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sábado, 15 de janeiro de 2022

Vincent Perez

É visto como um dos mais charmosos actores da história do cinema europeu. Encarna na perfeição o heroi romântico em filmes de época mas o seu ar excêntrico e olhar soturno granjearam-lhe uma fama de anti-heroi que poucos conseguiram capitalizar. Hoje é um dos icones do cinema em lingua francesa.

Nasceu a 10 de Junho de 1962 na neutral Suiça, mais concretamente em Lausanne, mas fez toda a sua carreira em França.
Depois de uma infância tradicional, filho de pai espanhol e mãe alemã, o jovem Vincent rumou aos teatros franceses, depois de estudar em Lausanne e no Conservatório de Paris, para aperfeiçoar a sua arte de representação. Fez Shakespeare, Tchekov e Moliere antes de tentar a sua sorte no cinema. O seu ar profundamente sexualizado, e as performances quase a roçar o erotismo, tornaram-no num actor de eleição para filmes romanticos.
A sua estreia surgiu apenas em 1985, mas o seu primeiro grande papel seria interpretado ao lado de Jacqueline Bisset em La Maison de Jade. Depois foi também parceiro de Catherine Deneuve em Indochine. Antes disso, no entanto, já tinha saltado para a fama com o seu papel de Christian em Cyrano de Bergerac. O filme foi um êxito retumbante e Vincent Perez foi com a maré, tornando-se num icone da beleza masculina em francesa.


Em 1992 estreou-se como realizador em L´Echange, o primeiro de cinco filmes que dirigiria, sem grande sucesso no entanto.
A sua suprema consagração como actor de excelência chegaria em 1994 no filme de Patrice Cherou, La Reine Margot. Com 32 anos estava no máximo de toda a sua força e mostrou-o ao lado da sensual Isabelle Adjani neste realista retrato da França do conturbado século XVI. Um papel que despertou a cobiça dos americanos que dois anos depois o escolheriam para suceder ao malogrado Brandon Lee em The Crow: City of Angels. O filme foi um fracasso e a partir daí as portas da América fecharam-se a Perez. Só voltaria a fazer três filmes em Hollywood, e nenhum deles foi um sucesso.
Em 1997 voltou a destacar-se como heroi romanesco em Le Bossu onde deu vida a Nevers, uma das mais sensuais personagens do cinema francês. Este seria o seu periodo mais prolifero. Faria filmes como Ceux qui m'aiment prendront le train, The Treat, Talk of Angels, Le Temp Retrouvé e Le Libertin, onde viveu o aclamado Diderot. Em 2000 tentou convencer o público americano com o seu forte desempenho em I Dreamed of Africa mas o filme foi novo fracasso de bilheteira.


Desde aí que Perez se tem conformado a ser uma estrela europeia. Bride of the Wind, Le Pharmancian de Garde, Fanfan la Tulipe e Je reste! são apenas exemplos de filmes de sucesso em França que ajudaram Perez a manter a sua aura.
Para muitos o jovem actor passou ao lado de uma grande carreira em solo norte-americano. Para outros eles é o puro heroi europeu que não tem hipóteses de vingar noutros palcos devido as suas próprias especificidades culturais. Para os amantes do cinema ele é um dos mais influentes actores europeus do nosso tempo.


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