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segunda-feira, 29 de junho de 2015
sábado, 27 de junho de 2015
quinta-feira, 25 de junho de 2015
terça-feira, 23 de junho de 2015
Grupo de Baile
A vida corria bem para o Grupo de Baile naquele ano de 1981. Já não eram apenas o grupo de amigos que se conheciam desde a infância (1), dos tempos em que tocavam na filarmónica da terra, nem sequer aquela banda que corria pelo circuito dos bailes com umas rocalhadas importadas do estrangeiro. As 99 mil cópias do single "Patchouly/Já Rockas à Toa", lançadas em Janeiro no mercado, foram consumidas vorazmente. As que traziam o "piiiiii" sobre a palavra "pentelho" e as em que se ouvia tudo. O Grupo de Baile fez disco de ouro em apenas um mês. Foi tiro e queda. Primeiro o tiro, depois a queda.
Quase dois anos depois, mesmo tendo gravado um novo single, "Estória Linda", o Grupo de Baile não voltou a ter o mesmo sucesso (2). Volatizaram-se. Viveram a mesma história que muitas outras bandas nascidas durante o "boom" do rock português, na euforia daqueles anos de 1980 a 1982, em que o panorama musical explodiu de uma tal forma que só podia mesmo vir depois a implodir.
Alguns anos antes e nunca se poderia ter gravado em Portugal uma música como o 'Patchouly'", explica o ex-vocalista do Grupo de Baile, Carlos Tavares.
"O 'boom' foi também muito incentivado pelas editoras, porque isso lhes dava uma maior escolha sobre aquilo que decidiam gravar ou não. Quantas mais houvesse, mais havia por onde escolher", afirma Carlos Tavares. Esta ideia é corroborada pelo guitarrista, Vicente. "Em Portugal as coisas funcionam assim: alguém experimenta uma coisa com sucesso e, de repente, parece que se descobriu a pólvora. Foi assim com o 'boom'. Apareceu o Rui Veloso com o 'Chico Fininho' e de repente percebeu-se que era possível fazer rock em português".
Toda a gente andava a querer e a conseguir gravar, e o Grupo de Baile recebeu o bilhete que os transportaria para o sucesso. "Embarcámos naquilo sem qualquer pretensiosismo, mas com a intenção de ir ver no que é que dava", esclarece o baterista, Luís Rosado. A Valentim de Carvalho convidou-os a gravar alguns dos temas originais que já tinham composto. "Tivemos hipóteses de impôr logo ali as nossas regras, mas não o fizemos", recorda Carlos Tavares. "Já éramos adultos nessa altura, mas nas coisas da música éramos mesmo uns miúdos" desabafa Luís Rosado.
Quando o quiseram fazer, pouco mais de um ano depois, perceberam que não podiam. Não eram essas as regras do jogo. "A certa altura quisemos deixar de ser os tais meninos e impôr as nossas escolhas à editora. Dissemos quais as canções que queríamos pôr num LP e quais é que queríamos que fossem lançadas em singles e a resposta foi um peremptório não. 'Nós é que sabemos disto, vocês editam aquilo que nós vos dissermos', foi a resposta", recorda Carlos Tavares. "Aquilo era espremer o limão até dar. Fomos chupados até ao tutano", reitera Vicente, defendendo que o Grupo de Baile teria tido, eventualmente, maior longevidade "se tivesse sido lançado um bocadinho mais por baixo e lhe tivesse sido dado tempo e estruturas de produção para crescer".
DULCE FURTADO / PÚBLICA, 14/11/1999
(0) Logo a seguir ao sucesso do single foi divulgado a notícia da gravação de um álbum que teria temas como "Metal Sonante Nº1", "Metal Sonante Nº2", "Flashes" ou "Bela Isa Bela".
(1) A maior parte dos músicos tocavam desde miúdos na Sociedade Filarmónica União Seixelense. O grupo foi descoberto por Ricardo Camacho. Antes da edição do single de estreia já tinham tocado, intensamente, em bailes e festas pelo país fora.
(2) Ainda tentaram lançar o single "Vocalista Rock" mas que foi rejeitado pela editora.
(3) Em 1999 aceitaram o convite para o Seixal Rock 99 que se realizou no Seixal, no Largo 1º de Maio, entre os dias 6 e 9 de Outubro. Uma experiência agradável para o guitarrista Vicente Andrade, que confessou nessa altura ao jornal "Setúbal na Rede" ter em vista uma reunião com a banda, no sentido de equacionar a possibilidade de regresso do Grupo de Baile às luzes da ribalta.
FORMAÇÃO
Carlos Manuel Tavares ( voz)
Vicente Andrade (guitarra)
Luís Rosado (bateria)
António Manuel (baixo)
Luís Landeirote(orgão)
Marcelino (saxofone alto)
João Mário (saxofone tenor)
Zé Manel (trompete)
DISCOGRAFIA
Patchouly/Já Rockas à Toa (Single, Valentim de Carvalho, 1981)
Estória Linda/Conversa de Comadres (Single, Valentim de Carvalho, 1982)
NO RASTO DE...
Vicente Andrade continuou como músico da Orquestra Ligeira do Exército. Trabalha como músico de estúdio e em programas de televisão. Mais recentemente trabalhou com Lara Afonso e Marco Paulo.
António Manuel e Zé Manel são músicos da Banda da Guarda Nacional Republicana.
Luís Rosado é funcionário da Divisão de Acção Cultural da C.M. Seixal e Carlos Manuel Tavares é responsável pelo departamento de electricidade da C.M. Seixal.
Luís Landeirote foi empresário de equipamento de som e mais recentemente passou a entretainer de cruzeiros turísticos, em Miami.
Marcelino está reformado da Marinha Portuguesa.
João Mário é engenheiro mecânico da Lisnave e professor universitário.
Informação retirada daqui
domingo, 21 de junho de 2015
sexta-feira, 19 de junho de 2015
quarta-feira, 17 de junho de 2015
segunda-feira, 15 de junho de 2015
sábado, 13 de junho de 2015
Golpe de Estado
O grupo foi formado por Tiago Lopes e Paulo Abelho em fins de 1988. Os Sétima Legião e os Linha Geral ensaiavam no mesmo local e os dois músicos começaram a trabalhar em conjunto.
Em Julho de 1989 editaram o máxi-single "Rev. 25/Um Caso Que Está A Dar Que Falar", com produção de Carlos Maria Trindade. O primeiro tema incluía um sample retirado do disco "As Vozes do 25 de Abril" e o segundo tema incluía um sample do confronto entre polícias verificado no Terreiro do Paço.
Em 1993 foi editado o álbum "Golpe de Estado" que contou com a participação de nomes como Adolfo Luxúria Canibal ("Cyberpunk Generation"), Francisco Ribeiro ("Vox Prophetica"), Olavo Bilac ("Liberdad"), João Cabeleira ("James Bond") e Dora (em "Blade Runner" e "Liberdad"). Os outros temas são "Whiskey Bar", "Assédio Sexual" e "Árabe".
A versão em CD inclui como bónus os temas "Um Caso Que Está A Dar Que Falar" e "Rev 25", em versões diferentes das originais.
DISCOGRAFIA
Rev 25/Um Caso Que Está A Dar Que Falar (12"EP, União Lisboa, 1989)
Golpe de Estado (CD, Polygram, 1993)
Blade Runner/Vox Prophetica (12' Promo, 93)
NO RASTO DE...
Tiago Lopes chegou a manter em paralelo o projecto The New Hard Noise Heavy Rock Cyber Speed Sonic Metal Punk Acid Sound. Aparece na compilação "After-Life" com os temas "Sahara"e "Norte Sul".
Paulo Abelho formou em 2001 os Cindy Kat com João Eleutério. Lançaram o primeiro single no Natal de 2003 com o título "Natal, Natal, noite do menino Jesus (Fix my phaser)" que conta com a participação na voz de Paulo Prazeres. Com os BCN participou na compilação "Frágil".
Informação retirada daqui
quinta-feira, 11 de junho de 2015
terça-feira, 9 de junho de 2015
domingo, 7 de junho de 2015
sexta-feira, 5 de junho de 2015
quarta-feira, 3 de junho de 2015
Go Graal Blues Band
A Go Graal Blues Band forma-se em 1975, como grupo que se dedicava a tocar e cantar Blues. Após várias atribulações a formação estabiliza com Paulo Gonzo (voz e harmónica), João Allain (guitarra solo), Raúl Barrigas dos Anjos (bateria), Augusto Mayer (harmónica), António Ferro (baixo), João Esteves (guitarra) e José Carlos Cordeiro (voz principal).
A empresa discográfica Imavox firma contrato com o grupo e edita o LP "Go Graal Blues Band", em 1979.
Neste trabalho o grupo assume, totalmente, uma postura dedicada aos Blues eléctricos, em temas como "Baby, I Wanna...", "The Fault Is Her Own" e "The Last One". Também há lugar para as baladas, tais como "Leonor's" ou " For Ma Babe... Gonzo Pleasure".
O disco contém um pequeno texto onde Jaime Fernandes, produtor e conhecido radialista se debruça sobre a carreira do grupo e afirma que se trata do grupo mais "teimoso" que já conheceu. GGBB - 1980
A Go Graal é dos grupos que dá mais concertos, sobretudo para estudantes.
Apesar de cantar em inglês, consegue bastante sucesso e passa, quase incólume o "boom" do Rock Português, sem necessitar de mudar de linguagem.
Em 1980 lança o single "They Send Me Away", com um som mais Rock, bastante próximo de uns Dr. Feelgood.
Tó Andrade entra para a banda e, com produção de Luís Filipe Barros, sai o single "Lay Down" que atinge o primeiro lugar no Top do programa "Rock Em Stock", apresentado pelo mesmo Barros. Coincidências...
Em 1982 sai um novo LP "White Traficc". Da formação original só já restam Gonzo e Allain. O baixo é de Fernando Delaere e a bateria de Hippo Birdie. A evolução musical do grupo é bem notória e a sua caminhada rumo ao sucesso (não tanto de vendas de discos, mas sim de espectáculos), também.
Deste disco fazem parte temas como "N'Roll", "Lonely", "Guetto Drunk" e o verdadeiro momento em que se juntam todos os amigos da banda para cantarem em coro no tema "Hot River" (fazem parte do coro João David Nunes, Frodo, Fernando Quinas e João Magalhães).
Divergências internas quanto à autoria dos temas levam à saída de Delaere e Birdie (que vão para a "trupe" de Garcez - Os Roxigénio) e novos membros são recrutados: Mário Pereira (ou Márito), natural de Vale de Espinho (Sabugal), ex-elemento do grupo Spartaks, da Guarda; entra para a bateria e Henrique Leite vai para o baixo. É editado o Mini-LP "Blackmail" onde se encontram temas de Blues/Rock fabulosos como "Champagne All Night", "Love Fashion" ou "Midnight Killer". Nunca a Go Graal Blues Band soou tão pesada como nesta fase.
Em 1984 é editado um Máxi-Single com os temas "Dirty Brown City", "Fast Flirt" e "Wild Beat Blues"..
Nova mudança na formação com a reentrada de Tó Andrade para o baixo e a edição do definitivo álbum "So Down Train", com uma sonoridade mais amadurecida e publicação das letras das canções no "encarte" do LP. Saído em 1987, longe do sucesso de outras épocas, o último disco da Go Graal traz-nos temas como "They Don't Give A Damn", "A Little Bit" ou "City Lights".
O fracasso leva à extinção de um dos grupos mais marcantes da música Blues/ Rock em Portugal. Paulo Gonzo lança-se numa carreira a solo que teria o seu apogeu em 1997 com o CD "Quase Tudo".
ARISTIDES DUARTE / NOVA GUARDA
Depois da saída de Paulo Gonzo, o vocalista passou a ser João Melo (ex-Pizo Lizo). A formação incluía João Allain, Tó Andrade, Leonel Cardoso (sax e teclas) e Hippo. Mário Correia passou a acompanhar Paulo Gonzo a solo. O grupo acabaria pouco depois.
DISCOGRAFIA
Go Graal Blues Band (LP, Imavox, 1979)
White Traffic (LP, Vadeca, 1982)
Black Mail (Mini-LP, Vadeca, 1983)
Colectânea (Compilação, Vadeca,1983)
So Down Train (LP, Schiu!/Transmédia,1987)
SINGLES
They Send Me Away/Outside (Single, Imavox, 1980)
Touch Me Now/Lay Down (Single, RCS, 1981)
Lonely/N'Roll (Single, Vadeca, 1983)
Casablanca/Wild Beat Blues (Single, Vadeca, 1983)
Dirty Brown City (Máxi, Vadeca, 1984)
Smell/Walking (Single, Transmédia, 1987)
NO RASTO DE...
Alberto Ferreira Paulo (Paulo Gonzo) tem o curso superior de Belas Artes, tendo trabalhado, durante 9 anos e meio, no Jornal Expresso. Lançou o primeiro single a solo, "So Do I", em 1985. Em 1992 começou a cantar em português com o álbum "Pedras da Calçada".
João Allain participou em alguns discos de Paulo Gonzo.
Tó Andrade fez parte dos Vasco da Gama.
Paleka tocou com Rui Veloso.
João Melo tocou com os Pizzo Lizo, IBM, Match Marvel (em Londres) e A Fúria do Açúcar.
A No Secrets Blues Band, com os músicos da primeira formação da Go Graal (Allain e José Carlos Cordeiro mais Zé Manuel, Cabé e Josso) editaram um CD patrocinado que se chamava “Moods”.