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domingo, 16 de agosto de 2015

Ibéria


Em meados de 1986, os ex-Asgarth João Alexandre (voz), João Sérgio (baixo) e Toninho (guitarra) decidem formar os Ibéria. Passam a contar com a participação de Francisco Landum (ex-TNT, Samurai) que desempenhava a figura de guitarrista, produtor e compositor, mas oficialmente não era musico da banda, sendo considerado musico de apoio.


No início de 1987 gravaram a primeira maqueta com os temas "Hollywood" , "Lady in Black" e "Warriors". Pouco tempo depois, Tony Cê entra para baterista da banda. 

As canções atingem os tops de alguns programas de metal e de Música Moderna Portuguesa, sendo de realçar o programa "Luso Clube" onde "Hollywood" atingiu o 2º lugar após 36 semanas de permanência.

Assinaram com a Discossete que deu ao grupo a possibilidade de gravarem, sem restrições, um mínimo de 10 temas por ano durante os 3 anos seguintes. Multinacionais como a Polygram e a EMI exigiam a gravação das músicas em português.

Em Março de 1988 gravam os temas "Hollywood", "Feels Like Love" e "All Night Flying" e uma versão extensa de "Hollywood" para incluir no Máxi-single. O single com os temas "Hollywood" e "Feels Like Love" foi lançado no mês de Abril.

"Hollywood" atinge o 3º lugar no top do novo "Rock em Stock". O grupo participa no espectáculo "Helping Hands" de apoio à Associação Nacional de Deficientes e Francisco Landum abandona os Samurai para se dedicar exclusivamente aos Ibéria. Nesse mesmo mês forma-se o Ibéria Fun Club que duraria até 1993.

Toninho abandona a banda durante algum tempo devido a motivos profissionais e João Alexandre passa a acumular o lugar de guitarrista ritmo com o de vocalista. Acaba por ser cancelada a edição do máxi-single e o grupo entra em estúdio em Setembro para gravar o álbum de estreia.

O LP "Ibéria", com produção de Landum e co-produção dos Ibéria, foi editado em Dezembro de 1988. O disco incluía os temas: "The Warriors Waltz/Warriors", "She’s So Lovely", "Sex Gun", "Lady in Black" e "Fuck the Teacher" (lado 1) e "No Pride", "Unfaithful Guitars" , "Some Girls", "Children of the World" e o instrumental "The Sailing Way to India" no lado 2.

O tema "No Pride" é difundido, no dia 20 de Janeiro de 1989, no programa "Friday Rock Show" da BBC - Radio 1. Os Ibéria tem direito à  capa e a cinco páginas na edição de 1 de Fevereiro do jornal "Se7e".

Alguns acidentes com elementos ligados grupo e a incorporação de João Alexandre no SMO levam a uma diminuição da actividade do grupo. Tony Cê e Francisco Landum acabam por sair do grupo e entra o baterista Tony Duarte (ex-Asgarth e ex-Samurai).

Em 1990 foi editado o álbum "Heroes Of The Wasteland", produzido por Francisco Landum e com co-produção dos Ibéria. O disco inclui os temas "Deep Cuts The Knife", "Heroes Of The Wasteland", "México" (único tema em português), "I'm Not A Fool", "Rock'n Roll Star", "Got To Run", "Please, Please", "Stripteaser", "Do You Wanna Die?" e "China Girl".

Toninho sai em Novembro para acompanhar os UHF e Tony Duarte também sai. Os seus lugares são colmatados com a entrada do guitarrista Vasco Vaz e do baterista Marco, ambos vindo dos Braindead.

Em Meados de 1990, os Ibéria comemoram o seu 5º aniversário com um concerto na União Banheirense, na Baixa da Banheira. Em Agosto participam no festival "Sim À Vida" que ocorreu no estádio do Barreirense. 

A editora Discossete não aceita a gravação do terceiro disco de originais o que leva a  uma ruptura entre as duas partes. A editora ainda lança uma colectânea "To Love" com uma balada antiga "Lady in Black" e a colectânea "Estradas de Fogo" que incluía os temas previstos para o Maxi-Single: "Hollywood – versão extensa, "Feels Like Love" e o inédito "All Night Flying". 

Os elementos do grupo dividem-se por outros grupos levando a uma paragem dos Ibéria. O projecto é retomado em finais de 1992. A Toninho, João Alexandre e João Sérgio juntam-se o vocalista Miguel Angelo (ex-Shangai Blue) e o baterista Quim Andrade (ex-Da Vinci).

A banda passa a dedicar-se a um repertório em português recuperando o tema "Mexico" e alguns temas já preparados para o terceiro disco. O grupo ainda grava um maqueta com Toninho como vocalista principal e gravam, nos estúdios Heaven Sound, o tema "Sismo" para incluir numa maqueta em conjunto com os Arabian Penthouse. 

Em finais de 1993, João Alexandre abandona a banda para ir para Inglaterra e passa Miguel a acumular as funções de guitarrista ritmo. Quim Andrade sai do grupo e entram o guitarrista Vítor Brás (ex-Shangai Blue) e o baterista Pedro Torrão (ex-Desatino Total).

O ano de 1994 é passado em ensaios com o grupo a procurar novas sonoridades com a inclusão da guitarra portuguesa e a adopção de sons acústicos.

No dia 9 de Março de 1996, os Ibéria fazem em directo um concerto acústico na Radio Super FM. Em Junho actuam no Johnny Guitar. 

O grupo enceta negociações para a gravação do disco desejado. No entanto Miguel Angelo decide sair do grupo devido a problemas pessoais e os restantes elementos decidem acabar com o grupo após 10 anos de actividade.

DISCOGRAFIA
Hollywood/Feels Like Love (Single, Discossete, 1988)
Ibéria (LP, Discossete, 1988)
Heroes of the Wasteland (LP, Discossete, 1990)

Colectâneas
Estradas de Fogo (1993) - Hollywood (versão extensa) / Feels Like Love / All Night Flying

NO RASTO DE...
João Alexandre foi para Inglaterra tirar um curso de Engenheiro de Som. Miguel foi para a Inglaterra onde se encontrou com o João Alexandre e onde ambos ainda residem. Actualmente está afastado de qualquer actividade musical.

João Sérgio, Toninho e Victor Brás formaram os E.D.P. (Escravos do Presidente) em 1997.

Pedro Torrão tocou com outras bandas entre as quais os Ferro & Fogo. Toninho trabalha por vezes com A.M.Ribeiro no seu projecto a solo.

João Sérgio entrou para os X-Stand (uma conhecida banda de covers) onde tocava o seu irmão Ricardo Reis.

Quim Andrade saiu do grupo para integrar os Gatos Negros de Vítor Gomes. Dedica-se a um projecto na área do Techno.

Francisco Landum (ou Ricardo) desligou-se da música ao vivo quando tinha 30 anos depois de ter passado pelos Da Vinci. Tem um estúdio (Aikesom) e compôe para muitos nomes da denominada "música pimba". Compôs e gravou o álbum de estreia da sua mulher Cristina Cross.

Vasco Vaz entrou para os Mão Morta em fins de 1995. Marco esteve nos Peste e Sida e Bizarra Locomotiva, entre outros projectos. 

Informação retirada daqui

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