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António Pinto Basto
Nasce em Évora, a 6 de Maio. Desde cedo mostra gosto pela música em geral e, em particular, pelos cantos tradicionais e pelo fado que, enquanto adolescente, começa a cantar em festas.
1970-1974 - Licenciado em Engenharia, pelo Instituto Superior Técnico, de Lisboa, grava três EP, que hoje renega, por considerar que desde então evoluiu bastante na forma de interpretar o fado.
1974-1988 - Decide não gravar, por entender que o fado exige dos seus intérpretes mais do que a simples intuição natural. Não deixou, no entanto, de se apresentar em público em Portugal, Estados Unidos, Brasil, Espanha, França e Angola.
1988 - Editou o seu primeiro álbum, "Rosa Branca", para a PolyGram, com sucesso assinalável. Ganha o "Grande Prémio de Revelação" da Rádio Renascença e dois "Seles de Ouro", um para revelação e outro para fado.
1989 - Depois de mais de 120 concertos em todo o País, edita no final do ano o duplo álbum "Maria", com repetição de sucesso de vendas e de crítica. Ganha o "Grande Prémio de Popularidade" da Rádio Renascença e o "Grande Prémio de Popularidade" da Casa da Imprensa.
1991 - E editado o terceiro álbum, "Confidências à Guitarra".
1992 - No primeiro semestre do ano, visita os quatro continentes, actuando nomeadamente em Macau no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, e em Hong Kong perante diplomatas locais. Canta ainda o fado em Angola e em Sevilha, na EXPO-92. Nos Estados Unidos faz uma apresentação numa rede portuguesa de TV.
1993 - Lançamento da compilação "Os Grandes Sucessos de António Pinto Basto".
1994 - Convidado pelo Instituto Cultural de Macau, é solista da Orquestra Chinesa de Macau, com 68 elementos, numa digressão por Portugal. Um dos espectáculos de Lisboa é integrado no programa de Lisboa-94.
1995 - Participa em Macau no "VI Festival de Artes" e dá dois concertos em Goa. No final do ano, é lançada uma vídeocassete intitulada «António Pinto Basto em Évora», baseada num concerto na sua terra natal.
1996 - É editado, na BMG, o álbum "Desde o Berço".
DISCOGRAFIA:
1970 - Povo Sagrado (EP).
1973 - Saudades Peregrinas (EP).
1974 - Tem Fé Caminheiro (EP).
1988 - Rosa Branca (LP, Philips).
1989 - Maria (CD, Philips).
1991 - Confidências à Guitarra (CD, Philips).
1993 - Os Grandes Sucessos (CD, Philips).
1994 - O Melhor dos Melhores (CD, Movieplay).
1996 - Desde o Berço (CD, BMG).
António Pinho Vargas
Nasce a 15 de Agosto, em Vila Nova de Gaia.
1960 - Inicia lições de piano.
1967 - Entra para os Grelha, grupo de liceu formado por um colega.
1968 - Termina o liceu e vem para Lisboa estudar Direito, afastando-se da música.
1971 - Pede transferência para o curso de História, mas um atraso na entrega da documentação impede-o de iniciar o curso ainda nesse ano lectivo. Regressa ao Porto e aos Grelha.
1972 - Começa a interessar-se pela música clássica e pelo jazz, com a ajuda do musicólogo e jornalista Jorge Lima Barreto. Decide então procurar um professor de piano, e os Grelha inflectem para o free-jazz por influência das teorias de Barreto.
1974 - Decide aprender jazz tradicional.
1975 - Envereda a sério pela carreira musical, interrompendo os estudos de História.
1976 - Participa num festival de jazz em Liubliana como acompanhante de Rão Kyao.
1977 - Participa no Festival de Jazz de Cascais desse ano. Forma o primeiro dos seus dois grupos, o Zanarp, com José Nogueira, José Martins e Artur Guedes.
1978 - Forma o grupo Abralas, com Fernando Girão.
1979 - Participa no Festival de Jazz de Cascais. Atua pela primeira vez em Macau. A formação do Quarteto de António Pinho Vargas consolida-se, com José Nogueira, Mário Barreiros e Pedro Barreiros. 1980 - Participa no Festival de Jazz de Cascais. Decide retomar os seus estudos de História e completa o curso.
1981 - Depois de uma passagem pelos Arte & Oficio, de Sérgio Castro, passa a integrar a Banda Sonora, de Rui Veloso, como pianista.
1982 - Participa nas gravações do álbum "Fora de Moda", de Rui Veloso, como integrante da Banda Sonora, mas abandona o grupo ainda neste ano.
1983 - Edita pela PolyGram o seu primeiro LP a solo, "Outros Lugares", que é aclamado pela crítica e obtém boa receção do público, esgotando duas tiragens sucessivas. O álbum é mais tarde definido pelo pianista como «um resumo» do seu trabalho até aí, pois os temas mais antigos remontavam já a 1976. Participa no Festival de Jazz de Cascais.
1984 - Participa no Festival de Jazz de Cascais.
Ago. - Participa no Jazz em Agosto, da Fundação Calouste Gulbenkian. Atua pela segunda vez em Macau. Atua no Festival de Jazz de Paris.
1985 Abr. - Transfere-se da PolyGram para a EMI-Valentim de Carvalho, anunciando igualmente a gravação de um novo disco em Junho.
Ago. - Participa no Jazz em Agosto, da Fundação Calouste Gulbenkian.
Out. (15) - Inicia uma série de oito concertos em Paris com o Quarteto APV, a convite da Maison de Jeunes et de la Culture.
Nov. - Edita o seu segundo álbum e primeiro para a EMI-VC, "Cores e Aromas". O tema de abertura, «Dança dos Pássaros», torna-se num inesperado êxito de rádio, algo de invulgar para um disco de jazz, e o álbum esgota a sua primeira tiragem.
(21) - Em entrevista ao jornal "Êxito", António Pinho Vargas afirma que a sua saída da PolyGram se deveu à desatenção e incompreensão da editora, que deixou o álbum "Outros Lugares" esgotado vários meses e pretendia transformá-lo num novo Rão Kyao, numa alusão a um outro artista (sob contrato com a PolyGram) que, proveniente da área do jazz, se tornara num fenómeno de popularidade ao optar por um som mais easv listening e comercial.
1986 Jun. (14) - Atua no Cinema Alvalade, no seu primeiro concerto ao vivo em Lisboa, desde a edição de "Cores e Aromas".
1987 Abr. (24) - Apresenta ao vivo o seu novo álbum no Auditório Carlos Alberto.
Maio - Edita o álbum "As Folhas Novas Mudam de Cor", do qual o tema «Tom Waits» se torna num enorme sucesso de rádio. O álbum atingirá o 8.° lugar do top nacional de vendas, durante uma estada de três meses no top. O título do disco é retirado de um verso de Eugénio de Andrade. Simultaneamente, é director musical da encenação teatral de Hamlet, de Shakespeare, feita por Carlos Avillez para o ACARTE.
Jul. (24) - António Pinho Vargas apresenta-se ao vivo no Rivoli do Porto com o seu sexteto.
(26) - Atua na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa. Compõe a banda sonora do filme de João Botelho, "Tempos Difíceis".
Out. - Parte para a Holanda como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, a fim de estudar composição contemporânea com Klaas de Vries e Otto Ketting.
(15) - Apresenta-se no Auditório Nacional Carlos Alberto, num concerto onde estreia em palco quatro novos temas e se apresenta com uma formação invulgar, com dois percussionistas, em vez do tradicional baterista.
Nov. (5-12) - Realiza uma minidigressão nacional com datas fixas em Coimbra, Évora, Beja, Loulé, Lagos e Faro.
1988 Abr. (10) - Atua no Auditório Nacional Carlos Alberto num concerto organizado para comemorar o 10.° aniversário da Liga dos Amigos do Hospital de Santo António.
Ago. - Atua no Festival Jazz em Agosto, da Fundação Calouste Gulbenkian, com o Vargas Jazz Ensemble, designação nova para o sexteto, apresentando quatro temas inéditos que serão posteriormente gravados no álbum "Os Jogos do Mundo". Compõe a obra para orquestra «Geometral», encomendada pela Fundação Calouste Gulbenkian para os "XIII Encontros de Música Contemporânea".
Nov. - "As Folhas Novas Mudam de Cor" é publicado em CD.
1989 Abr. - É editado o álbum "Os Jogos do Mundo", que inclui «Do Teatro», baseado no tema principal da peça Hamlet, e «Do Cinema», inspirado num dos temas escritos para Tempos Difíceis.
Maio (13) - «Geometral» é estreada nos "XIII Encontros de Música Contemporânea" da Fundação Calouste Gulbenkian, sob a direção do maestro Michel Tabaschnik, com a participação dos solistas Aníbal Lima (violino), Paulo Gaio Lima (violoncelo) e Olga Prats (piano).
Set. (15-20) - Realiza uma minidigressão promovida pela Secretaria de Estado da Cultura, passando pelo Porto, Ovar, Viana do Castelo e Braga.
1990 Maio (15) - "Outros Lugares" é reeditado pela EMI-VC, ao mesmo tempo que é finalmente editado em CD "Cores e Aromas". Diploma-se em Composição pelo Conservatório de Roterdão. Escreve música para a coreografia de Paulo Massano "A Bailarina do Mar".
1991 Maio - É editado o álbum "Selos e Borboletas", gravado em quarteto com José Nogueira, Arild Andersen e Adam Rudolph.
Jun. (1) - Atua no Coliseu do Porto para apresentação ao vivo do álbum Selos e Borboletas.
(7) - Atua no Coliseu de Lisboa com a presença de Rui Veloso. A sua composição «Estudo/Figura» é premiada no IV Concurso de Composição da Oficina Musical. A peça é estreada em Amesterdão nesse mesmo ano. Ingressa como professor na Escola Superior de Música de Lisboa.
1992 - Escreve a peça para orquestra e solistas de jazz «Explicit Drama», encomendada pela Comissão dos Descobrimentos Portugueses. Escreve «Mechanical String Toys», por encomenda da Orquestra Metropolitana de Lisboa de Miguel Graça Moura.
1993 Abr. (6) - Atua em abertura do Simbiosis Jazz Festival na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa. O grupo de música contemporânea de Estugarda Musik Fabrik estreia nas 2.as Jornadas de Arte Contemporânea do Porto a peça para quarteto de cordas «Monodia — Quasi un Requiem».
1994 Abr. (29) - Apresenta-se ao vivo no Coliseu dos Recreios de Lisboa num espectáculo integrado na série Coliseu's por iniciativa de Lisboa-94, com a presença dos convidados Laurent Filipe, Maria João e o Quarteto de Cordas da Orquestra Metropolitana de Lisboa e como convidado-surpresa Vitorino, abarcando a sua carreira como jazzman e compositor contemporâneo. O concerto é repetido a 5 de Maio no Teatro São João, no Porto.
Nov. - Estreia-se na composição contemporânea com «Nocturno-Diurno», encomendada pelo sexteto de cordas AIEC, de Lille.
1995 Jan. - É editado o seu primeiro disco de música contemporânea, "Monodia", que inclui cinco peças contemporâneas escritas entre 1986 e 1994 e interpretadas sob a supervisão do compositor. Para marcar bem a diferença de material em relação às suas gravações anteriores, o álbum é editado através do selo EMI Classics.
Set. - Anuncia-se o regresso de Pinho Vargas aos estúdios de gravação, para um álbum de jazz em trio com a cantora Maria João e o seu saxofonista habitual José Nogueira.
1996 Abr. (30) - E editado "A Luz e a Escuridão", gravado em Frankfurt com Maria João e José Nogueira. A par de temas inéditos, o álbum recupera ainda várias peças já gravadas em discos anteriores, casos de «Brinquedos» (de "Selos e Borboletas"), «Dinky Toys» (de "Outros Lugares") «Vilas Morenas» (de "As Folhas Novas Mudam de Cor") ou «Thelonious Schizo Sketch» (de "Os Jogos do Mundo").
Maio (4) - António Pinho Vargas apresenta-se ao vivo no Centro Cultural de Belém num concerto único com a participação de Maria João e José Nogueira para estreia ao vivo de "A Luz e a Escuridão".
DISCOGRAFIA:
1983 - Outros Lugares (LP, PolyGram).
1985 - Cores e Aromas (LP, EMI-VC).
1987 - As Folhas Novas Mudam de Cor (LP, EMI-VC).
1989 - Os Jogos do Mundo (LP, EMI-VC).
1991 - Selos e Borboletas (CD, EMI--VC).
1995 - Monodia (CD, EMI Classics).
1996 --A Luz e a Escuridão (CD, EMI-VC).