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sexta-feira, 30 de setembro de 2022
quinta-feira, 15 de setembro de 2022
Ingrid Bergman
Quando chegou a Hollywood, rotulada de futura estrela, a verdadeira estrela sueca do momento, Greta Garbo, dizia adeus ao cinema. Rainha morta, rainha posta! Na altura era dificil de prever, mas Ingrid Bergman superou a Garbo, e ainda hoje é a maior actriz sueca da história, apesar da "rivalidade" com as mulheres de Bergman e com a diva da década de 30.
Depois de uma passagem pelo teatro sueco e pela ascendente industria erótica daquele país nórdico, Bergman deu nas vistas no filme Intermezzo em 1936. David Selznick comprou os direitos do filme e fez uma versão para Hollywood, insistindo em Bergman para o papel que fizera dela uma estrela na Suécia. Depois do enorme sucesso da versão americana de Intermezzo, Bergman volta a casa para fazer mais três filmes, mas em 1942 está em Hollywood. Acreditava-se que para sempre, mas o destino iria pregar-lhe uma partida.
No ano seguinte protagoniza algumas das mais icónicas cenas da história do cinema com Bogart em Casablanca. O filme torna-se num dos maiores sucessos de sempre, confirmando o estatuto de estrela da bela sueca. No ano seguinte é pela primeira vez nomeada aos óscares, por For Whom the Bell Tolls, onde divide o ecrãn com Gary Cooper. Em 1944 a sua consagração é consumada em Gaslight, filme que lhe vale os prémios da critica e da Academia. No ano seguinte tornava-s numa das "Loiras" de Hitchcock em Spellbound . Volta a trabalhar com o realizador em Notorious e Under Capricorn, mas são os seus papeis em The Bells of St. Mary´s e Joan of Arc que lhe valem mais duas nomeações aos óscares.
Em 1949 viaja até Itália para filmar Stromboli com o realizador Roberto Rossellini. Acabam por se apaixonar, e Bergman, que era casada e tinha uma filha, deixa a familia para ir viver com o realizador italiano, de quem terá duas filhas, a mais conhecida, a também actriz Isabella Rossellini. Banida pelos americanos, que com a sua moral se sentiram de alguma forma traidos, Bergman fica seis anos fora da América. Aproveita para entrar nalguns dos melhores filmes de Rossellini, Europa 51, Viaggio in Italia e La Paura, e trabalha com Renoir em Heléne et les Hommes.
O seu regresso a Hollywood não poderia ser mais triunfal. Em 1956 vence o seu segundo óscar por Anastasia e faz as pazes com o seu país adoptivo. A partir daí a sua carreira abranda claramente, mas há ainda papeis merecedores de atenção. Em 1974 conquista o seu terceiro óscar, como secundária desta feita, por Murder on the Orient Express, tornando-se na segunda actriz com mais triunfos, logo atrás de Hepburn. O cancro acabará por ser a sua perdição. Bergman morre em 1982 deixando o mundo do cinema sem uma das suas maiores estrelas.
domingo, 4 de setembro de 2022
Abel Gance
Cineasta, poeta e dramaturgo francês nascido em Paris, lançador da tela panorâmica e do som estereofónico, tornando-se um dos mais ilustres cineastas do período situado entre as duas guerras mundiais. Começou no cinema como ator em Molière, de Leonce Perret (1909), foi roteirista de Paganini e fundou uma produtora, para a qual dirigiu La Digue (1911), Le Nègre blanc (1912) e La Folie du docteur Tube (1915). O sucesso veio com Mater Dolorosa (1917) e La Dixième Symphonie (1918). Sua obra-prima e um dos clássicos do cinema foi Napoléon (1926), que levou quatro anos para ser rodado. Parou de dirigir filmes (1963) e morreu em Paris. Em sua longa filmografia citam-se La Digue (1911), Le Nègre blanc-le Masque d'horreur (1912), Un Drame au château d'Acre (1914), La Folie du Docteur Tube (1915), Le Fou de la falaise (1916), Le Droit à la vie (1917), La Dixième Symphonie (1918), La Roue (1923), Napoléon (1927), Marines et Cristaux (1928), La Fin du monde (1930), Mater Dolorosa (1932), Le Maître des forges (1933), Poliche (1934), Le Roman D'Un Jeune Homme Pauvre (1935), Lucrezia Borgia (1935), The Queen And The Cardinal (1935), Un Grand amour de Beethoven (1936), Le Voleur De Femmes (1936), Louise - Paradis perdu (1938), J'Accuse (1939), Louise (1939), Four Flights To Love (1940), La Venus Aveugle (1941), Le Capitaine Fracasse (1942), La Captaine Fracasse (1943), La Tour de Nesle (1954), La Tour De Nesles (1955), Magirama (1956), Austerlitz (1959) e Cyrano Et D'Artagnan (1963).
Biografia retirada de NetSaber
quinta-feira, 1 de setembro de 2022
Minnie Driver
Uma das mais interessantes actrizes da sua geração, especializou-se à muito em suaves e emotivos desempenhos secundários. Mas muitos acreditam que o seu valor é tal que o protagonismo pode estar já ao virar da esquina...
Minnie Driver nasceu em Londres, a 31 de Janeiro de 1970. Teve uma infância absolutamente normal e depois de ter representado em várias peças escolares, percebeu que tinha vocação para ser actriz. Por isso começou a estudar artes dramáticas antes de completar 18 anos. Aos 20 anos conseguia o seu primeiro papel diante das camaras. Foi em God on the Rocks, um telefilme britânico. No entanto só três anos depois o seu nome voltaria a surgir num elenco. A razão? Os estudos que decidiu continuar de forma paralela á sua carreira de actriz. E assim foi de novo na televisão, desta feita numa mini-serie, que Minnie Driver voltou a representar. Nesse ano faria ainda um telefilme de relativo sucesso, Royal Celebration, e nos dois anos seguintes continuaria a trabalhar exclusivamente na televisão, ora em telefilmes ora em series televisivas.
A chegada em definitivo ao cinema ocorreu em 1996 com um papel em Big Night, filme de Stanley Tucci e Campbell Scott. Nesse mesmo ano entraria em Sleepers, ao lado de um elenco recheado de nomes sonantes, para explodir verdadeiramente em 1997 numa serie de papeis que ajudariam a sua carreira a saltar para uma nova etapa. O primeiro foi em Grosse Pointe Blank, ao lado de Jon Cusack. Seguiu-se ainda Baggage. Mas seria o filme de Gus van Sant, Good Will Hunting que a catapultaria para a fama. O seu desempenho extremamente sólido e emotivo ao lado de Matt Damon valeram-lhe o aplauso da critica e do público. A partir de agora, Minnie Driver era um nome levado a sério.
Aproveitando a onda, o final dos anos 90 revelou-se bastante positivo para a sua carreira. Papeis em filmes como Hard Rain, The Governess - o seu primeiro papel como protagonista - e An Ideal Husband confirmaram o seu proclamado talento.
Em 2000 chegou um dos seus melhores papeis, ao lado de David Duchovny no filme Return to Me. Um sólido desempenho que fazia antever uma década de sucesso. O que não chegou a acontecer. Os papeis não chegavam, os projectos não tinham o sucesso esperado. A pouco e pouco o seu nome foi-se com o vento tão rapidamente como tinha chegado. Mas a eclética actriz não tinha ainda desistido. Depois de participações menores em filmes como Elle Enchanted ou Hope Springs chegou a hipótese de desempenhar aquele que viria a ser o melhor desempenho da sua carreira. Em Phantom of the Opera ela é Carlotta, a diva perfeita num desempenho secundário verdadeiramente arrebatador, um dos melhores papeis secundários de 2004.
Com o seu sucesso em Phantom of the Opera, esperam-se agora melhores dias para a sua agitada carreira. Dias que correspondam ás melodiosas notas que toca ocasionalmente na sua guitarra num qualquer clube de jazz por esse mundo fora.
segunda-feira, 15 de agosto de 2022
Al Pacino
Consegue explodir de raiva em poucos segundos, de uma forma que nem o "Método" ensinava. Duro entre os duros, nunca perdendo o seu charme muito próprio, Al Pacino é uma referência eterna para quem vive o cinema.
Começou a carreira em 1969, numa serie de pequenos papeis, e é a escolha surpresa para ser Michael Corleone em The Godfather. O seu assombroso desempenho vale uma nomeação e o aplauso generalizado da critica. No ano seguinte está no aclamado Serpico e em 1974 volta ao universo da familia Corleone, superando-se mais uma vez. Segue-se Dog Day Afternoon naquele que é o seu periodo de maior produtividade. Em 1979 é a estrela de And Justice For All, sexta nomeação em dez anos de carreira. Em 1983 está no remake que Brian de Palma faz ao clássico de Howard Hawks, o filme Scarface, onde volta a assumir-se como um dos mais completos actores da história, misturando cenas de grande violència com momentos de profunda sensibilidade.
Os anos 80 são infelizes e Revolution, uma grande aposta, é um gigantesco fracasso. Em Dick Tracy trabalha com Hoffman e Beatty e volta a ser nomeado, desta feita para melhor actor secundário.
Nesse mesmo ano volta a viver pela última vez a personagem de Michael Corleone em The Godfather III, algo que estava relutante em fazer, sendo persuadido pelo amigo Copolla, que, cheio de dividas, precisava de um sucesso para manter viva a sua produtora.
O inicio dos anos 90 são o periodo do comeback de Pacino. Depois de deixar Michael Corleone, é fabuloso em Frankie and Johnny ao lado de Michelle Pfeiffer. Já com cinquenta e dois anos, 1992 é o ano da sua consagração. É duplamente nomeado aos óscares, pelo seu papel secundário em Glengarry Glenn Rose, e pelo papel principal em Scent of a Woman. É nesse filme, onde brilha como há muito não se lhe via, que Pacino vence finalmente o óscar que os rivais Nicholson e Hoffman já tinham a dobrar. Mostrando que ainda está em forma, no ano seguinte protagoniza Carlito´s Way, e divide o ecrán com Robert de Niro em Heat. Em 1997 está em Devil´s Advocate e Donnie Brasco, continuando a explorar o seu lado infernal, e 1999 volta a mostrar um soberbo Pacino, quer em Any Givem Sunday, quer em The Insider. Em 2002 volta com Insomnia e Simone e no ano seguinte é o instrutor de Colin Farrell em The Recruit. Passa por Angels in America e regressa ao cinema para ser um inesquecivel Shylock em The Merchant of Venice.
Al Pacino continua a ter projectos para o futuro. Teve mais falhanços que os seus "rivais"; mas a verdade é que tem um estilo único e que, quando desaparecer, dificilmente encontrará um digno sucessor.
segunda-feira, 1 de agosto de 2022
Monica Belluci
É uma das maiores sex-symbols do mundo. A sua beleza parece querer ofuscar qualquer papel que faça. Mas poucos terão conseguido esquecer a violência emocional que marcou os seus filmes mais celebres...
Esta sensual italiana nasceu em Citta di Castello no distrito de Umbria a 30 de Setembro de 1964. A sua aldeia era bastante pobre mas mesmo assim Monica Belluci conseguiu ter dinheiro suficiente para estudar direito em Perugia. Foi aí que começou a fazer trabalhos como modelo, utilizando a sua figura voluptuosa e escultural para juntar dinheiro de forma a poder pagar os estudos. A sua carreira como modelo começou em Itália mas em 1988 já estava em Paris a trabalhar com a elite do meio. O sucesso nas passerelles foi tremendo, tendo sido colocada praticamente ao mesmo nivel que as top-models da época. Com 26 anos decidiu arriscar uma carreira como actriz, apesar de não ter qualquer formação. O filme que a lançou foi Briganti. Durante dois anos a bela Monica faria filmes em Itália até Francis Ford Copolla ter ficado impressionado com a sua sensualidade, escolhendo-a para viver uma vampira no seu Bram Stokers Dracula. A estrondosa italiana chegava assim a Hollywood.
Depois desta sua primeira passagem pelo cinema norte-americano, Monica Belluci voltou à Europa onde dividiu a sua carreira nas passarelles por prestações em filmes franceses e italianos. Em 1996 atingiu um dos pontos mais altos da sua carreira em L´Apartment, filme pelo qual recebeu uma nomeação para melhor actriz nos Cesares. A consagração como actriz tinha chegado finalmente. Ao longo do resto da década Belluci continuou a fazer filmes entre Itália e França, com titulos de algum sucesso como Come mi vuoi, Stressati ou Méditerranées. Por essa altura já tinha começado uma relação com Vincent Cassell, o menino bonito do cinema francês com quem viria a casar em 1999 e do qual já tem uma filha, para além de vários projectos em conjunto.
Com o novo milénio chegou de novo a fama, primeiro sob a forma de várias capas de revista onde posou sem qualquer preconceito, e depois com alguns papeis de destaque. O primeiro seria num filme do italiano Giuseppe Tornattore em Malena. Um papel extremamente tocante e sensual que lhe valeu o aplauso da critica e do público. Depois foi escolhida para viver a mitica Cleopatra no segundo filme de aventuras de Asterix e Obelix. E depois houve ainda as presenças no cinema americano, em Tears from the Sun, e em Matrix Reloaded e Revolutions.
Mas seriam dois papeis que acabariam por moldar a sua imagem. Papeis tocantes e extremamente violentos que a confirmaram como uma actriz de valor. O primeiro tinha chegado em 2002 num filme dirigido e interpretado pelo marido. Irreversible foi tido como um dos filmes choque do ano, especialmente pelos primeiros quinze minutos em que Belluci é violada selvaticamente. O segundo aconteceu já em 2004 no polémico filme de Mel Gibson, The Passion of the Christ onde viveu uma pungente Maria Madalena, dando assim corpo ao pecado humano.
Com todos estes papeis de destaque já ficou mais do que provado que Belluci não é só uma cara bonita e um corpo de arromba. É também uma das mais interessantes actrizes do velho continente.
sexta-feira, 15 de julho de 2022
Tom Hanks
Desde as suas comédias mais hilariantes aos papeis mais dramáticos, desde sempre Tom Hanks foi visto como um all-american actor. Um espelho do que os americanos querem ser. O seu humor, coragem e valores contagiaram o público norte-americano que o considera hoje como um dos maiores actores de sempre.
E justamente!
Thomas J. Hanks nasceu a 9 de Julho de 1956 em Concordy, na Califórnia. Filhos de pais que fizeram história ao fazerem aprovar no estado uma lei sobre o complicado dossier das separações fez com que o jovem Thomas tivesse de viajar de casa do pai para casa da mãe, de cidade em cidade, de familia adoptiva em familia adoptiva, sem nunca conseguir um nucleo familiar estável.
Curiosamente, ao contrário da maior parte dos actores, nas representou na escola. Aliás, era sempre rejeitado para papeis em peças escolares por falta de talento. A carreira teve inicio num pequeno teatro local que o convidou para fazer uma tour em Clevland e a partir daí o jovem encontrou o seu rumo.
A estreia no cinema só chegaria em 1980 quando já tinha 24 anos. Foi no filme He Knows Youre Alone. Curiosamente o seu primeiro sucesso chegaria apenas ao terceiro filme. Foi em Splash, onde contracenava com Daryl Hannah.
Os anos 80 marcariam Hanks como um dos grandes actores de comédia do cinema de então. Em papeis como Bachelor Party, Big (pelo qual recebeu a primeira de sete nomeações aos óscares) e The Money Pitt tornaram-no num nome consensual.
O grande salto deu-o em 1993 quando encarnou a vida de Andrew Beckett no dramático Philadelphia. Hanks foi o primeiro actor a interpretar com este destaque um homem contagiado com o virus da SIDA e comoveu meio mundo. E aproveitou e venceu a sua primeira estatueta dourada. E quando todos pensavam que a sua carreira iria voltar aos papeis que o tinha lançado, surge Forrest Gump. O filme, uma comédia-dramática em estilo de biopic, tornou-se num dos mais espectaculares do cinema norte-americano. E o seu desempenho foi avassalador de tal forma que Hanks se tornou no segundo actor (o primeiro tinha sido Spencer Tracey) a vencer dois óscares de melhor actor de forma consecutiva. Aos poucos tinha-se tornado num icone, o all-american, o sucessor natural de James Stewart.
Os papeis de homens simples que têm de encarar situações dramáticas tornaram-se imediatiamente a sua imagem de marca. Apollo 13, Saving Private Ryan, The Green Mile e Cast Away provaram que a fórmula tinha sucesso. Por todos conseguiu uma nomeação mas não voltou a vencer, mesmo que em alguns dos filmes, como no magnifico retrato de Steven Spielberg do Dia D, tenha merecido.
Entretanto alternava esse tipo de papeis com outros mais cómicos, quer na dobragem de Toy Story, quer em comédias como You´ve Got Mail e Sleepless in Seatle.
Inspirado no trabalho realizado com Spielberg, decidiu juntar-se ao seu amigo para produzir, em 2001, a aclamada serie Band of Brothers.
Os últimos anos têm sido pautados com interpretações mistas. Foi um anti-heroi em Road to Perdition, onde andou um pouco perdido, mas foi um notável detective em Catch Me If You Can. Já este ano seria a estrela de Ladykillers e de The Terminal, onde trabalhou pela terceira vez com Spielberg.
Para o futuro o nome de Hanks vai continuar a encher as salas de cinema. Temos já este natal The Polar Express e para os próximos anos há The Da Vinci Code, The Risk Pool e A Cold Case.
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