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quarta-feira, 31 de julho de 2013

António Emiliano

António Henrique de Albuquerque Emiliano nasceu, no dia 25 de Janeiro de 1959, em Lisboa.

Desde cedo dedicou-se aos estudos musicais tendo mesmo frequentado o Conservatório Nacional de Lisboa. Aos 17 anos abandonou esses estudos optando por uma prática musical mais criativa tendo chegado a fazer parte de uma das formações do conhecido grupo Beatnicks.

Nos anos de 1977 e 1978 frequentou o 1º ano da Licenciatura em Engenharia Electrotécnica do Instituto Superior Técnico, da qual desistiu inscrevendo-se na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Em 1982 licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas (Estudos Portugueses e Ingleses).

Foi um dos músicos participantes no disco "Sonho Azul" de Né Ladeiras. Em 1983 e 1984 colaborou em vários espectáculos realizados no Frágil por Anamar e Luís Madureira.

Em 1985 produziu o disco "Em Pessoa" de José Campos e Sousa, com textos de Fernando Pessoa. Foi nesse ano que iniciou publicamente a sua actividade de criação musical fazendo a banda sonora da peça "Teatro de Enormidades Apenas Críveis à Luz Eléctrica", espectáculo baseado em textos de Aquilino Ribeiro, concebido por Ricardo Pais, Olga Roriz, Luís Madureira e António Emiliano, com cenografia e figurinos de António Lagarto, pelo qual recebeu o Prémio da Crítica para Melhor Música de Teatro.

Em 1986 foi o autor da música do bailado "Espaço Vazio" (com coreografia de Olga Roriz), das bandas sonoras dos filmes "Repórter X" de José Nascimento (onde também entra como actor) e "Duma Vez Por Todas" de Joaquim Leitão (pelas quais recebeu mais tarde o Prémio de Música do Instituto Português de Cinema) e ainda da peça "Anatol" com encenação de Ricardo Pais. Com Nuno Rebelo e Emanuel Ramalho formou os Vors Trans Vekta que duraram pouco tempo. Assinou ainda a produção e arranjos do disco "Na Vida Real" de Sérgio Godinho que viria a vencer o Se7e de Ouro 86 para Disco de Música Popular.

A edição da banda sonora do filme "Repórter X" de José Nascimento com música de António Emiliano e participação de Anamar, Sérgio Godinho e Rui Reininho esteve prevista para ser editada pela Ama Romanta.

Recebeu o Prémio da Crítica para Melhor Música de Teatro, pelo espectáculo "Anatol".

Em 1987 compôe a música do bailado "Treze Gestos de Um Corpo" de Olga Roriz. Produziu ainda os discos "Aguaceiro" de Lena d'Água e "Negro Fado" de Vitorino. Volta a colaborar com Luís Madureira.

Em 1988 fez a banda sonora do filme "A Mulher do Próximo" de José Fonseca e Costa e de "Voltar" de Joaquim Leitão.

"Gahvoreh", a primeira obra de Gagik Ismailian para o Ballet Gulbenkian, sobre uma música original de António Emiliano, foi estreada em Julho de 1988.

Foi também o autor da banda sonora da peça de teatro "FAUSTO. FERNANDO. FRAGMENTOS", uma encenação de Ricardo Pais para o Teatro Nacional D. Maria II. Recebe o Prémio Garrett especial de música.

Os discos "Fausto Fernando Fragmentos" e "Gahvoreh" foram editados em 1989 pela Transmédia. No entanto a editora foi à falência pouco tempo depois.

Assina a música de "Ad Vitam", com coreografia de Paulo Ribeiro, e de "Estranhezas", com coreografia de Paula Massano.

Recebe o Prémio Garrett 1989 Especial de Música (da Secretaria de Estado da Cultura) para o espectáculo "Fausto. Fernando . Fragmentos" e o Se7e de Ouro 89 para Disco de Música Instrumental Contemporânea para os discos "Gahvoreh" e "Fausto. Fernando . Fragmentos".

Em 1990 volta a colaborar com Joaquim Leitão, em dois filmes da série "Love At First Sight", e com José Fonseca e Costa no filme "Os Cornos de Cronos".

Faz a banda sonora do filme "Ao Fim da Noite" (1991) de Joaquim Leitão.

É o autor da semi-ópera "Amor de Perdição", com encenação de Ricardo Pais e coreografia de Olga Roriz, estreada em Novembro de 1991 no Teatro Nacional de São Carlos. A obra foi apresentada no Théâtre Royal de La Monnaie, em Bruxelas, por ocasião da Europália '91.

Em 1993 produziu a faixa "Matar Saudades" incluída na reedição do disco "Banda do Casaco Com Ti Chitas". Colabora na coreografia "The Seven Silences of Salome", estreada em Londres por ocasião da reabertura do Savoy Theatre de Londres. O espectáculo recebeu o Time Out Award para melhor bailado do ano.

Em 1994 assina a banda sonora do filme "Uma Vida Normal", novamente de Joaquim Leitão.

Por ocasião das comemorações do centenário do Infante D. Henrique colabora na "Miscelânea de Garcia de Resende", com encenação e dramaturgia de Rogério de Carvalho, que foi apresentada na Culturgest.

Assinou a banda sonora da "Tragicomédia de D. Duardos", de Gil Vicente, com encenação de Ricardo Pais, apresentada em 1996 no Teatro Nacional S. João.

Suspendeu a actividade artística em 1996 para se dedicar exclusivamente à docência e à investigação em Linguística.

Retomou a actividade artística em 2005. Em 2006 assinou a banda sonora do filme "20,13" de Joaquim Leitão.

DISCOGRAFIA
Fausto Fernando Fragmentos (CD, Transmédia, 1989)
Gahvoreh (CD, Transmédia, 1989)

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