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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Grupos Musicais Portugueses - Cães Vadios

O grupo surgiu em Novembro de 1985 na cidade do Porto. Começaram por se chamar A Moral dos Idiotas mas rapidamente mudaram de nome para Os Cães, A Morte E O Desejo. A primeira formação incluía Carlos Moura (voz), Guilherme Lucas (guitarra ritmo), Vítor Guedes (guitarra solo), Pedro Duarte (baixo) e Pi (bateria).

Já com Calheiros na bateria gravam, em Dezembro desse ano, o tema "Elvis - Swing de Uma Noite de Verão" para o duplo LP "Divergências" da Ama Romanta. O grupo inseria-se no movimento Rockabilly/Psychobilly.

Calheiros e Pedro Duarte saem do grupo e Carlos Moura passa para a bateria. Para o lugar de vocalista entrou Rodrigo Gramacho.

Os primeiros concertos da banda realizam-se no Solar da Cruz Vermelha, em Massarelos, Porto,  nos dias 12 de Julho e 2 de Agosto de 1986.

Em Setembro desse ano mudam o nome para Cães Vadios.

No início de 1987, a Ama Romanta lançou um single, produzido por Nuno Rebelo, com os temas "Cães Vadios", "Bêbado" e "Marcianos". O lado A toca a 45 RPM e o B, com dois temas, a 33 RPM.

A k7 "Bem Fundo", de 1991, é editada em França pela indie "Eat Rekords" e distribuída na Alemanha com o fanzine "Urbem".  Nesta altura a banda já estava virada para o hardcore [NECROCORE-SEXOCORE-LOVECORE] e na nova formação militavam David Dano (voz), o ex-Cagalhões Óscar Q. (baixo), Guilherme Lucas (guitarra) e Carlos Moura  (bateria).

O tema "Bem Fundo" é incluído na compilação "Distorção Caleidoscópica" com o teledisco a ser divulgado no programa Pop-Off.

Em Outubro de 1992 fizeram a primeira parte dos três concertos que os Young Gods deram em Lisboa, Coimbra e Porto.

Em 1993 mudam de baterista com a entrada de Zé Borges (ex-Alucina Eugénio).

Gravam uma nova maqueta com os temas "Sou Único", "Mental City" e "Só". "Mental City" é incluído na compilação "Portugal Rebelde Vol.1"  e " Sou Único " aparece na primeira colectânea da revista "Ritual Rock".

O último concerto da banda ocorreu na 4ª edição das Noites Ritual Rock, em 28/10/1995.

O grupo chegou a gravar um álbum mas que depois decidiram não editar.

DISCOGRAFIA
Cães Vadios (Single, AmRo, 1987)

Colectâneas
Divergências (1986) - Elvis [OS CÃES, A  MORTE E O DESEJO]
Distorção Caleidoscópica (1992) - Bem Fundo
Portugal Rebelde Vol.1 (1994) - Mental City
Ritual Rock 1 (1995) - Sou Único

COMENTÁRIOS
Em entrevista ao fanzine portuense "Ressaca Viciosa" afirmavam que os seus objectivos passavam por "divertirem-se, ganharem muito dinheiro e comprarem um cadillac a curto prazo" e indicavam que uma das suas influências principais era o cantor Daniel Bacelar.

«Concursos nunca. É pôr a cabeça a prémio. Arriscas-te a ser ultrapassado por uma banda que tu sabes que é medíocre. Se  não houvesse concursos, as bandas seriam conhecidas à mesma, pois as coisas seriam feitas de maneira diferente, porque o público quer bandas e quer música. Os concursos são uma infantilidade primária.» CV/Ritual 3 (1991)

«Os Cães Vadios eram uma das minhas bandas preferidas nos anos 80 (e inícios de 90). Cheguei a vê-los ao vivo uma série de vezes. Têm canções incríveis como "Rei Dor" ou "Cosmos do Amor". Acho que chegaram a gravar um álbum mas depois decidiram não editá-lo.» Cristiano Pereira/FS

«E o mais estranho é que esta [a cena de Coimbra que originou nomes como M'as Foice e Tédio Boys] é uma abordagem única em Portugal, estritamente coimbrã, sem paralelo com qualquer outra cena nacional - excepção para o restrito núcleo portista ligado a Os Cães, A Morte e O Desejo, depois Cães Vadios, e ao fanzine de Espinho 'Cadavre Exquis', em meados dos anos 80. Concluindo, a tua loucura é a loucura do rock & roll e essa, na minha modesta opinião, é o melhor bálsamo que nos pode acontecer...»  Adolfo LC

NO RASTO DE...
Óscar está ligado à loja de discos Piranha. Tocou com os Speedtrack. Faz parte dos Motornoise.

David Pontes é jornalista e já passou por vários jornais. Actualmente é sub-director do "Jornal de Notícias".

Guilherme Lucas foi o único elemento original que se manteve até ao final da mesma em 1995. Uma década depois regressou à actividade musical com a formação dos Dead Singer. O grupo interpreta ao vivo alguns temas dos CÃES VADIOS.

O baterista Paulo David fez parte dos Heavenwood.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Cantores dos Anos 80 - Peter Gabriel

NOME: Peter Gabriel
DATA DE NASCIMENTO: 13-02-1950
ORIGEM: Chobham - Inglaterra
ÊXITOS: 'Solsbury Hill'; 'Games Without Frontiers'; 'Sledgehammer'; 'Don't Give Up'; 'Biko'.



Embora a sua carreira esteja muitíssimo ligada à Pop, Peter Gabriel é considerado por muitos como um dos principais incentivadores da World Music. Tornou-se famoso por ser o vocalista, flautista e líder da banda dos Genesis e por se envolver em causas humanitárias. 

Depois da sua saída dos Genesis, em 1976, começou a trabalhar no primeiro de quatro álbuns consecutivos, todos eles com o mesmo nome, 'Peter Gabriel', no entanto, só com o terceiro é que entrou definitivamente para a história do rock. É deste disco a música 'Biko', que se tornou num dos maiores hinos de protesto dos anos 80. O álbum seguinte, editado em 1982, revelou-se um sucesso ainda maior, já para não falar do quinto disco, com a música Sledgehammer que conquistou o primeiro lugar de várias tabelas de vendas em toda a Europa, e que revelou um vídeo que se tornou famoso pela sua criatividade. 

Envolvido desde cedo com causas humanitárias, deu concertos a favor da Aministia Internacional por mais que uma vez. Ganhou um Grammy com a composição da banda sonora para o filme 'A Última Tentação de Cristo'. 

Só em 1992, é que editou um novo álbum de originais, 'Us'. Durante a gravação do disco o músico passou por uma série de problemas, incluindo um divórcio doloroso. Tensões que acabaram por se manifestar nas músicas deste disco. De novo, dez anos mais tarde, em setembro de 2002, regressa com um novo trabalho de originais, 'Up', um álbum onde também contou com a colaboração da sua filha. 

Atualmente, continua a dedicar-se a várias causas humanitárias, participou no Live 8 em 2005 e no concerto dedicado a Nelson Mandela. Lançou um DVD duplo 'Peter Gabriel Live & Unwrapped' e, em 2006, cantou 'Imagine' de John Lennon na abertura dos Jogos Olímpicos de inverno de 2006, em Turim.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Grupos Musicais Portugueses - Bramassaji / Bramma

Em 1984, Carlos Vieira (guitarra), Pedro Gonçalves (guitarra), Armando Coelho (baixo) e Fernando Guedes (bateria) formam os Bramassaji.

O vocalista Espírito Santo entra para a banda em 1985. Em Novembro desse ano são os  vencedores do 1º Concurso de Nova Música Rock que decorreu no  Pavilhão Infante Sagres (Porto).

O EP "Princípios" é editado, em 1987, pela Dansa do Som. Incluí os temas "Pescador", "O Mar", e "Mar de Sede"

 Dá-se a saída de Espírito Santo. Carlos Vieira assume a voz e guitarra.

Em Abril de 1990 é editado, em edição de autor, um novo EP, "Dança Na Arena", com os temas "Miúra", "Caminho de Luz" e "Insónia". Alberto Almeida entra para as teclas.

O álbum "Um Outro Olhar" é editado, em 1991, pela editora  MC - Mundo da Canção. Em  finais de 1991, Pedro Gonçalves e Alberto Almeida saem e entra o guitarrista Luís Leite. 

O grupo muda de nome para Bramma. Já com esta nova designação, lançam, em 1995, o  CD "Mais Perto" onde recuperam o tema "Pescador". O grupo era formado por Carlos Vieira (voz), Jorge Lima (guitarra), Luís Marques (guitarra), Mário Cunha (bateria) e Vítor Lima (baixo).

No final de 1996, a banda dá por encerrada as actividades.

DISCOGRAFIA
Princípios (EP, Dansa do Som, 1987)
Dança Na Arena (EP, Ed. Autor, 1990)
Um Outro Olhar (LP, MC - Mundo da Canção, 1991)

(como Bramma)

Mais Perto (CD, Numérica, 1995)

NO RASTO DE ...
Carlos Vieira é um dos responsáveis pela Xinfrim. Foi um dos colaboradores principais da revista Ritual e é um dos organizadores, desde 1992, das Noites Ritual Rock.

Alberto Almeida é fotógrafo na área da música. Tem trabalhado com nomes como Pedro Abrunhosa, Clã, Zen, Blind Zero , Dealema, Wipe Out.


domingo, 29 de setembro de 2013

Cantores dos Anos 80 - Kenny Rogers

NOME: Kenneth Ray - Kenny Rogers
DATA DE NASCIMENTO: 21-08-1938
ORIGEM: Houston - Texas - EUA
ÊXITOS: 'Ruby, Don't take your love to town'; 'Lucille'; 'Coward of the County'; 'Every time Two Fools Collide'; 'Don't Fall in Love With a Dreamer'; 'Lady'; 'We've Got Tonight'; 'Islands in The Stream'



Até à data, já gravou 65 álbuns, ganhou praticamente todos os prémios que há para ganhar e vendeu mais de 120 milhões de discos. Começou a sua carreira a meio dos anos 50, com um grupo chamado The Scholarse, mais tarde, juntou-se ao grupo de jazz The Bobby Doyle Trio, com quem tocava todas as noites em clubes noturnos.

Em 1967, Kenny Rogers, na época com uma imagem hippie, com cabelo comprido, brinco e óculos de sol cor-de-rosa, formou os The First Edition com quem teve o seu primeiro grande êxito, 'Ruby, Don't take your love to town', e com quem se manteve durante dez anos. 

The Gamblere Kenny são considerados os dois álbuns de Kenny Rogers que mais influenciaram a música country das últimas décadas. A música Lucille foi o seu primeiro grande êxito fora dos Estados Unidos, conquistando o primeiro lugar dos top's de vendas em 12 países. A proeza repetiu-se pouco tempo depois, com 'Coward of the County'. 

Durante os anos 80, gravou uma série de duetos que se ouviram em todo o mundo e que venderam milhões: Every Time Two Fools Collide, com Dottie West; Don't Fall in Love with a Dreamer, com Kim Carnes, We've Got Tonight com Sheena Easton e Islands in The Stream, com Dolly Parton. 

Como ator, já participou em bastantes filmes e séries de televisão e, enquanto fotógrafo, editou dois livros com a publicação das suas fotografias. 

Nos últimos anos, apesar de gravar menos originais, Kenny Rogers mantém-se extremamente ocupado com trabalhos de solidariedade e concertos e com a gestão da sua cadeia de fast-food (Kenny Rogers' Roasters). Atualmente, passa cada vez mais tempo na sua quinta a cuidar dos seus cavalos.

sábado, 21 de setembro de 2013

Grupos Musicais Portugueses - Belaurora

O Grupo de Cantares "BELAURORA", da Vila de Capelas, Concelho de Ponta Delgada, ilha de São Miguel,foi fundado no dia 17 de Maio de 1985.

A Polygram lançou em Maio de 1987 o seu primeiro trabalho discográfico, um LP intitulado "E do velho se faz novo…".

Em 1992 foi editado, através da UPAV (União Portuguesa de Artistas de Variedades), o disco "Cantos d'Outrora" que foi um dos discos concorrentes ao "Prémio José Afonso".

Em 1994 participam numa recolha de música popular portuguesa e açoriana, efectuada por uma equipa francesa. A música do grupo surge assim numa colectânea sobre Portugal ("Voyage Musical", 1994) e mais tarde numa colectânea sobre os Açores.

Nesse ano o disco "Cantos d'Outrora", com o título de "Musiques Traditionelles des Açores par le groupe Belaurora", é editado em França, com distribuição em mais 52 países, pela Sunset France.

Participam com quatro temas na colectânea "Les Açores - The Azores" (Auvidis, 1995).

No dia 25 de Fevereiro de 1996 actuam no Théâtre de la VilIe, em Paris, integrado na "Saison 95/96". O disco "Entre Cantos e Marés" é editado em fins de 1996 pela Dínamo.

A convite da Direcção Regional da Cultura dos Açores actuam na Expo98 no dia dedicado à Região.

Em Maio de 1999 lançam o disco "Lágrimas de Saudade". "Cantorias", que constitui o volume 8 da "Colectânea de Música Tradicional dos Açores" publicada por Emiliano Toste, é lançado nos finais desse ano.

No dia 25 de Maio de 2000, por altura do 15º aniversário da sua fundação, lançam o duplo CD "Quinze Anos de Cantigas" com os melhores 44 temas do grupo. Em Agosto participam na Expo 2000, realizada em Hannover, na Alemanha.

Em Outubro de 2003 lançam o álbum "Achados do Tempo". "O Cantar Que Nos Embala" é editado em Maio de 2004.

DISCOGRAFIA
...e do Velho se faz Novo... (LP, Polygram, 1987)
Cantos d'Outrora (CD, Caravela/UPAV, 1992)
Entre Cantos e Marés (CD, Dínamo, 1996)
Lágrimas de Saudade (CD, Açor, 1999)
Cantorias (CD, Açor, 1999)
15 Anos de Cantigas (Compilação, Açor, 2000)
Achados do Tempo (CD, Açor, 2003)
O Cantar Que Nos Embala (CD, Açor, 2004)

Colectâneas
Voyage Musical (1994) -
Les Açores - The Azores (1995) -

NO RASTO DE ...
Carlos Sousa continua a ser o director musical do agrupamento que é formado por elementos, todos amadores, de variadas idades e residentes, na sua maioria, na vila de Capelas, no norte da ilha de São Miguel.


quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Cantores dos Anos 80 - Eddy Grant

NOME: Edmond Montague Grant - Eddy Grant
DATA DE NASCIMENTO: 05-03-1948
ORIGEM: Plaisance, Guiana
ÊXITOS: 'Baby Come back'; 'Electric Avenue'; 'I Don't Wanna dance'; 'Gimme Hope Joanna'




Utilizou abertamente a sua música para contestar o apartheid e outras injustiças politicas e sociais da altura. 'Gimme Hope Jo'anna' é um dos bons exemplos. Eddy Grant é reconhecido como um dedicado promotor da cultura e dos direitos da comunidade negra. Toca todos os instrumentos e fez todas as vozes que ouvimos nas suas canções. 
Nasceu nas Caraíbas, na Guiana, em 1948. Os pais mudaram-se para Londres quando Eddy era pré-adolescente, depois da Segunda Grande Guerra, no final dos anos 50. Cresceu ao som do rock'n roll de Chuck Berry e acompanhou o nascimento da música pop. Nos anos 70, juntou o que ouviu às suas origens étnicas e criou os 'The Equals'. Durante um ano e meio, conseguiram levar ao Top 10 da tabela de vendas britânica, três músicas... 'Baby Come Back' é uma delas. 

Com uma vida acelerada e debaixo de muita pressão, Eddy Grant, apenas com 21 anos, teve um ataque cardíaco, que o obrigou a parar e a refletir sobre o ritmo de trabalho que tinha. Deixou os 'The Equals' e abriu o seu próprio estúdio, onde passou a gravar e a produzir os seus discos e a música de novos artistas a quem estava sempre atento. 

Comercialmente, a segunda metade dos anos 80 foi a fase de maior sucesso de Eddy Grant. Em menos de quatro anos viveu intensamente o êxito internacional de músicas como 'Electric Avenue', 'I Don't Wanna Dance' e 'Gimme Hope Joanna'. Foi também esta a altura em que criou a sua própria editora discográfica, a 'Ice Records' que administra até hoje. 

Já há muito tempo que se mudou, com a mulher Anne, com quem está casado há mais de 30 anos e de quem tem quatro filhos, para os Barbados, onde construiu um Complexo de Estúdios, 'Blue Wave' de grandes dimensões. Enquanto seus clientes, já passaram por lá Mick Jagger, Sting e Elvis Costello.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Grupos Musicais Portugueses - Bateau Lavoir

Miguel Pedro começou por ser vocalista nos WC. O grupo, formado em 1981, conseguiu chegar à final do festival "Só Rock" que se realizou em Coimbra.

Ainda em 1981 passou para a bateria e fundou os AuAuFeioMau, conjuntamente com Adolfo Luxúria Canibal. A passagem de ano de 1981 para 1982, realizada no bar Fábrica (Braga), juntou WC, AuAuFeioMau, Firmino e Soren.

Em 1982 gravam o single "Domingos de Manhã" para a editora Rotação. O disco é editado como Sub-Verso, nome escolhido por António Sérgio.

Em 1983, Miguel Pedro (bateria), o irmão Zé Luís (voz e baixo) e Bula (guitarra) mudam de nome para  Bateau Lavoir - nome do estúdio de Picasso que viu nascer o movimento cubista.

Os Bateau Lavoir concorrem ao 1º Concurso do Rock Rendez Vous, em 1984, mas não são apurados. Os Auaufeiomau acabaram nesse ano e no final de 1984 começam os Mão Morta. 

Os Bateau Lavoir participaram também no 3º concurso do Rock Rendez Vous (1986). Concurso que revelou igualmente os RongWrong e Mão Morta.

Fazem a primeira parte do concerto dos britânicos Echo & Bunnymen.

Em 1987, Miguel Pedro juntou-se a Manuel Leite e formou os Humpty Dumpty.

Os Bateau Lavoir participaram na primeira compilação "À Sombra de Deus", editada em 1989, com o tema "Até Um Dia". O grupo terminou dois anos depois.

DISCOGRAFIA
Colectâneas
À Sombra de Deus - Braga 1988 (1989) - Até Um Dia

FORMAÇÃO
Zé Luís (voz e baixo)
Miguel Pedro (bateria e voz)
João P. Fiúza (filiscorne e trompete)
Zé Eduardo (teclas e voz)
Bula (guitarra)

NO RASTO DE...
Miguel Pedro está nos Mão Morta desde 1984.

Zé Luís  está ligado à música tradicional galega.

Bula é Técnico de Som.

Miguel Pedro e Bula gravaram um disco com a banda Mundo Cão.


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Deep Purple


NOME: Deep Purple
ORIGEM: Inglaterra
ANO DE FORMAÇÃO: 1968
ÊXITOS: 'Smoke on the water' (1972)




Os Deep Purple são uma banda de hard rock e são considerados, por muitos, como uma das bandas criadoras do heavy metal e do hard rock, embora eles rejeitem esta responsabilidade ou qualquer outro tipo de rótulo. Por cá, 'Smoke on the water' é a música mais conhecida (gravada, pela primeira vez, em 1972). 

Chris Curtis, o ex-baterista do grupo 'The Searchers' teve a ideia de juntar vários músicos talentosos num grupo - Roundabout - que, traduzindo à letra, significa carrossel, no entanto, Chris, que estava profundamente envolvido em drogas, desapareceu misteriosamente. Os restantes elementos decidiram avançar juntos com o projeto, embora tenham mudado o nome para Deep Purple, ao que se sabe, o nome da música preferida da avó de Blackmore. 

Até hoje, já mudaram de formação muitíssimas vezes, mas, inicialmente, faziam parte da banda, Ian Gilann (voz); Ritchie Blacmore (Guitarra); Jon Lord (teclado); Roger Glover (Baixo) e Ian Paice (bateria). 

Lançaram o primeiro disco, Shades of Deep Purple, em setembro de 1968, todo com versões progressivas de músicas de outros artistas, como os Beatles e Jimi Hendrix. Num constante entra e sai de elementos e, como consequência, numa constante mudança de projetos musicais, gravaram discos quase todos os anos. 

Foi em Montreaux, na Suiça, em 1971, que gravaram o álbum de maior êxito até hoje. Um disco ao vivo, no mesmo local onde todos os anos é realizado o famoso Festival de Jazz. Smoke on the Water é deste disco. 

Cinco anos depois, o ambiente dentro da banda foi ficando cada vez mais conflituoso e, em março de 1976, os Deep Purple, que chegaram a entrar no Guiness como a banda mais barulhenta do Mundo, separaram-se. 

Voltaram a juntar-se em 1984 com a sua formação de maior sucesso - Gillan, Blackmore, Paice, Glover e Lord - e lançam um disco com as melhores músicas da banda. Daqui para a frente, a maior parte da carreira dos Deep Purple tem sido passada na Estrada, em tournée, no entanto, entre 2003 e 2005, gravaram dois novos discos.



domingo, 1 de setembro de 2013

Grupos Musicais Portugueses - Bastardos do Cardeal

Grupo de Viseu. No início de 1985 aparecem referidos no jornal BLITZ. Em Julho tocam em Aveiro no Festival Agitarte.

O tema "Aranha" é incluído na colectânea "Divergências" de 1986.

O Zé Valor  entra para o grupo em Setembro de 1988, após a saída do guitarrista que se mudara de Viseu para Lisboa.

 Tinha uma velha guitarra portuguesa que não sabia tocar, e com a qual se apresentou (devidamente electrificada à sua maneira), sendo talvez a melhor coisa que aconteceu à banda, pois operou nela a transformação sonora que era necessária, fazendo-a emergir duma adolescência que tardava em acabar.

Zé Valor sai do grupo.

Em 1989 participaram no 9º aniversário do Rock Rendez Vous. Bastardos do Cardeal - Viseu 1988 7 21:34 2
Bastardos do Cardeal - RRV Lisboa 1989 3 14:22 3

"Esta Vontade De Morrer" era um dos melhores temas dos anos 80, ao vivo no rrv tinha uma força do caraças.

"Aranha" foi incluído numa compilação brasileira recente.

Alguns dos elementos que passaram pelo grupo são Morgadinho, Vaz Patto e José Valor.

DISCOGRAFIA
Divergências (1986) - Aranha

NO RASTO DE ...
Quando o Zé Valor saiu dos Bastardos não parou e pôs em marcha o projecto CPRB (Centro Pesquisas Ruído Branco) que teve uma maqueta em 1989. Também fez parte dos Lucretia Divina.

José Valor (sintetizador, samplers, caixa de ritmos) e Vaz Patto (guitarra) (+Angelo Almeida) formaram os Major Alvega em Junho de 1990. 

sábado, 31 de agosto de 2013

Grupos Musicais Portugueses - Ban / Bananas

O grupo Bananas foi formado em 1981. Inicialmente queriam ser uma banda de ska.

Em 1982 concorrem ao Festival Só-Rock (Rock em Stock/7Up) que ganharam mas acabaram por recusar gravar o disco a que tinham direito. Jorge Romão vai tocar para os GNR.

Em 1983 o grupo assina com a EMI e editam um single, produzido por Moz Carrapa, com os temas "Identidade" e "Virgens-Impulsos". A formação que gravou este disco incluía João Loureiro (voz e teclas), João Ferraz (guitarra, Paulo Faro (bateria) e Chico Monteiro (baixo).

O grupo encurta o nome para Ban e editam o mini-LP "Alma Dorida": quatro temas originais num disco sem teclas, só com guitarra, voz, baixo e bateria. Destacam-se o tema-título e "Pantomina".

Em 1985 dão vários concertos em Espanha mas estão parados alguns meses. Em Dezembro desse ano reaparecem na 3ª edição do Ciclo Novo Rock ao Vivo onde contaram com a prestação de Zezé Garcia (Urb)  e de Emanuel Ramalho, este em substituição de Paulo Artur Faro.

Em Outubro de 1986 é lançado o máxi "Santa"(2), produzido por Ricardo Camacho e considerado por João Loureiro a primeira tentativa "pop" dos Ban. O disco incluía os temas "Santa", "Portugal" e "Ultramar". 

O grupo opta por um som ainda mais pop e entra para o grupo a cantora Ana Deus (3). Em Abril de 1988 é editado o álbum "Surrealizar". Os maiores sucessos deste disco são "Irreal Social", "Encontro com Mr. Hyde" e "Num Filme Pop". É lançado um máxi-single com remixes de "Irreal social" e "Brouhaha".

Em Julho de 1989 é lançado o álbum "Música Concreta" que inclui os temas "Excesso Aqui", "Euforia" e "Dias Atlânticos", entre outros. Para o grupo tinham entrado os músicos Rui Fernandes (saxofone) (4) e Ricardo Serrano (teclas).

No início de 1991 é editado o disco "Mundo de Aventuras" que inclui temas como "Mal de sol" e "Displiciente" (ambos com a voz de Ana Deus), "Rosa, Flor", "Segredo" ou "Pá-rá- rá". O arranjo do tema "Mundo de Aventuras" foi feito com bocadinhos de todas as outras músicas. "Pequeno Amor" aparece apenas na edição em CD.

O Máxi-Single "Mundo de Aventuras" incluía duas versões do tema ("Mundo Remix" e "Extended Mix") e "Pequeno Amor".

Em Fevereiro de 1992 é lançada a compilação "Documento 83-86" que inclui os temas do início da carreira do grupo.

Por motivos diversos -  uns elementos tinham outras opções de vida e devido a algum cansaço - os Ban dão por encerradas as suas actividades.

Em 1994 é lançada uma colectânea com os maiores sucessos do grupo: "Num Filme Sempre Pop". A primeira edição incluía um Cd-bónus com as versões máxi-single.

Nesta ocasião o grupo ainda faz uma digressão final, com Emília no lugar de Ana Deus, mas que serviu apenas para colocar uma pedra final no agrupamento.

(1) No primeiro espectáculo que deram até usaram uma vestimenta tipo safari.

(2) Naquele ano foi considerado o melhor máxi-single de produção nacional pelo programa de rádio "Som da Frente".

(3) Ana Deus chegou a fazer audições para os Madredeus mas entretanto foi viver para o Porto . 

(4) Rui Fernandes, ainda com 16 anos,  participou nas gravações do disco "Surrealizar".

COMENTÁRIOS
«(acabamos) por motivos diversos. Uns elementos tinham outras opções de vida e, talvez, algum cansaço. Depois de os "Ban" terem acabado, lancei o disco dos "Zero". Entretanto saiu uma colectânea dos "Ban" e fizemos ainda uma digressão final que serviu para colocar uma pedra final no agrupamento. Por outro lado, na música, como em tudo na vida, é necessário saber parar. Eu prefiro que os "Ban" sejam vistos, e o próprios "Zero", como marcos fundamentais na música moderna portuguesa e serem relembrado com saudade, do que se continuar a fazer coisas sem prazer, com resultados piores.» JL

DISCOGRAFIA
Identidade/Virgens-Impulsos (Single, EMI, 1983)
Alma Dorida (Mini-LP, EMI, 1984)
Santa (Máxi, EMI, 1986)
Surrealizar (LP, EMI, 1988)
Irreal Social (Remix) (Máxi, EMI, 1988)
Encontro com Mr. Hyde/Era Uma Vez (Single, EMI, 1988)
Música Concreta (LP, EMI, 1989)
Mundo de Aventuras (LP, EMI, 1991)
Mundo de Aventuras (Remix) (Máxi, EMI, 1991)
Documento 83-86 (Compilação, EMI, 1992)
Num Filme Sempre Pop - O Melhor dos Ban (Compilação, EMI, 1994)

COMPILAÇÕES SE
Irreal Social - Colecção Caravela (Compilação, EMI, 1999)

Fizemos desde canções suaves e agradáveis até música de dança, até ao limite com coisas bastante agressivas" como Euforia e Ritualizar" JL

NO RASTO DE...
João Loureiro, João Ferraz e Rui Fernandes juntam-se a Alexandre Soares e formaram o projecto The Song Experience que depois mudaria de nome para Zero.

João Loureiro, depois dos Zero e do lançamento da compilação dos Ban, dedicou-se exclusivamente às actividades de advogado e empresário. Também foi presidente do Boavista Futebol Clube.

Ana Deus juntou-se a Regina Guimarães para formar os Três Tristes Tigres.

Emília lançou um disco a solo onde colaboraram João Ferraz e João Loureiro, abandonando depois a música em troca de uma profissão ligada à moda.

João Ferraz escreveu as músicas do álbum das Antilook (que teve letras de João Loureiro). Em 2001 formou os Magenta que lançaram um álbum pela Universal. 

Francisco Monteiro e Paulo Faro fizeram parte da primeira formação dos DR Sax.

Rui Fernandes fez parte dos DR Sax e Checkpoint Charlie. É professor de música.

Ricardo Serrano colabora com os Três Tristes Tigres. Tem também um projecto ao vivo de "música de Filmes" com Ana Deus.

Paulo Faro é escultor e designer.

Também colaboraram com os Bananas nomes como João Paz (mais tarde nos Terra Mar) e Jorge Romão (nos GNR).

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

All Saints


NOME: All Saints
FORMAÇÃO: Abril de 1994 
ORIGEM: Inglaterra
ÊXITOS: 'Never Ever'; 'Bootie Call'; 'Pure Shores'; 'Black Coffee'




Apareceram em público pela primeira vez em 1994. Os conflitos começaram cedo e saíram logo dois dos elementos do grupo, que foram rapidamente substituídos. Elas são as All Saints: Natalie e Nicole Appleton, Shaznay Lewis e Melanie Blatt. 

No verão de 1997, 'I Know Where It's At', o primeiro single, chegou ao 4º lugar do top do Reino Unido e, mais tarde, já com lançamento em todo o Mundo, a música 'Never Ever' tornou-as verdadeiramente conhecidas com direito a conquistar o primeiro lugar do Top do Reino Unido e dois Britt Awards como melhor single e melhor vídeo desse ano. 'Bootie Call' foi o 4º single da banda e a terceira música das All Saints a chegar ao topo da tabela britânica e, em 1998, foi o ano para receber novo prémio como artista revelação no MTV Europe Music Awards, onde cantaram ao vivo Lady Marmelade. 

'Pure Shores', uma das músicas da banda sonora do filme 'A Praia', com Leonardo Di Caprio, em 2000, não passou despercebida e, oito mesesà frente, 'Black Coffee' ainda conseguiu subir até ao 1º posto da tabela britânica. 

Devido a uma crescente rivalidade dentro da banda, as All Saints separaram-se em 2001. No entanto, nenhum dos elementos deixou a música. Melanie Blatt já gravou um disco. As irmãs Appleton, seguiram como dupla com o seu sobrenome e lançaram uma autobiografia, 'Together', em outubro de 2002. Shaznay também continua a cantar e a trabalhar como compositora para outros artistas. 

Ao fim de alguns meses de especulações, as All Saints voltaram a juntar-se. Escreveram e gravaram seu terceiro álbum, 'Studio One', lançado em novembro de 2006. 

Corre entretanto a informação de que poderão estar a preparar um novo disco, mas, até agora, não há qualquer confirmação oficial. 

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Armando Gama

Armando António Capelo Dinis da Gama nasceu em Luanda no dia 1 de Abril de 1954. Em 1971 é editado o seu primeiro disco, com o Duo Marinho e Gama, que incluía dois temas da sua autoria.

Com Manuel Cardoso forma os Tantra em 1976. Sai do grupo em 1977, após a edição do álbum "Mistérios e Maravilhas". 

Em 1978 junta-se a Cris Kopke para formar o duo Sarabanda que dura até 1981.

Trabalha como arranjador e como produtor em vários discos (Dina, Mário Mata, Doce, Damas Rock, etc...). Interpreta o tema principal da série "Bana e Flapi" e as canções da  série "Sport Billy".

Armando Gama e os Cânone lançam, em 1981, o single "Miúda Funky".

No álbum "Quase Tudo", de 1982, aparece uma primeira versão do tema que iria marcar a sua carreira.

Em 1983 vence o XX Festival RTP da Canção, realizado na cidade do Porto, com "Esta Balada Que Te Dou". É aí que conhece a locutora Valentina Torres que foi a apresentadora do festival desse ano.

Foram feitas versões do tema em inglês ("When Love Has Gone", adaptação de Mike Sergeant), francês ("Ce Soir Je Chante", Kris Kopke) e alemão ("Dieses Lied Ist Mein Geschenk Am Dich", Jan Van Djck). O tema foi editado em 17 países e gravado por alguns nomes estrangeiros.

Em 1984 lança os singles "Mais Uma Canção" e "Amor Até Ao Fim".

O single "No Teu Abraço" foi editado pela Materfonis em 1986.

Armando Gama começa a cantar a duo com a sua esposa, Valentina Torres, com quem lança vários discos.

Em 1992 concorre ao XXX Festival RTP da Canção com o tema "Se Eu Sonhar".

Foi editada uma compilação de Armando Gama na série "Clássicos da Renascença" editada pela Movieplay em colaboração com a Rádio Renascença.

Em 2006 apresenta-se ao vivo com o espectáculo "Armando Gama o 5º Beatle". Grava um DVD experimental, com banda, a 13 de Maio, no Teatro Sá da Bandeira, em Santarém.

DISCOGRAFIA
Quase Tudo (LP, RT, 1982)

SINGLES
Miúda Funky/Não Vou Por Aí (Single, Polygram, 1981) [Armando Gama e os Cânone]
Esta Balada Que Te Dou/Jô (Single, RT, 1983)
Mais Uma Canção/Um Show Grandioso (Single, RT, 1984)
Amor Até Ao Fim/Cantor Popular (Single, RT, 1984)
No Teu Abraço/Qualquer Coisa (No Coração) (Single, Materfonis, 1986)
Adoro Chopin/Tele-Fonema (Single, Discossete, 1987)

COMPILAÇÕES SE
Clássicos da Renascença - Vol. 46 (Compilação, Movieplay, 2000)

[Armando Gama e Valentina Torres]
Mona Lisa (Máxi-Single, Materfonis, 1986)
O Violino da Carolina/Sonho de Natal (Single, Discossete, 1988)
Maria Linda/Sim Ou Não? (Single, Discossete, 1989) 
Menina Agarra O Rapaz/Sempre Apaixonados (Single, Discossete, 1990)
Portugal Amor e Mar (CD, Discossete, 1993)
Cenas do Casamento (CD, Espacial, 1996)
Tu Tens Outra (CD, Espacial, 1998)

NO RASTO DE...
A solo armando Gama gravou um LP, cinco singles e um cd. Lançou depois vários discos com a sua esposa Valentina Torres. Em 2006, depois de alguns anos de paragem, foi comunicado a assinatura do duo com a editora Mundial.

Armando Gama é presença habitual no Casino do Estoril desde 1999 .

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Cantores dos Anos 80 - Billy Ocean

NOME: Ocean, Billy (Leslie Sebastian Charles)
DATA DE NASCIMENTO: 21.01.50
NATURALIDADE: Fyzabad - Trinidad e Tobago
RESIDÊNCIA: Berkshire - Inglaterra
ÊXITOS: 'Caribbean Queen', 'Loverboy', 'Suddenly', 'When the going gets tough, the tough gets going','There'll Be Sad Songs (To Make You Cry)', 'Get Outta My Dreams, Get Into My Car'.


No final da década, decidiu levar ao colo os seus filhos, ainda pequenos, enquanto colhia os lucros de uns quantos Best Of que foram sendo editados.

Ainda a viver em Inglaterra, longe do tempo em que se deixou levar pelas drogas, estava cada vez mais espiritual e não perde uma oportunidade de agarrar na enxada e no ancinho e fazer da jardinagem, o seu hobby de eleição.

Continua na sua vida, mas de uma forma que nada tem a ver com o homem que desfilava de descapotável, em grande estilo, ao som de 'When the going gets tough, the tough gets going'. 

Fez parte da 'Ebony Steel Orchestra', uma banda que só toca em festivais de rua, e onde todos tocam o mesmo instrumento: um tambor, típico das Caraíbas, todo feito em aço. Todos, menos um! Billy Ocean escolheu a flauta de pan!

E escolheu outra imagem: cabelo branco, cheio de rastas, disfarçado de louro.
Sim, é mesmo Billy Ocean!

domingo, 11 de agosto de 2013

António Variações

António Joaquim Rodrigues Ribeiro, filho de camponeses minhotos, desde muito cedo revelou propensão para a música. Nascido em 3 de Dezembro de 1944, abandonou a sua aldeia natal (Lugar do Pilar, freguesia de Fiscal) em 1957 e foi para Lisboa, onde se dedicou a várias actividades profissionais desde empregado de escritório até barbeiro.

Em 1975 viaja até Londres, onde fica durante um ano e parte, depois para Amsterdão onde aprende a profissão de cabeleireiro. Esta aprendizagem servir-lhe-á para se instalar, novamente, na capital portuguesa; onde se estabelece com o primeiro cabeleireiro unissexo de Portugal. Esta actividade não resulta muito bem e, para ganhar a vida, abre uma barbearia na Baixa lisboeta.

Em 1978 grava uma maqueta com alguns temas, que apresenta à Valentim de Carvalho, com a qual assinará contrato.

Na sua própria descrição a música que produz situa-se entre Braga e Nova Iorque. É no programa "O Passeio dos Alegres" de Júlio Isidro que António se apresenta ao grande público (1). Os temas que cantou nessa emissão chamavam-se "Toma O Comprimido" e "Não Me Consumas" e ainda permanecem inéditos, uma vez que nunca foram registados em disco.

O primeiro trabalho que gravou foi o single "Povo Que Lavas No Rio", imortalizado por Amália Rodrigues (2). 

Amália era, aliás, uma das suas referências, que teve direito a uma canção de Variações ("Voz Amália de Nós"). O seu primeiro longa duração "Anjo da Guarda" (3) é também dedicado à popular fadista.

Neste disco participam Vítor Rua (com o pseudónimo Vick Vaporub) e Tóli César Machado, músicos dos GNR. Quem não recorda " É P'ra Amanhã" ou "O Corpo É Que Paga"? (4)

Durante o Verão de 1983 Variações é muito solicitado para espectáculos ao vivo, sobretudo em aldeias por este país fora.

Em Fevereiro do ano seguinte, António Variações entra em estúdio com os músicos dos Heróis do Mar para gravar o seu segundo longa duração que se intitulará "Dar e Receber".(5) O tema mais conhecido deste disco é, sem sombra de dúvidas, "Canção De Engate" que, posteriormente, se tornará um imenso sucesso numa versão dos Delfins.

Em Maio desse mesmo ano dá entrada no Hospital e, no dia 13 de Junho de 1984, morre em consequência de uma broncopneumonia bilateral grave. Será sepultado, dois dias depois, no cemitério de Amares (Braga), perto da sua aldeia natal, com a presença de poucos músicos acompanhando o funeral.

Com a sua morte desaparece um dos maiores renovadores da canção portuguesa das últimas décadas.

No entanto o seu espólio musical foi sendo aberto e Lena d'Água edita, em 1989, o disco "Tu Aqui" que inclui cinco composições inéditas de António Variações. (6) 

Em Janeiro de 1994 é editado um disco de homenagem a António Variações que reúne, em torno de versões do cantor, os nomes de Mão Morta, Três Tristes Tigres, Resistência, Sitiados, Madredeus, Sérgio Godinho, Santos e Pecadores, Delfins, Isabel Silvestre e Ritual Tejo.

Isabel Silvestre incluirá no seu disco de 1996 "A Portuguesa" o tema "Deolinda de Jesus" de Variações. Este tema, uma sentida homenagem de Variações à sua mãe (que se chama exactamente Deolinda de Jesus) é o contraponto de qualidade a todas as "Mães Queridas" e quejandos deste país.

Em 1997 é editado o CD "O Melhor de António Variações", o qual recupera material editado em todos os seus discos.

Em 2006 é editada a compilação "A História de António Variações - Entre Braga e Nova Iorque".

Se Variações não tivesse desaparecido tão precocemente, a música portuguesa seria diferente? Esta é a interrogação que se impõe, tendo em conta o que o cantor/autor fez, em tão pouco tempo, pela música portuguesa.

ARISTIDES DUARTE / NOVA GUARDA
(1) Em 1980 o programa "Meia de Rock" da Renascença grava a canção "Toma O Comprimido" em casa do cantor e toca-a na rádio. No ano seguinte, António & Variações (o nome da banda que o acompanhava), cantam a canção no programa "O Passeio dos Alegres" de Júlio Isidro (um dos clientes da barbearia). O cantor apresentou-se na TV vestido de aspirina e lançando "smarties" para o público e para as câmaras...

(2) O contrato com a Valentim de Carvalho datava de 1977. O irmão, o advogado Jaime Ribeiro, pressiona a editora que acaba por vergar e António Variações entra finalmente em estúdio para gravar o seu primeiro disco. O single (e Máxi) de estreia, lançado em Julho de 1982,  incluía uma versão do clássico "Povo que lavas No Rio" e o inédito "Estou Além".

(3) Em 1998 o disco foi reeditado, em versão remasterizada, com a inclusão de "Povo Que Lavas No Rio".

(4) Disco com arranjos e produção de Tóli César Machado e Vítor Rua substituído posteriormente por José Moz Carrapa. A mudança corresponde também à saída de Vitor Rua dos GNR após uma pausa nas gravações do disco.

(5) A edição em versão remasterizada de "Dar e Receber" inclui o inédito "Minha Cara Sem Fronteira" (gravado nas sessões de gravação do disco) e duas remisturas desse tema.

(6) A versão em CD do álbum "Tu Aqui" de Lena d'Água inclui cinco temas inéditos e recupera a versão  do tema "Estou Além" incluída no álbum "Aguaceiro".

DISCOGRAFIA
Anjo da Guarda (LP, EMI, 1983)
Dar e Receber (LP, EMI, 1984)
O Melhor de António Variações (Compilação, EMI, 1997)
A História de António Variações - Entre Braga e Nova Iorque (Compilação, EMI, 2006)

SINGLES
Povo Que Lavas no Rio / Estou Além  (Single, EMI, 1982) - duplo lado A
Povo Que Lavas no Rio / Estou Além  (Maxi, EMI, 1982)
É P'ra Amanhã (Maxi, EMI, 1983)
É P'ra Amanhã/Quando Fala Um Português (Single, EMI, 1983)OCEQP
O Corpo É Que Paga (Single, EMI, 1997) - É P'ra Amanhã (remistura de Nuno Miguel)

REFERÊNCIAS/HOMENAGENS
O álbum "Tu Aqui" de Lena d'Água, editado em 1989, incluía cinco temas inéditos.
Anamar -"António Variações"
Madredeus - "A Sombra"
"A Festa da Música de Variações" - Espectáculo de  Fernando Pereira 
Versões (Delfins, Amarguinhas, Isabel Silvestre, M.D.A., etc...)
Disco de tributo
Documentário de Maria João Rocha
Concerto AVariações
Projecto Humanos

COMENTÁRIOS
Gostava de dar e receber, o António. O António Joaquim Rodrigues Ribeiro, o que nasceu no Minho, em 1945. Mas também o António Variações, que subia a rua do Carmo na década de 80, em Lisboa, e fazia os transeuntes virar-se para trás por causa de uma imagem peculiar. Barbas longas e roupas extravagantes aos olhos da maioria. Mas o António não queria saber. Procurava a provocação como forma de afirmar a sua independência. A sua identidade. Mas isso era partir do pressuposto que era uma personagem, coisa que não é verdade. Era genuíno, o António. Era como era. Na música foi um dos melhores. Tinha uma voz peculiar, mas era mais do que isso. Era aquela forma de apelar à memória colectiva, a uma certa tradição da música portuguesa, e mesmo assim produzir uma sonoridade profundamente modernista. De tal forma que, depois daquela madrugada de 14 de Junho de 1984, a sua música continua a manter a mesma pertinência. O álbum "Dar e Receber" foi agora reeditado - contém um inédito e duas remisturas inúteis - e quem não acreditar, faça favor de o ouvir. (Vitor Belanciano/Público)

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Curiosity Killed The Cat



NOME: Curiosity Killed The Cat
ORIGEM: Inglaterra
ÊXITOS: 'Misfit'; 'Down to Earth'; 'Hang On in Their Baby'



Os Curiosity Killed The Cat apareceram do nada, de repente... e deram nas vistas! Uma banda com 5 meninos bonitos a dar motivo às meninas para os colaremà parede do quarto! Ben Volpiere-Pierrot; Julian Brookhouse; Nicholas Trop; Michael Drummond e Toby Anderson. 

Quando lançaram o primeiro disco, em 1986, 'Misfit', nem todos deram pela sua presença até ao dia em que Andy Warhol, uma das maiores figuras da arte pop, se assumiu como grande fã da banda! Aí sim, a música conquistou lugares de destaque nos Top's. 

Porquê 'Curiosity Killed The Cat'? Nem eles sabem! Inicialmente, o nome até surgiu como nome para uma das primeiras músicas que escreveram. Só depois é que optaram por usá-lo como nome da banda. 

'Down to Earth' é a música que se destacou do segundo álbum, ao ficar entre as dez mais da tabela de vendas do reino Unido. Já em 1992, 'Hang On In There Baby' ainda fez melhor: posicionou-se no 3º lugar. 

Apesar dos bons resultados, os 'Curiosity Killed The Cat' desapareceram da cena musical até 2001, o ano em que se juntaramà tournée 'Here and Now'.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

António Pinho Vargas

António Pinho Vargas nasceu em Vila Nova de Gaia, em Agosto de 1951.

Colabora com os A Grelha, grupo de rock do Porto. Em 1970 fundou, com Carlos Zíngaro e Jorge Lima Barreto, a Associação de Música Conceptual. 

Com Lima Barreto e Artur Guedes faz parte do Anar Jazz Trio. Com Artur Guedes, José Nogueira e Pedro Cavaco forma os Abralas (1975/77).

Licencia-se em História pela Faculdade de Letras do Porto. Foi professor de História nos anos de 1975 e 1976. Tira o curso superior de Piano do Conservatório de Música do Porto. Enfrenta os anos 70 com algumas dificuldades pessoais pelo facto de querer ser músico de jazz. 

Colabora com o  grupo de jazz Araripa de João Heitor e José Eduardo. Com este grupo participa, em 1976,  nas gravações do álbum "Malpertuis" de Rão Kyao. Participa também no disco "Bambu" de Rão Kyao, editado em 1978.

Ainda com José Nogueira faz parte do grupo de jazz-rock instrumental Abralas (ex-Zanarp). Os dois músicos fazem também parte da primeira formação dos Jáfumega. Durante algum tempo integra os Arte & Ofício com quem grava, em 1979, o álbum "Faces". Sai do grupo em 1982.

Entra para a Banda Sonora de Rui Veloso com quem grava o álbum "Fora de Moda". 

Em 1982 fez parte do Quarteto de Rão Kyao juntamente com Mário Barreiros e José Eduardo. Participa nas gravações do álbum "Ritual" de Rão Kyao. Nesse ano frequenta os cursos de Emmanuel Nunes.

Em 1983 grava o seu disco de estreia, "Outros Lugares". O Quarteto que gravou o disco incluía ainda Mário Barreiros, Pedro Barreiros e José Nogueira. 

Em 1984 volta a colaborar com Rão Kyao participando nas gravações do álbum "Estrada da Luz" .

O seu segundo álbum, "Cores e Aromas", é editado em 1985. O Quarteto que gravou o disco é o mesmo do seu disco de estreia.

Em 1987 é lançado o disco "As Folhas Novas Mudam de Cor".  O disco vende mais de 9.000 exemplares e atinge o top 10 de vendas. Nesse ano faz a banda sonora da peça "Hamlet", de William Shakespeare, com encenação de Carlos Avilez. Vai para a Holanda, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian,  estudar composição com o compositor Klaas de Vries.

Em 1988 compõe a música para o filme "Tempos Difíceis" de João Botelho pela qual recebeu o Prémio do Instituto Português de Cinema para a melhor música de Cinema. Também fez as bandas sonoras dos filmes "Uma Pedra No Bolso" (1988) e "Onde Bate o Sol" (1989) de Joaquim Pinto. 

Em Abril de 1989 é editado o álbum "Os Jogos do Mundo". Além de António Pinho Vargas participaram os instrumentistas José Nogueira (saxofones), Mário Barreiros (bateria), Quico (sintetizadores), Pedro Barreiros (contrabaixo) e Rui Junior (tablas e percussão).

Diplomou-se em Composição no Conservatório de Roterdão em 1990. A partir da sua passagem pela Holanda passa a dedicar-se principalmente à composição erudita contemporânea.

Em 1991 é lançado o disco "Selos e Borboletas" que foi canditado ao Prémio José Afonso. Neste ano inicia actividade de professor de Composição na ESM (Escola Superior de Música) de Lisboa. Trabalha com Amália num trabalho que não chegou a ser publicado devido a um problema de direitos com os herdeiros da poetisa Cecilia Meireles. Tinha outros projectos com a fadista mas que não chegaram a ser concretizados.

Em 1993 retoma a colaboração com João Botelho e Carlos Avilez para quem faz a banda sonora do filme "Aqui na Terra" e da peça "Ricardo II", respectivamente.

Nesse ano compôe "Monodia - Quasi Un Requiem", composição para quarteto de cordas. No ano seguinte é a vez de "Três Quadros para Almada" e "Nocturno\Diurno".

O CD "Monodia", gravado na Igreja da Cartuxa e no Estúdio A da RDP, foi editado, em 1995, pela EMI Classics. A edição contou com o apoio de Lisboa 94 - Capital Europeia da Cultura. Neste ano foi condecorado, pelo Presidente de República Portuguesa, com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique.

É o autor da obra "Nove Canções de António Ramos Rosa", para canto e piano.

Em 1996 é editado o álbum "A Luz e a Escuridão". O disco conta com a participação da cantora Maria João e do saxofonista José Nogueira.

Faz a banda sonora do filme "Cinco Dias, Cinco Noites" de José Fonseca e Costa. Por essa banda sonora recebe o prémio da melhor música do Festival de Cinema de Gramado (Brasil).

Apresentou, em 1996, na Culturgest, a ópera de câmara "Édipo - Tragédia do Saber", a partir de textos de Pedro Paixão.

A EMI-Valentim de Carvalho lança em 1998 a colectânea "As Mãos, O Melhor de António Pinho Vargas. O quarteto de cordas "Monodia - Quasi Un Requiem" foi tocado pelo Quarteto Artis de Viena e incluído no CD "Quartet Portuguese Chamber Music" do Arditti String (edição Etcetera Records).

Escreve a ópera "Três Versos de Caeiro" e "Os Dias Levantados", ópera em dois actos sobre o 25 de Abril, com libreto de Manuel Gusmão.

O CD "Versos" foi editado, em 2001, pela Strauss, com o apoio do IPAE. É também o autor da música do filme " Quem És Tu?" de João Botelho.

Em Novembro de 2001, desloca-se a Londres onde é um dos participantes no festival Atlantic Waves 2001. A compilação "Exploratory Music from Portugal 01" inclui "3rd Movement from "Trés Versos de Caeiro".

A Culturgest organizou um Festival António Pinho Vargas, entre 16 de Fevereiro e 6 de Março de 2002, com a maior parte da sua obra. Foi feito o documentário "António Pinho Vargas, notas de um compositor", encomenda da Culturgest, LxFilmes e RTP, com realização de Manuel Mozos e Luís Correia. A obra "Judas", resultado de uma encomenda do Festival de Música Sacra, foi estreada em Viana do Castelo.

A Afrontamento editou, ainda em 2002, o livro "Sobre Música" com sete ensaios e uma recolha de textos e entrevistas. 

É um dos membros fundadores da direcção artística da OrchestrUtópica formada em 2003. Participa também no disco "Movimentos Perpétuos - Música Para Carlos Paredes" com o tema "Dois Violinos para Carlos Paredes".

Em Fevereiro de 2004 é editado o CD com a gravação da ópera "Os Dias Levantados", realizada em 6 de Março de 2002, na Culturgest.

DISCOGRAFIA
Outros Lugares (LP, VC, 1983)
Cores E Aromas (LP, EMI, 1985)
As Folhas Novas Mudam De Cor (LP, EMI, 1987)
Os Jogos do Mundo (LP, EMI, 1989)
Selos e Borboletas (CD, EMI, 1991)
Monodia (CD, EMI Classics, 1994) 
A Luz e a Escuridão (CD, EMI, 1996)
As Mãos - O Melhor de António Pinho Vargas (Compilação, EMI, 1998)
Versos (CD, Strauss, 2001)
Solo (2CD, DFIE, 2008)
Solo II(2CD, DFIE, 2009)

COMENTÁRIOS
«Eu toquei rock em baile de finalistas, toquei e toco jazz, toquei com a Amália, o Carlos do Carmo, o Vitorino. Num dado momento comecei a trabalhar também noutra área, com possibilidades permanentes de trabalho. Julgo que o status da música erudita portuguesa nunca terá deixado de olhar para mim como aquele rapaz que veio do jazz e que agora compôe umas coisas contemporâneas e tal. É uma marca que transporto comigo, nada a fazer.» APV/DNA

«Uma das coisas escritas sobre mim que mais me comoveu foi 'O homem que fez com que começasse a ser possível falar de jazz português'. A minha vida como músico de jazz nos anos 80 foi relativamente semelhante ao que está a ser agora na música erudita. Também aí achavam que aquilo não era bem jazz...» APV/DNA

«Posso dizer que aprendi a não ter complexos de superioridade em nenhum momento. Aprendi a respeitar a diversidade, aprendi que um rapaz de 18 anos pode pegar num PC e ser mais criativo do que um estudante do conservatório que anda a ver se consegue tocar igual ao pianista X ou Y. É bom que a atenção seja recíproca, ou seja, que as tribos da pop, do rock, do metal ou da electrónica, não se fechem demasiado com base num complexo qualquer e perceba que o mundo é mais diverso do que aquilo que pensam. A mensagem fundamental é estar atento à diversidade do Mundo!» APV/Divergências (2004)

NO RASTO DE...
Lecciona Composição na Escola Superior de Música de Lisboa.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

António Emiliano

António Henrique de Albuquerque Emiliano nasceu, no dia 25 de Janeiro de 1959, em Lisboa.

Desde cedo dedicou-se aos estudos musicais tendo mesmo frequentado o Conservatório Nacional de Lisboa. Aos 17 anos abandonou esses estudos optando por uma prática musical mais criativa tendo chegado a fazer parte de uma das formações do conhecido grupo Beatnicks.

Nos anos de 1977 e 1978 frequentou o 1º ano da Licenciatura em Engenharia Electrotécnica do Instituto Superior Técnico, da qual desistiu inscrevendo-se na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Em 1982 licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas (Estudos Portugueses e Ingleses).

Foi um dos músicos participantes no disco "Sonho Azul" de Né Ladeiras. Em 1983 e 1984 colaborou em vários espectáculos realizados no Frágil por Anamar e Luís Madureira.

Em 1985 produziu o disco "Em Pessoa" de José Campos e Sousa, com textos de Fernando Pessoa. Foi nesse ano que iniciou publicamente a sua actividade de criação musical fazendo a banda sonora da peça "Teatro de Enormidades Apenas Críveis à Luz Eléctrica", espectáculo baseado em textos de Aquilino Ribeiro, concebido por Ricardo Pais, Olga Roriz, Luís Madureira e António Emiliano, com cenografia e figurinos de António Lagarto, pelo qual recebeu o Prémio da Crítica para Melhor Música de Teatro.

Em 1986 foi o autor da música do bailado "Espaço Vazio" (com coreografia de Olga Roriz), das bandas sonoras dos filmes "Repórter X" de José Nascimento (onde também entra como actor) e "Duma Vez Por Todas" de Joaquim Leitão (pelas quais recebeu mais tarde o Prémio de Música do Instituto Português de Cinema) e ainda da peça "Anatol" com encenação de Ricardo Pais. Com Nuno Rebelo e Emanuel Ramalho formou os Vors Trans Vekta que duraram pouco tempo. Assinou ainda a produção e arranjos do disco "Na Vida Real" de Sérgio Godinho que viria a vencer o Se7e de Ouro 86 para Disco de Música Popular.

A edição da banda sonora do filme "Repórter X" de José Nascimento com música de António Emiliano e participação de Anamar, Sérgio Godinho e Rui Reininho esteve prevista para ser editada pela Ama Romanta.

Recebeu o Prémio da Crítica para Melhor Música de Teatro, pelo espectáculo "Anatol".

Em 1987 compôe a música do bailado "Treze Gestos de Um Corpo" de Olga Roriz. Produziu ainda os discos "Aguaceiro" de Lena d'Água e "Negro Fado" de Vitorino. Volta a colaborar com Luís Madureira.

Em 1988 fez a banda sonora do filme "A Mulher do Próximo" de José Fonseca e Costa e de "Voltar" de Joaquim Leitão.

"Gahvoreh", a primeira obra de Gagik Ismailian para o Ballet Gulbenkian, sobre uma música original de António Emiliano, foi estreada em Julho de 1988.

Foi também o autor da banda sonora da peça de teatro "FAUSTO. FERNANDO. FRAGMENTOS", uma encenação de Ricardo Pais para o Teatro Nacional D. Maria II. Recebe o Prémio Garrett especial de música.

Os discos "Fausto Fernando Fragmentos" e "Gahvoreh" foram editados em 1989 pela Transmédia. No entanto a editora foi à falência pouco tempo depois.

Assina a música de "Ad Vitam", com coreografia de Paulo Ribeiro, e de "Estranhezas", com coreografia de Paula Massano.

Recebe o Prémio Garrett 1989 Especial de Música (da Secretaria de Estado da Cultura) para o espectáculo "Fausto. Fernando . Fragmentos" e o Se7e de Ouro 89 para Disco de Música Instrumental Contemporânea para os discos "Gahvoreh" e "Fausto. Fernando . Fragmentos".

Em 1990 volta a colaborar com Joaquim Leitão, em dois filmes da série "Love At First Sight", e com José Fonseca e Costa no filme "Os Cornos de Cronos".

Faz a banda sonora do filme "Ao Fim da Noite" (1991) de Joaquim Leitão.

É o autor da semi-ópera "Amor de Perdição", com encenação de Ricardo Pais e coreografia de Olga Roriz, estreada em Novembro de 1991 no Teatro Nacional de São Carlos. A obra foi apresentada no Théâtre Royal de La Monnaie, em Bruxelas, por ocasião da Europália '91.

Em 1993 produziu a faixa "Matar Saudades" incluída na reedição do disco "Banda do Casaco Com Ti Chitas". Colabora na coreografia "The Seven Silences of Salome", estreada em Londres por ocasião da reabertura do Savoy Theatre de Londres. O espectáculo recebeu o Time Out Award para melhor bailado do ano.

Em 1994 assina a banda sonora do filme "Uma Vida Normal", novamente de Joaquim Leitão.

Por ocasião das comemorações do centenário do Infante D. Henrique colabora na "Miscelânea de Garcia de Resende", com encenação e dramaturgia de Rogério de Carvalho, que foi apresentada na Culturgest.

Assinou a banda sonora da "Tragicomédia de D. Duardos", de Gil Vicente, com encenação de Ricardo Pais, apresentada em 1996 no Teatro Nacional S. João.

Suspendeu a actividade artística em 1996 para se dedicar exclusivamente à docência e à investigação em Linguística.

Retomou a actividade artística em 2005. Em 2006 assinou a banda sonora do filme "20,13" de Joaquim Leitão.

DISCOGRAFIA
Fausto Fernando Fragmentos (CD, Transmédia, 1989)
Gahvoreh (CD, Transmédia, 1989)

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Cantoras dos Anos 80 - Belinda Carlisle

NOME: Belinda Joe Carlisle
DATA DE NASCIMENTO: 17-08-1958
ORIGEM: EUA - Hollywood
ÊXITOS: 'Mad about you' (1986); 'Heaven is a place on earth' (1987); 'I Get Weak' (1988); 'Circle in the sand' (1988); 'La Luna' (1989); 'We want the same thing' (1990); 'Live your life be free' (1991)


Fundadora da banda feminina de new wave 'The Go-Go's', uma das bandas mais bem sucedidas dos Estados Unidos no início dos anos 80. Já nasceu no sítio certo para ser uma estrela ­Hollywood. É a primeira filha de uma família de 7 irmãos, já na Escola liderava a claque de cheerleaders e, apenas com 19 anos, saiu de casa convicta de que a música era o seu futuro. 

Teve a sua primeira aventura como baterista de uma banda punk e, de seguida, formou as Go Go's. Entre 1981 e 1984 gravaram três discos, mas o primeiro foi o que conseguiu um êxito maior, muito por culpa das músicas Beauty and the Beat e We Got the Beat. 
Foi em 84 que Belinda fez uma incursão no cinema como atriz no filme 'Swing Shift' e, pouco depois, participou na banda sonora do filme 'Vision Quest'. As Go-Go's separaram-se em 1985 e Carlisle avançou numa carreira a solo. Depois de cinco anos de 'excessos' com as Go Go's, Carlisle passou por um período de recuperação física e reapareceu mais feminina, mais moderna, e até mais jovem. Começou por chamar a atenção com a música Mad about you e, em 87, Heaven is a place on earth conquistou o 1º lugar nos Top's dos Estados Unidos, Reino Unido e muitos outros países, incluindo Portugal. Do mesmo álbum, o 2º single, I Get Weak também subiu às primeiras posições das tabelas mundiais. Já no terceiro disco, Circle in the sand foi a música que teve maior destaque. 

A esta altura, a sua popularidade já era de tal maneira que encheu o Estádio do Wembley, em Londres, para um concerto em 1988. Imparável, no ano seguinte, mais dois grandes êxitos: La Luna e (We Want) the same thing. Já no início dos anos 90, a música Live Your Life Be Free, do seu quarto álbum, foi um grande sucesso na Europa. 
Belinda Carlisle é casada, tem um filho e quando tinha 42 anos provou o quanto continua em forma ao aparecer na revista Playboy. Em 2010, lançou uma auto-biografia.

domingo, 21 de julho de 2013

Ana Paula Reis

Ana Paula Reis é filha da cantora Teresinha Reis e de Zuzarte Reis (o responsável pela rubrica "Repórter da História" da Rádio Renascença).

Durante vários anos foi locutora da RTP. 

Em 1984 gravou o Máxi-single "Utopia". O disco, em vínilo branco, incluía duas versões - a versão pequena e a versão grande - do tema "Utopia". O tema tinha letra de Ana Paula Reis que também produziu o disco em conjunto com Paulo Neves. A base instrumental foi gravada na Holanda e a música é da autoria de A. Larson e F. Martens.

Em 1985 foi editado o álbum "De Mim Para Ti" com produção de Zé da Ponte e Guilherme Inês. O disco incluía os temas "Espelho Meu", "Os Pontos Nos Is", "Amolador", "De Mim" e "Atina". 

Foi lançado um Máxi-single com os temas "Espelho Meu" e "De Mim...".

Em 2006 foi convidada no programa "Canta Por Mim" da TVI onde foi um dos nomes que chegou à final.

DISCOGRAFIA
Utopia (Máxi, Rádio Triunfo, 1984)
De Mim Para Ti (LP, Rádio Triunfo, 1985)

NO RASTO DE...
Ana Paula Reis casou-se com Domingos Piedade e foi viver para a Alemanha. Neste momento regressou a Portugal onde exerce psicologia.