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quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Meryl Streep


É a grande actriz dos últimos trinta anos. Nenhuma das que se lhe seguiram conseguiram alguma vez transmitir a sua sensibilidade dianta da camara, e, ao mesmo tempo, a sua força interior, que fazem dela um dos maiores "monstros" vivos da representação.
Meryl Streep começou a carreira em grande com o filme Julia. No ano seguinte já era nomeada aos óscares pelo seu desempenho em The Deer Hunter de Michael Cimino. Woody Allen repara nela e junta-a à sua troupe para fazer Manhatan mas é o seu desempenho em Kramer vs Kramer que a estabelece como mais uma estrela para a constelação de Hollywood. Vence o óscar de melhor actriz secundária e o seu filme seguinte, The French Lieutenent´s Woman, conquista a primeira nomeação para actriz principal. Em 1982 conquista o segundo óscar pelo filme Sophia´s Choice. Quatro nomeações e dois óscares em seis anos deixavam já antever que a jovem Streep não iria ficar por aí. E de facto a década de 80 é de ouro para a actriz. Depois do óscar vem Silkwood, o inesquecivel Out of Africa, Ironweed e A Cry In the Dark. Quatro papeis fabulosos, quatro nomeações, quatro sucessos da critica. Streep era já unanimemente considerada a melhor actriz em actividade.
Postcards From the Edge começa da melhor forma a década de 90 para Streep e ao lado de Clint Eastwood em The Bridges of Madison County volta a superar-se. O final dos anos 90 são espantosos para a actriz graças aos desempenhos em Marvin´s Room, One True Thing e Music From the Heart. Em 2002 entra em dois sucessos, The Hours e Adaptation, e pelo último consegue a sua 13º nomeação aos oscares, um recorde. Marca presença na popular serie Angels in America e dá vida ao filme The Manchurian Candidate. Este ano vamos poder vê-la em Prime mas a sua carreira está longe de abrandar. Para os próximos dois anos são já 10 os projectos em que Streep fará parte. Uma actriz verdadeiramente excepcional, e de incomparável talento nos dias que correm.

sábado, 20 de agosto de 2022

Humphrey Bogart

Quando Jean-Luc Godard coloca Jean-Paul Belmondo a imitir Bogart em A Bout de Soufle, o mito ganhava dimensões inimagináveis. Durante anos Bogart tinha sido actor de filmes considerados de segunda linha. Mas os cinéfilos, primeiro na Europa e só mais tarde nos Estados Unidos, viam nele algo que nunca viram, nem voltariam a ver: um actor explosivo, dono de um cinismo sem fim, mas com um coração gigantesco, capaz de encaixar o soco mais duro e manter-se de pé. Sem ser alto ou forte, Bogart foi o maior de todos os duros. Nunca nenhum outro actor conseguiu roubar uma cena da mesma forma que "Bogie" fazia.
Humphrey Bogart era filho de gente muito ilustre e estava destinado a ser um menino rico de Wall Street, não fosse a sua imensa paixão pelo cinema desviá-lo do consultório médico do pai para a Broadway. Foi aí que começou a representar, divindo os palcos com o cinema, onde nos anos 30 começou a aventurar-se progressivamente. Depois de uns papeis menores a Fox dispensa-o do contrato e Bogart volta á Broadway onde se junta a Leslie Howard na peça The Petrified Forrest. A Warner compra os direitos da peça e quer adaptá-la ao cinema com Robinson no papel de Bogart mas Leslie Howard exige a presença do actor. Bogart fica com o papel e é explosivo como o vilão Duke Mantee. O seu nome estava feito.
Durante cinco anos vai ser presença assidua em três dezenas de filmes de gangster, sempre em papeis secundários. É em 1941 que tem o seu primeiro grande papel principal em High Sierra de Raoul Walsh. O filme é um sucesso, tal como The Maltese Falcon, e a Warner - depois de várias recusas - acaba por escolher Bogart para o papel de Rick Blaine em Casablanca. O seu desempenho é histórico e Bogart é nomeado ao óscar - que perde para Ronald Colman - afirmando-se definitivamente como um actor de respeito. Segue-se To Have and Have Not de Howard Hawks onde contracena pela primeira com uma jovem modelo de 18 anos, Lauren Bacall. A quimica entre ambos é explosiva e os actores casam no final das rodagens. Em 1946 vive pela primeira vez a mitica personagem de Chandler, Philiph Marlowe em The Big Sleep, também com Bacall no elenco. Dois anos depois Key Largo - de novo com Bacall - coloca-o frente a frente com Edward G. Robinson. Mas agora a estrela é ele, e o filme é dele também! Por essa altura tinha marcado presença em The Treasure of Sierra Madre, mais uma parceria com o amigo e realizador John Huston, mas nessa altura o seu nome esteve perto de entrar na lista negra após a marcha que promove com Bacall em Washington para protestar contra a "Caça ás Bruxas" que iria levar a que vários argumentistas de Hollywood fossem colocados na lista-negra.
Em 1950 assina o seu melhor papel de sempre em In a Lonely Place, onde é explosivo como nunca o tinha sido, mas o óscar só chega no ano seguinte em mais um brilhante papel para Huston no filme The African Queen. A sua saúde já não é a melhor - Bogart era altamente dependente do alcool - mas ainda deu para entrar em Sabrina, de Billy Wilder, e The Caine Mutiny, que lhe valeria a terceira e última nomeação ao óscar. Fez três filmes nos seus últimos anos de vida (The Left Hand of God, Desperate Hours e The Harder They Fall), morrendo com um terrivel cancro que o manteve o último ano na cama, onde recebeu a visita da nata de Hollywood. Vieram prestar homenagem ao amigo, mas também à lenda, a um dos nomes mais inesqueciveis, não só da história do cinema, mas da história do próprio Homem.

segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Al Pacino

Consegue explodir de raiva em poucos segundos, de uma forma que nem o "Método" ensinava. Duro entre os duros, nunca perdendo o seu charme muito próprio, Al Pacino é uma referência eterna para quem vive o cinema.
Começou a carreira em 1969, numa serie de pequenos papeis, e é a escolha surpresa para ser Michael Corleone em The Godfather. O seu assombroso desempenho vale uma nomeação e o aplauso generalizado da critica. No ano seguinte está no aclamado Serpico e em 1974 volta ao universo da familia Corleone, superando-se mais uma vez. Segue-se Dog Day Afternoon naquele que é o seu periodo de maior produtividade. Em 1979 é a estrela de And Justice For All, sexta nomeação em dez anos de carreira. Em 1983 está no remake que Brian de Palma faz ao clássico de Howard Hawks, o filme Scarface, onde volta a assumir-se como um dos mais completos actores da história, misturando cenas de grande violència com momentos de profunda sensibilidade.
Os anos 80 são infelizes e Revolution, uma grande aposta, é um gigantesco fracasso. Em Dick Tracy trabalha com Hoffman e Beatty e volta a ser nomeado, desta feita para melhor actor secundário.
Nesse mesmo ano volta a viver pela última vez a personagem de Michael Corleone em The Godfather III, algo que estava relutante em fazer, sendo persuadido pelo amigo Copolla, que, cheio de dividas, precisava de um sucesso para manter viva a sua produtora.
O inicio dos anos 90 são o periodo do comeback de Pacino. Depois de deixar Michael Corleone, é fabuloso em Frankie and Johnny ao lado de Michelle Pfeiffer. Já com cinquenta e dois anos, 1992 é o ano da sua consagração. É duplamente nomeado aos óscares, pelo seu papel secundário em Glengarry Glenn Rose, e pelo papel principal em Scent of a Woman. É nesse filme, onde brilha como há muito não se lhe via, que Pacino vence finalmente o óscar que os rivais Nicholson e Hoffman já tinham a dobrar. Mostrando que ainda está em forma, no ano seguinte protagoniza Carlito´s Way, e divide o ecrán com Robert de Niro em Heat. Em 1997 está em Devil´s Advocate e Donnie Brasco, continuando a explorar o seu lado infernal, e 1999 volta a mostrar um soberbo Pacino, quer em Any Givem Sunday, quer em The Insider. Em 2002 volta com Insomnia e Simone e no ano seguinte é o instrutor de Colin Farrell em The Recruit. Passa por Angels in America e regressa ao cinema para ser um inesquecivel Shylock em The Merchant of Venice.
Al Pacino continua a ter projectos para o futuro. Teve mais falhanços que os seus "rivais"; mas a verdade é que tem um estilo único e que, quando desaparecer, dificilmente encontrará um digno sucessor.

quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Brad Pitt



Desde bem cedo que se converteu num dos grandes sex-symbols dos nossos dias. Mas ao longo dos últimos quinze anos soube também conseguir mostrar que vale bastante como actor. Resta saber como o seu futuro se vai desenrolar. Será ele que decidirá se Brad Pitt encontrará o seu lugar na história do cinema...

Nasceu a 13 de Dezembro de 1963 bem no centro dos Estados Unidos no estado de Oklahoma. Os pais baptizaram-no William Bradley Pitt e quando ainda era pequeno levaram-no para Springfield no Missouri. Brad Pitt cresceu assim num ambiente tradicionalista do sul dos "states". Era um brilhante aluno na escola, algo pouco comum com muitos dos actores da sua geração. Era craque em desporto, mas também em teatro, equipas de debate e ajudava também a dirigir o jornal da escola. E foi em jornalismo que se viria a inscrever na Universidade do Missouri. Apesar de ser bom aluno faltaram-lhe dois créditos para terminar o curso. A razão? Pitt tinha sido convencido a partir para a Califórnia onde alguém certamente estaria mais atento aos seus talentos de representação. E assim foi ele para Hollywood procurar a sua oportunidade. No entanto demorou até ser finalmente notado. Para sobreviver Brad fazia um pouco de tudo, desde guiar limousines até vestir-se de galinha para publicitiar um restaurante no centro de Los Angeles. Mal sabia ele que acabaria eventualmente por ser tornar num dos icones da Hollywood dos anos 90.


Depois de curtos papeis na televisão estreou-se em 1989 no horror film Cutting Class. Não comprometeu e depois de um ano inteiro apenas a trabalhar para a televisão acabou por ser escolhido por Ridley Scott para entrar ao lado de Geena Davies e Susan Sarandon no road-movie Thelma and Louise. As suas cenas arrebatadoras com Davies convenceram a critica, que o nomeou uma das 10 maiores promessas do ano, e o público que viu imediatamente nele todos os traços de sex-bomb masculino.
Ainda em 1991 Pitt seria Johnny Suede e entraria também no thriller Across the Tracks. No ano seguinte os pontos mais altos acabariam por ser Cool World e A River Runs Trough It. 1993 seria o ano de Kalifornia, onde voltou a dar uma interessante interpretação e em 1994 chegaria o seu primeiro papel principal de destaque em Interview With the Vampire onde viveria Louis de Pointe du Lac, um vampiro com escrupulos. A sua carreia começava a descolar e o ano seguinte acabaria por se revelar o seu ano dourado.


Depois de ter recusado participar em Apollo´s 13 para poder juntar-se a Bruce Willis em Twelve Monkeys, o jovem Brad Pitt, que tinha acabado de ser nomeado como o homem mais sexy à face do plante pela People Magazine, convenceu tudo e todos com a sua notável performance. O prémio seria a sua nomeação, única até hoje, para o óscar, na categoria de melhor actor secundário. E apesar de não ter ganho, Pitt seria um dos actores do ano graças igualmente ao seu excelente desempenho no fabuloso S7ven, filme de David Fincher onde partilhava o ecrãn com Morgan Freeman, Kevin Spacey e a bela Gwyneth Paltrow com quem começaria uma relação que acabaria em 1997, apesar de por essa altura os dois actores estarem já noivos e serem a grande sensação de Hollywood.
Um ano tão bom indicava a muitos que a partir de agora era sempre a subir mas em 1996 Brad Pitt apenas entrou em Sleepers, filme aplaudido pela critica mas que falhou em ser o sucesso que se esperava. No ano seguinte, no entanto, Pitt voltaria aos seus grandes momentos. Primeiro em The Devil´s One, um excelente filme de acção onde, ao viver um rebelde terrorista do IRA, Pitt contracena com Harrison Ford. E depois em Seven Years in Tibet, filme marcante mas que falhou em ser o sucesso que se esperava. Por causa do seu desempenho Pitt ficou proibido, até hoje, de entrar na China. Mesmo assim o filme revelava um actor já bastante maduro, pronto a encarar de frente os obstáculos que se seguiriam.


A prova de fogo de Pitt para muitos chegou em 1998 ao lado de Anthony Hopkins. O filme era Meet Joe Black e a maioria dos amantes do cinema, que depositavam em Pitt grandes esperanças para ser um dos lideres da sua geração - o que viria a não acontecer - queriam ver como o actor se safava ao lado de uma estrela como Hopkins. O filme foi um sucesso e o jovem passou no teste com distinçao encarnando uma morte gélida e extremamente sedutora. E no ano seguinte, de novo ao lado de David Fincher, chegou Fight Club, filem que se tornaria rapidamente um titulo de culto e que granjeou a Pitt inumeros fãs, especialmente pelo seu desempenho explosivo. Também em Snatch, filme hilariante de Guy Ritchie, deu um show de interpretação e mostrou que era um actor já feito. Faltavam agora papeis de destaque em produções feitas para ganhar e não apenas para fazer dinheiro. Só que elas tardavam em aparecer. O facto de ter sido o primeiro homem a ser eleito duas vezes o homem mais sexy à face do planeta pela revista People reforçava a ideia dos estudios de que Pitt era mais um menino bonito do que propriamente um actor de qualidade. E assim o actor entrou no novo século em filmes menores.


Primeiro seria The Mexican, onde contracenava com a recem-oscarizada Julia Roberts. O filme foi um fracasso em toda a linha e condenou a ambição de Pitt em atingir voos mais altos. Seguiu-se Spy Game, filme de acção com Robert Redford que também falhou em assumir-se como uma referência no genero acabando Brad por ter de se render ao cinema de Soderbergh. Primeiro em Ocean´s Eleven e depois em Full Frontal, foi um Brad Pitt relaxado e numa onda cool que surgiu diante dos espectadores. O actor tinha acabado de casar com a também actriz Jennifer Anniston e tinha-se fartado de procurar papeis. Agora, achava ele, deveriam ser os papeis a bater-lhe à porta. A amizade com o grupo de Soderbergh, que inclui George Clooney e Julia Roberts, acabou por facilitar a sua participação no primeiro filme realizado por Clooney, Confessions of a Dangerous Mind e no próximo Ocean´s Twelve, cuja estreia está agendada para Dezembro. 


Foi mais ou menos por essa altura que lhe chegou às mãos o papel que ele esperava à tanto tempo. A Warner Bros queria produzir um verdadeiro épico histórico e pensou imediatamente em Pitt para viver o papel mitico de Aquiles. O actor nem pensou duas vezes e entrou na super-produção de Wolfgan Peterson. Depois de um treino intensivo - intercalado apenas pelo filme Sinband and the Seven Seas em que deu a voz ao personagem principal - tinha chegado a hora de brilhar finalmente. Só que em Troy a estrela acabou por ser Eric Bana e Brad Pitt sofreu com a forma como o realizador alemão abordou o filme. Um fracasso junto da critica, pouco aplaudido junto do público, e mais uma oportunidade perdida para Brad Pitt brilhar. Oportunidade que vai tentar recuperar certamente nos próximos anos, primeiro com Mr and Mrs Smith e depois com a adaptação de The Time Traveler's Wife juntamente com Jennifer Anniston com a qual faz um dos casais mais poderosos de Hollywood.


Brad Pitt é ainda hoje visto mais como um sex-symbol do que como um actor. Apesar de muitos terem pensado nele como o porta estandarte da sua geração, a verdade é que até hoje o actor tem falhado em afirmar todo o seu talento, um pouco como o amigo Tom Cruise. Talvez o que falte sejam projectos de maior envergadura ou um pouco de sorte. Mas com 41 anos está na altura de Pitt definir um rumo para a sua carreira. Os seus próximos anos serão portanto extremamente interessantes de seguir.

segunda-feira, 8 de agosto de 2022

Alfred Hitchcock

O mestre do suspense é um nome incontornável na história do cinema. Nos EUA sempre o viram como mais um excêntrico inglês, mas foi na Europa que o seu valor como um dos mais notáveis cineastas de todos os tempos, foi consagrado. Alfred Hitchcock fez-nos ver o que era de facto o medo!

Estava o século XIX a dar os últimos suspiros quando pela primeira vez respirou aquele que viria a ser o maior génio do cinema britânico. Alfred Hitchcock nasceu em Leytonstone, um bairro na cidade de Londres.
Teve uma educação segundos os principios vitorianos da época e sempre esteve destinado a seguir uma profissão popular, como o seu pai que era merceeiro.
No entanto, nos anos 20 Alfred descobriu o cinema e nunca mais o largou.
Nesse ano foi contratado como desenhador de titulos, uma profissão que desempenhou durante dois anos. Em 1923 o realizador do estúdio ficou gravemente doente e o director mandou Hitchcock acabar as filmagens. O filme era Always Tell Your Wife e o seu desempenho como realizador impressionou de tal forma os responsáveis que a partir desse momento Alfred Hitchcock se tornou oficialmente realizador do estúdio. Só que no mês seguinte o estúdio abriu falência e o jovem de 24 anos teve de ir trabalhar como assistente de direcção para Michael Balcon.


Foi preciso esperar até 1925 para que na Gainsborough Pictures lhe dessem finalmente a oportunidade de realizar um filme. The Pleasure Garden foi o título que o acabaria por lançar para a ribalta do cinema britânico. 
Em 1927 chega o seu primeiro grande sucesso, The Lodger. O filme seria também o primeiro de uma série infindável em que o próprio realizador fazia um pequeno "cameo" no início. Tornar-se-ia uma das suas imagens de marca.
Outra seria revelada a François Truffaut numa entrevista concedida nos anos 60. O realizador chamou-lhes "MacGuffins", ou seja o engodo para a narrativa. Todos os filmes do realizador se passaram a distinguir dos demais filmes de suspense exactamente devido aos MacGuffins.
Com Blackmail em 1929, The Man Who Knew To Much em 1934, The 39 Steps em 1935 e Sabotage em 1936, Hitchcock tornou-se no mais reputado realizador inglês. Não surpreendeu ninguém que em 1940 tentasse uma aventura em Hollywood. A principio todos os estudios o rejeitaram dizendo que seria incapaz de fazer um filme à maneira de Hollywood. Até que David Selznick lhe ofereceu um contrato para realizar Titanic. O filme não se fez e em vez disso Hitchcock realizou Rebeca. O seu primeiro filme americano seria coroado de sucesso e seria mesmo o vencedor do óscar de Melhor Filme. O que era para ser uma aventura, acabou por se tornar um mito.


Apesar de Rebeca ter sido o grande vencedor da noite dos óscares, o realizador nunca ganhou nenhum. Algo imperdoável para muitos, incluindo para o próprio que, quando em 1980 recebeu um óscar honorário, sarcasticamente agradeceu com um simples "thank you".
Mas a verdade foi que é a partir de Rebeca que o mito do mestre do suspense inicia.
Em 1941, Suspicion é de novo um sucesso o mesmo se passando com o notável Shadow of a Doubt no ano seguinte. Em 1945 Spellbound voltou a ser um exito imenso tal como Notorious em 1946. Mesmo os seus filmes menos célebres se tornavam clássicos, como o próprio chegou a dizer.
Em 1948 com o filme Rope, inicia uma relação de grande cumplicidade com James Stewart que se vai estender durante a década de 50 em mais três filmes: o remake de The Man Who Knew To Much (1956) , Rear Window (1954) e a sua obra-prima, Vertigo (1958).
Também Cary Grant cedo se tornou um dos seus actores fetiches. Depois de entrar em Suspicion e Notorious, foi a estrela de To Catch a Thief (1955) e North By Northwest (1959) .


Mas quem conhece Hitchock sabe que nos seus filmes o papel principal cabe às mulheres. Mulheres sempre misteriosas com algo a esconder mas profundamente sensuais. Normalmente loiras, foram várias as que fizeram parte da vida e filmografia do realizador. Desde Madaleine Carrol a Tipi Hedren, passando pelas inevitáveis Ingrid Bergman, Grace Kelly, Kim Novak ou Janet Leigh. As mulheres eram a sua perdição e a dos seus personagens principais, mas eram também um objecto com que o realizador jogava habilmente. Como chegou a dizer, para ele o interessante nas mulheres era que se podiam "comportar como senhoras, mas depois serem umas verdadeiras putas quando a porta se fechava". O próprio Hitchcock chegou a dizer que actrizes como Marilyn Monroe ou Brigitt Bardot não lhe interessavam porque tinham o "sexo na cara".


Ao entrar na década de 60, chegaram as suas últimas grandes obras. Em 1960 o mitico Psico, em 1963 The Birds, Marnie em 1964 e Torn Curtain em 1966. 
No entanto, depois destes poucos foram os projectos que o realizador acabou por levar até ao fim. A doença começava-o a atingir gravemente e, cada vez mais debilitado, o realizador acabou por sucumbir finalmente em 1980.
Mesmo na hora da morte o seu humor caústico esteve presente na inscrição que queria colocar na lápide "É isto que acontece a meninos que se portam mal"!.


A perda de Alfred Hitchcock foi uma das maiores perdas que o cinema já teve de suportar. Nunca nenhum realizador conseguiu fazer o público sofrer tanto, e de uma forma quase masoquista, porque é raro encontramos um filme dele que não tenha sido coroado de sucesso, quer económico quer cinematográfico. 
O mestre do suspense deixou-nos, mas o seu fantasma ecoará para sempre nas salas de cinema, onde soube ser criar uma atmosfera única!

Biografia de Adir José Curi, o Alberto Cury

Locutor, noticiarista, narrador e apresentador brasileiro de rádio e televisão nascido em Caxambu, Estado de Minas Gerais, que atuou como noticiarista e chefe dos locutores na rádio Jornal do Brasil e foi um dos mais laureados locutores do rádio brasileiro. Filho do comerciante José Kalil Curi e de Maria Curi, tinha sete irmãos, entre eles os saudosos narrador esportivo Jorge Curi e o grande cantor Ivon Curi. Começou no rádio (1944), na vaga de seu irmão Jorge, que havia se transferido para o Rio de Janeiro com o fim de assinar contrato na Rádio Nacional. No final da década seguinte (1958), também chegava ao Rio, contratado como locutor pela mesma emissora que o irmão. Sete meses depois, transferiu-se para a Rádio Jornal do Brasil, onde ficou por 13 anos (1959-1972). Paralelamente foi contratado pela Agência Nacional do Governo Federal, pela qual transmitiu as importantes cerimônias oficiais realizadas no Brasil, especialmente durante o período dos governos militares e com os diversos presidentes da República, e também o Ato Institucional N.º 5, irradiado em cadeia nacional de rádio e televisão. Participou de inúmeros programas de TV, entre eles Grandes reportagens e Diário de um repórter, crônica diária escrita por David Nasser e apresentada antes do famoso Repórter Esso, e o Programa Flávio Cavalcanti. Foi diretor da Rádio Tupi AM e, aposentado (1993), voltou para sua cidade natal e faleceu em Caxambu, Minas Gerais.


Noticia retirada daqui

Biografia de Elvira Sales Velez Pereira

Actriz de teatro e cinema portuguesa, nascida em Lisboa, estreou-se apenas em 1913, no Teatro Moderno, mercê de grande insistência junto da família, que não via com bons olhos a hipótese de se dedicar à vida artística. Em 1914 já faz parte do elenco do Teatro de S. Luís com companheiros como Ângela Pinto e Chaby Pinheiro e mais tarde com outras "estrelas" dos palcos nacionais como Adelina Abranches, António Silva, Aura Abranches, Maria Matos, Vasco Santana, Brunilde Júdice, entre outros. Também trabalhou com a "grande" Palmira Bastos. Fez digressões ao Brasil e foi uma excelente actriz no género comédia. Na revista distingui-se em "Agora é que são elas" e "Abril em Portugal". Também esteve no elenco da película "Aldeia da Roupa Branca". Fez teatro radiofónico e a sua voz era conhecida de todos os portugueses. Recebeu o Prémio Lucinda Simões para Melhor Actriz, em 1970, no papel da "Titi" na peça "A Relíquia", de Eça de Queiroz, vários meses no Teatro Maria Matos. Recebeu diversas condecorações entre elas a Ordem de Santiago da Espada. Foi mãe da actriz Irene Velez, casada com outro homem da rádio e política, Igrejas Caeiro.

Biografia retirada daqui

Maria de Lurdes de Almeida Lemos conhecida apenas por "Milu" (1926-2008)


Actriz de cinema e teatro de revista portuguesa. Estreou-se, aos doze anos, no filme "Aldeia da Roupa Branca" ao lado de Beatriz Costa. Extremamente bonita e fotogénica, encantou gerações de portugueses e portuguesas, podendo, sem favor, ser comparada às "estrelas" de Hollywood. Foi também uma presença assídua na rádio, onde começou aos dez anos a cantar. Em 1942, é a "Luisinha" no filme "O Costa do Castelo", de Artur Duarte, e a sua voz imortalizou a música "Minha Casinha" mais tarde reinterpretada pelo conjunto musical "Xutos e Pontapés", com enorme sucesso. Outro sucesso foi "Cantiga da Rua". Casou, pela primeira vez, em Dezembro de 1943, aos dezassete anos. Lisboa despovoou-se para ir ver a noiva à igreja de São Sebastião da Pedreira. Interrompeu a sua carreira artística, mas os e as fãs obrigaram-na a regressar. E mais sucessos se seguiram, numa das épocas mais criativas do cinema português: "Cantiga da Rua","O Leão da Estrela", em 1947, "O Grande Elias", em 1950, entre outros. Foi sem sombra de dúvida "a namoradinha de Portugal". As revistas de cinema e quase todas as outras escolhiam-na para capa, pois a sua beleza deslumbrava. Fez teatro de revista no Teatro Avenida, nomeadamente em "Ó Rosa Arredonda a Saia" e no Teatro Variedades com "A Vida é Bela" e entrou em alguns filmes em Espanha, nos anos de 1943 e 1946. Casou, pela 2ª vez, em 1960 e viveu no Brasil até 1968, tendo actuado esporadicamente na televisão brasileira. A sua última aparição em cinema foi em "Kilas o Mau da Fita", de José Fonseca e Costa, em 1980. Faleceu a 5 de Novembro de 2008.

Biografia retirada daqui

Carmen Dolores Cohen Sarmento

Actriz e encenadora, nascida em Lisboa, em 1924. As suas interpretações granjearam-lhe o apreço unânime da crítica. Aos 80 anos que cumpriu em 2004 deu entrevistas e a sua serenidade e beleza são ainda motivo de júbilo para quem a vê no palco, na tela ou na televisão. Estreou-se no cinema em «Um Homem às Direitas» (1944), «A Vizinha do Lado» (1944), «Camões» de Leitão de Barros (1946). Subiu ao palco em 1945, integrada na Companhia "Os Comediantes de Lisboa", no Teatro da Trindade, depois foi somando sucessos. Casou em 1947 e em 1951 passou para o palco do Teatro Nacional de D. Maria II, dirigido por Amélia Rey Colaço e marido com diversos sucessos de que se destaca Fei Luís de Sousa de Almeida Garrett. Em 1959 ganhou o Prémio de Melhor Actriz na peça «Seis Personagens à procura de um Autor», de Pirandello. Criou, com outros actores, o Teatro Moderno de Lisboa, no palco do Império, tendo desenvolvido um projecto que levou à cena novas encenações de peças de autores consagrados como Dostoievski, Steinbeck, Shakespeare, Strindberg José Cardoso Pires. Viveu sete anos em Paris, e de regresso continuou uma série de grandes interpretações. No cinema vimo-las em «A Mulher do Próximo» de Fonseca e Costa. Carmen Dolores foi agraciada, em 2004, com a Ordem do Infante Dom Henrique no grau de Grand

Beatriz Costa

Actriz de revista e cinema portuguesa, de grande sucesso, nasceu na Charneca do Milharado, perto de Mafra. Teve uma infância sem grande ambiente familiar, de um lado para o outro com a mãe, que viveu ao sabor dos amores de ocasião. Começou na revista "Chá e Torradas", como corista, no Éden Teatro e seguiu depois para o Brasil, onde residiu até 1926. A "Menina da Franja" como ficou conhecida estreou-se no cinema no filme "O Diabo em Lisboa", que não teve distribuição comercial. A "Canção de Lisboa" é o seu grande sucesso, onde faz o papel de "menina Alice", filha de António Silva. Entra em "Aldeia da Roupa Branca", onde canta com a sua voz esganiçada. Tinha trinta anos. Voltou ao Brasil e casou, em 1947, mas separou-se dois anos depois. Entre Lisboa e Rio de Janeiro Beatriz Costa fez uma carreira de cheia de sucessos. Quando se retirou da vida artística decidiu escrever livros biográficos «Sem Papas na Língua», 1975 e «Quando os Vascos eram Santanas», 1977. Figura acarinhada e querida em todo o país, viveu no Hotel Tivoli, em Lisboa, até ao fim dos seus dias. Divertida e risonha, manteve sempre o seu ar irreverente e um humor saudável. Mafra homenageou-a dando o seu nome ao Teatro Municipal Beatriz Costa. Os filmes em que é vedeta são constantemente exibidos na RTP Memória com enorme sucesso de audiências.

Natália Correia

Nasceu na ilha em Ponta Delgada, ilha de São Miguel em 1923 e faleceu em Lisboa em 1993. Personalidade intelectual versátil, dedicou-se a vários géneros, além de marcar a sua presença na política e na imprensa. Sua produção abrange a poesia, o romance, o teatro, o ensaio, memórias, relatos de viagem, organização de antologias e colaboração em vários jornais e revistas. Embora tenha começado pela literatura infantil (A Grande Aventura de um Pequeno Herói, 1945) e pelo romance (Anoiteceu no Bairro, 1946) foi na poesia que encontrou a expressão mais depurada de seu temperamento a um só tempo lírico e irónico, características acentuadas a partir de Dimensão Encontrada (1957) e em suas obras dramáticas. Dentro dessa linha, que a tendência surrealista da poesia portuguesa pós-1950 vem sublinhar, compôs grande parte de sua obra poética, revelando um discurso lírico insólito e singular a oscilar entre a linguagem alegórica e a voz interventora. Estão neste caso, por exemplo, Passaporte (1958), o longo poema Cântico do País Emerso (1961) e mais tarde Mátria e Maçãs de Orestes (1970). Em seu livro Poemas a Rebate, publicado em 1975, chama, na introdução, ao conjunto de seus “poemas indóceis” de “pentagrama de indignação”. Indignação constante é o que não falta á obra de Natália Correia seja motivada pela censura que a amordaçou por longo tempo, seja por uma insurreição natural a todos os engodos ideológicos da organização social. A capacidade de abranger, contudo, várias expressões líricas, bem como sentimentos e visões aparentemente opostos, entre a subjectividade romântica e a objectividade realista, levaram-na à composição, nos dois últimos anos, de Sonetos Românticos (1991, Grande prémio da Poesia APE/CTT), na poesia, e ao romance As Núpcias (1992). No primeiro, parece voltar à primeira fase de sua expressão em virtude da abstraccão do objecto lírico, não obstante, agora, mais intelectualizada, beirando certo misticismo da criação poética, da escrita, da expressão verbal. Por isso, define o soneto como “misterioso nó que em sacra escrita / cimos e abismos une”. Abismos, que enfim, de onde sempre procurou garimpar a sua “aurífera” poesia. 

Claudette Colbert pseudónimo de Lily Cauchoin (1903-1996)

Actriz de origem francesa, emigrou com a família para os EUA, em 1910. Começou no teatro e em 1928 com a sua representação na peça "Dynamo" de Eugénio O' Neill ganhou fama imediata. Inicia a sua carreira cinematográfica em 1929 vocacionada para a comédia, tendo recebido, com Clark Gable, o Óscar da Academia em 1934, no filme de F. Capra, no papel de uma menina mimada e fugitiva em "Aconteceu numa Noite". Fez digressões teatrais pela Europa, bem como peças para televisão e talk shows. Trabalhou com grandes realizadores como C. B. de Mille e Georges Cukor. Participou em mais de 60 filmes.

Maria Magdalene von Losch Felsing - Marlene Dietrich

Actriz norte-americana de cinema de origem alemã, naturalizada norte-americana, nasceu em Berlim. Começou por fazer cinema mudo e o seu primeiro sucesso data de 1930, quando o realizador Josef Von Strenberg que lhe deu o papel de Lola, uma cantora de cabaré no filme "Anjo Azul".Viveu em Hollywood e rodeou-se de uma aura de vedeta. Perfeccionista com um rosto fora do vulgar, extremamente fotogénica e detentora de umas pernas perfeitas que foram, com as sobrancelhas finas e em arco a sua imagem de marca. Dos filmes em que foi vedeta salientam-se "A sede do mal" de Orson Wells, "Marrocos" (1939), "Expresso de Xangai" (1932) e "Cidade Turbulenta" (1939). Com Greta Garbo encarnaram as "divas" supremas do cinema dos anos 40.

Walt Disney

Walt Disney nasceu em Chicago, no dia 5 de Dezembro de 1901. Era um dos 5 filhos de Elias Disney e Flora Call Disney (4 rapazes e uma rapariga).
 Rato Mickey
Depois do nascimento de Walt, a família Disney mudou-se para Marceline, no Missouri, onde Walt viveu a maior parte da sua infância.
Walt demonstrou, desde muito novo, interesse pela arte. Para fazer dinheiro extra vendia, com frequência, desenhos aos seus vizinhos.
Estudou arte e fotografia, tendo ingressado na High School de McKinley, em Chicago.
Em 1918, Durante a primeira grande guerra, Disney tentou alistar-se no serviço militar mas foi rejeitado devido a ter, na época, apenas 16 anos de idade. Walt ofereceu, então, os seus préstimos à Cruz vermelha, tendo sido enviado para França, onde permaneceu um ano guiando uma ambulância a qual, em vez de ostentar uma camuflagem normal, estava coberta por desenhos seus.
Após o seu regresso de França, iniciou, com uma pequena companhia chamada Laugh-O-Grams, a sua carreira em arte comercial. Devido ao pouco sucesso que obteve com esta empresa, resolveu rumar a Hollywood e aí começar de novo.
Em 1928, surge a sua primeira personagem, o rato Mickey, à qual se seguem, nos anos seguintes, inúmeras outras: Donald, Pateta, Pluto, tio Patinhas, Minnie...
Em 1937, realiza a sua primeira longa metragem de animação: Branca de Neve e os 7 Anões.. Seguiram-se inúmeras outras produções, umas com imagens animadas, outras com imagens reais, outras, ainda, fundindo os dois géneros como Mary Poppins (1964).
Para além de estúdios cinematográficos, o vasto império criado por Walt Dysney inclui diversos parques temáticos (Disneylândia, Eurodisney...), inúmeros canais de televisão e elevados rendimentos originados na venda directa de filmes e livros e nos direitos de utilização por outras entidades das imagens dos personagens.
Walt Disney transformou-se numa lenda, tendo criado, com a ajuda da sua equipa, todo um universo de referências no imaginário infantil de sucessivas gerações. As suas histórias facilmente compreensíveis, reflectem os valores médios da tradição americana.

Greta Garbo


Actriz de cinema de sueca, de seu nome completo Greta Lovisa Gustafsson naturalizada norte-americana, conhecida por "a divina". Já tudo foi dito sobre esta mulher de rosto perfeito, com uma fotogenia fantástica, nascida em Estocolmo e radicada nos EUA desde 1925. Aos 15 anos órfã de pai, trabalhou loja de modas. Descoberta pela publicidade foi convidada por E. A. Petschler para figurar num pequeno filme como banhista. Entrou para a Real Academia de Arte Dramática de Estocolmo, em 1922 e no ano seguinte faz o primeiro casting para cinema. Trabalhou com Mauritz Syiller, que lhe deu o apelido de Garbo. A sua celebridade seria conquistada nos EUA onde trabalhou no cinema mudo que transpôs para o cinema sonoro sem quaisquer problemas devido à sua voz profunda e sensual. O seu ar andrógino e frio criou o mito. As suas paixões foram um mistério e passou a sua longa vida sem nunca casar. Os papéis no grande ecrã são hoje, muitos deles, filmes de culto como "Amor", 1927, "A Mulher Divina" e "A Dama Misteriosa", 1928, "O Beijo", 1929, "Romance", 1930 "Inspiração", "Mata Hari", 1932, "A Rainha Cristina", 1934, "Ana Karenina", 1935, "Camille", (para os críticos o seu melhor filme) e ainda "Margarida Gautier", 1936, "Maria Walewska" (1937) "Ninotchka", 1939 e "A Mulher de duas caras", 1940 último filme em que entrou. Deixou de aparecer em 1947. Em 1955 recebeu o Óscar da Academia pelo conjunto da sua carreira. Saiu de cena no auge da fama tendo conquistado um lugar único na 7ª Arte.

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