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sábado, 21 de abril de 2012

Cantoras dos Anos 80 - Laura Branigan


Laura estudou na Academia de Artes Dramáticas de Nova Iorque e, um dos primeiros trabalhos que conseguiu foi como "back vocal" de Leonard Cohen. E começou bem. Para além de uma grande aprendizagem, viajou com Leonard Cohen por toda a Europa. Branigan fez também vários trabalhos como actriz, aparecendo em series de televisão, como "Knight Rider" e em campanhas de publicidade para a Coca-Cola e para a Chrysler.

No Top

Basta lembrar-lhe duas canções dos anos 80... para que chegue à imagem de Laura Branigan num instante... "Gloria" e "Self Control"! A primeira, single de platina, em 1982, e o grande feito de permanecer 36 semanas no Bilboard Hot 100. "Self Control" foi também disco de platina em 84 e foi o seu maior êxito de vendas de sempre na carreira de Laura Branigan. Embora, até 2003, tenha continuado a lançar novos discos, pelo menos, de dois em dois anos, a sua música continuou a ser ouvida nos Estados Unidos, mas passou quase sempre ao lado das tabelas europeias.

26 de Agosto de 2004 é data que os fans não esquecem...

O dia do desaparecimento de Laura Branigan. Um aneurisma cerebral tirou-lhe a vida aos 47 anos de idade. Laura Branigan foi cremada e as suas cinzas espalhadas pela Baia de Long Island, onde viveu os últimos anos. No ano seguinte, junto à casa onde vivia, foi edificado um memorial para que os amigos e fans da cantora possam lembrá-la para sempre. "Spirit of Love Memorial Gathering" é o nome do evento que, a cada ano que passa, celebra a sua vida e o legado musical que deixou.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Kajagoogoo


Quase a meio dos anos 80.. enchiam as páginas da Revista Bravo. Das simples notas de rodapé aos posters tamanho A3, não falhavam uma.

Assinam o seu primeiro contrato em 1982, e, no ano seguinte, é posto à venda o primeiro álbum: "White Feathers". Produzido pelo teclista e produtor dos Duran Duran, a música de lançamento, "Too Shy" chegou ao 1º lugar dos mais conceituados Top's mundiais. Do mesmo álbum, saíram mais dois êxitos: "Ooh to Be Ah" e "Hang on Now".

Quanto mais sucesso o grupo conseguia... maiores eram as tensões dentro do grupo. De tal maneira, que Limahl (o vocalista), visto pelos restantes membros como o elemento perturbador, acabou por sair.

Ainda editaram mais dois álbuns, mas entretanto, Strode decide abandonar também o grupo e, em 1985, já só com três elementos, o grupo passa a chamar-se Kaja. Como esta versão da Banda também não trouxe resultados, em 1986, separaram-se de vez.

Limahl seguiu a solo e, numa primeira fase, ainda conseguiu um bom lugar nos Top's com "Only Love" e, em 84, imenso êxito com "Never Ending Story", de Giorgio Moroder (a música do filme com o mesmo nome). ontinuou a gravar, mas nunca mais conseguiu um êxito comercial. O último foi em 1992, "Love is Blind" e foi editado apenas na Alemanha.

A última vez que a banda se juntou, foi para o programa "Bands Reunited" do canal de televisão VH1.

Nick Beggs, Steve Askew and Stuart Neale voltaram a tocar juntos como Kajagoogoo e, tudo indica, que vão lançar um CD brevemente.

domingo, 1 de abril de 2012

Bon Jovi

O Início

Começou a tocar piano e guitarra aos 13 anos com músicas de Elton John e com 20, conseguiu um emprego na PowerStation Studios, por onde já tinham passado os Aerosmith, Ramones e Talking Heads.

Os Bon Jovi

Em 1983, ganhou um concurso de música numa Rádio e, de imediato, investiu na formação do Grupo que viria a chamar-se Bon Jovi. Lançaram o seu disco de estreia logo no ano seguinte, mais um em 85 e, logo depois, o álbum que trouxe ao Mundo e aos melhores lugares dos Top's, música como "You Give Love a Bad Name", "Livin' on a Prayer" e "Wanted Dead or Alive".

A solo

No início dos anos 90, Jon Bon Jovi lançou um álbum a solo do qual faz parte o enorme êxito "Blaze of Glory" e casou com a campeã de karaté Dorothea Hurley com quem tem quatro filhos. Assumindo um novo visual, com o cabelo mais curto, o regresso aos Bon Jovi, em 92 para gravar o disco "Keep The Faith", com letras mais políticas do que românticas e com novos recordes de vendas em todo o Mundo.

Anos mais recentes

Já em 2001, e dando resposta aos pedidos dos fãs, os Bon Jovi lançam finalmente um álbum ao vivo e, daí para a frente, têm lançado novo disco sensivelmente de dois em dois anos. 2005 marca o regresso dos Bon Jovi à estrada e o sucesso foi enorme. Em 2006, surpreenderam com um CD de música mais Country ­"Lost Highway". No entanto, em 2009, voltaram ao Rock N' Roll clássico que os consagrou nos primeiros anos de carreira.

sábado, 31 de março de 2012

Whitesnake

Para os Whitesnake, tudo começou no ano de 1977, em Londres, quando o ex-vocalista dos Deep Purple, David Coverdale, resolveu formar a banda. Numa época em que abundavam os grupos hard-rock e heavy-metal, os seus primeiros álbuns passam um pouco despercebidos, embora fossem razoavelmente conhecidos na Europa e no Japão.
Durante o ano de 1982, Coverdale teve ausentar-se do mundo da música por problemas familiares. Quando regressa, o som da banda parece revitalizado e com muito mais energia. "Slide It In", de 1984, mostra um grupo com uma inclinação para compor músicas "orelhudas", e o disco torna-se no seu primeiro a chegar à platina.
Três anos depois, os Whitesnake editam um álbum homónimo, que ainda consegue obter mais sucesso que o anterior, vendendo mais de seis milhões de cópias só nos EUA, muito graças a hits poderosos como "Here I Go Again", ou "Is This Love", onde combinavam riffs potentes com belas melodias.
Antes de gravar "Slip Of The Tongue", Coverdale altera a formação da banda, que agora incluía o virtuoso guitarrista Steve Vai. Embora "Slip On The Tongue", tenha chegado à platina, foi considerado algo decepcionante, principalmente depois do sucesso estrondoso de "Whitesnake".
A partir desse álbum, Coverdale impõe um hiato na produção discográfica da banda. Até que, em 1993, Coverdale lança uma colaboração com o antigo guitarrista dos Led Zeppelin, Jimmy Page. No ano seguinte, os Whitesnake editam um álbum de compilação dos seus maiores sucessos.
Em 1997 o cantor dá novamente vida aos Whitesnake. Além de Coverdale, o guitarrista Adrian Vandenberg é o único elemento que transita do line-up da formação anterior a esse interregno.
No mesmo ano os Whitesnake editam o álbum "Restless Heart". Em 1998 sai "Starkers in Tokyo", gravado ao vivo no Japão.
O final dos anos 90 marca uma nova "pausa" no percurso do grupo. Coverdale aproveita esse tempo para trabalhar num álbum em nome próprio, que edita no final de 2000, sob o título "Into The Light". Neste trabalho o cantor conta com a colaboração do guitarrista Earl Slick.
Três anos mais tarde o fundador dos Whitesnake volta a "ressuscitar" o seu grupo para uma tournée de celebração dos 25 anos de carreira da banda.
Sem Adrian Vandenberg, os Whitesnake passam a integrar os guitarristas Doug Aldrich (Dio, Lion) e Reb Beach (Winger, Alice Cooper, Dokken), o baixista Marco Mendoza (Ted Nugent, Thin Lizzy) e o teclista Timothy Drury (Eagles), e também um membro da formação original, o baterista Tommy Aldridge.
No mesmo ano, 2003, o colectivo de Coverdale junta-se a outras bandas dos anos 80, como os Scorpions e os Dokken, na digressão Rock Never Stops.
Os Whitesnake manter-se-iam com o mesmo line-up até 2005, altura em que Marco Mendoza abandona o grupo e dá lugar a Uriah Duffy.
Em 2006 a banda lança o CD/DVD ao vivo "LiveIn The Still Of The Night", que dá origem a uma digressão mundial, com passagem por Portugal, a 14 de Junho.
Em 2008, é editado "Good to Be Bad".
Segue-se em 2011 "Forevermore".

segunda-feira, 26 de março de 2012

Festival da Canção 1965 - 8º Lugar - António Calvário "Você não vê"


8º Lugar (em 8 canções) – 2 Pontos

Título: Você Não Vê
Intérprete: António Calvário
Música: João Andrade Santos
Letra: Mª Manuela de Moura Sá Teles  Santos
Orquestração: Fernando de Carvalho
Dir. De Orquestra: Fernando de Carvalho


Do meu amor
Só recebo indiferença
No seu olhar
É tão grande a cegueira
Que não retém, nem vê, nem pensa
Que ter amor é ser amigo a vida inteira
Talvez não saiba sentir amizade
Talvez que mesmo só goste de si
Mas deixe um dia que a saudade
A faça ver que me perdeu
E que a perdi
Será que amar é esquecer
Será fugir sem olhar quem ficou
Será fingir e não ver e desprezar
Quem por si já chorou
Você não vê como o fogo não arde
Se pouco a pouco não for estimulado
Não vê que um dia será tarde
P'ra alimentar o meu amor abandonado
Talvez não saiba sentir amizade
Talvez que mesmo só goste de si
Mas deixe um dia que a saudade
A faça ver que me perdeu
E que a perdi
Será que amar é esquecer
Será fugir sem olhar quem ficou
Será fingir e não ver e desprezar
Quem por si já chorou
Você não vê como o fogo não arde
Se pouco a pouco não for estimulado
Não vê que um dia será tarde
P’ra alimentar o meu amor abandonado
Venha, volte p’ra meu lado

quarta-feira, 21 de março de 2012

Cantores dos Anos 80 - Jermaine Jackson

Foi o único membro da família Jackson a ficar na Motown, enquanto os outros irmãos se dividiram entre a CBS e a Epic (ele estava então casado com a filha de Berry Gordy Hazel).
Jermaine teve uma carreira artística tímida durante os anos 70 na Motown, tendo apenas um ou outro sucesso ocasional como um remake de "Daddy's Home" (1972) e "Let's Be Young Tonight" (1975). Jermaine contou com uma boa ajuda de Stevie Wonder, que escreveu e produziu "Let's Get Serious", um pop Top Ten que conseguiu algum sucesso na época da ascensão do irmão rei-da-pop Michael. Depois de marcar um pop Top 20 hit em 1982 com a contagiante "Let Me Tickle Your Fantasy", Jermaine deixou a Motown em 1983, para a Arista Records, onde ainda teve êxitos em 1984, com "Do What You Do", e o número de dança cintilante "Dynamite". Posteriormente, ele juntou-se aos Jacksons em tempo para a sua digressão Victory em 1984. Jackson ainda gravou esporadicamente mas despareceu do panorama musical em 1991.

domingo, 11 de março de 2012

A-ha

Uma das bandas pop mais bem sucedidas nos anos 80, os noruegueses a-ha sucumbiram, na década seguinte, à mudança do gosto do público e à desactualização da sua abordagem. Em 2000, no entanto, voltaram às lides musicais para lançarem "Minor Earth Major Sky", sétimo álbum de uma carreira que começara em Londres, cerca de 20 anos antes.
Vivendo num apartamento que ficaria famoso por albergar o trio de músicos da Escandinávia, Pal Waaktaar, Magne Furuholmen e Morten Harket começaram por assinar contrato com a editora WEA, pela qual lançaram "Take On Me", um sucesso transatlântico, em parte devido ao teledisco que, na altura, era inovador por misturar imagens da vida real e desenhos animados.
A adesão do público não foi, no entanto, suficiente para convencer a crítica do mérito do grupo, considerado, aquando de "Hunting High And Low", como uma mera banda para adolescentes. "Scoundrel Days", segundo álbum de originais, lançado em 1986, vem surpreender os mais cépticos, tanto a nível lírico como instrumental. "Cry Wolf", uma das imagens sonoras da década, é a sexta faixa do disco.
Cada vez mais populares a nível global, nomeadamente graças à banda-sonora para "The Living Daylights", filme da saga James Bond, os a-ha aproveitam o tema-título desse registo para "Stay On These Roads", o seu terceiro trabalho de originais, lançado em 1988.
Dois anos depois, chega ao mercado "East Of The Sun, West Of The Moon", um disco que passa despercebido à maior parte do público britânico, entretanto mais atento à cena de Manchester e às novas tendências da música de dança. A curva descendente na carreira dos noruegueses é acentuada com "Memorial Beach", o álbum de 1993 após o qual Magne Furulhomen se dedica ao mundo das artes e Pal Waatkar lança um disco a solo, "Mary Is Coming", com os Savoy, a sua nova banda. O regresso aconteceu no ano 2000, com "Minor Earth Major Sky", um registo relativamente bem recebido pela crítica.
Em 2009, os A-Ha anunciam uma digressão de despedida para o ano seguinte.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Cantoras dos Anos 80 - Sade

Desde a sua estreia, em 1984, que Sade fez sensação no mundo da música pop. A partir daí, esta artista multifacetada, sempre fez notar a sua presença pela sua qualidade. Como figura mediática, caiu na graça dos média devido ao seu estilo cool e sensual, que lhe valeu muitas capas de revista que contribuiram bastante para a criação do seu culto. Mas a verdade é que Sade não se fica por aí e, a suportar tudo isso, está o seu inequívoco talento como cantora e compositora, que a tornou numa das cantoras mais admiradas dos dias de hoje.

Helen Folasade Adu, nasceu em 1959 em Ibadan, na Nigéria, filha de pai africano e mãe inglesa. Depois da sua mãe ter regressado a Inglaterra, Sade, cresce em Londres, na zona do North End. Começa a desenvolver a sua belíssima voz desde a adolescência, trabalhando ao mesmo tempo em part-times, dentro e fora do mundo da música. Na lista dos seus cantores preferidos estavam Ray Charles, Al Green, Aretha Franklin ou Billie Holiday.

Sade estudou design de moda no St. Martin's School Of Art, em Londres, ao mesmo tempo que fazia passagens de modelos. Por volta de 1980, começa a estudar harmonia vocal com um grupo de música latina funk, chamado Arriva. Um dos seus temas mais populares era um original de Sade escrito com outro membro do grupo, Ray St. John, "Smooth Operator" que, mais tarde, se viria a tornar no seu primeiro sucesso a solo.

No ano seguinte, ingressa, como voz de apoio, em nova banda, os Pride. O grupo incluía aqueles que viriam a formar a banda de Sade: Stuart Matthewman (guitarra e saxofone), e Paul Denman (baixo). O grupo começa a tocar muito em Londres começando a dar nas vistas, muito graças à voz de Sade. As editoras propõem então contrato, mas apenas para Sade, o que a banda não aceita. Mas passado um ano sobre a proposta inicial da Epic Records, os elementos restantes aceitam o desmembramento da banda e dizem a Sade para seguir o seu caminho. Conselho que segue, arrastando consigo Matthewman e Denman para a formação de um novo projecto que, mais tarde, é complementado com a entrada de Andrew Hale (teclas).

O seu álbum de estreia, "Diamond Life" entrou para o top ten do Reino Unido, no final de 1984 e, na Primavera de 1985, chega à platina, muito graças à força dos top ten singles, "Smooth Operator" e "Hang On To Your Love".

O seu segundo trabalho "Promise", de 1985, incluía "Never As Good As The First Time" e "The Sweetest Taboo" , que permaneceu nas tabelas pop norte-americanas, durante seis meses. A popularidade de Sade dispara em 1986, vencendo o Grammy na categoria de Revelação do Ano.

O seu terceiro álbum surge em 1988 e chama-se "Stronger Than Pride". Com este trabalho conquista o seu primeiro número um nas tabelas soul, com "Paradise", "Nothing Can Come Between Us" e "Keep Looking". Fica sem gravar durante os próximos quatro anos, até que lança "Love Delux", que continua na senda do sucesso, mais uma vez, graças a fortes temas como "No Ordinary Love", "Feel No Pain" ou "Pearls". Enquanto os produtores dos seus álbuns Mike Pela, Matthewman, Denman e Hale seguiram outros projectos, Sade opta por manter um low profile, apesar da expectativa quanto à reunião dos membros do projecto.

Em 1994, reúne os seus momentos mais memoráveis da sua primeira década de carreira sob o título "Best Of Sade".

Finalmente, depois de oito anos sem gravar, regressa em 2000, com o seu mais recente "Lovers Rock". O hiato seguinte é ainda maior, quando, passados 10 anos, em 2010, lança "Soldier of Love", disco que mantém a sua soul serena e tropical como actual.

Em Maio de 2011, Sade lança "The Ultimate Collection", uma colectânea com todos os grandes êxitos da sua carreira. Entre Junho e Agosto, a cantora nigeriana andou em tournée pelos Estados Unidos, com John Legend.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Grupos Musicais Portugueses - Ritual Tejo

José Manuel Afonso e Artur Santos foram os fundadores do grupo, cujo primeiro nome, Easy Gents, se transformou em Ritual Tejo após a conquista do 5º Concurso de Música Moderna do Rock Rendez-Vous. Estávamos então em 1988, e o colectivo viu-se completado por Chipas, o baterista, e por Paulo Costa, na voz. A entrada de Fernando Martins para as teclas, antecedeu a substituição de Chipas por Quim Zé Rebelo. Pouco depois, surgiu o primeiro registo dos sons dos Tejo em disco, quando gravaram o tema "Ânsia" para uma compilação onde figuraram os finalistas do concurso promovido pelo R.R.V.
A assinatura de um contrato com a editora EMI-Valentim de Carvalho, proporcionou a edição do longa duração de estreia, "Perto de Deus", em 1991. O álbum, que teve uma prestação regular nas tabelas de vendas, trouxe ainda assim a divulgação necessária ao trabalho dos Ritual, através de singles como "Foram Cardos Foram Prosas", um tema originalmente vocalizado por Manuela Moura Guedes, mas também "Saudade" dos Heróis do Mar. As apresentações depois feitas, na primeira parte de concertos como os dos Psychedelic Furs e de Bryan Adams, ajudaram mais ainda à divulgação do trabalho do agrupamento.
Os anos que se seguiram não trouxeram novidades de maior na carreira dos Ritual, excepção feita às participações nas compilações "Variações - As Canções de António", um disco de homenagem a António Variações, para o qual contribuíram com uma versão do tema "Dar e Receber", e em "Filhos da Madrugada", de homenagem a José Afonso e no qual surgiram com "Canto Moço".
"Histórias de Amor e Mar", o segundo conjunto de originais editado em 1996, contou com a edição da editora Farol, rescindido que foi o contrato com a EMI. O single "Um Dois Três (Nascer Outra Vez)" foi então insistentemente passado nas rádios, mas mesmo assim o registo maior não obteve os resultados desejados. Só passados três anos é que a banda se reuniu com vista à edição de mais um longa duração, "Três Vidas", lançado no mercado em 1999. Esse hiato foi motivado por uma cisão no grupo que levou à saída de dois elementos, caso de Fernando Martins, que entretanto se tinha tornado muito popular graças ao seu envolvimento em programas de televisão, sobretudo o "Chuva de Estrelas", para formar os Tambor.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Morreu Whitney Houston

A actriz e cantora Whitney Houston morreu aos 48 anos, informou sábado a agente Kristen Foster. A notícia surge na véspera da grande cerimónia de entrega dos prémios de música Grammys.
As causas da morte não foram reveladas. Sabe-se apenas que a cantora estava instalada no quarto andar do Beverly Hills Hilton, em Los Angeles, para participar numa festa antes da cerimónia de entrega dos Grammys, que ocorre este domingo à noite. As autoridades de saúde receberam a chamada de urgência pelas 15h33 locais (23h33 em Lisboa). Quando chegaram ao local, havia bombeiros e funcionários da unidade a tentar reanimar a cantora, mas sem sucesso. O óbito foi declarado pelas 15h55.
De acordo com um tenente da polícia de Beverly Hills, no quarto não havia sinais de crime, mas foi aberta uma investigação. Em declarações à imprensa, Mark Rosen não quis comentar a existência de drogas no quarto da artista. Nos últimos anos, a cantora enfrentou vários problemas ligados ao vício da droga, que a afastaram dos palcos.
Whitney Houston nasceu a 9 de Agosto de 1963 em Newark, no Estado de Nova Jérsia, era filha da cantora de gospel Cissy Houston, prima da diva da música 'pop' dos anos 60 Dionne Warwick e afilhada de Aretha Franklin.
Com a família ligada à música, o caminho de Whitney Houston rapidamente começou a ser trilhado: aos 11 anos já cantava num coro gospel em Nova Jérsia. Depois de ter sido descoberta pelo produtor Clive Davis, o mundo conheceu a sua voz, em 1985. O primeiro álbum, com o nome da cantora, bateu recorde ao vender 25 milhões de cópias.
Conhecida como 'A Voz', a carreira da cantora seguiu o caminho das estrelas ao longo das décadas de 80 e 90 com os álbuns 'Whitney' (1987), 'I'm You Baby Tonigth' (1990) e 'My Love Is Your Love' (1998). O reconhecimento do público e os milhares de fãs juntaram-se às centenas de prémios, entre Grammys, Billboard Music Awards ou Music Awards, que a tornaram numa das artistas mais premiadas de sempre. Entre os mais de 170 milhões de discos vendidos em todo o mundo, contam-se os êxitos "How Will I Know", "Saving All My Love for You" e "I Will Always Love You".
Gravou o último álbum, "I Look to You", em 2009. Nessa altura, a cantora cancelou muitos dos concertos da digressão mundial, o que levou a especular que teria voltado a abusar do consumo de drogas, alegações, porém, negadas pelas cantora, que dizia estar em excelente forma, atribuindo os cancelamentos a doenças.
O talento de Whitney rapidamente saltou dos palcos para as telas e, em 1992, foi protagonista do sucesso de bilheteira 'O Guarda-Costas', onde contracenou com Kevin Costner. Com a música em segundo plano, a cantora continuou a apostar numa carreira cinematográfica ao longo da década de 90, tendo entrado em filmes como 'Quatro mulheres apaixonadas', 'Espírito do Desejo' ou 'Cinderela'. Para 2012 está marcada a estreia de 'Sparkle', um remake do filme de 1976, inspirado na história do grupo musical The Supremes.
Este era o primeiro grande projecto da cantora após anos afastada dos palcos. Depois do sucesso artístico, a cantora tornou-se conhecida pelos seus problemas relacionados com o consumo de drogas. Em 2002, Whitney reconheceu que era o seu pior inimigo. "O maior diabo sou eu. Posso ser a minha melhor amiga ou a minha pior inimiga", disse numa entrevista ao canal de televisão norte-americano ABC.
O casamento atribulado com Bobby Brown, com quem teve uma filha, Bobbi Kristina, contribuiu para os problemas relacionados com consumo de cocaína, marijuana e comprimidos. Em 1993, a cantora acusou o marido de violência doméstica, mas o casamento durou até 2007.
Apesar das tentativas de desintoxicação, a artista manteve os maus hábitos. Em 2010, no programa de Oprah Winfrey, Houston admitia que o seu consumo de drogas era "diário". "Fazia o meu trabalho, mas depois, durante um ano inteiro ou dois, era diário... não estava feliz. Estava a perder-me", disse após duas reabilitações.
A voz da cantora cala-se para sempre na véspera da sua "noite favorita", como disse Clive Davis, referindo à cerimónia de entrega dos prémios Grammy, que poderia contar com a actuação de Whitney Houston. "Quem sabe", especulou o produtor que a lançou para o sucesso mundial. O segredo não será desvendado...


sábado, 11 de fevereiro de 2012

The Cranberries

Os irmãos Noel e Mike Hogan, guitarrista e baixista, formaram os Cranberry Saw Us no início da década de 90, juntamente com o baterista Fergal Lawler. O lugar de vocalista permanecia em aberto e a banda colocou um anúncio a pedir uma voz feminina, ao qual respondeu Dolores O'Riordan.
A cantora foi sujeita a alguns testes, os quais consistiram na composição de letras para algumas das maquetas já gravadas pela banda, e foi com o tema "Linger" que Dolores convenceu os músicos a cederem-lhe o lugar. Pouco tempo depois, os Cranberry Saw Us gravaram uma maqueta, da qual venderam a totalidade das trezentas cópias editadas em discotecas irlandesas. Foi então que mudaram o nome para Cranberries e arriscaram mandar uma outra maqueta para várias editoras do Reino Unido, na qual estavam incluídos os temas "Dreams" e "Linger".
A gravação chamou a atenção, tanto da imprensa britânica como das editoras e os Cranberries não tardaram em assinar contrato com a Island Records.
Na fase inicial do seu percurso, o grupo de Limerick, na Irlanda, apresentou na sua maioria sonoridades pop muito suaves. Foi precisamente com um deles, "Linger", que os Cranberries deslumbraram a imprensa, criando grandes expectativas no single seguinte da banda, "Uncertain". O resultado não agradou à mesma imprensa que os tinha posto num pedestal pouco tempo antes.
A par da má recepção do single, os conflitos com o produtor Pearse Gilmore eram cada vez mais frequentes, e a banda ponderou seriamente na hipótese de abandonar o projecto. No entanto, ultrapassou os contratempos com a contratação de um novo produtor, Stephen Street, que tinha trabalhado anteriormente com os Smiths, e deu início às gravações do seu álbum de estreia, "Everybody Else is Doing it, So Why Can't We?", que viu a luz do dia em 1993 e do qual foi extraído o single "Dreams".
Apesar de nem o álbum, nem o single terem sido alvo de grande divulgação, os Cranberries começavam já a captar a atenção do público. Tal ficou provado quando o grupo realizou uma digressão pelos Estados Unidos, onde actuou como banda de apoio dos The The e dos Suede, tendo sido recebido mais entusiasticamente do que os próprios cabeças de cartaz.
Seguiu-se o apoio da MTV, que apostou na passagem insistente do teledisco de "Linger", e no final do ano o disco, que passara complemente despercebido aquando da sua edição, tunha já conquistado a dupla-platina.
O segundo álbum da banda de Dolores O'Riordan, "No Need To Argue" foi editado em 1994, e seguiu já um rumo mais próximo do rock, não deixando, no entanto, completamente de lado o forte lado pop da banda. Os singles "Zombie" e "Ode to My Family" conquistaram as tabelas de vendas e o próprio álbum adquiriu o estatuto de tripla-platina um ano depois de ter sido editado.
Entretanto começaram a circular rumores de que Dolores iria abandonar os Cranberries para se dedicar a uma carreira a solo. A banda demonstrou que as suspeitas não tinham qualquer fundamento ao editar o seu terceiro álbum de originais, "To the Faithful Departed" em 1996, um disco definitivamente mais orientado para o universo do rock de guitarras. O álbum ficou muito aquém do sucesso alcançado pelos trabalhos anteriores da banda, e após o cancelamento da digressão australiana e europeia, os boatos acerca da carreira a solo de Dolores voltaram a propagar-se. Mais uma vez mostraram-se infundados, uma vez que em 1999 o álbum "Bury the Hatchet" era editado. Os boatos foram afastados de uma vez por todas em 2001, com o lançamento de "Wake Up & Smell the Coffee", um álbum que mais uma vez teve por mais valia a suavidade característica da voz de Dolores O'Riordan. A revisão de carreira foi feita no mês de Setembro do ano seguinte, com a edição do best of "Stars".

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Simple Minds em Lisboa a 14 de Fevereiro


Os Simple Minds trazem a Portugal, dia 14 de Fevereiro no Coliseu de Lisboa, o novo espectáculo 5X5 Live, onde vão tocar um alinhamento absolutamente novo dedicado na íntegra aos influentes e aclamados primeiros discos da carreira.

A banda britânica anunciou uma digressão europeia em que vai proporcionar aos fãs uma oportunidade única e entusiasmante de ouvir ao vivo músicas dos primeiros cinco álbuns. O primeiro concerto, com duração superior a duas horas e meia, será em Lisboa.

Nos concertos, os Simple Minds vão interpretar 5 músicas de cada um dos seus 5 primeiros álbuns, "Life in a Day", "Real to Real Cacophony", "Empires and Dance", "Sons and Fascination/Sister Feelings Calling" e "New Gold Dream (81, 82, 83, 84)", que celebra o 30º aniversário no próximo ano.

Os 5 discos foram editados durante o período prolífico dos Simple Minds, entre 1979 e 1982, e tiveram um impacto cultural enorme, desde o nascimento da New Wave no final da década de 70, através da revolução da música de dança nas décadas de 80 e 90, passando pela música dos Manic Street Preachers, até ao mais recente disco dos The Horrors, "Skying". Sem dúvida, 5 dos álbuns mais importantes da história do post-punk e dos últimos 35 anos.

Nas palavras do Jim Kerr (vocalista), "Este é o alinhamento que muitos dos fãs de Simple Minds nos têm implorado para tocar e, finalmente, vão ter uma oportunidade única de o ver".

Recorde aqui um dos maiores êxitos da banda:


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Village People

Formado em Nova Iorque em 1977, com o intuito de atrair a atenção do público gay, o projecto Village People apesar de, a princípio, ter dado a impressão de ter por detrás de todo aquele aparato visual um esquema comercial inteligentemente pensado, depressa começou a soar a exagerado aos ouvidos de meio mundo.
A ideia partiu da cabeça do produtor Jacques Morali, que depois de ter assegurado o contrato com a Casablanca, partiu em busca de seis personagens para dar vida ao elenco que havia imaginado - Felipe Rose, Alexander Briley, Randy Jones, David Hodo, Glenn Hughes e Victor Willis. A cada um foi entregue um papel e as personagens escolhidas para dar vida ao projecto foram um cowboy, um ciclista, um soldado, um bailarino, um trabalhador da construção civil e um polícia.
Juntos cantavam sobre temas relacionados com o universo gay, escritos por Phil Hurt e Peter Whitehead, que primeiro seduziram os EUA, mas não tardaram em conquistar o público britânico. A primeira chamada de atenção foi feita com o single "San Francisco (You Got Me)" (1977), mas foi pela mão de temas como "Macho Man", "In the Navy" e "Y.M.C.A.", hoje considerados três dos maiores hinos do disco sound, que os Village People conquistaram definitivamente não só o mercado britânico, mas toda a Europa, tornando-se num caso de popularidade à escala mundial.
Com três vocalistas de excepção na sua formação inicial, os Village People viram um deles, Victor Willis, ser substituído por Ray Simpson, que pouco depois cedeu o seu lugar a Miles Jaye.
A euforia e o clima de festa continuou a caracterizar a música da banda, e os êxitos continuaram a fazer as delícias do público gay, e não só. "Go West" e "Can't Stop The Music" treparam até ao cimo das tabelas de vendas à semalhança dos singles anteriores, e com a participação no filme igualmente intitulado "Can't Stop the Music", os Village People mostraram que não havia margem para dúvidas acerca do seu lugar cativo estrategicamente situado debaixo das luzes da ribalta.
Em princípios de 80, depois da edição de "Renaissance", a banda entrou em período de hibernação e assim permaneceu durante alguns anos, até tentar novo regresso aos palcos e aos discos na década de 90, ainda que sem grande êxito.

Mais tarde, em 2001, o grupo viria a perder um dos seus fundadores, Glenn Hughes, vítima de doença prolongada.

No entanto, dois anos depois, os Village People voltariam a surpreender o público ao aparecerem na véspera de Ano Novo no reality show dos Osbourne, onde actuaram como convidados especiais de Ozzy e Shannon Osbourne, que renovaram nessa noite os seus votos matrimoniais.

Em 2005 a formação leva novamente os sons do disco sound para a estrada. Além dos concertos nos EUA, no Canadá o mítico grupo dos anos 70 passa em Portugal, a 18 de Novembro, no Pavilhão Atlântico, onde actua com os Boney M,numa noite dedicada ao Disco Fever.