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segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Monica Belluci

É uma das maiores sex-symbols do mundo. A sua beleza parece querer ofuscar qualquer papel que faça. Mas poucos terão conseguido esquecer a violência emocional que marcou os seus filmes mais celebres...

Esta sensual italiana nasceu em Citta di Castello no distrito de Umbria a 30 de Setembro de 1964. A sua aldeia era bastante pobre mas mesmo assim Monica Belluci conseguiu ter dinheiro suficiente para estudar direito em Perugia. Foi aí que começou a fazer trabalhos como modelo, utilizando a sua figura voluptuosa e escultural para juntar dinheiro de forma a poder pagar os estudos. A sua carreira como modelo começou em Itália mas em 1988 já estava em Paris a trabalhar com a elite do meio. O sucesso nas passerelles foi tremendo, tendo sido colocada praticamente ao mesmo nivel que as top-models da época. Com 26 anos decidiu arriscar uma carreira como actriz, apesar de não ter qualquer formação. O filme que a lançou foi Briganti. Durante dois anos a bela Monica faria filmes em Itália até Francis Ford Copolla ter ficado impressionado com a sua sensualidade, escolhendo-a para viver uma vampira no seu Bram Stokers Dracula. A estrondosa italiana chegava assim a Hollywood.


Depois desta sua primeira passagem pelo cinema norte-americano, Monica Belluci voltou à Europa onde dividiu a sua carreira nas passarelles por prestações em filmes franceses e italianos. Em 1996 atingiu um dos pontos mais altos da sua carreira em L´Apartment, filme pelo qual recebeu uma nomeação para melhor actriz nos Cesares. A consagração como actriz tinha chegado finalmente. Ao longo do resto da década Belluci continuou a fazer filmes entre Itália e França, com titulos de algum sucesso como Come mi vuoi, Stressati ou Méditerranées. Por essa altura já tinha começado uma relação com Vincent Cassell, o menino bonito do cinema francês com quem viria a casar em 1999 e do qual já tem uma filha, para além de vários projectos em conjunto.


Com o novo milénio chegou de novo a fama, primeiro sob a forma de várias capas de revista onde posou sem qualquer preconceito, e depois com alguns papeis de destaque. O primeiro seria num filme do italiano Giuseppe Tornattore em Malena. Um papel extremamente tocante e sensual que lhe valeu o aplauso da critica e do público. Depois foi escolhida para viver a mitica Cleopatra no segundo filme de aventuras de Asterix e Obelix. E depois houve ainda as presenças no cinema americano, em Tears from the Sun, e em Matrix Reloaded e Revolutions.


Mas seriam dois papeis que acabariam por moldar a sua imagem. Papeis tocantes e extremamente violentos que a confirmaram como uma actriz de valor. O primeiro tinha chegado em 2002 num filme dirigido e interpretado pelo marido. Irreversible foi tido como um dos filmes choque do ano, especialmente pelos primeiros quinze minutos em que Belluci é violada selvaticamente. O segundo aconteceu já em 2004 no polémico filme de Mel Gibson, The Passion of the Christ onde viveu uma pungente Maria Madalena, dando assim corpo ao pecado humano.
Com todos estes papeis de destaque já ficou mais do que provado que Belluci não é só uma cara bonita e um corpo de arromba. É também uma das mais interessantes actrizes do velho continente.

segunda-feira, 25 de julho de 2022

Laurence Olivier


Durante meio século foi considerado o maior actor inglês de sempre. Uma carreira sempre dividida entre o cinema e o teatro, um nome que todos aprenderam a respeitar e a amar. Atravessou gerações e criou um culto de admiração à sua volta que é dificil igualar.
Começou nos palcos londrinos e no inicio dos anos 30 salta para o cinema britânico. Assume-se como o maior actor shakesperiano, e em 1937 dá um ar da sua graça em Fire Over England. Conhece Vivien Leigh. O seu casamento será um dos mais badalados da época (e o seu final também) e ajuda-a a conquistar o lugar de Scarlett O´´Hara. Nesse mesmo ano faz o seu primeiro grande desempenho em Hollywood no filme Wuthering Heights. No ano seguinte trabalha com Hitchcock em Rebecca recebendo a sua segunda nomeação consecutiva ao óscar. Começa a adaptar em 1945 Shakespeare ao cinema. Primeiro com Henry V (terceira nomeação e prémio especial da Academia como actor, realizador e produtor) e em 1948 com Hamlet, filme que lhe irá dar o único óscar da carreira como melhor actor, mas também o óscar de Melhor Filme (falhou apenas o de realizador). Em 1955 continua com Shakespeare em Richard III (mais uma nomeação) e em 1957 está ao lado de Marilyn Monroe no admirável The Prince and the Showgirl. Em 1960 nova nomeação por The Enterteiner e regresso a Shakespeare cinco anos depois no filme Othello. O seu maior papel surge em 1972 ao lado de Michael Caine no filme Sleuth, que lhe dá a sua nona nomeação ao óscar. Mas não será a única. Passará os anos 70 a fazer pequenos papeis secundários, conseguindo novas nomeações por Marathon Man e Boys From Brazil, onde é o caçador de nazis Ezra Lieberman. Para trás tinham ficado inesqueciveis papeis em Spartacus, Khartoum e The Merchant of Venice. Morre em 1989 com 82 anos.

quarta-feira, 20 de julho de 2022

James Stewart

Ninguém consegue encontrar na carreira de Jimmy Stewart um mau papel. Muitas vezes passou por filmes menores, mas soube sempre fazer a sua parte, indo além do que achavam possivel. Trabalhou com quase todos os grandes realizadores de Hollywood (Ford, Hitchcok, Capra, Hawks, Wilder, Cuckor, Mann, Preminger, ...) e fez de todas as suas personagens pérolas inesqueciveis. Está nos dois maiores papeis de sempre da história do cinema, conseguindo trabalhar em registos completamente diferentes, sem nunca perder o seu estilo muito próprio. Sempre bom rapaz - na tela e na vida real - com um estilo de representação muito fisico para um "clássico", e muito "under acting" para um jovem turco, Stewart passou gerações, ás vezes despercebido. Mas o tempo ajuda a perceber as coisas, e olhando em retrospectiva é impossivel não olhar para James Stewart, e não ver nele o que foi: o maior actor de todos os tempos.
Nascido no Indiana, Stewart vai para a Broadway muito cedo. Faz musicais e é por aí que chega ao cinema, em filmes de pouca projeção. Amigo intimo de Henry Fonda, estudam juntos representação, e é em 1938 que ambos se começam a fazer notar. Stewart fê-lo em You Can´t Take It With You, uma alegre comédia de costumes com um elenco de luxo que acabaria por vencer uma serie de óscares. Mais importante que isso, era também a sua primeira parceria com Frank Capra, realizador que marcaria a primeira fase da sua carreira. No ano seguinte Stewart consegue uma das maiores performances de todos os tempos em Mr Smith Goes to Washington. Perde o óscar - por razões politicas diz-se - e é compensado no ano seguinte, vencendo-o por Philadelphia Story. Stewart nem era o actor principal do filme (Cary Grant tinha mais protagonismo), e venceu por simpatia pela derrota do ano seguinte e pelo bloqueio anti-Grapes of Wrath que faz com que Fonda não vença. Mas por muito estranho que pareça, este será o seu único prémio numa carreira de quarenta e cinco anos.
Nesse mesmo ano trabalha com Lubitsch no admirável The Shop Around the Corner e no ano seguinte parte para a guerra, deixando a Gary Cooper o papel em Meet John Doe que lhe estava destinado. É um dos herois da guerra e volta em 1946 para assinar a maior obra-prima da história do cinema, de novo com Frank Capra: It´s a Wonderful Life. O seu George Bailey é a mais pura e bela personagem da história do cinema, granjeando-lhe de imediato o estatuto de estrela. No entanto o filme não foi o sucesso que se previa (Capra disse dele que era "o mais belo filme feito até hoje"..e era!). O público tinha mudado e Stewart irá perceber essa mudança melhor que Capra.
Vira-se para os westers e para os thrillers, pelas mãos de Anthonny Mann e Alfred Hitchcock. Em 1948 faz o seu primeiro papel para o "mestre do suspense" em The Rope. Em 1950 é assombroso em Winchester 73, mas acaba por ser nomeado por Harvey. Bend of the River e o espantoso The Naked Spur continuam a provar o sucesso da dupla Stewart-Mann, e The Rear Window torna-se numa das obras-primas de Hitchock, com um Stewart nunca visto.
O final dos anos 50 traz o melhor de Jimmy Stewart. The Man From Laramie, The Man Who Knew To Much, The Spirit of Saint Louis, Vertigo e Anatomy of a Murder são do melhor que se podia encontrar nos dias em que o mundo ainda estava rendido ao "método". Vertigo! Nunca um actor foi tão intenso, tão hipnotizante, tão avassalador com James Stewart em Vertigo. Se George Bailey é a sua obra-prima, Scottie Fergusson é o seu irmão gémeo, tal é a perfeição do seu registo, naquele que para muitos é o melhor filme de todos os tempos.
Os anos 60 juntam Stewart com John Ford, outro realizador icónico, primeiro em Two Road Together e depois no inesquecivel The Man Who Shot Liberty Valance que está para Mr Smith na filmografia de Stewart como Vertigo está para It´s a Wonderful Life. E é assim que no inicio dos anos 60, Stewart decide retirar-se. Com quase 60 anos, e com as suas referências (Mann, Capra, Preminger, Ford, Hitchcock) a deixarem Hollywood, sente também que a sua hora chegou. Ainda faz pequenos papeis, com principal destaque para o reencontro com John Wayne em The Shootist, uma bela despedida para dois heróis do Oeste.
Um icone americano, um exemplo de vida, um actor sem comparação - nem Bogart, nem Brando, nem Newman, Nicholson ou tantos outros se lhe comparam - James Stewart é mais do que um mito.
Deixou-nos em 1997. Mentira. Ainda cá está. Em todos os papeis que representou. E estará para sempre!

sexta-feira, 15 de julho de 2022

Tom Hanks

Desde as suas comédias mais hilariantes aos papeis mais dramáticos, desde sempre Tom Hanks foi visto como um all-american actor. Um espelho do que os americanos querem ser. O seu humor, coragem e valores contagiaram o público norte-americano que o considera hoje como um dos maiores actores de sempre.

E justamente!
Thomas J. Hanks nasceu a 9 de Julho de 1956 em Concordy, na Califórnia. Filhos de pais que fizeram história ao fazerem aprovar no estado uma lei sobre o complicado dossier das separações fez com que o jovem Thomas tivesse de viajar de casa do pai para casa da mãe, de cidade em cidade, de familia adoptiva em familia adoptiva, sem nunca conseguir um nucleo familiar estável.
Curiosamente, ao contrário da maior parte dos actores, nas representou na escola. Aliás, era sempre rejeitado para papeis em peças escolares por falta de talento. A carreira teve inicio num pequeno teatro local que o convidou para fazer uma tour em Clevland e a partir daí o jovem encontrou o seu rumo.
A estreia no cinema só chegaria em 1980 quando já tinha 24 anos. Foi no filme He Knows Youre Alone. Curiosamente o seu primeiro sucesso chegaria apenas ao terceiro filme. Foi em Splash, onde contracenava com Daryl Hannah.


Os anos 80 marcariam Hanks como um dos grandes actores de comédia do cinema de então. Em papeis como Bachelor Party, Big (pelo qual recebeu a primeira de sete nomeações aos óscares) e The Money Pitt tornaram-no num nome consensual.
O grande salto deu-o em 1993 quando encarnou a vida de Andrew Beckett no dramático Philadelphia. Hanks foi o primeiro actor a interpretar com este destaque um homem contagiado com o virus da SIDA e comoveu meio mundo. E aproveitou e venceu a sua primeira estatueta dourada. E quando todos pensavam que a sua carreira iria voltar aos papeis que o tinha lançado, surge Forrest Gump. O filme, uma comédia-dramática em estilo de biopic, tornou-se num dos mais espectaculares do cinema norte-americano. E o seu desempenho foi avassalador de tal forma que Hanks se tornou no segundo actor (o primeiro tinha sido Spencer Tracey) a vencer dois óscares de melhor actor de forma consecutiva. Aos poucos tinha-se tornado num icone, o all-american, o sucessor natural de James Stewart.


Os papeis de homens simples que têm de encarar situações dramáticas tornaram-se imediatiamente a sua imagem de marca. Apollo 13, Saving Private Ryan, The Green Mile e Cast Away provaram que a fórmula tinha sucesso. Por todos conseguiu uma nomeação mas não voltou a vencer, mesmo que em alguns dos filmes, como no magnifico retrato de Steven Spielberg do Dia D, tenha merecido.
Entretanto alternava esse tipo de papeis com outros mais cómicos, quer na dobragem de Toy Story, quer em comédias como You´ve Got Mail e Sleepless in Seatle.
Inspirado no trabalho realizado com Spielberg, decidiu juntar-se ao seu amigo para produzir, em 2001, a aclamada serie Band of Brothers.
Os últimos anos têm sido pautados com interpretações mistas. Foi um anti-heroi em Road to Perdition, onde andou um pouco perdido, mas foi um notável detective em Catch Me If You Can. Já este ano seria a estrela de Ladykillers e de The Terminal, onde trabalhou pela terceira vez com Spielberg.
Para o futuro o nome de Hanks vai continuar a encher as salas de cinema. Temos já este natal The Polar Express e para os próximos anos há The Da Vinci Code, The Risk Pool e A Cold Case.



domingo, 10 de julho de 2022

William Holden


Afirmou-se sempre como um duro, e os seus papeis eram coroados sempre com uma dose de cinismo que fazia de William Holden um actor único. Estreou-se no cinema nos anos 30 mas foi a década de 50 que o confirmou como um actor de excepção. 

Em 1950 trabalha em Born Yeasterday como secundário, mas, essencialmente, protagoniza uma das obras-primas de Billy Wilder, o inesquecivel Sunset Boulevard. A partir desse filme o seu nome passa a ser respeitado e três anos depois, de novo com Wilder, conquista o óscar à segunda tentativa. 

O filme era Stalag 17, um cruel retrato sobre um campo de prisioneiros da 2º Guerra, e o papel de Holden é perfeito. Continuando com Wilder, o realizador que melhor o compreende, faz com Bogart a corte a Audrey Hepburn em Sabrina. Continuará a viver papeis mais românticos em Love is a Many Splendored Thing e Picnic. 

Em 1957 é o irreverente Shears em The Bridge over the River Kwai e no final da década trabalha com Wayne e Ford em The Horse Soldiers. Praticamente desaparece de circulação durante uma década, voltando em 1969 em estilo no filme Wild Bunch. 

Anda pelos filmes catastrofe em Towering Inferno e é nomeado mais uma vez ao óscar pelo seu papel como impiedoso executivo em Network. A sua irritação por ter perdido para o seu colega, o já falecido Peter Finch, marcam bem a sua imagem de irreverente. 

Fará ainda mais um filme com Wilder, Fedora, antes de se despedir com pouco brio em algumas produções menores. A morte encontrou-o em 1981 como resultado de uma queda. Inglória partida para um homem tão duro!

terça-feira, 5 de julho de 2022

Michael Douglas



Ser filho de um dos actores mais carismáticos do periodo dourado de Hollywood não é fácil para qualquer um. Muitos foram aqueles que não conseguiram honrar o nome do pai. Talvez por isso mesmo se perceba que a escolha de uma carreira em moldes diferentes tenha ajudado a consolidar a sua imagem junto de um grande público.

Nascido e criado no mundo do cinema, era pouco provável que figusse dele. Filho do lendário - e felizmente ainda vivo - Kirk Douglas , nasceu a 25 de Setembro de 1944 em New Jersey, na costa leste dos Estados Unidos.
Na verdade Michael cresceu longe do pai. Aos seis anos a separção dos pais fez com que só visse Kirk nas férias, altura em que ele o levava para Hollywood. Apesar desde esses dias ter dito que queria seguir uma carreira de actor, encontrou a oposição do pai que via na indústria cinematográfico algo de prejudicial para o desenvolvimento pessoal de um individuo tal as suas caracteristicas. Mas Michael não lhe deu ouvidos. E depois de algum treino, em 1969 viria a sua estreia profissional em Hail, Hero!. Michael tinha 25 anos. Desde logo catalogado como o "novo Kirk Douglas", preferiu apostar num estilo diferente de interpretação e de papeis. Depois de alguns pequenos papeis no cinema, destacou-se ao lado de Karl Malden na popular serie televisiva The Streets of San Francisco. O sucesso da serie grangeou-lhe vários admiradores. No entanto a sua primeira consagração viria não como actor, mas sim como produtor. One Flew Over the Cuckoos Nest foi o Melhor Filme de 1975, e como produtor do filme, Michael levou para a familia Douglas o primeiro óscar. Com 31 anos tinha ganho o que o pai nunca tivera em trinta anos de carreira.


Depois do sucesso da sua primeira produção, Douglas voltou ao cinema em The China Sindrome, filme que também produziu. Um acidente de viação em 1980 afastou-o durante algum tempo do grande ecrãn e foi na comédia que Michael Douglas se encontraria finalmente. Em três filmes ao lado de Kathleen Turner, Romancing the Stone, The Jewel of the Nile e The War of the Roses, conseguiu os seus primeiros sucessos de bilheteira. Em 1987, no seu primeiro papel sério - depois de ter igualmente estrelado Fatal Atraction - venceu o óscar de melhor actor pelo seu desempenho em Wall Street. Uma vitória contestável mas que acabou por confirmar a sua tendencia ganhadora. Tornou-se o segundo homem, a seguir a Lawrence Olivier, a vencer um óscar por Melhor Filme e por Melhor Actor. Algo que mais ninguém até hoje conseguiu.


Depois de uns anos parado, Michael voltou em grande estilo em 1992 no filme Basic Instinct. Ao lado de Sharon Stone, ajudou a popularizar este trhiller erótico e voltou a conseguir um exito de bilheteira. Seguir-se-iam filmes mais leves como The American President, The Ghost and the Darkness e o notável The Game. A sua carreira tinha agora estabilizado em pequenas produções de sucesso como A Perfect Murder ou Wonderboys, os seus trabalhos de maior destaque no final dos anos 90. O sucesso de Traffic em 2000 podia ter ajudado a revitalizar a sua carreira mas isso não acabou por acontecer. Douglas continua a cultivar a sua faceta de produtor (já produziu filmes como Starman e Face Off) e agora é mais celebre pelo seu milionário casamento com a actriz galesa Catherina Zeta-Jones do que pelo que faz no cinema. Mas a verdade é que é um nome marcante da história do cinema dos últimos vinte e cinco anos e merece todo o mérito por isso.

segunda-feira, 4 de julho de 2022

Emmy Rossum

Talento e beleza não lhe faltam, mas o mais curioso é saber que com apenas 17 anos, Emmy Rossum é já uma das actrizes mais pretendidas pelos estúdios de Hollywood. E não é para admirar porque detrás daquela face ternurenta, está uma actriz já feita...

Nasceu em 1986 em Nova Iorque e desde pequena esteve ligada ao mundo da representação. Aos 12 anos deu o salto para a televisão onde fez várias séries, entre as quais Only Love, A Will of Their One, Grace and Glorie e Genius. 
O talento já lá estava, em forma de pequena beldade, e por isso não surpreendeu ninguém que Emmy Rossum saltasse para o cinema tão rapidamente. Foi em 2000 no filme Songcatcher. Saiu-se bem, e sem o saber, deu inicio a uma carreira que promete ser fulgurante.


O seu primeiro grande papel no entanto surgiu quando voltou a trabalhar na televisão, em 2001. Fez de Audrey Hepburn enquanto jovem, numa adaptação da vida da actriz, e as semelhanças entre ambas saltaram de imediato à vista. Os estúdios de Hollywood puseram logo os olhos em cima da jovem que se parecia tanto com uma das mais iconicas actrizes de Hollywood, que nesse mesmo ano fez mais dois filmes: American Rhaposody e Happy Now.


Depois de só ter feito um filme em 2002 - Passionada - Emmy Rossum teve em grande destaque no ano de 2003. Foi a filha de Sean Penn no notável Mystic River e a protagonista de Nola, um excelente filme de Alan Hurska, uma especie de conta-de-fadas moderno.
Em 2004 pudemos voltar a ver a jovem actriz ao lado de Jake Ghyllenhall em The Day After Tomorrow.


Para o futuro esperamos vê-la na adaptação de Joel Schumacher do mitico Phantom at the Opera, onde vai estar ao lado do talentoso Gerard Butler, e fala-se nela também para entrar no próximo filme de Jurassik Park. Mas a verdade é que apesar da sua folha de serviços não ser cravejada a ouro, os seus 17 anos - faz 18 em setembro - dão-lhe uma margem de progresso inimaginável. E nós cá ficaremos à espera para ver.

Adriana Esteves

Adriana Esteves (1969) é uma atriz brasileira da Tv Globo com grande currículo em novelas na televisão. É casada com o ator Vladimir Brichta. Adriana Esteves Agostinho Brichta nasceu no Rio de Janeiro. Começou a sua carreira na TV com a novela “Top Model”(1989), depois de tentar a profissão de modelo.
A partir de então, participou de uma sucessão de novelas, sempre com atuações elogiadas pela crítica: “Pedra sobre Pedra” (1992), “Renascer” (1993), A “Indomada” (1997) “Torre de Babel" (1998), nesta última, ganhou destaque interpretando a vilã Sandra. Na novela “O Cravo e a Rosa” (2000), fez par com ao ator Eduardo Moscovis e teve atuação elogiada em mais um papel humorístico. Depois, trabalhou na novela “kubanacan” (2003), grande sucesso no horário das 19 horas.
Em “Coração de Estudante” (2002), contracenou com o ator Vladimir Brichta, com quem é casada e teve um filho, Vicente, nascido em 2006. Adriana Esteves atuou no cinema, com destaque para os filmes "O Trapalhão e a Luz Azul” (1999) com o humorista Renato Aragão e “Trair e Coçar é Só Começar” (2006). Em seriados na televisão, teve a sua melhor atuação em “Dalva e Herivelto - Uma Canção de Amor”, quando interpretou a cantora Dalva de Oliveira. Por esta atuação, foi indicada ao Prêmio Emmy Internacional, em 2010. Em 2012, Adriana Esteves ganhou o papel principal, interpretando a vilã Carminha na novela “Avenida Brasil”.

Angelina Jolie

Assumidamente a grande sex-symbol deste início de século, Angelina Jolie é também uma das actrizes mais promissoras da sua geração. A filha do também grande actor Jon Voight, foi já galardoada com um óscar e tem uma carreira de sucesso pela frente. Resta saber se Angelina Jolie vai saber equilibrar os filmes da "sex-symbol" com os filmes da actriz...

Nascida de uma estrela, a jovem Angelina Jolie Voight soube, também ela e a seu tempo, tornar-se numa.
Viu a primeira luz da vida a 4 de Junho de 1975, e tudo indicava que o seu futuro seria guiado pelas estrelas mais brilhantes. Na verdade, com apenas 29 anos, Angelina já fez de tudo um pouco. Teve alguns dissabores na vida mas, para compensar, alcançou o estrelato bem mais cedo do que muitos prognosticavam quando deu os primeiros passos no mundo do cinema.
Apesar de ter sonhado em ser directora de uma casa mortuária quando jovem - Angelina é também conhecida pelas suas extravagâncias - o facto de pertencer a uma familia completamente ligada ao cinema acabou por ser decisiva na escolha do seu futuro. Não só o pai, Jon Voight era um actor consagrado, como também a sua mãe Marcheline Bertrand, e os seus padrinhos - Maximillian Schell e Jacqueline Bisset - eram nomes de vulto da 7º Arte. 


O primeiro papel de Angelina surgiu logo quando esta tinha 7 anos de idade, em 1982 no filme Looking to Get Out, ao lado dos pais. No entanto o divórcio dos pais, levou-a a afastar-se de Hollywood, não estranhando que aos 14 anos iniciasse uma carreira de sucesso no mundo da Moda, sendo uma das princesas das passerelles do final dos anos 80. Entretanto Angelina mostrava o seu caracter multi-facetado. Não só terminou brilhantemente o liceu com apenas 16 anos, como era uma habitual auxiliar do irmão, o realizador James Heaven. Curiosamente, "Angie" - como é tratada pelos amigos - tatuou um H na coxa direita, em homenagem ao irmão e também ao namorado da época, o actor Timothy Hutton. A sua relação profunda como James, chegando ele a ser o seu habitual parceiro em cerimónias, levou mesmo a que se colocasse a hipótese de ambos terem uma relação incestuosa, o que foi categoricamente negado por ambos.


Depois de ter tirado um curso na escola Lee Strasberg - a mais conceituada escola de representação cinematográfica - a jovem modelo virou definitivamente actriz. Em 1993 entrou no filme Cyborg2. Foi no entanto 2 anos depois que finalmente deu-se a conhecer ao mundo em Hackers. O filme foi um relativo sucesso e um bom ponto de partida para o desenvolvimento da sua carreira. No mesmo ano fez ainda Whitout Evidence, e em 1996 seria uma das muitas caras bonitas de Love Is All There Is. A primeira vez que uma interpretação sua criou polémica foi nesse mesmo ano, quando se despiu pela primeira vez num filme: Mojave Moon. Criticada por alguns sectores mais conservadores de Hollywood, habituados a ver nela a filha de Jon Voight, a jovem mostrou que gosta de escandalizar e repetiu a dose em Foxfire. Depois de ter casado nesse mesmo ano com Johnny Lee Miller, Jolie teve de ouvir de novo a crítica, mas desta vez teve resposta à altura.
Acusada por muitos de querer impor-se primeiro pelos seus dotes fisicos e só depois pela interpretação, Angelina deu vida a um excelente papel no tele-filme George Wallace. Estavamos esclarecidos: ali havia actriz.


Em 1998 voltou a ser alvo de polémica ao reprsentar a modelo lésbica Gia Carangi, que tinha morrido pouco antes vitima de SIDA. Não só o seu papel foi exuberante, como também serviu de aviso à indústria. Era preciso começar a alertar as pessoas para o perigo da doença. No entanto, mais uma vez, foram as suas cenas de nus que despertaram a polémica. Ainda em 1998, Jolie entraria no filme Playing By the Heart. O ano seguinte seria atribulado. Divorciaria-se de Miller e entraria em três filmes, que, de uma forma ou outra, acabaram por moldar a sua vida nos anos seguintes. Em The Bone Collector trabalhou ao lado de Denzel Washington e deu pela primeira vez vida ao seu estilo de personagem favorita: uma agente policial com um gosto pelo extravagente. Nesse mesmo ano faria Pushing Tin, onde era apenas um nome do elenco, atrás da dupla Jonh Cusack e Billy Bob Thornton. O filme acabou por ser o ponto de partida para a relação entre ela e Thornton, que ficaria consumada no casamento do ano seguinte. Finalmente, esse foi também o ano de Girl Interrupted. Apesar de no inicio ter passado ligeiramente despercebido, foi aplaudido pela critica e não surpreendeu muita gente que em Março de 2000 ela fosse ao palco do Shrine Auditorium para receber o seu óscar de melhor actriz secundária. Emocionada pelo sucesso súbito, lembrou que era o primeiro óscar em que tocava pois o pai nunca lhe deixara mexer no seu (ganho em 1978 por Coming Home).
Este acabaria por ser o ponto de mudança na carreira de Angelina Jolie.

Em Gone in 60 Seconds, foi uma Angelina Jolie loira a deixar louco Nicholas Cage bem como a audiência, que desconhecia essa sua faceta mais sexy. Repetiu ao dose ao lado de Antonio Banderas em Original Sin e entraria para a história como a actriz que daria vida à mais legendária personagem feminina de video-jogos: Lara Croft.
Depois da polémica à volta de um eventual implante de silicone que ela sempre negou, exigido pelos estúdios para poder representar a personagem, Angelina Jolie encantou os fãs da serie no primeiro filme, voltando dois anos depois a recuperar o papel, em The Cradle of Life. Além de dar vida a Lara, também era ela que fazia todas as cenas de duplos, ganhando assim - tal como Tom Cruise em MI: 2 - um cada vez maior respeito dentro da comunidade cinematográfica.
Entretanto foi também nomeada embaixadora da Boa Vontade pela ONU, tendo mesmo adoptado um pequeno vietnamita que baptizou de Maddox. A sua vida pessoal deu uma volta de 180º quando se decidiu separar de Billy Bob Thornton pondo assim fim a uma das mais carismáticas relações de Hollywood.

Para além do notável desempenho em Taking Lives, Angelina Jolie estará ainda presente em mais dois titulos a ver. Em Sky Captain and The World of Tomorrow ela dará vida a uma comandante de um esquadrão feminino, enquanto que em Alexander ela será Olimpia, a mãe do imperador macedónio. Por fim também contamos vê-la em Mr and Mrs Smith, um thriller a lembrar Prizzis Honour, e a dar a voz a Lola no filme animado da Dreamworks, Shark Tale.

Angelina Jolie não precisa de facto, de introduções. Eleita vezes sem conta como a mais sexy ou a mais bela mulher do Mundo, ela é hoje um simbolo da beleza feminina. Não deixou no entanto de lado a sua vertente mais extravagante que está bem visivel nas inumeras tatuagens que povoam o seu corpo, ou nas suas atitudes de menina-rebelde.
Aos 29 anos de idade esta actriz ainda tem muito para dar ao cinema. Esperemos todos que ela continue a seguir em frente, sem olhar a medos, para que nos acompanhe ao longo da nossa vida com um estilo ao qual só ela consegue dar vida.

Amy Smart

Com quase uma década de actividade no cinema, Amy Smart ainda não conseguiu impor o seu talento à frente da sua beleza. Apesar de ainda estar muito agarrada à imagem de "loira californiana",a verdade é que a jovem actriz é muito mais do que isso. Porta-voz de uma associação ambiental, ela consegue ser dos poucos nomes em ascensão de Hollywood com uma verdadeira consciência social...

Esta jovem de signo Carneiro - nasceu a 26 de Março de 1976 - não começou a sua carreira no teatro. Fez-se no cinema!
Inicialmente, Smart era apenas figurante, pois nenhum realizador perdia a oportunidade de aproveitar o seu ar de loira inocente e ao mesmo tempo intrigante. Foi dessa forma que o nome da actriz surge numa serie de pequenos titulos a partir de 1997.
Campfire Tales foi o seu primeiro, mas o primeiro filme de destaque em que o seu nome surge no elenco, é o filme de culto Starship Troopers. Estavamos em 1997 e no mesmo ano ainda entrou em High Voltage. Mas, como sempre, era a sua beleza física e não o talento que lhe garantia os papeis. Seria uma constante até hoje, apesar de muitos criticos serem unânimes ao apontar-lhe um enorme potencial.


Quer 1998, quer 1999 iam ser anos de muito trabalho para Amy Smart, mas um trabalho baseado em pequenas comédias de adolescentes. How To Make The Cruelest Month ou Varsaty Blues são titulos exemplificativos dessa fase.
Em 1999 volta à televisão (tinha tido uma curta presença em 1996) na serie Brookfield, entrando no ano seguinte na mini-serie de sucesso "The 70´s".
Foi a partir deste ano que a sua carreira deu o salto. Porque veio Road Trip, e a celebre cena de nudez que a transformou numa sex-symbol para milhões de teenagers nos Estados Unidos. 


A verdade é que inicialmente o seu papel não era mais do que um contra-ponto feminino á comica actuação de Sean William-Scott e Tom Green. Mas a celebre cena com Breckin Meyer, tornou-se num dos icones do filme e subitamente todos reparavam nela. 
Foi dessa forma que de repente, já havia cada vez mais realizadores a quererem contar com ela para os seus filmes. No ano seguinte entraria noutra comédia delirante, Rat Race e seria a figurante-bonita de Pa Scotland, uma adaptação de MacBeth aos dias de hoje.


O problema, e Amy sabe-o, é que foi o corpo e não o talento que lhe tinham dado essa oportunidade. De facto, desde Road Trip todos os papeis que acabou por representar, resumiam o esteriótipo de jovem desejável. Aconteceria nos anos seguintes e este ano provou não ser exepção. Para além de estar ao lado de Aschton Kutcher em The Butterfly Effect, e de protagonizar Win a Date With Ted Hamilton, foi uma das sex-toys de Ben Stiller e Owen Wilson em Starsky and Hutch. 


Blind in Horizon e Caught in the Act são os seus próximos projectos, uma tentativa mais série de Amy Smart encarar a sua forma de estar no cinema norte-americano. Mas, como disse-mos no lead, o seu papel de estrela não se resume ao passeio da fama. Desde 1998 que ela é a porta voz de uma associação que luta contra a poluição dos oceanos. Já conseguiu convencer alguns colegas a apoiarem o movimento que tem ganho particular apoio junto da ala ecologista de Hollywood. 


Quanto à sua vida pessoal, apesar de surgir como sempre disponivel no ecrãn, a verdade é que desde os 18 anos que mantem uma relação com o também actor, Brandon Williams. 
Com 28 anos, Amy Smart está a caminho de uma encruzilhada. Ou se decide em dar um diferente rumo à sua carreira, enveredando por papeis mais sérios do que meninas de liceu, ou então corre o risco de cair no grupo de actrizes que ficarão apenas na história pelos seus papeis enquanto jovens e bonitas. Esperemos que não seja o caso porque Amy Smart não merece!

Anne Hathaway

Anne Hathaway não é a sex-symbol da juventude americana. É recatada demais para isso. Não é também a rapariga modelo para as adolescentes dos EUA. É demasiado humilde e recatada para o efeito. Mas mostra ter muito talento e uma margem de progrssão enorme que a fazem um dos nomes a ter em conta para o futuro...

Mais um produto da televisão que acabou por fazer furor no mundo das comédias de adolescentes. 
Anne Hathaway, nascida a 12 de Novembro de 1982 no bairro de Brooklyn, em Nova Iorque. 
Foi caracterizada pelo seu realizador em Princess Diaries como uma "rapariga multi-talentosa, uma combinação de Julia Roberts, Audrey Hepburn e Judy Garland".
Que melhor cartão de visitas podia ela apresentar?


A sua carreira começou na escola, onde foi a primeira adolescente admitida no programa de encenação Barrow Group. Foi um inicio auspicioso. Estavamos em 1997, tinha ela ainda 15 anos. Dois anos depois surgiu o convite para entrar na serie Get Real que foi a sua primeira porta no mundo do espectáculo profissional.
No entanto o verdadeiro salto acaba por acontecer dois anos depois. Em 2001 é contratada para o papel principal na comédia Princess Diaries. A sua interpretação como rapariga que descobre que é princesa e tem de modelar a sua vida mediante a sua nova condição foi uma das mais aplaudidas no ano e valeu-lhe várias nomeações como a actriz revelação do ano.


A partir do sucesso de Princess Diaries ela construiu uma carreira que ainda está numa fase inicial. Em 2001 fez ainda The Other Side of Heaven e no ano seguinte estrelou Nicholas Nickleby.
Depois de um ano de 2003 parado, regressou este ano em estilo.
Ella Enchanted foi um regresso em estilo na comédia para adolescentes, a área onde aí está mais à vontade. Para o final do ano está o regresso das aventuras da jovem Mia Termopolhis em Princess Diaries 2: The Royal Engagement.
Havoc e Brockback Mountains estão na linha da frente para o próximo ano, projectos em que a sua presença será notada.


A vida pessoal adequa-se à das suas personagens. Não é muito polémica como algumas rivais - Lindsay Lohan e Hillay Duff, por exemplo - mas também não gosta de dar a imagem de "santa". Já teve alguns problemas e soube encará-los de frente o que acaba por ser um ponto mais a seu favor. Pode não ser a rainha das adolescentes americanas, mas tem tudo a favor para ser a princesinha da América.

Alexis Bledel

Alexis Bledel é uma adolescente atípica num país em que a beleza fisica se sobrepõem a qualquer outro critério. Não deixa de ser bela, mas é na representação onde encontramos a verdadeira aposta da sua carreira. Alexis é um nome a memorizar até porque o Hollywood tem a certeza que ainda ouviremos falar muito dela.
Que melhor actriz para começar a nossa rúbrica do que uma mistura explosiva de beleza e talento como Alexis Bledel...

Nascida no Texas, esta jovem actriz de apenas 22 anos (16/9/82) tem vindo a conseguir encontrar o seu espaço na Meca do Cinema. 
De ascendência hispânica (pai argentino e mãe mexicana) a jovem Alexis teve o espanhol sempre como primeira lingua. Só aprendeu inglês quando chegou á escola. Isso contribuiu para fazer da pequena Alexis uma rapariga muito timida. Foi a pensar nisso que os pais insistiram para que entrasse com apenas 8 anos numa peça de teatro local. A sua performance foi muito bem conseguida e não tardou em ser recrutada para o mundo da Moda, tendo desfilado em Nova Iorque e Toquio.
Foi apenas com 19 anos que chegou a oportunidade de passar das passereles para a representação, a sua verdadeira paixão.


Em 2000 foi convidada para fazer o piloto da serie Gilmore Girls. Ficou com o papel de protagonista e rapidamente criou grande empatia com o público tendo sido uma das razões para o sucesso da série.
Depois de ter sido a estrela de Gilmore Girls (a maior parte da nova vaga de actrizes tem as series de TV como uma escola importante), a jovem Alexis entrou no filme Tuck Everlasting em 2002. A actriz já vinha rotulada de menina-bonita e no filme de Jay Russell, brilhou ao lado de um elenco de luxo que contava também com William Hurt e Sissy Spacek. O filme não só a consagrou definitivamente com actriz com potencial, como aumentou ainda a sua fama junto do público, que continuava a segui-la na serie Gilmore Girls. 
A sua fama esteve de tal forma em alta que nesse ano a revista People designou-a uma das 25 actrizes mais sensuais com menos de 25 anos em Hollywood.


No entanto quando todos esperavam que a jovem Alexis aproveitasse a onda da fama, ela surpreendeu meio mundo. Durante dois anos dedicou-se de corpo e alma á serie de TV, granjeando um estatutode destaque dentro da Warner Bros que já considera como hipótese viável criar uma sitcom só para ela, como aconteceu com outras teen-actresses.
Só em 2004 é que voltaria ao cinema no filme DysEnchanted, uma comédia em que sete heroinas se reunem uma vez por semana para fazerem terapia. Alexis representava Goldilocks nesta interessante comédia e foi aplaudida no festival de Sundance. 


De facto foi só este ano que Bledel entrou definitvamente no cinema. Depois do sucesso de DysEnchanted, a actriz entrou em mais dois filmes que se encontram em pós produção - Bride and Brejudice, realizado pela autora de Bend it Like Beckham, e também The Orphan King. 
Para além disso o próximo ano também promete novidades. Além de estar no fabuloso elenco de Sin City, a aventura de Robert Rodriguez, Frank Miller e outros nomes de culto, em Sisterhood of the Travelling Pants a actriz tem lugar de destaque assegurado.


Reservada, Alexis Bledel tem uma caracteristica pouco comum nesta nova vaga de raparigas sensuais: a vida privada é mesmo privada.
O seu nome não surge nas revistas ao lado de novos companheiros desde que começou uma relação com o seu colega de Gilmore Girls, o actor Milo Ventimiglia. Já teve ofertas de revistas como a Maxim ou a QG para posar, mas recusou sempre. Diz ela que ser actriz é a sua vocação e que não vê necessidade desse tipo de exposição. Um modelo de vida ou uma mensagem ás suas potenciais rivais que disputam o trono de teen-star nos EUA, uma guerra mais tensa que a disputa de rainha no baile de finalistas.


Na verdade Alexis Bledel é quase um inicio atípico para a nossa rúbrica. Apesar de extremamente bonita, a jovem prima mais pelo seu talento do que pela exuberância fisica. Bledel tem todas as hipóteses de ser aquele tipo de actriz que acaba mesmo por singrar pelo seu talento, em vez de pela sua beleza. E como todos sabemos isso tem as suas vantagens, porque a carreira de actriz é para uma vida inteira. Algo de que muitas jovens actrizes ainda não parecem ter-se apercebido.

Eva Green

Fez apenas um filme até ao momento mas já é uma celebridade em França e uma das maiores promessas do cinema europeu.
Destacou-se no seu filme de estreia por ter passado mais tempo nua que vestida, mas mostrou ter pujança de actriz. Afinal é preciso ter caracter para mostrar tudo. E foi o que ela fez. Sem preconceitos...

Nasceu em Paris a 5 de Julho de 1980 e é filha de Marlene Jobert, uma das actrizes mais respeitadas em França. 
Começou a sua carreira no mundo do teatro onde venceu o prémio Moliere de 2002 para a melhor estreante. Foi a primeira vez que o mundo ouviu falar de Eva Green. Primeira, mas definitivamente não a última.


Ainda em 2002 fez o casting para o filme que marcava o regresso de Bernardo Bertolucci. O filme era The Dreamers e ficou com o papel de imediato. O realizador apreciou a sua forma, mas também o seu ar de mulher emancipada. Tinha apenas 22 anos.
Quando o filme estreou, era o seu nome que andava na boca do mundo. Não é que logo no primeiro filme, a jovem actriz tinha tido o despudor de surgir diante das camaras, durante a maior parte do filme, completamente despida, sem qualquer pudor em esconder zonas mais intimas? 
A principio foi o escândalo claro. Mesmo em França onde a nudez no cinema é habitual, o nivel de nudez - e a temática - deste filme, foi criticado com severidade. Mas no final, tendo o corpo sido esquecido e a actriz relembrada, todos estiveram de acordo: havia actriz.


Eva Green deu assim os primeiros passos no cinema. Como as suas compatriotas Luduvine Saigner, Virgine Ledoyan, Sophie Marceu, Emmanuelle Beart ou Isabelle Adjani, sabe aliar o talento à sua enorme beleza, o que é sempre um trunfo. Trunfo que lhe permitiu saltar para o cinema norte-americano. O seu próximo projecto é Kingdom of Heaven, o filme que Ridley Scott quis fazer sobre as cruzadas. Não se espera ver de novo Eva Green tão despida, nem aí nem em Arsene Lupin, o seu próximo filme em francês. Aliás, é natural que esta polémica desapareça com o tempo.
Mas que foi uma estreia diferente, lá isso foi.

Evan Rachel Wood

Apelidada como a mais talentosa e bela actriz jovem de Hollywood, o seu desempenho em Thirteen trouxe o nome de Evan Rachel Wood para a ribalta. A jovem que se tornou conhecida na serie Once Again, continua a surpreender pela qualidade das suas prestações. Não admiraria que aqui estivesse uma verdadeira estrela em potência...

Menina bonita do sul dos Estados Unidos, Evan Rachel Wood nasceu a 7 de Setembro de 1987 em Raleigh na Carolina do Norte.
Apesar da sua tenra idade - 17 anos apenas - é actriz profissional desde os seus 7 anos, altura em que entrou no mundo da televisão. 
Mas curiosamente poderia ter-se estreado no mundo do cinema, se não tivesse perdido para a sua rival Kirsten Dunst, o papel de jovem no filme Interview with the Vampire. Mas por vezes os grandes nomes começam com uma derrota para aprenderem com ela e foi exactamente isso que aconteceu com a jovem actriz.


Depois de ter perdido o seu primeiro papel, Evan Rachel Wood preferiu rumar à televisão, e logo no seu primeiro ano como profissional surgiu em duas séries, Search for Grace e In the Best of Families.
No ano seguinte, acentuando esta sua tendência para preferir a tv, apesar de já ter convites para rumar a Hollywood, surgiu em Father for Charlie e Death in Small Doses. No ano seguinte, ainda não tinha chegado aos 10 anos e já acumulava participações em mais series, incluindo The Barbara Mandrell Story.


O salto para o cinema surgiu em 1998, quando tinha 11 anos de idade. O filme foi Digging to China, e apesar de não ter sido um sucesso acabou por ser um interessante ponto de partida. 
Até 1999 ainda entrou em mais dois filmes - Pratical Magic e Profiler - e numa serie de televisão chamada Down Will Come Baby. 
Foi ao chegar a 1999 que a jovem teve a oportunidade de dar o salto para o estrelato, ainda na TV, ao entrar na aclamada serie Once and Again.
A serie de grande qualidade, deu-lhe uma maior projecção do que se tivesse adoptado por uma carreira de pequenos filmes em Hollywood, e consagrou-a como uma das maiores sensações entre a representação juvenil. 


Só a partir de 2001, e já com nome feito na praça, é que Evan Rachel Wood adoptou definitivamente o cinema como a sua área de eleição.
O seu primeiro filme com algum destaque foi Litlle Secrets, seguindo-se de imediato Simone, um filme muito interessante onde teve a oportunidade de trabalhar ao lado de Al Pacino. Já em 2003 Evan Rachel Wood explodiu definitivamente ao protagonizar o filme Thirteen. Ao lado de Holly Hunter, que acabou por ser nomeada ao óscar, a jovem actriz faz um desempenho notável e mostra que para a sua tenra idade - tinha 16 anos - têm um talento notável.
Nesse mesmo ano entrou igualmente em The Missing, ao lado de Cate Blanchett e Tommy Lee Jones. 


Evan Rachel Wood é de facto um nome que iremos ouvir nos próximos tempos. Para o próximo ano tem já preparado três projectos distintos. Entrará ao lado de Edward Norton em Down in the Valley, será uma das estrelas de Pretty Persuasion e também de The Upside of Anger.
Tida como um valor já confirmado, Evan Rachel Wood tem ainda muito que caminhar até chegar ao estrelato. Mas nos anos de carreira que já leva, deu sempre provas do seu valor. Ninguém espera que isso deixe de acontecer nos próximos tempos.

Gene Tierney

Actriz notável mas essencialmente uma das mais belas mulheres que alguma vez entrou num filme. O seu nome acabou por ficar esquecido por muitos, mas aqueles que ainda se recordam do seu primeiro plano no filme Laura sabem que Gene Tierney nasceu para ser uma estrela.


Nascida a 19 de Novembro de 1920 em Brooklyn, desde pequena que Gene Tierney estava fadada para brilhar mais alto que todas as mulheres. E durante algum tempo de facto, assim o foi.

Educada junto da elite da costa Leste, desde cedo que ser actriz estava nos planos da jovem rapariga. Representava para os pais e amigos e tinha já aquele jeito que acabaria por celebrizá-la em Hollywood: o olhar de pequena menina mimada.
Depois de ter ido estudar para a Europa, como era comum à época, Gene passou a frequentar a Broadway começando mesmo a entrar em algumas peças. Ganhou destaque imediato pela sua beleza fisica, e rapidamente deu o salto para o cinema.


Foi Darryl Zanuck, produtor da Fox com olho para descobrir beldades, quem a levou para Hollywood. O seu primeiro papel de destaque surge logo em 1940 no filme Hudson´s Bay. No ano seguinte ia surgir ao lado do já consagrado Henry Fonda em The Return of Jesse James. Nesse ano fez ainda mais 5 filmes, o mais celebre tendo sido Belle Star. As suas interpretações eram elogiados por toda a critica que exigia à Fox que apostasse nela para um filme de destaque.


Foi preciso esperar por 1943 para isso acontecer. O realizador Ernst Lubitsch estava á procura de uma actriz talentosa e bonita para completar o elenco do seu O Céu Pode Esperar - Heavan Can Wait. Tierney foi a escolhida e a sua interpretação tornou-se um dos aspectos mais importantes do filme. Mais uma vez teve a critica a seus pés. 
O ano de 1944 foi o da sua consagração como actriz e estrela. Foi o ano de Laura, filme de Otto Premminger em que ela é uma mulher cobiçada por três homens, um detective, o seu mentor e um artista. A cena em que ela surge pela primeira vez, depois de já a termos visto através de um quadro enorme, é de tal forma forte, que ainda hoje é a imagem de marca do filme. 
No mesmo ano surgiu a consagração ao conseguir a sua nomeação para o óscar de Melhor Actriz pelo seu papel de mulher fatal e maquiavélica em Leave Her To Heaven. Não ganhou mas o nome de Gene Tierney tinha ganho o seu lugar na elite de estrelas.


The Ghost and Mrs Muir, o filme em que contracena com Rex Harrison é mais um a juntar ao leque de grandes titulos com a actriz, à altura tida como a mulher mais sensual de Hollywood. Não espantou portanto que se tivesse envolvido com um senador pouco conhecido mas com um futuro marcante: J.F. Kennedy.
Durante a década de 50, Gene Tierney continuou a brilhar em filmes como The Left Hand of God, Night and the City ou Plymouth Adventure, voltandoa ser nomeada aos óscares, sem no entanto nunca ter ganho.


Só que havia um lado obscuro para lá de todo este glamour.
O casamento falhado com Oleg Cassini e o nascimento em 1943 de uma filha deficiente mental, levou Tierney a tomar doses excessivas de compridos. Entregou-se então à devassidão, tendo múltiplos amantes, sendo mesmo conhecido na altura como a mulher mais fácil de Hollywood. Rapidamente caiu em depressão e foi hospitalizada.

Quando tentou um come-back em 1962, falhou por completo. A sua grande arma, a beleza, começava a desaparecer e os sinais de depressão ainda estavam na cabeça de todos. O último filme que acabou por fazer foi em 1964 em The Pleasures Secrets. Nunca mais voltou a um filme, tendo no anos 80 aparecido em algumas series de TV como actriz convidada.


Apesar das sucessivas depressões e internamentos, Gene Tierney viria apenas a morrer em 1991, com 71 anos de idade, resultado de um enfizêma.

Apesar de hoje não ser uma das actrizes que mais depressa vem à cabeça dos cinéfilos, talvez por não ter tido a mesma propaganda que outras suas rivais à época Gene Tierney foi uma das maiores actrizes de sempre do cinema norte-americano. E se isso não bastasse, podemos dizer que foi igualmente uma das mais belas.