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sábado, 31 de março de 2012

Whitesnake

Para os Whitesnake, tudo começou no ano de 1977, em Londres, quando o ex-vocalista dos Deep Purple, David Coverdale, resolveu formar a banda. Numa época em que abundavam os grupos hard-rock e heavy-metal, os seus primeiros álbuns passam um pouco despercebidos, embora fossem razoavelmente conhecidos na Europa e no Japão.
Durante o ano de 1982, Coverdale teve ausentar-se do mundo da música por problemas familiares. Quando regressa, o som da banda parece revitalizado e com muito mais energia. "Slide It In", de 1984, mostra um grupo com uma inclinação para compor músicas "orelhudas", e o disco torna-se no seu primeiro a chegar à platina.
Três anos depois, os Whitesnake editam um álbum homónimo, que ainda consegue obter mais sucesso que o anterior, vendendo mais de seis milhões de cópias só nos EUA, muito graças a hits poderosos como "Here I Go Again", ou "Is This Love", onde combinavam riffs potentes com belas melodias.
Antes de gravar "Slip Of The Tongue", Coverdale altera a formação da banda, que agora incluía o virtuoso guitarrista Steve Vai. Embora "Slip On The Tongue", tenha chegado à platina, foi considerado algo decepcionante, principalmente depois do sucesso estrondoso de "Whitesnake".
A partir desse álbum, Coverdale impõe um hiato na produção discográfica da banda. Até que, em 1993, Coverdale lança uma colaboração com o antigo guitarrista dos Led Zeppelin, Jimmy Page. No ano seguinte, os Whitesnake editam um álbum de compilação dos seus maiores sucessos.
Em 1997 o cantor dá novamente vida aos Whitesnake. Além de Coverdale, o guitarrista Adrian Vandenberg é o único elemento que transita do line-up da formação anterior a esse interregno.
No mesmo ano os Whitesnake editam o álbum "Restless Heart". Em 1998 sai "Starkers in Tokyo", gravado ao vivo no Japão.
O final dos anos 90 marca uma nova "pausa" no percurso do grupo. Coverdale aproveita esse tempo para trabalhar num álbum em nome próprio, que edita no final de 2000, sob o título "Into The Light". Neste trabalho o cantor conta com a colaboração do guitarrista Earl Slick.
Três anos mais tarde o fundador dos Whitesnake volta a "ressuscitar" o seu grupo para uma tournée de celebração dos 25 anos de carreira da banda.
Sem Adrian Vandenberg, os Whitesnake passam a integrar os guitarristas Doug Aldrich (Dio, Lion) e Reb Beach (Winger, Alice Cooper, Dokken), o baixista Marco Mendoza (Ted Nugent, Thin Lizzy) e o teclista Timothy Drury (Eagles), e também um membro da formação original, o baterista Tommy Aldridge.
No mesmo ano, 2003, o colectivo de Coverdale junta-se a outras bandas dos anos 80, como os Scorpions e os Dokken, na digressão Rock Never Stops.
Os Whitesnake manter-se-iam com o mesmo line-up até 2005, altura em que Marco Mendoza abandona o grupo e dá lugar a Uriah Duffy.
Em 2006 a banda lança o CD/DVD ao vivo "LiveIn The Still Of The Night", que dá origem a uma digressão mundial, com passagem por Portugal, a 14 de Junho.
Em 2008, é editado "Good to Be Bad".
Segue-se em 2011 "Forevermore".

segunda-feira, 26 de março de 2012

Festival da Canção 1965 - 8º Lugar - António Calvário "Você não vê"


8º Lugar (em 8 canções) – 2 Pontos

Título: Você Não Vê
Intérprete: António Calvário
Música: João Andrade Santos
Letra: Mª Manuela de Moura Sá Teles  Santos
Orquestração: Fernando de Carvalho
Dir. De Orquestra: Fernando de Carvalho


Do meu amor
Só recebo indiferença
No seu olhar
É tão grande a cegueira
Que não retém, nem vê, nem pensa
Que ter amor é ser amigo a vida inteira
Talvez não saiba sentir amizade
Talvez que mesmo só goste de si
Mas deixe um dia que a saudade
A faça ver que me perdeu
E que a perdi
Será que amar é esquecer
Será fugir sem olhar quem ficou
Será fingir e não ver e desprezar
Quem por si já chorou
Você não vê como o fogo não arde
Se pouco a pouco não for estimulado
Não vê que um dia será tarde
P'ra alimentar o meu amor abandonado
Talvez não saiba sentir amizade
Talvez que mesmo só goste de si
Mas deixe um dia que a saudade
A faça ver que me perdeu
E que a perdi
Será que amar é esquecer
Será fugir sem olhar quem ficou
Será fingir e não ver e desprezar
Quem por si já chorou
Você não vê como o fogo não arde
Se pouco a pouco não for estimulado
Não vê que um dia será tarde
P’ra alimentar o meu amor abandonado
Venha, volte p’ra meu lado

domingo, 25 de março de 2012

Baywatch

Quem não se lembra do célebre Mitch Buchannon da série Baywatch? Esta série norte-americana esteve em exibição durante mais de dez anos e foi um verdadeiro sucesso. Ficou na História por ter sido a série televisiva com maior audiência de sempre: 1,1 bilhão de espectadores por semana!

A série foi realmente inspirada num nadador-salvador de Los Angeles e estreou em 1989, na NBC. Curiosamente, a primeira temporada não teve grande sucesso. A entrada de David Hasselhof não só como um dos protagonistas, mas como produtor executivo veio então dar um novo fôlego a Baywatch.

A partir daí, a série atingiu uma proporção tal que todos os actores que nela participassem se tornavam verdadeiras estrelas. Nomes como Pamela Anderson, Carmen Electra ou Yasmine Bleeth nunca mais caíram no anonimato.

Para recordar esta série, nada como espreitar o genérico.


sábado, 24 de março de 2012

Actrizes de Cinema - Ingrid Bergman

Quando chegou a Hollywood, rotulada de futura estrela, a verdadeira estrela sueca do momento, Greta Garbo, dizia adeus ao cinema. Rainha morta, rainha posta! Na altura era dificil de prever, mas Ingrid Bergman superou a Garbo, e ainda hoje é a maior actriz sueca da história, apesar da "rivalidade" com as mulheres de Bergman e com a diva da década de 30.
Depois de uma passagem pelo teatro sueco e pela ascendente industria erótica daquele país nórdico, Bergman deu nas vistas no filme Intermezzo em 1936. David Selznick comprou os direitos do filme e fez uma versão para Hollywood, insistindo em Bergman para o papel que fizera dela uma estrela na Suécia. Depois do enorme sucesso da versão americana de Intermezzo, Bergman volta a casa para fazer mais três filmes, mas em 1942 está em Hollywood. Acreditava-se que para sempre, mas o destino iria pregar-lhe uma partida.
No ano seguinte protagoniza algumas das mais icónicas cenas da história do cinema com Bogart em Casablanca. O filme torna-se num dos maiores sucessos de sempre, confirmando o estatuto de estrela da bela sueca. No ano seguinte é pela primeira vez nomeada aos óscares, por For Whom the Bell Tolls, onde divide o ecrãn com Gary Cooper. Em 1944 a sua consagração é consumada em Gaslight, filme que lhe vale os prémios da critica e da Academia. No ano seguinte tornava-s numa das "Loiras" de Hitchcock em Spellbound . Volta a trabalhar com o realizador em Notorious e Under Capricorn, mas são os seus papeis em The Bells of St. Mary´s e Joan of Arc que lhe valem mais duas nomeações aos óscares.
Em 1949 viaja até Itália para filmar Stromboli com o realizador Roberto Rossellini. Acabam por se apaixonar, e Bergman, que era casada e tinha uma filha, deixa a familia para ir viver com o realizador italiano, de quem terá duas filhas, a mais conhecida, a também actriz Isabella Rossellini. Banida pelos americanos, que com a sua moral se sentiram de alguma forma traidos, Bergman fica seis anos fora da América. Aproveita para entrar nalguns dos melhores filmes de Rossellini, Europa 51, Viaggio in Italia e La Paura, e trabalha com Renoir em Heléne et les Hommes.
O seu regresso a Hollywood não poderia ser mais triunfal. Em 1956 vence o seu segundo óscar por Anastasia e faz as pazes com o seu país adoptivo. A partir daí a sua carreira abranda claramente, mas há ainda papeis merecedores de atenção. Em 1974 conquista o seu terceiro óscar, como secundária desta feita, por Murder on the Orient Express, tornando-se na segunda actriz com mais triunfos, logo atrás de Hepburn. O cancro acabará por ser a sua perdição. Bergman morre em 1982 deixando o mundo do cinema sem uma das suas maiores estrelas.

Actores de Cinema dos Anos 80 - Vincent Perez

É visto como um dos mais charmosos actores da história do cinema europeu. Encarna na perfeição o heroi romântico em filmes de época mas o seu ar excêntrico e olhar soturno granjearam-lhe uma fama de anti-heroi que poucos conseguiram capitalizar. Hoje é um dos icones do cinema em lingua francesa.

Nasceu a 10 de Junho de 1962 na neutral Suiça, mais concretamente em Lausanne, mas fez toda a sua carreira em França.
Depois de uma infância tradicional, filho de pai espanhol e mãe alemã, o jovem Vincent rumou aos teatros franceses, depois de estudar em Lausanne e no Conservatório de Paris, para aperfeiçoar a sua arte de representação. Fez Shakespeare, Tchekov e Moliere antes de tentar a sua sorte no cinema. O seu ar profundamente sexualizado, e as performances quase a roçar o erotismo, tornaram-no num actor de eleição para filmes romanticos.
A sua estreia surgiu apenas em 1985, mas o seu primeiro grande papel seria interpretado ao lado de Jacqueline Bisset em La Maison de Jade. Depois foi também parceiro de Catherine Deneuve em Indochine. Antes disso, no entanto, já tinha saltado para a fama com o seu papel de Christian em Cyrano de Bergerac. O filme foi um êxito retumbante e Vincent Perez foi com a maré, tornando-se num icone da beleza masculina em francesa.


Em 1992 estreou-se como realizador em L´Echange, o primeiro de cinco filmes que dirigiria, sem grande sucesso no entanto.
A sua suprema consagração como actor de excelência chegaria em 1994 no filme de Patrice Cherou, La Reine Margot. Com 32 anos estava no máximo de toda a sua força e mostrou-o ao lado da sensual Isabelle Adjani neste realista retrato da França do conturbado século XVI. Um papel que despertou a cobiça dos americanos que dois anos depois o escolheriam para suceder ao malogrado Brandon Lee em The Crow: City of Angels. O filme foi um fracasso e a partir daí as portas da América fecharam-se a Perez. Só voltaria a fazer três filmes em Hollywood, e nenhum deles foi um sucesso.
Em 1997 voltou a destacar-se como heroi romanesco em Le Bossu onde deu vida a Nevers, uma das mais sensuais personagens do cinema francês. Este seria o seu periodo mais prolifero. Faria filmes como Ceux qui m'aiment prendront le train, The Treat, Talk of Angels, Le Temp Retrouvé e Le Libertin, onde viveu o aclamado Diderot. Em 2000 tentou convencer o público americano com o seu forte desempenho em I Dreamed of Africa mas o filme foi novo fracasso de bilheteira.


Desde aí que Perez se tem conformado a ser uma estrela europeia. Bride of the Wind, Le Pharmancian de Garde, Fanfan la Tulipe e Je reste! são apenas exemplos de filmes de sucesso em França que ajudaram Perez a manter a sua aura.
Para muitos o jovem actor passou ao lado de uma grande carreira em solo norte-americano. Para outros eles é o puro heroi europeu que não tem hipóteses de vingar noutros palcos devido as suas próprias especificidades culturais. Para os amantes do cinema ele é um dos mais influentes actores europeus do nosso tempo.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Cantores dos Anos 80 - Jermaine Jackson

Foi o único membro da família Jackson a ficar na Motown, enquanto os outros irmãos se dividiram entre a CBS e a Epic (ele estava então casado com a filha de Berry Gordy Hazel).
Jermaine teve uma carreira artística tímida durante os anos 70 na Motown, tendo apenas um ou outro sucesso ocasional como um remake de "Daddy's Home" (1972) e "Let's Be Young Tonight" (1975). Jermaine contou com uma boa ajuda de Stevie Wonder, que escreveu e produziu "Let's Get Serious", um pop Top Ten que conseguiu algum sucesso na época da ascensão do irmão rei-da-pop Michael. Depois de marcar um pop Top 20 hit em 1982 com a contagiante "Let Me Tickle Your Fantasy", Jermaine deixou a Motown em 1983, para a Arista Records, onde ainda teve êxitos em 1984, com "Do What You Do", e o número de dança cintilante "Dynamite". Posteriormente, ele juntou-se aos Jacksons em tempo para a sua digressão Victory em 1984. Jackson ainda gravou esporadicamente mas despareceu do panorama musical em 1991.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Mafalda

Quem é que não se lembra desta menina de 6 anos que odeia sopa e é apaixonada pelos Beatles?

Surgiu pela primeira vez em 1964 na cidade de Buenos Aires e ficou famosa pela sua preocupação com a humanidade e a paz. Da autoria do argentino Quino, as histórias de Mafalda reflectiam as preocupações sociais e políticas da década de 60.

Os cartoons de Quino começaram por ser publicados no jornal "Primera Plana" e mais tarde no jornal diário "Mundo". A pequena Mafalda rapidamente alcançou o sucesso não só na Argentina como em toda a América Latina e Europa.

Para muitos, Mafalda é vista como um símbolo do inconformismo com o mundo tal como ele é, havendo mesmo quem a considere uma heroína.

A importância desta personagem atingiu uma proporção tal que até há uma praça com o seu nome em Buenos Aires.


domingo, 11 de março de 2012

A-ha

Uma das bandas pop mais bem sucedidas nos anos 80, os noruegueses a-ha sucumbiram, na década seguinte, à mudança do gosto do público e à desactualização da sua abordagem. Em 2000, no entanto, voltaram às lides musicais para lançarem "Minor Earth Major Sky", sétimo álbum de uma carreira que começara em Londres, cerca de 20 anos antes.
Vivendo num apartamento que ficaria famoso por albergar o trio de músicos da Escandinávia, Pal Waaktaar, Magne Furuholmen e Morten Harket começaram por assinar contrato com a editora WEA, pela qual lançaram "Take On Me", um sucesso transatlântico, em parte devido ao teledisco que, na altura, era inovador por misturar imagens da vida real e desenhos animados.
A adesão do público não foi, no entanto, suficiente para convencer a crítica do mérito do grupo, considerado, aquando de "Hunting High And Low", como uma mera banda para adolescentes. "Scoundrel Days", segundo álbum de originais, lançado em 1986, vem surpreender os mais cépticos, tanto a nível lírico como instrumental. "Cry Wolf", uma das imagens sonoras da década, é a sexta faixa do disco.
Cada vez mais populares a nível global, nomeadamente graças à banda-sonora para "The Living Daylights", filme da saga James Bond, os a-ha aproveitam o tema-título desse registo para "Stay On These Roads", o seu terceiro trabalho de originais, lançado em 1988.
Dois anos depois, chega ao mercado "East Of The Sun, West Of The Moon", um disco que passa despercebido à maior parte do público britânico, entretanto mais atento à cena de Manchester e às novas tendências da música de dança. A curva descendente na carreira dos noruegueses é acentuada com "Memorial Beach", o álbum de 1993 após o qual Magne Furulhomen se dedica ao mundo das artes e Pal Waatkar lança um disco a solo, "Mary Is Coming", com os Savoy, a sua nova banda. O regresso aconteceu no ano 2000, com "Minor Earth Major Sky", um registo relativamente bem recebido pela crítica.
Em 2009, os A-Ha anunciam uma digressão de despedida para o ano seguinte.