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quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Michael J. Fox. O futuro dele era hoje às 16.29

Em Regresso ao Futuro II, Michael J. Fox aterrava em 2015. E já havia ecrãs planos

Se o nosso gosto cinéfilo envolver alguma forma de fé, podemos acreditar que hoje mesmo temos a possibilidade de conhecer Marty McFly. Quem? Pois bem, a personagem de Michael J. Fox na saga Regresso ao Futuro, de Robert Zemeckis.

Seria (ou será) num momento muito preciso: 16h 29m. Isto porque no filme Regresso ao Futuro II, era nesse horário que McFly desembarcava no dia 21 de outubro de 2015, viajando no espetacular DeLorean, o carro-máquina do tempo inventado pelo seu companheiro de viagem, Dr. Emmett Brown (Christopher Lloyd). McFly e Brown provinham de 1985 e chegavam ao futuro (este nosso presente) para tentar alterar os dados que podiam conduzir à prisão do filho de McFly (também interpretado por Michael J. Fox). Enfim, as coisas estavam longe de ser tão simples (?) porque, entretanto, o "mau da fita" Biff Tannen (Thomas F. Wilson) lhes roubava o DeLorean, recuando a 1955 para baralhar os dados e comprometer o futuro de toda a gente...


sábado, 5 de setembro de 2015

Johnny Johnny

Grupo do porto formado por Álvaro Pilar (voz, baixo e piano), Eduardo Mont'Alverne (guitarra) e o ex-Culto da Ira Miguel Pais (bateria). O vocalista era técnico do estúdio dos Taxi.

Começaram em 1986. No ano seguinte tocaram várias vezes com os GNR.

Em 1988 lançaram o álbum, homónimo, que contou com a participação de Carlos Maria Trindade e Rui Veloso. O maior sucesso foi "Volto Já" com letra de Rui Reininho. Os outros temas do disco são "Fundo da Noite", "Nove Sete Oito", "7 Cores", "3 Dias", "Último Cais", "Outra Vida", "1º Amor", "Princesa", "Zanzibar" e o instrumental "Johnny Johnny".

Para a sua editora eram a primeira grande banda pop/rock do verão de 1988. Apesar de um relativo sucesso, a concorrência era muita, acabam por terminar. Em 2010 regressaram para dar alguns concertos.

DISCOGRAFIA
Johnny Johnny (LP, EMI, 1988)

Informação retirada daqui

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

João Moutinho

Os membros de um grupo de baile resolvem experimentar, motivados pelo programa "Rock em Stock" de Luís Filipe Barros, alguns temas originais com letras de João Moutinho. Um dos temas dessa maquete caseira chegou a passar no programa. O último concerto da banda foi na passagem de ano de 1980 para 1981.

A editora Gira estava a promover, no programa matinal da Comercial, um concurso de letras para escolher a melhor versão de um tema dos English Boys. O prémio seria a gravação de um single com a letra vencedora. João Moutinho gravou a sua letra ("Anda Daí") sobre o instrumental do grupo inglês. 

Apesar de não ser esse o mote do concurso, o tema foi logo divulgado no programa e agradou a Luis Vitta, o promotor da editora. O cantor tinha levado também uma cassete com as gravações caseiras da sua antiga banda, onde se encontravam os temas "Rockolagem" e "A Pastilha". A editora interessou-se pela gravação destes dois temas o que levou à reunião dos elementos da banda.

O técnico de som foi Moreno Pinto que deu o apoio necessário face à inexperiência dos músicos. "Pastilha" (escrito com Amilcar) e "Rockolagem" (com Carlos Barbosa) foram ediatdos num single com dois lados A.

João Moutinho passa para a Rádio Triunfo pela qual é editado um novo single com os temas "Ponta de Saída" e "Tony da Meia".

João Moutinho escreveu letras para o disco dos Seilasié. Com Armando Gama escreveu temas para outros artistas (Nicolau Breyner)

A letra de "Rockolagem" e a história da gravação do disco está incluída no livro "Memórias do Rock português" de Aristides Duarte.

DISCOGRAFIA
Rockolagem/A Pastilha (Single, Gira, 1981)
Ponta de Saída/Tony da Meia (Single, RT, 1981)


NO RASTO DE...
Cedeu letras para serem musicadas por Rui Veloso, entre as quais "Homenagem" de Adelaide Ferreira.

Informação retirada daqui

terça-feira, 1 de setembro de 2015

João C. Bom

Grupo que foi formado em Fevereiro de 1987. Nos seus primeiros anos de existência dão muitos concertos.

Os elementos do grupo eram Carlos Polónia (voz e guitarra), Jorge Novais (guitarra),Zé Novais (baixo) e Álvaro Guimarães (bateria).

O álbum homónimo foi editado em 1989. O grupo foi descoberto por Rui Veloso que produziu e que tocou guitarra em alguns temas do álbum. Outro dos nomes presentes no disco é o músico Zé Carrapa.

Até ao ano de 1991 a banda continua a sua actividade enquanto promove o referido trabalho, após o que se verifica uma alteração na formação com a saída de Carlos Polónia e a entrada de Mário Amora (teclas).

Em 1994 editam pela Numérica o álbum "À Margem da Lei".

DISCOGRAFIA
João C. Bom (LP, EMI, 1989)
À Margem Da Lei (CD, Numérica, 1994)

NO RASTO DE ...
Baterista, harmonicista, guitarrista e cantor, Carlos Polónia já participou numa série de projectos artísticos. Desde actuações nas primeiras partes de concertos dos UHF e dos Afonsinhos do Condado na altura em que o rock português nascia. Trabalhou cerca de um ano e meio com Rui Veloso nas gravações do disco dos João C. Bom. Participou com dois temas no disco de Luís Portugal, tocou no Pavilhão de Portugal na Expo 98 (26 de Julho) e no primeiro festival de blues de Gaia (3/2000). Entre muitos outros projectos, Carlos Polónia teve também uma passagem pelo cinema, no filme "Corações Periféricos" de Fernando Ávila com argumento de Carlos Tê. Discografia: Carlos Polónia - 1993, ed. Pôr do Som/dis. BMG; Carlos Polónia Grupe - 1998, Ed. Autor; "Acústico" é o nome do seu terceiro disco.

Informação retirada daqui

domingo, 30 de agosto de 2015

Joaquim d'Azurém

Joaquim José Faria Ferreira nasceu em Azurém, Guimarães, no ano de 1959.

Com 5 anos vai viver para Paris com a família. É aí que inicia a aprendizagem de música e viola clássica. Em 1984 tem um contacto com a guitarra portuguesa que passa a ser  o seu instrumento de eleição.

Em meados de 1986 regressa a Portugal fixando-se em Óbidos.

O seu disco de estreia, "Transparências", esteve para ser editado pala Ama Romanta, é editado pela Edisom em Maio de 1989. Adopta o nome artístico de Joaquim D'Azurém.

O álbum, gravado em França e em Portugal, inclui os temas "Jardim de Recordações", "Ressurreição", "Dança", "Lágrimas", "Transparências", "Vidas Longínquas" e "Cristais d'Água".

Actua em Bruxelas por ocasião da edição portugália da Europália 91. Actuou também na inauguração do CCB e no Festival de la Guitairre de Thiais (França).

Colabora no disco "O Verbo" (1996) dos Diva e actua na Bienal do Livro do Rio de Janeiro.

Durante a Expo-98 participa no Festival da Guitarra Portuguesa dirigido por Pedro Caldeira Cabral.

Manteve um site em http://joaquimdazurem.123som.com onde era apresentado outro dos seus trabalhos: "Jogos Matinais".

DISCOGRAFIA
Transparências (LP, Edisom, 1989)
Jogos Matinais ()

Informação retirada daqui

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Jarojupe

O nome é um acrónimo de Jaime, Rosa, Juca e Pedro, os quatro irmãos de Viana do Castelo que formavam a banda. Em 1981 participaram no festival Só-Rock, em Coimbra, onde atingiram o 4º lugar. No ano seguinte venceram a "Grande Noite do Rock" mas não chegaram a gravar o single correspondente à vitória no concurso.

No dia 15 de Dezembro de 1984 participaram no Festival Heavy Metal de St.º António dos Cavaleiros.primeiro single

Em 1985 lançaram o single "Pecado Mortal".

Foram para Madrid no ano seguinte onde ficaram durante quatro anos.

O primeiro álbum, "I Need A Dream To Live", foi editado em 1991. 

Em Maio de 1993 actuaram ao vivo na Gartejo onde gravaram o álbum "Jarojupe ao Vivo, Lisboa/Gartejo" que foi editado em 1995 com distribuição da Polygram.

O disco "+ Perto" foi editado em 1997. No disco participaram o baterista Francisco Cardoso, o percussionista Pancho Tarabbia e o guitarrista de flamenco Cuchus Pimentel.

Em 2000 foi lançado o álbum "Coragem".

Em 2003 apresentam o single "Desolation", que foi apresentado sobre a forma de single e DVD, como cartão de visita do 5º álbum.

O disco "25th"

DISCOGRAFIA
Pecado Mortal/Criatura Sinistra (Single, Horizonte, 1985) 
I Need a Dream To Live (CD, GAM, 1991)
Jarojupe ao vivo (CD, Independent, 1995)
+ Perto (CD, Estúdio 128, 1997)
Coragem (CD, Ed. Autor, 2000)
25th (Compilação, Independent, 2006)

NO RASTO DE ...
Em 2003 apresentam o single "Desolation", que foi apresentado sobre a forma de single e DVD, como cartão de visita do 5º álbum.

Informação retirada daqui

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Janita Salomé

João Eduardo Salomé Vieira nasceu na vila do Redondo em 17 de Maio de 1947. O pai era ourives e um cantor excelente que sempre estimulou os filhos para a música. Janita , o mais novo de cinco irmãos, começou a cantar com 8 ou 9 anos e depois dos 16 anos integra alguns grupos de baile como o conjunto Planície e os Vagabundos do Ritmo.

Com 18 anos sai do Alentejo e vai para Lisboa trabalhar como funcionário judicial.

Com o Grupo de Cantadores do Redondo grava, em 1978, o disco "O Cante Da Terra".

Em 1980 torna-se músico profissional quando passa a acompanhar Zeca Afonso ao vivo. O seu primeiro álbum a solo, "Melro", com canções alentejanas e fados de Coimbra, foi editado em 1980.

Descobre a música da África árabe em 1981 durante uma estada em França.

Em 1983 foi editado o álbum "A Cantar Ao Sol" com produção de João Gil. Recebe o "Se7e de Ouro" e osPrémios de Revelação das revistas "Música & Som" e "Nova Gente".

O disco "Lavrar Em Teu Peito", produzido novamente por João Gil, foi editado em 1985. Participou também no álbum "Galinhas do Mato" de José Afonso.

"Olho de Fogo" foi editado em 1987 pela Transmédia. A produção deste disco foi de José Mário Branco.

Estreou-se como actor, desempenhando o papel de Conde de Óbidos, na peça "Margarida do Monte" do grupo A Barraca. Janita musicou "Cante Cigano" e "Margarida No Convento" para esta adaptação de Hélder da Costa de um texto de Marcelino Mesquita. 

Em 1990, formou o projecto Lua Extravagante com os seus irmãos Vitorino e Carlos Salomé e com a cantora Filipa Pais. O disco homónimo foi editado em 1991.

O álbum "A Cantar à Lua", que implicou uma recolha de fados de Coimbra dos anos 20 e 30, foi editado também em 1991.

Janita Salomé regressou aos discos em 1994 com o álbum "Raiano" produzido por Fernando Júdice. Em 1995 recebeu o Prémio Blitz para melhor voz masculina nacional. 

Participou no disco "Voz & Guitarra" de 1997 com os temas "Os Homens do Largo" (com Pedro Jóia) e "Não é Fácil o Amor". Participa também no disco "Três Estórias à Lareira".

Janita Salomé e o seu irmão Vitorino realizam, em Fevereiro de 1998,  no Centro Cultural de Belém, dois concertos em homenagem a Zeca Afonso.

Durante a Expo 98 participou na rubrica "As Vozes" e foi o convidado de Sofia de Portugal no seu espectáculo "Afinidades".

Participou no disco "Canções Proibidas: o Cancioneiro do Niassa", com as canções de campo da guerra colonial, que contou com a participação de outros interpretes como Rui Veloso, Paulo de Carvalho e Carlos do Carmo, entre outros.

"Músicas de Sol e Lua", um projecto que inclui a participação de Sérgio Godinho, Vitorino, Filipa Pais, Janita Salomé e Rão Kyao que são acompanhados por vários instrumentistas, foi apresentado pela primeira vez a 11 de Julho de 1999, em Bona, no Festival da Lusofonia.

A NDrecords editou a banda sonora do espectáculo "Tempo", estreado no Casino Estoril em Julho 2000, com música de Pedro Osório e com a participação dos cantores Rita Guerra e Janita Salomé.

O disco do projecto Vozes do Sul, dirigido por Janita Salomé, com a intenção de celebrar o cante alentejano, foi editado em 2000. No disco participaram: Os Ceifeiros de Pias, As Camponesas de Castro Verde, Grupo da Casa do Povo de Serpa, Cantadores do Redondo, Filipa Pais, Bárbara Lagido e Catarina, Marta, Patrícia, Janita e Vitorino por parte da familia Salomé. O disco estava pronto desde 1998 mas só saiu em 2000 porque não foi fácil arranjar editora. A edição foi da Capella, uma etiqueta ligada aos estúdios Audiopro.

O disco "Vozes do Sul foi recompensado com a atribuição do Prémio José Afonso de 2000. Participa no disco "Canções de Embalar" organizado por Nuno Rodrigues (ex-Banda do Casaco).

O disco "Tão Pouco e Tanto", com cinco temas inéditos e seis regravações, foi editado em Maio de 2003. O disco contou com a participação de José Peixoto, Mário Delgado, Pedro Jóia e José Mário Branco. Dulce Pontes colabora no tema "Senhora do Almortão".

Em Março de 2004 apresenta o disco "Tão Pouco e Tanto" no Grande Auditório do CCB. Em Abril, trinta anos depois do 25 de Abril, é editado o álbum "Utopia", registo dos concertos de Vitorino e Janita Salomé, onde interpretaram canções de José Afonso.

Em 2007 é editado o disco "O Vinho dos Amantes".

DISCOGRAFIA
Melro (LP, Orfeu, 1980)
A Cantar Ao Sol (LP, EMI, 1983)
Lavrar Em Teu Peito (LP, EMI, 1985)
Olho de Fogo (LP, Transmédia, 1987)
A Cantar À Lua (CD, Edisom, 1991)
Raiano (CD, Farol, 1994)
Tão Pouco e Tanto (CD, Capella, 2003)
Utopia (CD, EMI, 2004) (com Vitorino)
O Vinho dos Amantes (CD, Som Livre, 2007)

Outros:
O Cante da Terra (LP, Orfeu, 1978) (Grupo de Cantadores do Redondo)
Lua Extravagante (CD, EMI, 1991) (Lua Extravagante)
Vozes do Sul (CD, Capella, 2000) (vOZES DO SUl)

Colectâneas
Voz & Guitarra (1997) - Os Homens do Largo (com Pedro Jóia)/ Não é Fácil o Amor
Três Estórias à Lareira (1997) - Tema do Marinheiro / Tema de Fernão de Magalhães
Canções proibidas: o Cancioneiro do Niassa (1999) - Erva Lá Na Picada /  Fado do Miliciano / Hino do Lunho
Canções de Embalar (2001) - Matita

COMENTÁRIOS
[o que que mais me atrai na cultura árabe é] a poesia. As nossas raízes passam muito pela presença dos povos na Península Ibérica. Eles deixaram muitas marcas da sua cultura e eu, neste percurso, deixei-me fascinar pela história e tenho continuado a procurar as nossas origens através da cultura árabe. JS/2003

Informação retirada daqui

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Jáfumega

O grupo Mini-Pop esteve na origem dos Jáfumega. Os Mini-Pop, quarteto de adolescentes onde pontificavam os irmãos Barreiros (Mário, Eugénio e Pedro), chegaram a fazer algum furor nos anos 70, em Portugal.

Oriundos do Porto, os Mini-Pop gravaram alguns discos de sucesso como "Era Uma Casa Muito Engraçada". Os músicos do grupo foram adquirindo formação musical na área do Jazz e decidiram dar corpo a um novo projecto musical que baptizaram com o nome de Jáfumega.

Para isso, ao núcleo dos irmãos Barreiros juntaram-se o saxofonista José Nogueira e o baterista Álvaro Marques, para além do cantor Luís Portugal.

Em 1980 editam o seu primeiro trabalho, totalmente cantado em inglês e, singelamente intitulado "Estamos Aí". Neste trabalho já é possível ver algumas das pistas que irão ser exploradas em futuros trabalhos da banda.

As vocalizações são repartidas entre a voz aguda de Luís Portugal e a voz grave de Eugénio Barreiros. O tema mais conhecido deste disco, gravado com poucos recursos e com uma prensagem deficiente, é "There You Are", que chegou a ter algum "airplay" no programa "Rock em Stock", de boa memória.

Em pleno Boom do Rock português o grupo decide cantar em português e obtém um estrondoso sucesso com o single "Dá-me Lume", que contém o reggae "Ribeira", no lado 2. Este tema, cujo refrão andava na boca de toda a gente ("A ponte é uma passagem, p'rá outra margem..."), transforma os Jáfumega num dos grupos mais solicitados para concertos em todo o país.

Não é por isso de estranhar que, em Janeiro de 1982, o grupo se apresente ao vivo na cidade da Guarda, onde proporcionou um espectáculo inesquecível, não só pela qualidade da sua música, mas porque Luís Portugal estava doente e não pode estar presente. Eugénio Barreiros substituiu-o nas vozes e ouvir a "Ribeira" na voz potente de Eugénio fica na memória.

Pouco tendo a ver com o Rock português os Jáfumega tinham no seu line up alguns dos melhores músicos portugueses, disso não havia dúvidas.

O regresso da banda dá-se com o LP "Jáfumega" que inclui "Latin'américa" e "Kasbah". Extremamente bem produzido e bem tocado, o álbum é muito bem recebido pela crítica e pelo público.

Em 1983 o grupo edita o seu último trabalho de título "Recados", subdividido em "Recados da Cidade" e "Recados do Campo". Temas como "Romaria" ou "La Dolce Vita" revelam-se sucessos na rádio, mas não trazem ao grupo grandes proveitos comerciais, pelo que a banda se dissolve em 1984.

[Em Junho de 1985 ainda é anunciada a intenção da banda lançar um novo disco, "São João Brejeiro", para o qual já tinham vários temas.]

Recordados com grande saudade por todos aqueles que os viram e os ouviram, os Jáfumega, dignos representantes da boa música portuguesa, são hoje colocados na galeria dos clássicos...

Curiosamente, os Jáfumega não começaram por gravar em português. A primeira edição da banda foi em inglês, mas a grande notoriedade junto do público só se conseguiu um pouco depois, na Primavera de 1981, com "Ribeira", uma canção inspirada pela zona ribeirinha do Porto que fez um sucesso estrondoso na rádio. Mas, os Jáfumega tiveram a particularidade de já serem bem conhecidos mesmo antes da primeira edição em vinil, "Estamos Aí", em 1980. Tinham um público fiel, conquistado nos concertos ao vivo, desde há alguns anos. "Fazíamos para aí uns 100 mil quilómetros por ano, já tínhamos concertos em Espanha, mesmo antes de sequer termos editado qualquer disco", aponta o ex-baterista Álvaro Marques.

Os Jáfumega duraram seis anos, durante os quais editaram três álbuns e um single, todos de reconhecida qualidade e maturidade musical. A banda dissolveu-se, porém, num momento em que tinham praticamente todo o material pronto para gravar um novo álbum. "A questão essencial é que [depois da edição de "Recados", em 1983] já tinha passado o 'boom' e toda aquela euforia das editoras. Já não queriam gravar tudo o que lhes era proposto e começaram a surgir exigências de comercialismos fáceis e imediatos com que nunca tínhamos pactuado e com os quais não iríamos passar a compactuar", afirma José Nogueira.

Mário Barreiros explica também que a "suspensão" dos Jáfu'mega se deveu ao facto de "começar a tornar-se difícil juntar todos para os ensaios": "Já andávamos a ensaiar por sectores e cada um começava a seguir rumos muito diferentes, até musicalmente. Chegou um momento em que a situação se tornou óbvia". Outro dos irmãos Barreiros, Pedro, recorda que os Jáfu'mega "nunca foram um grupo temerário": "a banda sempre viveu muito dos ensaios, do trabalho conjunto e era só nesse sentido que os Jáfu'mega faziam sentido". Eugénio Barreiros vai ainda mais longe: "Os Jáfu'mega eram aqueles seis músicos, juntos, naquela altura. Foi apenas um episódio na longuíssima história musical de qualquer um de nós". Todos parecem partilhar este entendimento, parecendo quase impossível alguma vez se vir a assistir a uma reunião dos Jáfu'mega. "Só se for para um concerto pela paz" brinca Eugénio Barreiros. Como afirma José Nogueira, "nenhum deixou de ser músico, nenhum parou, não ficou nenhum fio solto no qual pegar outra vez, não ficou nada lá solto para se pegar agora".

DISCOGRAFIA
Estamos Aí (LP, Metro-Som, 1980)
Jáfumega (LP, Polygram, 1982)
Recados (LP, Polygram, 1983)
Jáfumega (compilação, Polygram, 1990)

SINGLES
Dá-me Lume/Ribeira (Single, Metro-Som, 1981).
Running Out/Zugueira (Single, Metro-Som, 1982).
There You Are/My Daddy's Rock (Single, Metro-Som, 1982)
Latin'América/Nó Cego (Single, Polygram, 1982)
La Dolce Vita/Romaria (Single, Polygram, 1983)

COMPILAÇÕES S.E.
O Melhor de 2 - Taxi/Jafu'mega (Compilação, Universal, 2001)

COMENTÁRIOS
Existiu pouco tempo entre os dois [Mini Pop e Jafu-Mega]. Havia muita necessidade de fazermos música original, depois daqueles anos a tocar versões e a trabalhar nesse sentido. Conhecemos pessoas que gostávamos, como o António Pinho Vargas e o José Nogueira, e participávamos nas 'jams' da Cooperativa Árvore. Eram sessões onde apareciam muitos músicos do Porto, o Vítor Rua, o Jorge Lima Barreto, o Rui Reininho... (...) Passado pouco tempo, organizámos um grupo, os Jafúmega, com o baterista dos Psico e com o António Pinho Vargas e o José Nogueira que tocavam nos Abralas [grupo de jazz-rock instrumental]. Foi uma simbiose entre três grupos. Mário Barreiros / Luso Beat

Naquela época, fizemos tudo o que era possível fazer. E, em minha opinião, deixámos coisas intemporais. Por outro lado, o mercado não tinha a abertura que tem hoje e os membros do grupo, excelentes músicos e executantes, sentiam a necessidade de experimentar coisas diferentes. Assim, optámos por uma pausa temporária mas, infelizmente, a paragem foi fatal. Luís Portugal / Clix Porto 2001

NO RASTO DE...
Luís Portugal: Cinco anos depois do fim do grupo não resistiu ao apelo do coração e regressou às lides musicais, fazendo parte do Sexteto de Carlos Araújo, projecto de curta duração que deu lugar ao grupo Luís e os Vandidos. Após alguns estudos de marketing, chega à conclusão que o nome de Luís Portugal resultava melhor em termos comerciais, pelo que o disco "Coisas Simples", editado em 1992, "um trabalho um pouco naif e ingénuo", surgiu em nome próprio. Um disco que, sendo pouco linear, tinha o condão de misturar rock com música tradicional portuguesa. Seguiu-se "Alta Vai A Lua", em 95, onde faz uma recolha de música tradicional, canta temas de Natal e dos Reis e experimenta uma nova vertente para a sua música.  Lançou um disco ao vivo  onde dá voz a temas intemporais da banda que lhe deu maior visibilidade, como "Ribeira", "Latin'America" ou "Nó Cego". "Ainda bem que fui eu a dar voz a esses temas. Regozijo-me com isso, mas não nego que me distanciei do que fazia naquela altura". (texto de J. M. Simões/ JN)

Mário Barreiros além de tocar com o seu Sexteto de jazz é um dos mais conceituados produtores da actualidade (Pedro Abrunhosa, Clã, Ornatos Violeta, Silence 4, Santos & Pecadores, ...). É o proprietário dos Estúdios MB, situados em Canelas.

Álvaro Marques trocou os pratos e as baquetas pela vida de empresário e tomou por rumo a profissão de engenheiro. (Pública/99)

Eugénio Barreiros abraçou o ensino e é na Escola de Jazz do Porto que lecciona piano e expressão em canto, para além de ir aqui e além fazendo música para genéricos e projectos de dança. (Pública/99)

Pedro vai dando "uns toques num hotel, com um pessoal amigo", dá aulas de baixo, e trabalha numa loja de instrumentos musicais do Porto. (Pública/99)

José Nogueira - O saxofonista que vinha do jazz antes de integrar os Jáfumega, regressou ao jazz. Tornou-se cúmplice por excelência do pianista António Pinho Vargas, quer como músico quer como produtor. Não se desligou da loja de instrumentos musicais, negócio de família antigo, e desempenha desde há alguns anos as funções de consultor da Fundação de Serralves na área do jazz. (Pública/99)

Informação retirada daqui

sábado, 22 de agosto de 2015

Iodo

Grupo da Margem Sul formado por Rui Madeira (voz), Jorge Trindade (guitarras), António "TóPé" Pedro (baixo), Alfredo Antunes (bateria) e Luís Cabral (teclas).

Em 3 de Fevereiro de 1981 estrearam-se no Rock Rendez Vous e foram convidados por Manuel Cardoso a ingressar na editora Vadeca. Gravam quatro temas no Angel Studio.

 Lançaram o primeiro single com os temas "Malta à Porta" e  "Aqueles Dias".

Em Maio tocaram nos programas "Febre de Sábado de Manhã" e "Passeio dos Alegres". Tony Silva, no auge do "boom" do rock português, faz uma versão do tema.

Tocam como convidados no Só Rock de Coimbra e em 26 de Junho fazem a primeira parte do concerto de Iggy Pop em Cascais.

Em Julho, o baterista Raul Alcobia entra para o lugar de Alfredo.

"Malta à Porta" foi um dos grandes sucessos desse ano. Atinge o primeiro lugar do Top do programa "Rock Em Stock", ostentando o conhecido autocolante com essa menção, e chega aos primeiros lugares do tabela  "Todos no Top" da Rádio Comercial onde permaneceu entre os meses de Junho e Outubro.

Em Outubro e Novembro voltam a participar nos programas de Júlio Isidro. O segundo single gravado nas mesmas sessões do disco anterior é editado nessa altura. "A Canção" chega a entrar para o Top do TNT, em Dezembro, mas fica poucas semanas nunca saindo do 20º lugar.

Em 20 de Dezembro de 1981 actuaram em Vila Franca de Xira por ocasião da festa do Musicalíssimo.

José Luís Barros entra para o lugar de Tó Pé.

Em 1982 é editado o álbum "Manicómio", com co-produção e arranjos de Iodo e Frodo. O disco inclui os temas "Ceby", "Lendas",  "As Novas das Tesouras Velhas", "Foz de Um Beijo", "Introdução Para O Lado B", "Expiração de Um Louco", "Ventos do Além", "Instrução Mental", "Deixo-me ir?" e "Conclusão de B e introdução para C... ". A maioria dos temas é de Luís Cabral. O tema em maior destaque foi "Ceby (Boneca de Cera)" mas o disco não obteve muito sucesso.

DISCOGRAFIA
Malta à Porta/Aqueles Dias (Single, Vadeca, 1981)
A Canção/Pedro e o Lobo (Single, Vadeca, 1981)
Manicómio (LP, Vadeca, 1982)

NO RASTO DE...
O guitarrista Jorge Trindade tem um blog onde fala do percurso da banda.

Informação retirada daqui


quinta-feira, 20 de agosto de 2015

In Loco

Grupo de Lisboa formado em 1987. Os elementos eram José Fernando Santos (voz), Fernando Alberto Guiomar (guitarra), José António Sousa (bateria), Maria João Castanheira (teclas) e Ralf Staub Martins (baixo).

Em Fevereiro de 1987 participaram no 4º Concurso de Música Moderna, organizado pelo Rock Rendez-Vous, mas acabaram por ser excluídos após assinarem contrato com a RM Discos, editora ligada à Dansa do Som.

É editado o seu primeiro single com os temas "Já Não Há Heróis" e "Lobisomem". O single obtém grande sucesso vendendo mais de 9.000 cópias.

Em 1988, os In Loco lançaram um novo single com os temas "Passageiro da Noite" e "Atlântida". No ano seguinte foi editado o single "Feitiço da Lua".

O grupo ainda durará até ao ano de 1991.

Em 2003 regressam com José Fernando (voz), Fernando Guiomar (guitarra) e Alfredo (bateria). A estes juntaram-se um baixista e um teclista.

Em Junho de 2003  é editado o álbum "Já Não Há Heróis" que inclui temas como "Já Não Há Heróis", "Passageiro da Noite", "Chuva de Cores", "Português Marinheiro" e "Leve o Tempo que Levar". 

DISCOGRAFIA
Já Não Há Heróis/Lobisomem (Single, RM Discos, 1987)
Passageiro da Noite/Casos (Single, RM Discos, 1988)
Feitiço da Lua/Atlântida (Single, RM Discos, 1989) 
Já Não Há Heróis (CD, Ovação, 2003)

NO RASTO...
Fernando Guiomar colaborou com Vítor Rua no Conjunto de Mandelbrot, Ressoadores e Vydia Ensemble. Também fez parte do Duo Cantabile com o flautista António Marques. Chegou a fazer a pré-produção do seu primeiro álbum a solo que esteva previsto para 1994. Em 1995 entrou para os Duplex Longa. Depois esteve no Trio de Guitarras de Lisboa que lançaram um álbum em 1997. Actualmente faz parte dos Trape-Zape que lançaram em 2002 o seu álbum de estreia, homónimo.

Padi tocou com os Civitae (CMMRRV, 1988), General Peck e Tambor.

Informação retirada daqui