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terça-feira, 17 de maio de 2022

Cary Grant


É provavelmente o actor mais charmoso da história do cinema. Não é por acaso que foi nele em que Ian Fleming pensou ao escrever James Bond. O actor esteve mesmo para viver a personagem, não fosse já a sua avançada idade. Um charme e um talento impares, que ao serviço de alguns dos maiores realizadores de sempre, fizeram dele uma estrela de altissimo nivel. Britânico, como não podia deixar de ser, começou a carreira no inicio dos anos 30. 

Foi no universo das screwballs que vieram os seus primeiros grandes sucessos. Em 1936 contracena pela primeira vez com Katherine Hepburn em Sylvia Scarlett. Em sete anos voltará a faze-lo em Bringing Up Baby e The Philadelphia Story, dois dos seus melhores trabalhos. Pelo meio fica The Awful Truth - filme de Leo McCarrey - e Only Angels Have Wings de Howard Hawks. Em 1941 é a vez de trabalhar com Frank Capra em Arsenic and Old Laces. 

Nesse mesmo ano inaugura a sua longa parceria com Hitchcock - a par de James Stewart, é o seu actor preferido - no filme Suspicion. O seu lado mais negro é visto pela primeira vez em None But the Lonely Heart, notável desempenho num filme pequeno mas cheio de magia que lhe valeu a segunda e última nomeação ao óscar. 

Entretanto já tinha chegado a primeira nomeação ao óscar por Penny Serenade, filme de George Stevens onde volta a contracenar com Irene Dunne, sua parceira de muitos screwballs dos anos 30. Em Notorious, volta a reunir-se com Hitchcock, filmando com Bergman um dos beijos mais conhecidos da história do cinema. I Was a Male War Bride fecha os anos 40 com chave de ouro para Grant que entra na década de 50 como um actor veterano e consagrado. 

Em 1952 volta ás comédias com Ginger Rogers no filme Monkey Business e três anos depois faz o seu terceiro filme com "o mestre do suspense"; To Catch a Thief. Em 1959 é o heroi de Hitchcock pela última vez em North By Northwest, consagrando-se agora como actor de acção. Durante os anos 60 decide retirar-se. Rejeita o papel de 007 e faz uma última aparição em estilo no filme Charade. Morrerá em 1986, depois de vinte anos sem fazer um único filme, mas continuando a estar na memória de todos os amantes de cinema.

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