigo Amado (saxofone), Luís Areias (guitarra) e Bruno Pedroso (bateria).

Em 1992  forma com os seus alunos a Polyploc Orkeshtra que interpreta ao vivo a banda sonora de "Nosferatu" de Murnau. São convidados também pelo Instituto de Cinema a musicar a versão restaurada do filme "Douro, Faina Fluvial" de Manoel de Oliveira. Nuno Rebelo colabora ainda com João Peste no projecto "Alix na Ilha dos Sonhos".

Em 1993 é o autor do tema oficial de "Lisboa 94 - Capital Europeia da Cultura". O tema ganhou o prémio de publicidade de "melhor jingle" desse ano.

Em 1996 é editado "M2" com a banda sonora da coreografia "Sábado 2" de Paulo Ribeiro e da peça de teatro "MiNiMal Show". É também o autor de "Pangea", o tema oficial da EXPO 98.

Cria uma página na internet em que oferece músicas em formato mp3. A página com informações sobre a sua carreira a solo e dos grupos por onde passou incluía também os "Plopoplotexts",  textos "programáticos" escritos para o grupo Plopoplot Pot.

Em 1998 compôe a música para a peça "E no Intervalo Faz-se Qualquer Coisa" de José Wallenstein. Apresenta o espectáculo "As Guitarras Portuguesas Mutantes", no festival "Mergulho no Futuro". E também participa no disco "Seven Incantations" do japonês Hiroshi Kobayashi.

Ainda em 1998 é editada a banda sonora da coreografia "Azul Esmeralda" de Paulo Ribeiro. Faz a música e sonoplastia do espectáculo "Oceanos e Utopias", de François Confino e Philippe Genty, apresentado no Pavilhão da Utopia, durante a Expo 98.

A peça "remiXamor" do coreógrafo Mark Tompkins, com banda sonora de Nuno Rebelo, é estreada em Junho de 2000, no Festival de Nouvelles (França). 

Apresenta-se ao vivo com o colectivo L.I.P. (Lisbon Improvisation Players). É o autor da música original da coreografia "Como rebolar alegremente sobre um vazio interior" de Vera Mantero.

O espectáculo "Compact Disconcert", com concepção e direcção musical de Nuno Rebelo e direcção cénica de Paulo Ribeiro e José Wallenstein, é apresentado no Teatro Nacional S. João (Porto) nos dias 21 e 22 de Junho de 2001. Neste espectáculo revisita todo o seu percurso como compositor para teatro e dança

Cria a editora Raka. Através desta editora são editados os discos "Live at ZDB" do trio Nuno Rebelo+Kato Hideki+Marco Franco e "On the Edge" de Nuno Rebelo e Marco Franco.

Em 2002 é editado o disco "Compact Disconcert" onde é revisitado o seu percurso como compositor para teatro e dança.

DISCOGRAFIA
Sagração do Mês de Maio (1ª Sinfonia Falsificada) (2LP, EMI, 1989)
M2 (Sábado 2 / MiNiMal Show) (CD, Ananana,1996)
Azul Esmeralda (CD, Ananana, 1998)
On The Edge: Nuno Rebelo Improvisations In France With Marco Franco (CD, Raka, 2001)
Live at ZDB (Lisbon): 11/7/1999 (CD, Raka, 2001)
Compact Disconcert (CD, TNSJ, 2002)

SINGLES
 Pangaea (Single, Expo98, 1996)

Colectâneas
Divergências (1986) - Situação Aparente ( c/ Mário Morgado e Pedro Mourão) / Nipsha
Realidade Virtual (1991) - Meet Mit
Way Out: New Music From Portugal vol. 1 (1997) - Pink Pong
Guitarra Diversa (2003) - Pink Pong / Persistência /  Repuxo

MAIS
1988
"O Mistério da Boca do Inferno" - 1988-de José Pina

1989
O auto da India (1989)
"Três Escultores-1989-documentário de António Cerveira Pinto, on the work of the sculptors Rui Sanches, António Campos Rosado and Pedro Campos Rosado.
"Mar à Vista" - 1989-série de José Nascimento


1990
"O Funeral"- 1990-de Jorge António-com José Wallenstein.

1991
"Adeus Princesa" - 1991-de Jorge Paixão da Costa.

1992
"O Miradouro da Lua") - 1992-A film by Jorge António.
"Requiem para um Narciso) - 1992-telefilme de João Pedro Ruivo.

1993
Em 1993-A coreografia "Alvo me Imposso" de Aldara Bizarro com a colaboração de Pedro d' Orey e Nuno Nuno Rebelo.
Faz a música para a exposição "Na pista de Filipe Seems" de Nuno Artur Silva e António Jorge Gonçalves

1994
"Minimal Show" encenado por José Wallenstein-1994
O que diz Molero-1994

1995
Sábado 2 - 1995
Love Series (Not Talking About Perfection)(1995) solo choreography by Aldara Bizarro.
"Um Desejo Ardente deve ser acompanhado de uma vontade firme"-João Fiadeiro-1995
"O Mundo Desbotado"-1995-Edgar Pêra

1996
No Angels-1996 coreografia de Cosmin Manolescu
"O Homem do Comboio"-1996-Nuno Rebelo/João Lucas - curta de Ricardo Rezende e Elsa Bruxelas. 

1997
Azul Esmeralda Paulo Ribeiro - 1997
"Biografia de uma Mina"- 1997-documentário de Filipe Verde

1998
E no Intervalo Faz-se Qualquer Coisa-1998
Oceanos e Utopias
Extension-1998-Festival On The edge (frança)MT+VM entre outros

1999
Só para Iniciados -1999 José Wallenstein+Paulo Ribeiro
Banda sonora do filme "Tarde Demais" de José Nascimento. 

2000
remiXamor--Pôle Sud, Stransbourg, June 00
Nuno Rebelo é o autor da banda sonora da coreografia "Comédia Off" que a Companhia Paulo Ribeiro apresentou nos dias 1 e 2 de Setembro de 2000 no Grande Auditório do CBB. Nuno Rebelo já tinha colaborado com a CPR em "Azul Esmeralda" e "Sábado 2". Em "Comédia Off" colaboraram também nomes como o cineasta Edgar Pêra e o ilusionista Luis de Matos.
"Capitaine Nèfle" coreografia de Mathilde Lapostolle - 12/00
Frei Luis de Sousa-JW

2001
"Como Rebolar..." Vera Mantero / Gulbenkian  - 03/01

2002
"k su'porte i ..." de Vera Mantero-CCB 06/02
Bolero - Coreografia de Mark Tompkins 12/02
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Visions, Equations, Radiations-Edgar Pêra-Gulbenkian Foundation+Rivoli Theatre

Pequeno concerto para falso piano e orquestra falsificada" para a abertura da Expomusical.

Between 1992 and 94, Nuno Rebelo teached in Lisbon on the music atelier of Professional School for Arts and Crafts of Show. As a colective work was presented Murnau's film Nosferatu with live music by a non-musicians "orchestra" dressed like vampires. The good results of this experience lead to several presentations of this work, such as:
Musica Viva Festival,S. Luiz Theatre, Lisbon, 1995.
Bienal Off, Lisbon, 1994.
Rockstore, Montpelier, France, 1994.
"Filmwaerksted", Arhus, Denmark, 1993.
"Project Horizon", Toulon, France, 1993. 
banda sonora da exposição fotográfica "London Diary" de Daniel Blaufuks  

Biografia retirada daqui