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quarta-feira, 21 de março de 2012

Cantores dos Anos 80 - Jermaine Jackson

Foi o único membro da família Jackson a ficar na Motown, enquanto os outros irmãos se dividiram entre a CBS e a Epic (ele estava então casado com a filha de Berry Gordy Hazel).
Jermaine teve uma carreira artística tímida durante os anos 70 na Motown, tendo apenas um ou outro sucesso ocasional como um remake de "Daddy's Home" (1972) e "Let's Be Young Tonight" (1975). Jermaine contou com uma boa ajuda de Stevie Wonder, que escreveu e produziu "Let's Get Serious", um pop Top Ten que conseguiu algum sucesso na época da ascensão do irmão rei-da-pop Michael. Depois de marcar um pop Top 20 hit em 1982 com a contagiante "Let Me Tickle Your Fantasy", Jermaine deixou a Motown em 1983, para a Arista Records, onde ainda teve êxitos em 1984, com "Do What You Do", e o número de dança cintilante "Dynamite". Posteriormente, ele juntou-se aos Jacksons em tempo para a sua digressão Victory em 1984. Jackson ainda gravou esporadicamente mas despareceu do panorama musical em 1991.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Mafalda

Quem é que não se lembra desta menina de 6 anos que odeia sopa e é apaixonada pelos Beatles?

Surgiu pela primeira vez em 1964 na cidade de Buenos Aires e ficou famosa pela sua preocupação com a humanidade e a paz. Da autoria do argentino Quino, as histórias de Mafalda reflectiam as preocupações sociais e políticas da década de 60.

Os cartoons de Quino começaram por ser publicados no jornal "Primera Plana" e mais tarde no jornal diário "Mundo". A pequena Mafalda rapidamente alcançou o sucesso não só na Argentina como em toda a América Latina e Europa.

Para muitos, Mafalda é vista como um símbolo do inconformismo com o mundo tal como ele é, havendo mesmo quem a considere uma heroína.

A importância desta personagem atingiu uma proporção tal que até há uma praça com o seu nome em Buenos Aires.


domingo, 11 de março de 2012

A-ha

Uma das bandas pop mais bem sucedidas nos anos 80, os noruegueses a-ha sucumbiram, na década seguinte, à mudança do gosto do público e à desactualização da sua abordagem. Em 2000, no entanto, voltaram às lides musicais para lançarem "Minor Earth Major Sky", sétimo álbum de uma carreira que começara em Londres, cerca de 20 anos antes.
Vivendo num apartamento que ficaria famoso por albergar o trio de músicos da Escandinávia, Pal Waaktaar, Magne Furuholmen e Morten Harket começaram por assinar contrato com a editora WEA, pela qual lançaram "Take On Me", um sucesso transatlântico, em parte devido ao teledisco que, na altura, era inovador por misturar imagens da vida real e desenhos animados.
A adesão do público não foi, no entanto, suficiente para convencer a crítica do mérito do grupo, considerado, aquando de "Hunting High And Low", como uma mera banda para adolescentes. "Scoundrel Days", segundo álbum de originais, lançado em 1986, vem surpreender os mais cépticos, tanto a nível lírico como instrumental. "Cry Wolf", uma das imagens sonoras da década, é a sexta faixa do disco.
Cada vez mais populares a nível global, nomeadamente graças à banda-sonora para "The Living Daylights", filme da saga James Bond, os a-ha aproveitam o tema-título desse registo para "Stay On These Roads", o seu terceiro trabalho de originais, lançado em 1988.
Dois anos depois, chega ao mercado "East Of The Sun, West Of The Moon", um disco que passa despercebido à maior parte do público britânico, entretanto mais atento à cena de Manchester e às novas tendências da música de dança. A curva descendente na carreira dos noruegueses é acentuada com "Memorial Beach", o álbum de 1993 após o qual Magne Furulhomen se dedica ao mundo das artes e Pal Waatkar lança um disco a solo, "Mary Is Coming", com os Savoy, a sua nova banda. O regresso aconteceu no ano 2000, com "Minor Earth Major Sky", um registo relativamente bem recebido pela crítica.
Em 2009, os A-Ha anunciam uma digressão de despedida para o ano seguinte.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Game Boy

Quem é que não se lembra de jogar Tetris no Game Boy? Ou então de ajudar o Super Mário a ultrapassar as várias etapas? O Game Boy marcou mais do que uma geração e ainda hoje é impossível esquecer as horas a fio passadas a jogar com este aparelho.

Desenvolvido na década de 80 pela famosa empresa japonesa Nintendo, a primeira consola surgiu no mercado em 89. Em apenas 3 anos vendeu qualquer coisa como 32 milhões de exemplares.

O sucesso rapidamente fez com que todas as crianças sonhassem em ter um Game Boy que já trazia consigo o famoso Tetris. As vantagens do aparelho eram mais do que visíveis: pequeno, portátil, simples, eficiente e barato. Tudo o que era preciso para poder jogar em qualquer altura e em qualquer lugar.

Quase oito anos depois, em 96, surge o Game Boy Pocket: a primeira alteração feita ao original. Depois disso, várias versões saíram para o mercado.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Cantoras dos Anos 80 - Sade

Desde a sua estreia, em 1984, que Sade fez sensação no mundo da música pop. A partir daí, esta artista multifacetada, sempre fez notar a sua presença pela sua qualidade. Como figura mediática, caiu na graça dos média devido ao seu estilo cool e sensual, que lhe valeu muitas capas de revista que contribuiram bastante para a criação do seu culto. Mas a verdade é que Sade não se fica por aí e, a suportar tudo isso, está o seu inequívoco talento como cantora e compositora, que a tornou numa das cantoras mais admiradas dos dias de hoje.

Helen Folasade Adu, nasceu em 1959 em Ibadan, na Nigéria, filha de pai africano e mãe inglesa. Depois da sua mãe ter regressado a Inglaterra, Sade, cresce em Londres, na zona do North End. Começa a desenvolver a sua belíssima voz desde a adolescência, trabalhando ao mesmo tempo em part-times, dentro e fora do mundo da música. Na lista dos seus cantores preferidos estavam Ray Charles, Al Green, Aretha Franklin ou Billie Holiday.

Sade estudou design de moda no St. Martin's School Of Art, em Londres, ao mesmo tempo que fazia passagens de modelos. Por volta de 1980, começa a estudar harmonia vocal com um grupo de música latina funk, chamado Arriva. Um dos seus temas mais populares era um original de Sade escrito com outro membro do grupo, Ray St. John, "Smooth Operator" que, mais tarde, se viria a tornar no seu primeiro sucesso a solo.

No ano seguinte, ingressa, como voz de apoio, em nova banda, os Pride. O grupo incluía aqueles que viriam a formar a banda de Sade: Stuart Matthewman (guitarra e saxofone), e Paul Denman (baixo). O grupo começa a tocar muito em Londres começando a dar nas vistas, muito graças à voz de Sade. As editoras propõem então contrato, mas apenas para Sade, o que a banda não aceita. Mas passado um ano sobre a proposta inicial da Epic Records, os elementos restantes aceitam o desmembramento da banda e dizem a Sade para seguir o seu caminho. Conselho que segue, arrastando consigo Matthewman e Denman para a formação de um novo projecto que, mais tarde, é complementado com a entrada de Andrew Hale (teclas).

O seu álbum de estreia, "Diamond Life" entrou para o top ten do Reino Unido, no final de 1984 e, na Primavera de 1985, chega à platina, muito graças à força dos top ten singles, "Smooth Operator" e "Hang On To Your Love".

O seu segundo trabalho "Promise", de 1985, incluía "Never As Good As The First Time" e "The Sweetest Taboo" , que permaneceu nas tabelas pop norte-americanas, durante seis meses. A popularidade de Sade dispara em 1986, vencendo o Grammy na categoria de Revelação do Ano.

O seu terceiro álbum surge em 1988 e chama-se "Stronger Than Pride". Com este trabalho conquista o seu primeiro número um nas tabelas soul, com "Paradise", "Nothing Can Come Between Us" e "Keep Looking". Fica sem gravar durante os próximos quatro anos, até que lança "Love Delux", que continua na senda do sucesso, mais uma vez, graças a fortes temas como "No Ordinary Love", "Feel No Pain" ou "Pearls". Enquanto os produtores dos seus álbuns Mike Pela, Matthewman, Denman e Hale seguiram outros projectos, Sade opta por manter um low profile, apesar da expectativa quanto à reunião dos membros do projecto.

Em 1994, reúne os seus momentos mais memoráveis da sua primeira década de carreira sob o título "Best Of Sade".

Finalmente, depois de oito anos sem gravar, regressa em 2000, com o seu mais recente "Lovers Rock". O hiato seguinte é ainda maior, quando, passados 10 anos, em 2010, lança "Soldier of Love", disco que mantém a sua soul serena e tropical como actual.

Em Maio de 2011, Sade lança "The Ultimate Collection", uma colectânea com todos os grandes êxitos da sua carreira. Entre Junho e Agosto, a cantora nigeriana andou em tournée pelos Estados Unidos, com John Legend.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Moda: I love 80´s



Os anos 80 serão eternamente lembrados como uma década onde o exagero e a ostentação foram marcas registradas. Os seriados de televisão, como Dallas, mostravam mulheres glamorosas, cobertas com jóias e por todo o luxo que o dinheiro podia pagar. A moda apressou-se por responder a esses desejos, criando um estilo nada simplório. Todas as roupas de marcas conhecidas tinham seus logos estampados no maior tamanho possível, com preços proporcionais. O jeans alcança seu ápice, ganhando status. E os shoppings tornaram-se paraíso dos consumistas.


Pode-se dizer que os anos 80 começam realmente em 1977, com o sucesso da música "disco" inspirados no filme "Embalos de sábado à noite". Voltam à tona, o glamour da noite e o charme do excesso e do brilho, deixando para trás o estilo hippie dos anos 70. A juventude trouxe de volta o que já era considerado "velho": roupas sob medida e vestidos de baile. Os anos 80 seguem o charme e a sofisticação dos anos 60, porém com um certo exagero.


Não bastava ser bem-sucedido e bem-vestido. Nessa década, ter um corpo bonito e saudável era essencial para o sucesso. Assim, numa continuidade pelo amor aos esportes inaugurado na década anterior, explodiram academias por todos os cantos, onde os freqüentadores iam com suas polainas e collants para as aulas de aeróbica, movidas por músicas dançantes e ritmadas, com temática comum: ginástica, poder, sucesso.

Influenciando as roupas, o espírito esportivo levou o moletom e a calça fuseaux para fora das academias e consagrou o tênis como calçado para toda hora. Este último também fez ressurgir a moda de calçados baixos, como os mocassins, tanto multicoloridos como clássico.

O look "molhado", conseguido com gel e mousse para cabelos, fez a cabeça de homens e mulheres, ao lado das permanentes fartas e topetes tão altos quanto se conseguisse deixá-los. A cartela de cores era vibrante, prezando por tons fortes e fluorescentes, Isso te lembra alguma coisa?


Mulheres abusaram do colorido da época com sombras fortes, olhos bem pintados e batons de cores vivas, como o vermelho, pink e marrom escuro.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Laranjina C

Foi considerada pelos portugueses como uma das garrafas de vidro mais emblemáticas de sempre. Não admira, por isso, que seja reconhecida e relembrada por muitos apreciadores deste célebre refrigerante.


A Laranjina C marcou uma geração e o seu sabor ficou na memória de todos os que tiveram o privilégio de a saborear. Ainda hoje o anúncio da Laranjina C é um dos mais conhecidos da publicidade portuguesa. A música, as animações... e claro a própria bebida terão contribuído para o sucesso da marca.

Para recordar, aqui fica o famoso anúncio:

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

1986, ano louco no Restelo: uma telenovela invade o Belenenses

Há 25 anos as filmagens de «Palavras Cruzadas» dão um ar hollywoodesco aos treinos dos azuis. O Maisfutebol recorda um episódio «praticamente irrepetível»

Anos 80 em Portugal. A televisão limitada a dois canais públicos, Agora Escolha a abrir as tardes, cadernetas de cromos guedelhudos, Dartacão para a pequenada. A ficção delicada e ingénua de MacGyver, o humor a afrontar a história no Cafe Rene do Allô Allô.

A era kitsch autoriza excentricidades impensáveis. O exagero está omnipresente. No penteado de Jon Bon Jovi, no decote de Samantha Fox, mesmo no sucesso improvável dos Onda Choc ou nas baladas lamurientas dos Roxette. É era anarca, ideal para mentes revolucionárias, inovadoras. Um blazer imaculadamente branco pode ser fashion, uma popa no cabelo cai sempre bem.

No mundo do futebol chega-se ao impensável. 1986 é o ano louco no Estádio do Restelo. Há precisamente 25 anos, as câmaras de televisão tomam de assalto os treinos do Belenenses para gravar cenas de uma telenovela!

Isso mesmo. A personagem Rui Salgado, protagonista de Palavras Cruzadas, é supostamente um ponta-de-lança em ascensão no emblema da Cruz de Cristo. Tudo a fingir e a invadir o dia-a-dia de um plantel profissional de futebol.

E se fosse agora?

Tozé Martinho: «Tínhamos de fazer tudo à pressa»

O Verão azul no imaginário de Tozé Martinho. Figura marcante no pequeno ecrã e filho de um devoto belenense, o produtor idealiza o cenário: fazer do actor Gonçalo Ferreira um elemento mais no plantel do belga Henri Depireux. Uma insinuação atrevida, solene. E quase comprometida pela falta de talento do avançado-faz de conta.

«Assisti às gravações e a imagem mais forte era esta: sentia-se claramente que o Gonçalo não era jogador», recorda Tozé Martinho, sorridente, ao Maisfutebol.

«Tentei disfarçar ao máximo as evidências, mas até no físico havia diferenças brutais entre ele e os verdadeiros jogadores. Hoje teria outros cuidados, tanto no casting como na produção.»

António Martinho, pai de Tozé, foi médico dos azuis. «A homenagem que lhe prestei deu origem à personagem. Tínhamos de fazer tudo à pressa, depois do treino verdadeiro. Os jogadores olhavam para as câmaras como se fossem o maior dos mistérios. Estávamos longe da era tecnológica.»

O Belenenses, aparentemente, não se ressente. Acaba a temporada no sexto lugar e entra todas as noites, por volta das 21 horas, pelas casas dos portugueses adentro. «Estamos a falar do clube de Matateu e Vicente. Uma instituição enorme e que nos permitiu alterar a sua normalidade. Não é um projecto irrepetível, mas quase.»

Jorge Martins: «Deixávamos o rapaz brilhar»

Jorge Martins era o guarda-redes do Belenenses. Um quarto de século depois, lembra-se bem da «maluqueira». «Acabávamos o treino e ficávamos mais um bocado nas filmagens», recorda ao nosso jornal.

«Tudo gente simpática, tudo com muita educação. Fazíamos o sacrifício e chegávamos mais tarde a casa. O treinador [Henri Depireux] explicou-nos como tudo se iria passar. Nós não nos mexíamos muito, deixávamos o rapaz brilhar e eles filmavam golos atrás de golos. Ele até parecia um craque, mas na verdade não tinha grande jeito.»

Meses depois, Jorge liga a televisão e nem quer acreditar. «O Belenenses dentro da telenovela. Que coisa estranha. Era engraçado voltar a tentar fazer uma coisa dessas», ratifica o antigo internacional português, agora afastado do mundo desportivo.

«Eu e o falecido Zé António falávamos com o Gonçalo [Ferreira], dizíamos-lhe para ele estar à vontade e não ter medo de rematar com força. No final até íamos com ele beber uma cervejinha.»

1986, ano louco no Estádio do Restelo. Que clube se atreve a repetir a façanha?




terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Grupos Musicais Portugueses - Ritual Tejo

José Manuel Afonso e Artur Santos foram os fundadores do grupo, cujo primeiro nome, Easy Gents, se transformou em Ritual Tejo após a conquista do 5º Concurso de Música Moderna do Rock Rendez-Vous. Estávamos então em 1988, e o colectivo viu-se completado por Chipas, o baterista, e por Paulo Costa, na voz. A entrada de Fernando Martins para as teclas, antecedeu a substituição de Chipas por Quim Zé Rebelo. Pouco depois, surgiu o primeiro registo dos sons dos Tejo em disco, quando gravaram o tema "Ânsia" para uma compilação onde figuraram os finalistas do concurso promovido pelo R.R.V.
A assinatura de um contrato com a editora EMI-Valentim de Carvalho, proporcionou a edição do longa duração de estreia, "Perto de Deus", em 1991. O álbum, que teve uma prestação regular nas tabelas de vendas, trouxe ainda assim a divulgação necessária ao trabalho dos Ritual, através de singles como "Foram Cardos Foram Prosas", um tema originalmente vocalizado por Manuela Moura Guedes, mas também "Saudade" dos Heróis do Mar. As apresentações depois feitas, na primeira parte de concertos como os dos Psychedelic Furs e de Bryan Adams, ajudaram mais ainda à divulgação do trabalho do agrupamento.
Os anos que se seguiram não trouxeram novidades de maior na carreira dos Ritual, excepção feita às participações nas compilações "Variações - As Canções de António", um disco de homenagem a António Variações, para o qual contribuíram com uma versão do tema "Dar e Receber", e em "Filhos da Madrugada", de homenagem a José Afonso e no qual surgiram com "Canto Moço".
"Histórias de Amor e Mar", o segundo conjunto de originais editado em 1996, contou com a edição da editora Farol, rescindido que foi o contrato com a EMI. O single "Um Dois Três (Nascer Outra Vez)" foi então insistentemente passado nas rádios, mas mesmo assim o registo maior não obteve os resultados desejados. Só passados três anos é que a banda se reuniu com vista à edição de mais um longa duração, "Três Vidas", lançado no mercado em 1999. Esse hiato foi motivado por uma cisão no grupo que levou à saída de dois elementos, caso de Fernando Martins, que entretanto se tinha tornado muito popular graças ao seu envolvimento em programas de televisão, sobretudo o "Chuva de Estrelas", para formar os Tambor.