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quarta-feira, 1 de junho de 2022

Sharon Stone

Não queria que a cena fizesse parte do filme. Mas foi aquele descruzar de pernas que a tornou num autêntico mito. Felizmente a sua carreira é mais do que isso, mas Stone entrou na história do cinema graças apenas a uma cena...

É conhecida a história. Sharon Stone sabia que Paul Verhoven, o seu realizador em Basic Instint, iria querer uma pose extremamente erótica do seu descruzar de pernas. Mas nunca imaginou que o que o realizador quisesse foi o que acabou por encontrar na sala de montagem. Uma imagem com total exposição do seu sexo. Foi então que armou uma enorme confusão na sala de montagem, exigindo ao editor e ao realizador que aquilo não estava no argumento e que não permitiria ser exposta assim. Verhoven tentou acalma-la dizendo-lhe apenas que aquela cena a tornaria um mito. E tornou. Stone não queria a cena porque achava que isso lhe custaria o óscar, como veio a acontecer. Mas as previsões do seu realizador tornaram-se verdade e ela passou imediatamente a ser um verdadeiro mito de sensualidade e erotismo.


A história de Sharon Stone começa bem antes de 1992.
Nascida a 10 de Março de 1958 em Meadvilla no estado norte-americano da Pensylvania, Stone sempre deixou crescer uma veia artistica ao longo da sua infância e adolescência. Mas foi a sua beleza que lhe deu o passaporte para seguir uma carreira no cinema, resultado de ter vencido, com apenas 17 anos, o concurso de Miss Pensylvania. A partir daí seria presença regular em anuncios televisivos. A estreia do cinema viria a acontecer em 1980 num filme do conceituado Woody Allen, mas sem direito a qualquer fala. A decada de 80 passaria a fazer filmes de serie B e thrillers eróticos como Bolero, filme onde se despia de preconceitos. Em 1990 teve o seu primeiro papel de destaque ao lado de Arnold Schwarzenegger em Total Recall. Depois viria a posar nua para Playboy, algo pouco comum numa actriz de 32 que procurava afirmar-se no meio pelo seu talento. A edição foi um sucesso e acabou por valer-lhe o papel da sua vida, o de Catherine Tremmell no filme Basic Instint de Paul Verhoven. Não se sabe ainda se foram as ousadas cenas de sexo, se o argumento, se o descruzar de pernas. A verdade é que o filme tornou-se um êxito absoluto ganhando proporções de filme de culto nos anos seguinte. E Stone afirmava-se no meio com uma nomeação aos Globos de Ouro.


A partir daí Stone tentou soltar-se dos papeis de bela mulher fatal que tinham sido a sua imagem de marca nos anos anteriores. Daí Silver e Intersection. Os resultados foram tão fracos que foi preciso a Stone voltar a usar a sua arma principal - o seu corpo - para reencontrar o sucesso em The Quick and the Dead, um notável western, e The Specialist.
Mas seria em 1995 que chegaria o papel da sua vida. Foi pelas mãos de Martin Scorsese e ao lado de Robert de Niro e Joe Pesci em Casino, filme que lhe valeu a segunda nomeação ao Globo e a sua primeira nomeação aos óscares. A partir desse filme todos os que tinham duvidas das suas capacidades como actriz ficaram convencidos.


O final dos anos 90 continuou a bom ritmo com filmes como Les Diaboliques, Last Dance e The Mighty, filme indie que lhe valeu mais uma nomeação ao Globo de Ouro, desta vez como secundária. No final da década, e ao lado de Albert Brooks, a bela actriz voltou a surpreender todos pela sua versatilidade no filme The Muse, que lhe granjeou a quarta nomeação aos Globos de Ouro.
Depois de em 2001 ter sofrido um aneurisma cerebral, Sharon Stone afastou-se um pouco do cinema. Desde então tem-se dedicado mais á sua vida familiar do que à sua carreira. Desde então tem entrado em projectos falhados como Catwoman e Cold Creeck Manor. Talvez com o regresso de Catherine Tremmell em 2005, Stone recupere a sua vitalidade. Isto para além de estar prevista a sua estreia como realizadora em 2006. A verdade é que o facto de no seu BI constar que a sua idade é já 47 e de poucos acreditarem é um facto a ter em conta. Algo que seria o sonho de qualquer mulher.

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