sexta-feira, 30 de setembro de 2022
domingo, 25 de setembro de 2022
Jack Nicholson
Quando se fala de sucesso. Quando se fala de talento. Quando se fala de sorrisos. Quando se fala da arte de representar há sempre um nome que nos vem imediatamente à cabeça. Sim, é ele mesmo, provavelmente o único actor a poder dizer com confiança que ninguém faz o que ele faz melhor porque ele já o faz de forma perfeita...
Começou nos filmes de terror, passou pelo drama, pela acção e pela comédia. Hoje é simplesmente ele próprio, de dois em dois anos, e sempre que estreia um novo filme todos se apressam a antever "a grande performance do ano". Ele é simplesmente Jack Nicholson.
Nasceu a 22 de Abril de 1937 em Neptune, no estado de New Jersey, com o nome de John Joseph Nicholson. A história lembra-lo-á sempre no entanto como Jack Nicholson.
O pai abandonou-o quando ainda era pequeno, acabando o pequeno Jack por ter de crescer apenas acompanhado pela mãe, que julgava que era a irmã mais velha, e a avó, a quem tratava como mãe. Facto que só descobriu anos mais tarde, quando a revista Time fez uma pesquisa sobre a sua vida. Uma estória que já de si mostra a particularidade de ser ser "Jack Nicholson". Outra estória que se tornou celebre foi a sua alcunha "Mulholand Man", alcunha que conquistou por partilhar a "Bad Boy Avenue" juntamente com Marlon Brando e Warren Beatty, dois dos seus maiores amigos.
Depois de um infancia algo conturbada, foi estudar para a Manasquan High School, onde foi considerado "o palhaço da turma", titulo que conquistou ao amigo de infancia Danny de Vitto.
Aos vinte e um anos estreou-se no cinema e nunca mais faria nada na vida. Era o inicio de uma carreira sem igual.
O seu primeiro papel seria em The Cry Baby Killer, um drama em tons de horror movie. Depois da sua estreia, Nicholson começou um carreira em pequenos filmes sem grande destaque mas que, aos poucos, lhe permitiram acumular experiência e um nome em Hollywood. Desde The Little Shop of Horrors a The Raven, passando por Hells Angels on Wheels, era facil encontrar Nicholson neste genero de papeis de jovem rebelde briguento ou assassino. Mas conseguiri ele fazer outra coisa?
Em 1969 Dennis Hopper começou por escandalizar Hollywood com o seu filme Easy Rider. O escandalo era maior porque no filme estava Peter Fonda, o filho do mitico Henry Fonda, num papel pouco recomendável. Só que quem também lá estava, e em grande estilo, era mesmo Jack Nicholson. E muitas pessoas só se lembram mesmo dele neste filme tal foi o impacto do seu pequeno, mas bem aproveitado papel. Nicholson fechava assim a década na boca de todos, com uma nomeação ao óscar de melhor actor secundário, a mesma forma como abriria os anos 70 ao mostrar um notável desempenho no filme Five Easy Pieces que lhe valeria desta feita a sua primeira nomeação ao óscar de melhor actor.
O seu primeiro grande desempenho na década de 70 iria contudo em 1974 Depois de ter sido rejeitado por Copolla, para o papel de Michael Corleone, o jovem Nicholson entrou em Chinatown, notável filme de Roman Polanski onde viveu um Bogart-look alike de nome Jake Gitts. O filme foi um sucesso e Nicholson conseguiu a sua terceira nomeação ao óscar. Ele que é hoje o actor com mais nomeações conquistadas pela Academia, um total de 12.
Seguir-se-iam no ano seguinte Operation : Reporter e One Flew Over the Cuckoo´s Nest. O filme seria o mais espantoso em todo o ano, especialmente porque contou com um Nicholson "gigantesco". Segunda nomeação e primeiro óscar como Melhor Actor, num ano em que o filme também foi coroado com outras estatuetas douradas.
The Missouri Breaks não foi o sucesso que se esperava mas foi uma oportunidade dourada de Nicholson trabalhar com o amigo Marlon Brando, do qual era vizinho na mitica Mulholand Drive. Nesse mesmo ano faria The Last Tycoon mas a nota dominante é a de que a sua carreira ia esmorecendo no final da década de 70. Tendência que um papel notável mudaria rapidamente.
The Shinning é provavelmente um dos filmes de terror mais intensos dos últimos vinte cinco anos. E Nicholson, que tinha tido neste genero uma importante escola, o homem para o papel. A realização de Stanley Kubrick é inteligentissima mas são cenas como "Here´s Johnny" que pautaram o sucesso do filme em 1980. E com este sucesso também Nicholson estava outra vez em alta.
Começou a apostar em pequenos papeis secundários e conseguiu o que queria. Primeiro em Reds, filme do amigo Warren Beatty, recebeu a sua segunda nomeação como actor secundário, e dois anos depois, em 1983, conseguiria esse mesmo óscar pelo seu notável desempenho em Tearms of Endearment, onde viveu um ex-astronauta. A década estava a começar bem de novo mas desta vez iria ser boa até ao final. Com Prizzis Honor em 1985 vinha a primeira nomeação ao óscar de Melhor Actor em dez anos de carreira enquanto que os seus desempenhos em The Witches of Eastwick e Broadcast News continuaram a mostrar que estava em alta. Em Ironwed conquistou nova nomeação ao óscar de Melhor Actor secundário e em 1989 faria aquele que ele próprio considera como o seu desempenho mais pop, o de Joker em Batman.
Cons uns anos 80 de luxo, a década de 90 poderia ressentir-se. Afinal Jack tinha já mais de 50 anos e os bons papeis não surgem todos os dias.
A Few Good Men provou a todos que um Jack 55 anos era ainda um grande Jack. Os últimos 15 minutos do filme são todos dele e não surpreendeu ninguém que chegasse a 10º nomeação no final do ano. Só que Hoffa e Wolf acabaram por não ser os sucessos esperados por todos e durante alguns anos muitos pensaram que Nicholson não voltaria a ser o que era. Aliás a sua performance em Mars Attack não deixava nada de bom na memória dos fãs.
Só que a história é feita destas coisas. Calharia que seria aos 60 anos de idade que Jack Nicholson viveria o seu maior papel até hoje. Melvin Udall, o paranoico escritor de As Good As it Gets. O filme vive com base no ritmo que Nicholson impõe e o óscar era algo natural. Seria o seu 3º, um novo recorde para actores (fica a um do recorde de Khatarine Hepburn) e a prova viva de que este era um nome a marcar a letras de ouro na história do cinema.
Só que apesar do sucesso, Nicholson não parou. Quatro anos depois seria a estrela de The Pledge, o primeiro filme realizado por Sean Penn. O filme é dos mais fracos do ano mas Nicholson é igual a si próprio como aconteceu no ano seguinte no filme do jovem indie Alexander Payne. Em About Schmidt, é um Nicholson assumidamente veterano que mesmo assim faz o que quer de cada cena em que entra. O resultado seria a natural 12º nomeação ao óscar, se bem que já ninguém contava que ele fosse galardoado mais alguma vez. O ano de 2003 acabou por ser dos mais proliferos dos últimos anos graças a dois notáveis desempenhos. Primeiro como psiquiatra e mestre de Adam Sandler em Anger Management e depois como o veterano amante de Diane Keaton em Something´s Gotta Give, com uma das melhores performances do ano.
Nicholson é hoje o actor mais galardoado em actividade. Já recebeu mais nomeações para vários prémios, incluindo óscares, globos, baftas, do que muitos dos actores em actividade e o seu recorde de 3 óscares (2 como principal e 1 como secundario) permance intocável. Eterno fã dos LA Lakers (a gravação dos filmes são sempre planeados de acordo o calendário dos Lakers) e mulherengo eterno, Jack Nicholson é hoje do melhor que o cinema tem para oferecer. Talvez se um dia enviarem uma capsula para o espaço com uma colectanea dos seus melhores momentos, pode ser que aquilo que eles nos faz sentir aqui, seja sentido por tudo o que habitar esse universo sem fim.
terça-feira, 20 de setembro de 2022
Marlon Brando
Foi o icone de gerações. Depois de surgir de camisola justa rasgada, suado, gritando "Stellaaa!!!" em A Streetcar Named Desire, o cinema nunca mais seria o mesmo. Criou uma escola, mais tarde imitada por todos. Misturou a carnalidade masculina com a sensibilidade humana como nunca tinha sido feito. Foi o primeiro actor a explorar o próprio corpo, criando uma imagem icónica que o acompanharia, e que eventualmente, acabaria por transcende-lo.
E no entanto não fez muitos filmes ao longo de uma carreira que durou mais de quarenta anos. Mas quando entrava em cena, transcendia-se sempre de uma forma inimitável.
Formado nas escolas do Actor´s Studio, exemplo perfeito da aplicação do "Método", essa cartilha da arte de representar, a sua estreia em A Streetcar Named Desire, foi das mais furiosas e intensas da história. A sua performance ultrapassou limites e barreiras, exibindo-se a um nivel nunca visto num rookie de 27 anos. Naturalmente foi nomeado ao oscar, acabando por perder injustamente para o veterano Bogart.
Os anos 50 foram os da ascensão, confirmação e glorificação de Brando. Em 1952 era único como Emiliano Zapata em Viva Zapata! e no ano seguinte dá um dos melhores discursos da história, superando mesmos os mais shakesperianos dos actores, em Julius Caeser. E antes de Dean foi o perfeito "Rebel without a Cause" em The Wild One.
Naturalmente em 1954 surge a consagração em On the Waterfront, filme onde todo o espirito do Actor´s Studio se resume na perfeição. No ano seguinte está ao lado de Jean Simmons em Guys and Dolls! e Sayonarra e The Young Lions definem-no como um actor único. Era já declaradamente um dos maiores actores do mundo, rivalizando com os clássicos Stewart, Bogart, Cooper, e liderando uma vaga ascendente que tinha Newman, Clift - e durante um ano - Dean, na sua peugada.
Os anos 60 começam com o falhanço do remake de The Mutiny on the Bounty, filme que apresenta o Pacifico a Brando. É lá que conhece a mulher e onde viverá durante largos anos numa ilha que adquire a peso de ouro. Depois de uns anos de apagamento surge no seu melhor em 1966 no filme The Chase. Mas a aura que o acompanha vai-se lentamente desvanecendo. Problemas com as produtoras, o falhanço do seu primeiro filme como realizador, One-Eyed Jacks, o seu activismo pró-indios e o facto da critica e do público o acusarem de não estar a viver de acordo com o mito que o próprio tinha criado fez com que Brando fosse afastado de Hollywood. Muitos acusaram-no de estar a destruir a sua própria carreira.
Mas então surge Francis Ford Copolla, apaixonado por Brando desde sempre, que vê nele o candidato perfeito para viver Vitto Corleone em The Godfather. Os produtores rejeitam e Copolla faz com que Brando vá ao casting completamente transformado. O actor engorda, enche as bochechas com algodão, cria maneirismos totalmente novos e espanta os produtores que após o casting querem saber quem é aquele actor que é tão perfeito para o papel: "é Brando", diz-lhes Copolla. O acordo fica fechado. O resto - The Godfather, o óscar rejeitado, o papel de uma vida - é história.
No ano seguinte despe-se de todos os pudores para Bertolucci no aclamado The Last Tango in Paris, e em 1979 regressa sorumbático para um papel inesquecivel em Apocalypse Now, também de Copolla. E depois o "Monstro" retira-se para a sua ilha. Vive problemas familiares com a prisão do filho e acaba por voltar apenas duas vezes mais. A primeira, que lhe vale a oitava e última nomeação ao óscar, em A Dry White Season. A segunda para fazer D. Juan de Marco com Johnny Depp, que elogia, declarando que é mais parecido consigo do que Clift ou Dean alguma vez foram, e para quem faz The Brave, o filme de estreia na realização do jovem actor. Quando morreu, em 2004, o mundo ficou definitivamente um lugar mais pobre.
quinta-feira, 15 de setembro de 2022
Ingrid Bergman
Quando chegou a Hollywood, rotulada de futura estrela, a verdadeira estrela sueca do momento, Greta Garbo, dizia adeus ao cinema. Rainha morta, rainha posta! Na altura era dificil de prever, mas Ingrid Bergman superou a Garbo, e ainda hoje é a maior actriz sueca da história, apesar da "rivalidade" com as mulheres de Bergman e com a diva da década de 30.
Depois de uma passagem pelo teatro sueco e pela ascendente industria erótica daquele país nórdico, Bergman deu nas vistas no filme Intermezzo em 1936. David Selznick comprou os direitos do filme e fez uma versão para Hollywood, insistindo em Bergman para o papel que fizera dela uma estrela na Suécia. Depois do enorme sucesso da versão americana de Intermezzo, Bergman volta a casa para fazer mais três filmes, mas em 1942 está em Hollywood. Acreditava-se que para sempre, mas o destino iria pregar-lhe uma partida.
No ano seguinte protagoniza algumas das mais icónicas cenas da história do cinema com Bogart em Casablanca. O filme torna-se num dos maiores sucessos de sempre, confirmando o estatuto de estrela da bela sueca. No ano seguinte é pela primeira vez nomeada aos óscares, por For Whom the Bell Tolls, onde divide o ecrãn com Gary Cooper. Em 1944 a sua consagração é consumada em Gaslight, filme que lhe vale os prémios da critica e da Academia. No ano seguinte tornava-s numa das "Loiras" de Hitchcock em Spellbound . Volta a trabalhar com o realizador em Notorious e Under Capricorn, mas são os seus papeis em The Bells of St. Mary´s e Joan of Arc que lhe valem mais duas nomeações aos óscares.
Em 1949 viaja até Itália para filmar Stromboli com o realizador Roberto Rossellini. Acabam por se apaixonar, e Bergman, que era casada e tinha uma filha, deixa a familia para ir viver com o realizador italiano, de quem terá duas filhas, a mais conhecida, a também actriz Isabella Rossellini. Banida pelos americanos, que com a sua moral se sentiram de alguma forma traidos, Bergman fica seis anos fora da América. Aproveita para entrar nalguns dos melhores filmes de Rossellini, Europa 51, Viaggio in Italia e La Paura, e trabalha com Renoir em Heléne et les Hommes.
O seu regresso a Hollywood não poderia ser mais triunfal. Em 1956 vence o seu segundo óscar por Anastasia e faz as pazes com o seu país adoptivo. A partir daí a sua carreira abranda claramente, mas há ainda papeis merecedores de atenção. Em 1974 conquista o seu terceiro óscar, como secundária desta feita, por Murder on the Orient Express, tornando-se na segunda actriz com mais triunfos, logo atrás de Hepburn. O cancro acabará por ser a sua perdição. Bergman morre em 1982 deixando o mundo do cinema sem uma das suas maiores estrelas.
domingo, 11 de setembro de 2022
sábado, 10 de setembro de 2022
Charles Chaplin
A maior estrela do cinema mudo sem qualquer discussão. Chaplin foi um visionário. Soube aprender os truques do oficio com a estrela Max Linder mas utilizou-os de forma a atingir todos os públicos. A sua mais famosa criação, Charlot, ainda hoje é um icone inesquecivel.
O orfão britânico chegou a Hollywood em 1914. Meia dúzia de anos depois já era uma estrela. Ajuda a fundar o estúdio United Artits e populariza a comédia em Hollywood, tendo como rival directo o popular Buster Keaton. A sua vida intima torna-o num dos maiores colunáveis da época. Casa-se várias vezes, uma das quais com uma menor com 14 anos o que provoca imensa polémica.
A sua passagem para detrás das camaras não tem o sucesso previsto e apesar da popularidade de Charlot, a verdade é que Chaplin se torna persona non grata em Hollywood. Com a chegada do sonoro não abandona a mudez da sua personagem e retira-se de Hollywood. Parte para a Europa depois de fazer de rajada quatro obras-primas. The Gold Rush, The Circus, City Lights e Modern Times. É em 1940 que se ouve pela primeira vez Chaplin em The Great Dictator.
O filme é nomeado para os óscares mas há muito que o actor está em ruptura com a Academia depois desta lhe ter entregue um óscar honorário após retirar de competição as suas múltiplas nomeações por The Circus, que era o mais forte candidato a vencer a primeira edição dos óscares. Em 1847 volta a ser nomeado como argumentista por Monsieur Verdoux, aquele que é talvez o seu mais espantoso desempenho e é em 1952 que no filme Limelight Chaplin atinge a sua total maturidade como artista.
O filme é espantoso, como seriam os dois últimos, A King in New York e The Contess of Hong Kong, ambos dirigidos por ele. Em 1971 Chaplin suspense o seu exilio voluntário na Suiça para receber um óscar honorário. No ano seguinte vence um óscar pela melhor banda sonora de...Limelight, um filme com vinte anos. A morte encontra-o em 1977, levando assim um dos maiores mitos da história da 7º Arte.
segunda-feira, 5 de setembro de 2022
Ralph Fiennes
Retrata a perfeição do gentleman britânico. Sóbrio até ao extremo, sofredor eterno, as suas performances são sempre coroadas com um não sei o quê de profundidade dramatica. Hoje é um dos maiores actores europeus em actividade, um verdadeiro génio na arte de representar.
Foi o irmão mais velho de um grupo de seis filhos. Nasceu a 22 de Dezembro de 1962 em Suffolk, no sul da Inglaterra. E não acabaria por ser o único Fiennes a tornar-se actor já que o seu irmão mais novo, Joseph e a irmã Martha seguiriam os passos do irmão Ralph. Os pais estavam envolvidos no meio artistico. O pai era fotógrafo e a mãe uma novelista de relativo sucesso.
Desde cedo que Ralph treinou para ser o que é hoje, ou seja, um brilhante actor. Primeiro na escola de Chelsea e mais tarde na Royal Academy of Dramatic Art. Aí estudou até aos 26 anos de idade, altura em que se estreou no Britains Royal National Theater. No ano seguinte passaria para a prestigiada Royal Shakespeare Company. Fez-se no teatro mas desde cedo deu o salto para o cinema. Tinha 28 anos quando se aventurou pela primeira vez nos meandros da sétima arte. Primeiro num telefilme, onde viveu Lawrence of Arabia, e depois em Wuthering Heights, onde foi um Heathclift espantoso. Era uma estreia auspiciosa no cinema britânico.
No entanto a confirmação absoluta do seu talento chegaria com a sua notável performance em The Schindler´s List. Amon Goeth, que acabaria por ser eleito um dos maiores vilões da história do cinema, catapultou-o para a fama nos Estados Unidos, conseguindo a sua primeira nomeação ao óscar. O seu papel principal chegaria no ano seguinte no sucesso de Quiz Show, filme de Robert Redford. Mas o seu papel, o papel que o tornou um icone do cinema britânico, chegaria em 1996 em The English Patient. Aí foi um amante sofredor como nunca, e um heroi sem noção da sua heroicidade. Apesar de nomeado, foi surpreendentemente derrotado por Geoffrey Rush na noite da consagração do filme. Parecia que Hollywood não queria nada com ele.
Desde aí afastou-se o mais que pode das grandes produções. Fez Oscar and Lucinda e The Avengers logo a seguir ao óscar e produiziu Onegin em 1999. Depois de quase três anos de interregno, altura em que se divorciou igualmente, regressou ao seu melhor no filme de David Cronenberg, Spider. Uma interpretação magistral a que se seguiu uma participação surpreendente em Red Dragon, a sequela de Silence of the Lambs. Desde aí, Fiennes tem agendada participações em pequenas produções, ficando a joia da coroa guardada para quando viver a nemesis de Harry Potter em The Goblet of Fire.
domingo, 4 de setembro de 2022
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