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quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Uma Thurman

Fez-se com Tarantino e disso não há dúvidas. É ele que lhe consegue retirar todo o seu potencial como actriz dramática. Mas a sua carreira tem vivido de outros papeis interessantes, que fazem dela uma das actrizes mais respeitadas da actualidade...

Nasceu a 29 de Abril de 1979 em Boston, filha de uma modelo sueca e um professor de orientação budista. Cresceu num ambiente extremamente orientalizado, com visitas regulares do Dalai Lama a sua casa. Desde sempre sonhou em ser actriz e aos 15 anos abandonou a escola onde estava para prosseguir o seu sonho em Nova Iorque.
O seu primeiro papel no cinema chegaria em 1988, depois de ter feito alguns trabalhos como modelo. Depois de pequenos desempenhos em Johnny Be Good, Kiss Daddy Goodnight e The Adventures of Baron Munchausen chegou o seu primeiro desempenho de destaque. Foi no filme de Stephen Frears, Dangerous Liaisons onde vivia a jovem inocente, que mais tarde se tornará praticamente numa ninfomaniaca, Cecille de Volanges. Com 18 anos Thurman mostrava querer ser actriz a sério, dando um notável desempenho. As cenas de nus, não habituais em actrizes tão jovens então, ajudaram a fazer dela um sex-symbol. Dois anos depois, ao viver a mulher de Henry Miller em Henry and June, a jovem Uma Thurman voltava a quebrar todas as barreiras e afirmava-se como uma jovem starlett em Hollywood.


O inicio dos anos 90 não lhe correu tão bem como esperava. O seu breve casamento com Gary Oldman verificou ser um fracasso e os filmes em que participou a partir de Henry and June não convenciam nem a critica nem o público. Seria Quentin Tarantino quem voltaria a pegar em Uma Thurman para fazer dela uma estrela. O filme, como todos sabem, era Pulp Fiction e o seu desempenho como Mia Wallace foi de tal forma espantoso que lhe valeu a nomeação ao óscar de melhor actriz secundária, óscar que viria a perder no entanto.
Mesmo assim parecia que a sua carreira estava de novo lançada. Seguiram-se prestações em blockbusters como Batman and Robin, a tentativa falhada de Joel Schumacher em dar vida ao Homem-Morcego, e em The Avengers, a adaptação de uma popular serie britânica dos anos 60 que acabaria por se revelar um fracasso total.
Em 1997, Uma conheceria Ethan Hawke nas filmagens de Gattaca, um thriller de sci-fi. O casal apaixonou-se e casou de imediato, estando agora num processo conturbado de divórcio. O filme foi aplaudido por uma pequena franja de espectadores e foi preciso Woody Allen - em Sweet and Lowdown - e Richard Linklater - em Tape - para voltarem a colocar Uma no mapa.


Com o início do novo milénio a carreira de Uma ganhou nova vida. Primeiro foi o Globo de Ouro em televisão pelo seu desempenho em Histerical Blindness. E depois foi o recuperar da colaboração com Quentin Tarantino em Kill Bill. Ajudando a compor a essência da sua personagem, The Bride, Uma Thurman ganhou especial destaque neste filme dividido em dois que dividiu também opiniões, mas que valeu em dois anos consecutivos a nomeação de Uma ao Globo de Ouro como melhor actriz dramática. Nenhuma resultou em vitória ou em nomeações aos óscares, mas Kill Bill tornou-se num marco da filmografia recente.
Para os próximos anos, Uma Thurman vai estar envolvida em vários projectos que vão desde Be Cool, já estreado, a Prime - a estrear este ano - até The Producers, adaptação do musical da Broadway ao cinema e cuja estreia está agendada para o final de 2005.

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