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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Bette Davis


Começou a representar numa era que fazia ainda a ponte das divas do mudo para as primeiras estrelas do sonoro. Não tinha a beleza e charme natural das grandes rivais da época, Garbo e Dietrich, e alimentou durante décadas uma rivalidade com Joan Crawford. 

No final de contas acabou por se perceber que Bette Davis é de facto um nome único na história de cinema, uma autêntica diva de Hollywood. Depois de pequenas participações em vários filmes do inicio dos anos 30, Bettie Davis faz-se notar pela primeira vez em Of Human Bondage, filme que lhe vale uma nomeação ao óscar em 1934. No ano seguinte sai vencedora da cerimónia graças ao monstruoso desempenho em Dangerous. Segue-se a parceira com Leslie Howard e Humphrey Bogart em Petrified Forrest e em 1938 o seu segundo óscar por Jezebel, onde interpreta uma jovem menina mimada do sul. 

Com a vitória Davis tornava-se a mais séria candidata a ser Scarlett O´Hara, mas para sua raiva o papel foge para Vivien Leigh. A sua carreira continua de vento em poupa nos anos seguintes com magnificos desempenhos em Dark Victory, The Private Life of Elizabeth and Essex, The Letter e Little Foxes. Em 1942 consegue a sua sétima nomeação em dez anos de carreira por Now Voyager. Em 1944 novo "papelão", desta feita em Mr. Skeffington. 

O papel da sua vida surge em 1950 no filme All About Eve. Um filme que poderia ter consagrado Davis como a primeira actriz a vencer três óscares, mas que acabou por se revelar um falhanço pessoal para Davis. Anos mais tarde a história ficcional tornar-se-á realidade em 1982 quando a actriz doente será substituida por Anne Baxter numa serie televisiva). 

A sua carreira estava afectada pelos problemas legais que mantinha com a Warner, de quem se queixava que não lhe davam os filmes que merecia, e os anos 50 serão uma catastrofe completa. Regressa em grande estilo em Whatever Happned to Baby Jane?, filme onde contracena com a rival de sempre, Joan Crawford, e que lhe vale a sua oitava nomeação ao óscar. 

Passa então para a televisão, chegando mesmo a ganhar um Emmy. Morre em 1989 após uma carreira com mais de uma centena de filmes e um leque de inesqueciveis performances.

domingo, 20 de fevereiro de 2022

Paul Newman

O mais belo actor da história, dono do mais famoso par de olhos azuis de toda a história. Dono de um charme, um fragilidade e uma força sem limites, Paul Newman viveu entre estrelas mas soube sempre superar-se durante cinquenta anos de carreira. Foi também um dos primeiros actores com sensibilidade para se tornar realizador, com o suceso que se lhe conhece.
A carreira de Newman deriva do fim da de James Dean. É lenda, mas é verdade. Herdou o papel de Dean em Somebody Up There Likes Me e afirmou-se de imediato. Depois de contracenar com a mulher da sua vida, com quem se casará no final da rodagem de The Long, Hot Summer, é um inesquecivel Billy the Kid em The Left Handed Gun. Nesse mesmo ano é um poço de emoções contidas em Cat on a Hot Thin Roof, a sua primeira nomeação ao óscar. Em 1960 começa uma serie de papeis inesqueciveis. Primeiro em Exodus, drama sobre a criação de Israel. Em 1961 é inesquecivel em The Hustler, onde joga bilhar como ninguem, e em 1962 é inadjectivável no filme Sweet Bird of Youth. Em Hud, estavamos em 64, completa uma serie de quatro papeis que, na iminência do afastamento de Brando, o tornam na maior estrela de cinema do mundo. Trabalha para Hitchock em Torn Curtain e junta-se a Robert Redford, primeiro em Butch Cassidy and the Sundance Kid e mais tarde em The Sting. Em 1981 Absence of Malice marca o seu regresso em grande, amplamente confirmado por The Veredict no ano seguinte. Em 1985 vence um óscar honorário para, à nona tentativa, conquistar finalmente o ambiciado prémio por The Colour of Money em 1986. Volta em grande estilo em Mr and Mrs Bridges, ao lado da mulher, e consegue um dos seus melhores papeis de sempre em 1994 no filme Nobody´s Fool. A sua última nomeação aos óscares chega como secundário em Road To Perdition. Newman decide então desistir da carreira de actor, dedicando-se á sua indústria de produtos alimentares e à sua equipa de corridas, paixão que alimenta desde jovem. Como realizador estreou-se em 1968 com Rachel, Rachel e é com The Effect of Gamma Rays on Man-in-the-Moon Marigolds e The Glass Menagerie que recebe os aplausos da critica. Continua vivo, e ameaça um comeback com Robert Redford, sabendo-se já que vai dar a voz a um carro de corridas em Cars. Ou seja, o mito continuará vivo!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Rachel Weisz

Mais uma jovem musa do cinema britânico que conquistou a América e o Mundo. Uma actriz de grande beleza e talento que, a pouco e pouco, começa a despontar em filmes cada vez mais interessantes. Nem que o sejam apenas por ela...

Rachel Weisz nasceu a 7 de Março de 1971 em Londres. Apesar de ter nascido em solo britânico a sua origem vem do coração do continente europeu já que o seu pai era austriaco e a sua mãe hungara.
Como a maior parte das actrizes mais populares de hoje, Rachel começou como modelo na sua adolescência. Aos 14 anos já fazia desfiles e trabalhava com agências. Mas ao contrário de muitas actrizes que saltaram directamente das passerelles para os palcos graças á sua beleza e sensualidade, a representação esteve sempre no sangue de Rachel. Em Cambridge fundou uma companhia de teatro amadora e a sua maior paixão eram mesmo as peças a que ajudava a dar vida.
O seu talento era tal que lhe valeu alguns prémios, incluindo o de actriz mais promissora para o London Critics Circle em 1994.


O cinema chegou em 1995, depois de alguns trabalhos na televisão. Death Machine marcou a sua estreia no cinema britânico. O ano seguinte foi mais produtivo com performances bastante interessantes em Stealing Beauty e Chain Reaction. Os dois anos seguintes também seriam preenchidos com uma serie de papeis secundários em filmes de pouca projecção. Mas esses filmes serviam essencialmente para a jovem actriz ganhar experiência e ficar conhecida no meio. Foi assim que acabou por ser escolhida para integrar o elenco do blockbuster de Sthepen Sommers, The Mummy. O filme foi um grande sucesso de bilheteira em 1999 e abriu as portas a uma sequela em 2001, também ela com Weisz, também ela um sucesso.


Mas não era só de grandes sucessos de bilheteira que a sua carreira vive. Depois de alguns papeis interessantes em filmes de baixo orçamento, os seus desempenhos em filmes como Enemy at the Gates e About a Boy valeram-lhe os aplausos da critica.
Mais recentemente as suas performances em filmes como Runaway Jury, The Shape of Things ou Envy também foram alvo de interesse.
Neste momento a sua carreira está marcada pelo sobrenatural. Primeiro com Constantine e depois com The Fountain, o próximo trabalho de Daren Aranofsky. Ainda em 2005 vamos poder ve-la em The Constant Gardener filme com Ralph Fiennes dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Piper Perabo



Tornou-se num lugar comum em bares um pouco por todo o mundo. Ficou sempre a tentação de espreitar para detrás do balcão não fosse ela estar lá, com o seu olhar tímido  à procura de uma oportunidade para cantar. De facto é incrível como um só papel pode moldar a nossa visão de uma actriz. Aconteceu com Piper...


Não é uma carreia feita de grandes filmes, aquela que Piper Perabo pode apresentar num eventual curriculum vitae. Mas por vezes as grandes actrizes demoram algum tempo até entrar num filme digno de ser realmente visto e revisto. Talvez seja esse o seu destino. De uma coisa os cinéfilos têm a certeza. Esta jovem é mais que uma simples beldade. É um talento em bruto à espera de uma oportunidade.
Aliás a paixão de Piper em representar vem de muito cedo. A actriz nasceu a 31 de Outubro de 1977 em New Jersey e já na sua juventude decidiu estudar para seguir o sonho de ser actriz. Descendente de pai português e mãe norueguesa, foi sempre uma aluna de sucesso na escola, nunca tendo entrado no mundo das artes antes dos 18 anos.
Foi então aí que decidiu apostar numa carreira como actriz, estudando para isso em várias escolas de representação em New Jersey e New York.


O grande salto para o cinema surgiu em 1998 quando entrou no filme Single Spaced. Seguiram-se pequenas aparições durante o ano seguinte em filmes como Whiteboys e Knuckleface Jones. 
Foi preciso chegar a 2000 para Piper Perabo ter um ano em grande estilo.
Primeiro foi uma das estrelas da comédia The Adventures of Rocky & Bullwinkle, que também contava com Rene Russo e Robert de Niro. No mesmo ano foi a rapariga mais sedutora de Coyote Ugly, uma das comédias mais divertidas do ano. Foi no papel de "Jersey" que Perabo se mostrou definitivamente aos cinéfilos, com uma interpretação extremamente sólida, o contrário do que se esperaria quase de uma novata. O seu desempenho acabou por ser reconhecido com um MTV Award e ainda uma nomeação como melhor Estreante do ano.


O ano seguinte acabou por ser bastante polémico na sua curta carreira, um ano que acabaria por marcar um ponto máximo de aparições no cinema, tendo sido praticamente sempre a descer a partir desse momento. Foi na produção canadiana Lost ad Delirious que a polémica chegou, tudo porque Piper Perabo encarnou o que na altura - e ainda hoje - era visto como uma personagem tabu: uma estudante que descobre ser lésbica e que se apaixona por uma colega. O filme, com cenas de sexo lésbico, acabou quase por não ser exibido no mercado norte-americano, e quando o foi, acabaria por ser com a classificação máxima. O mesmo destino teria o seu filme seguinte Slap Her...She´s French. 
Os últimos anos têm de facto infelizes para a jovem de ascendência portuguesa. Para além de Cheaper By The Dozen, onde era uma dos muitos filhos de Steve Martin e The I Inside, as interpretações da jovem actriz não têm sido nada relevantes.
Mesmo assim para este ano ainda poderemos vê-la em mais dois filmes: George and the Dragon e ainda A Piece of My Hearth.


Quanto ao futuro parece pouco risonho para a actriz, pelo menos nos próximos anos. Depois da polémica de Lost and Delirious tornou-se difícil a Piper Perabo voltar a estrelar um filme em Hollywood. Apesar de Cave, Edison e 10th & Wolf serem já projectos garantidos, falta ainda uma interpretação de encher o olho. Talvez quando ela chegar, e parece-nos certo que mais tarde ou mais cedo isso vai acontecer, se dissipem todas as dúvidas sobre o talento desta sedutora loirinha que também fala a língua de Camões.

sábado, 5 de fevereiro de 2022

Kevin Kostner


De um momento para o outro, um dos maiores valores da industria cinematográfica desapareceu do mapa. Uns dizem que foi por não ter aguentado três fracassos seguidos. Outros dizem que planeia um regresso em grande. De promessa a certeza, de certeza a desilusao, de desilusão a desaparecido. E agora como é?

Quando irrompeu em meados dos anos 80 trazia uma lufada de ar fresco à representação norte-americana, à época ainda muito dependente dos veteranos da geração de 65 (a de 75 não tinha vingado). Com um punhado de papeis assumiu-se imediatamente como uma referência da sua geração mas em meados dos anos 90 eclipsou-se por completo. Resta saber que Kevin Costner ficará para a história. O dos óscares de Dances With Wolves ou o dos falhanços como Waterworld?

Nasceu a 18 de Janeiro de 1955 na Califórnia. Baptizado Kevin Michael Costner, era o terceiro filho de um casal humilde. O facto do trabalho do pai exigir constantes deslocações de terra em terra, o jovem Kevin nunca criou raizes. Mas desde cedo mostrou ser multi-talentoso. Escrevia, recitava poesia e ao mesmo tempo conseguia ser o melhor em todos os desportos da sua escola. Aventureiro, costumava construir canoas para navegar pelos rios da Califórnia sozinho, procurando a aventura e a excitação do momento. Em 1997 entrou na California State University onde se formou com sucesso em Economia. Na mesma altura em que casava, com 23 anos, com a namorada de liceu, Cindy Silva, Kevin Costner começou a ter licções de representação dramática todas as noites. Estava decidido em tornar-se actor. A vida corria-lhe bem, mas, segundo a lenda, um dia encontrou Richard Burton que o convenceu a deixar tudo pelo amor à representação. E asim foi. Costner despediu-se, foi para Hollywood e trabalhou como camionista e operário para se sustentar enquanto procurava uma oportunidade na Meca do Cinema. Chegou a fazer filmes pornográficos no inicio dos anos 80, mas foi em 1983 que surgiu a sua oportunidade. As suas cenas no filme The Big Chill acabaram por ficar na sala de montagem mas o realizador do filme tinha gostado do que viu. E começou a pensar em Costner para o futuro.


O realizador era Lawrence Kasdan e decidiu apostar em Costner para o seu western alternativo: Silverado.
O filme foi um tremendo sucesso e Costner saltou de rompante para a ribalta. Começava um periodo dourado que duraria sensivelmente uma decada. Nos anos seguintes rejeitaria entrar em Platoon - por achar que ofendia o exército norte-americano - apostando no filme de Brian de Palma, The Untouchables. O filme foi um sucesso e Costner era cada vez mais uma das estrelas do momento.
Depois de No Way Out e Bull Durnham, novo grande papel no poético Field of Dreams. Mas, mais do que isso, foi nesse ano de 1989 que Costner começou a rodar aquele que viria a ser o filme mais marcante da sua carreira.


Dances With Wolves era um filme improvável. Um filme pacifista, conciliador e extremamente cinematográfico, privilegiando as paisagens às interpretações. Mesmo assim acabou por ser o grande vencedor da noite dos óscares de 1990, com Costner a subir por duas vezes ao palco. Primeiro para receber o galardão de Melhor Realizador, naquele que era o primeiro filme que dirigia, um facto praticamente inédito. E no final da noite para reclamar o óscar de Melhor Filme. Para trás tinha ficado a derrota na categoria de Melhor Actor, mas a verdade é que o filme foi um sucesso retumbante e Costner tinha-se finalmente afirmada como uma das estrelas de Hollywood.
E em alta estava de facto a sua carreira. Depois da consagração em 1990, o seu melhor ano em 1991.
Primeiro no blockbuster Robin Hood : Prince of Thieves, em que ao lado de Morgan Freeman e Alan Rickman dá vida a uma das mais miticas personagens da literatura britânica. O filme foi um enorme sucesso de bilheteira apesar da critica não ter gostado de ver o seu novo menino bonito a descer do belo para o explosivo. Mesmo assim Costner seria ainda a estrela de um dos filmes mais aclamados do ano, JFK. Vivendo o procurador Jim Garrison, este filme de Oliver Stone mostrava ao mundo o caso Kennedy em toda a sua negritude. E Costner era peça essencial no puzzle. No final o filme teve 8 nomeações ao óscar (ganhou apenas duas) mas Costner foi esquecido. Muitos acharam estranho, mas esse seria o primeiro sinal de que a industria lhe tinha voltado as costas.


Depois de Bodyguard, filme que tentou mais promover Whitney Houston do que tentar convencer os espectadores da narrativa, houve o interessantissimo A Perfect World, filme dirigido por Clint Eastwood, na altura em grande depois da consagração de Unforgiven. Mais uma vez Costner transformou-se para conseguir um dos papeis mais interessantes do ano. E mais uma vez foi ignorado por tudo e por todos.
Lembrando-se do sucesso de Silverado, Costner tentou de novo recuperar o western e dirigiu Wyatt Earp, mas longe do que conseguiu Kasdan, viu o filme ser apupado pela critica e ignorado pelo publico. Foi então que Costner decidiu fazer o maior filme de sempre. Era um dos orçamentos mais caros da história do cinema mas a verdade é que se tornou também o maior fracasso de sempre. Waterworld podia ter significado o final da sua carreira. Afinal poucos são os actores-realizadores que sobrevivem a um fiasco daquele genero. Mas Costner sobreviveu apenas para se meter noutro sarilho, o futurista The Postman. Tal como o antecessor, também este filme fracassou em toda a linha. Costner estava acabado diziam todos em Hollywood.


E assim parecia de facto. Foi então que o Costner-realizador passou para segundo plano, voltando o Costner-actor. Os seus papeis em Message in a Bottle e For The Love of The Game mostraram um Costner rejuvenescido. Afinal ainda não estava acabado. Em 2000 o seu desempenho em Thirteen Days foi aplaudido por alguns sectores, apesar do filme não ter tido o sucesso desejado. Mas o que parecia indicar o regresso do talentoso Costner desfez-se em tres filmes. Primeiro na homenagem a Elvis Presley em 3000 Miles to Graceland, e depois em Dragonfly. Costner tinha voltado a afundar-se e seria o western a revitalizar a sua imagem. Em Open Range, em que voltou a dirigir, Costner mostrou estar a uns furos acima do que tinha mostrado nos últimos dez anos, mas continuava a estar bem atrás do que mostrou ser capaz de fazer.


Para o ano, Costner estará de regresso num dos seus papeis favoritos, jogador de baseball. O filme é The Upside of Anger e muito se fala a propósito da performance de Joan Allen e do elenco de belas teen-stars. Poderá ser um balão de oxigénio para o actor que tem ainda dois projectos para 2005, Rumor Has It e The Turtilla Curtain.
Os fãs do actor estarão desesperados por um come-back em grande nos próximos anos. De grande promessa da geração de 85, Costner é hoje um dos mais mal amados da sua geração. Resta saber se conseguirá voltar a mostrar o seu melhor ou se serão os dvd´s e cassetes a recordarem-nos do que ele foi capaz de fazer.

10 Filmes em que os atores se amavam de verdade - Diário de um jornalista bêbado, 2010



“Diário de um jornalista bêbado” foi um filme importante no destino de Johnny Depp. Porque ele, assim como o seu personagem, perdeu a cabeça por Amber Heard. Após as filmagens, o solteiro fez uma proposta de casamento à jovem atriz, algo que não chegou a fazer para Vanessa Paradis, mulher com quem Depp viveu por 14 anos.

10 Filmes em que os atores se amavam de verdade - O apartamento, 1996



Nas filmagens deste filme, floresceu o amor entre a atriz italiana Monica Bellucci e o ator francês Vincent Cassel, famoso mulherengo. Assim nasceu o casal que por muitos anos continuou sendo um dos mais belos da cinematografia mundial.

10 Filmes em que os atores se amavam de verdade - Segundas intenções, 1999



O que geralmente chamamos de química aconteceu com os atores Ryan Phillippe e Reese Witherspoon durante o filme “Segundas Intenções”. Assim, os espectadores não só viram os sentimentos sinceros dos personagens na tela, mas também os dos atores que lhes deram vida.

10 Filmes em que os atores se amavam de verdade - O espetacular Homem-Aranha, 2012



“O aranha” encantador, Andrew Garfield, não capturou com sua teia apenas o público, mas também a atriz Emma Stone, que era sua parceira no filme... e tornou-se na vida real!

10 Filmes em que os atores se amavam de verdade - Sr. e Sra. Smith, 2005



Vale a pena dizer algo neste caso? Nesta foto estão os nossos favoritos Brad Pitt e Angelina Jolie nas filmagens deste filme crucial. O que os dois atores acabaram fazendo? Isso é do conhecimento de todos: ficaram juntos por 11 anos e criaram 6 filhos.

10 Filmes em que os atores se amavam de verdade - Alfie — O sedutor, 2004



Neste filme, para o belo e mulherengo Jude Law não foi difícil interpretar a imagem de “Casanova”. Ele foi capaz de interpretar facilmente as cenas de amor com a atriz Sienna Miller porque, durante as filmagens, um romance relâmpago ocorreu entre os atores.

10 Filmes em que os atores se amavam de verdade - Dias de trovão, 1990



Lembra quando, no início de sua carreira no cinema, Nicole Kidman tinha cabelos enrolados com cachos deslumbrantes e ruivos? Exatamente assim, nas filmagens do filme “Dias de trovão”, Tom Cruise a conheceu. O romance da tela rapidamente se tornou real. Na época, os atores formaram um dos casais mais brilhantes de Hollywood.

10 Filmes em que os atores se amavam de verdade - Ela dança, eu danço, 2006



Muitos de nós têm prazer em rever esse filme várias vezes, e não apenas porque depois sentimos vontade de dançar. Há outra razão pela qual nós amamos essa produção, e é sobre os olhares apaixonados de Channing Tatum e Jenna Dewan. Na vida real, ambos formaram um relacionamento e tiveram uma filha linda.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Lucy Liu

É a actriz oriental de maior sucesso nos Estados Unidos. Já brilhou na televisão e no cinema, e quando se pensa em cinema de acção, o seu nome acaba sempre por vir á baila. Talvez por ter o dom de nos deixar de olhos em bico...

Lucy Liu nasceu no bairro de Queens em Nova Iorque, a 2 de Dezembro de 1968. Filha de imigrantes chineses que tinham procurado Nova Iorque para relançar as suas vidas, Lucy Liu teve uma infancia dificil mas bem sucedida. Aos 20 anos começou a estudar para ser actriz, isto depois de ter saltado entre algumas universidades na busca do curso certo para o seu futuro. Foi então que tentou ir para Los Angeles procurar um lugar ao sol. Enquanto servia á mesa, Liu procurava papeis em filmes, mas acabaria por ser a televisão a abrir-lhe as portas. Estreou-se em Beverly Hills 90210, em 1990, e depois surgiu ainda em NYPD Blue, ER e X-Files. A sua estreia no cinema ocorreria no entanto apenas em 1996, num pequeno papel no filme Jerry Maguire. E depois de alguns papeis secundários, onde a sua origem era mais requisitada que o seu talento, foi na serie televisiva Ally McBeal, que Lucy Liu viu definitivamente o seu valor consagrado.


Entre o dilema de se manter fiel ás suas raizes - a razão de muitos dos papeis que conquistou - e tentar explorar um universo para lá do ar de beldade asiática, Lucy Liu tentou controlar a sua carreira o melhor que pode. E o cinema começava a tornar-se cada vez mais uma opção a seguir. Payback e Play it Till the Bone mostraram-se como as primeiras hipóteses a sério de representar em Hollywood, enquanto que Shangai Noon a colocava lado a lado com um icone da comunidade asiática nos Estados Unidos, o actor Jackie Chan. Seria no entanto ao lado de outras duas beldades, Cameron Diaz e Drew Barrymore, que Lucy Liu conquistaria o grande público. O filme foi Charlies Angels e de imediato a actriz se tornou numa das action figures preferidas dos estúdios, pelo seu carisma, porte atlético e beleza exótica.


Depois de Ballistc, Chyper ou a sequela de Charlies Angels terem tentado apostar nessa sua imagem, surgiu Quentin Tarantino e tudo mudou. Pelo meio tinha ficado uma pequena participação em Chicago, o vencedor do óscar em 2002. Mas seria ao serviço de QT em Kill Bill, que Lucy Liu passaria a uma nova etapa da sua carreira. No papel de O-Ren Ishi, a jovem actriz surpreendeu tudo e todos pela sua versatilidade e intensidade dramática. A cena fiel, num duelo inesquecivel com Uma Thurman, mostraram uma actriz até então desconhecida do grande público. Talvez por isso ela seja hoje uma figura altamente requisitada em Hollywood tendo já um sem número de projectos para os próximos anos.

terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Dustin Hoffman


São já quarenta anos de carreira ao mais alto nivel na Meca do Cinema. Depois de uma estreia que acabou por se tornar quase mitica até aos papeis mais leves dos dias de hoje, esta foi uma carreira marcada a letras de ouro com performances abençoadas pelos deuses. E é por isso que ele é hoje, sem duvida alguma, considerado um dos melhores actores de sempre... Quem tem a sorte de se estrear em Hollywood com um filme tão forte como The Graduate e ser a estrela de tantos outros sucessos durante mais de tritna anos, só pode ser abençoado. 

Pelos deuses mais pelo talento também. E talento é algo que não falta a este "monstro sagrado" que é Dustin Hoffman. Nasceu a 8 de Agosto de 1937 em plena Cidade dos Anjos - L.A - numa altura em que essa já era a capital mundial do cinema. Talvez por isso se perceba que, desde sempre, Hoffman esteve em casa. Depois de uma infancia marcada pela rebeldia dos californianos do pós-guerra, Hoffman mostrou não ter grande talento na escola. Até a um dia em que se inscreveu numa cadeira de representação porque um amigo lhe dinha tido que naquela disciplina ninguém reprovava. 

E Hoffman não só não reprovou como encontrou ali a rampa de lançamento para uma carreira notável. No final decidiu-se pela arte de representar apenas pelo motivo de que não queria ir trabalhar como todos os outros. E ele não era como todos os outros, de facto. Depois de anos a aprender numa escola de representação em Pasadena conheceu Gene Hackman. O actor que mais tarde viria a ser galardoado com dois óscares desistiu do curso e procurou a sorte em Nova Iorque. Meses depois Dustin Hoffman foi à sua procura e acabou por morar no chão da sua cozinha. 

Eventualmente ambos acabariam por conhecer um terceiro actor, Robert Duvall, com quem partilhariam algumas agruras. E assim estava formada a coluna vertebral da representação norte-americana da década de 70 (faltará apenas Al Pacino, Jack Nicholson e de Niro). Aos 29 anos conseguiu finalmente um papel diante das camaras. Foi numa produção televisiva, The Journey of the Fifth Horse. 

No ano seguinte surgiria a estreia no cinema. Mel Brooks, vizinho de Hoffman, tinha-lhe dado o papel de destaque na peça The Producers que iria estrear esse ano na Broadway. Só que Anne Bancroft, mulher de Brooks, sugeriu Hoffman para The Graduate, o seu próximo filme. Na altura de escolhar entre Hollywood e a Broadway, Dustin Hoffman não teve duvidas. O filme foi um sucesso e a sua estreia foi apelidade da masi entusiasmante de sempre. Eventualmente chegaria a sua primeira nomeação ao óscar, logo no primeiro filme. Dois anos depois mais um grande desempenho num filme de sucesso. 

Ao lado de Jon Voight, o jovem Dustin Hoffman encarnou um tuberculoso cowboy em Midnight Cowboy, filme que acabaria galardoado com vários óscares. As cenas finais do filme, com Hoffman a morrer lentamente, tornaram-se marcantes e marcaram de imediato a sua carreira. A partir desse momento ele deixava de ser uma jovem promessa. O filme dar-lhe-ia, lado a lado com o colega Voight, a nomeação ao óscar de Melhor Actor, a segunda em três anos, algo notável para quem tinha feito apenas cinco filmes. No entanto, e tirando Litle Big Men em que Hoffman vive Crazy Horse, o mitico indio, dos 17 aos 112 anos, foi preciso esperar mais quatro anos para ver o actor em grande forma. Em 1973 surgiu ao lado de Steve McQueen em Papillon. 

No entanto a sua performance devastadora como o comediante maldito Lenny Bruce chegou em 1974 e conquistou tudo e todos, menos o óscar para o qual foi nomeado pela terceira vez em Lenny. Entretanto já lhe tinham recusado o lugar de Michael Corleone na saga The Godfather e preparavam-se para lhe dizer que não no filme One Flew Over the Cuckoo´s Nest, que viria a consagrar Jack Nicholson. No entanto em 1976 deu-se o seu regresso em estilo em All the President´s Men onde viveu o jornalista Carl Bernstein, ao lado de Robert Redford no filme de Allan J. Pakula. Apesar das nomeações que o filme conseguiu, Hoffman falhou a sua quarta nomeação. 

Mas muitos já afirmavam que estava na hora do actor ser consagrado, naquele que era uma década espectacular para Hoffman. Em 10 anos tinha interpretado já inumeros miticos papeis e conquistado quase uma mão cheia de nomeações. Depois de Marathon Men, onde brilhou ao lado de Laurence Olivier, chegaria, três anos mais tarde, em 1979, o seu óscar. O filme, que venceria varias estatuetas, seria Kramer vs Kramer, e ao lado de Meryl Streep, que começava aqui uma carreira de glória, Hoffman esteve igual a si mesmo, ou seja genial. Na noite de glória, ele que tinha dito que não lhe interessavam os prémios depois de ter sido derrotado pela terceira vez em 1974, estava eufórico. A vitória era justa. 

 Os anos 80 por sua vez mostraram ser uma década atipica. Apesar dos seus dois melhores desempenhos de sempre terem aberto e fechado a década, a verdade é que Dustin Hoffman esteve afastado do cinema fazendo apenas cinco filmes em dez anos. O primeiro seria Tootsie, provavelmente uma das comedias mais hilariantes da história do cinema norte-americano. Hoffman foi ele e ela neste notável filme e voltou a ser nomeado ao óscar, pela sexta vez. Perdeu, injustamente, para Ben Kingsley mas mostrou que após três anos de inactividade, estava de volta em estilo. 

Só em 1988 é que Hoffman voltou ao seu melhor, depois de dois titulos menores a meio da década. Em Rain Man ele é absolutamente notável como o autista Charlie Babbit. A sua performance esmagadora valeu-lhe o seu segundo e último óscar de melhor actor. E para fechar os anos 80, Dick Tracy, filme onde mostrou o seu ar de vilão sedutor diante do charme de Warren Beatty. O inicio dos anos 90 mostrou um Hoffman activo e em papeis interessantes. Exceptuando a sua performance no desastro Hook, em 1991, foi refrescante vê-lo em Billy Bathgate e Hero, que provaram ser dois dos seus melhores papeis de sempre. 

Seguir-se-iam mais alguns anos de inactividade até 1997, altura em que, ao lado de Robert de Niro, viveu a personagem Stanley Motts no notável Wag the Dog. Contra todas as previsões, Hoffman conseguiu a sua sétima nomeação ao óscar de Melhor Actor, um feito notável. Apesar da derrota para o eterno rival Jack Nicholson (eles são, provavelmente, os dois melhores actores da geração de 69) esta foi a prova de que, aos sessenta anos, Hoffman ainda estava bem vivo. Desde aí para cá as suas personagens têm-se tornado cada vez mais leves. Se exceptuar-mos a sua notável aparição na Jean D´Arc de Luc Besson, o humor tem sido a nota dominante nos seus últimos anos de carreira. A prova está bem à vista este ano, tanto em I Hearth Huckbees como em Meet the Fockers. 

O seu desempenho em Finding Neverland já foi igualmente louvado havendo a clara hipótese de em 2004 Hoffman ter a sua primeira nomeação como melhor Actor Secundário. Dustin Hoffman é sem duvida um daqueles actores que, independentemente do filme em que entra, arrasta centenas de espectadores às salas de cinema. O seu estilo muito particular de encarar a camara dá-lhe uma força extra que poucos actores conseguem ter. E a sua diversidade de personagens que podem ir do moribundo Ratso Rizzo em Midnight Cowboy à hilariante Dorothy Michaels em Tootsie são a prova viva de que aqui mora uma das estrelas mais cintilantes da história do cinema.