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terça-feira, 26 de abril de 2022

Tema instrumental dos Metallica ganha letra escrita e cantada por fã

'The Call of Ktulu', que encerra o álbum “Ride the Lightning”, ganhou uma versão bem diferente da original

Um fã dos Metallica escreveu uma letra e cantou-a sobre um dos temas instrumentais mais populares da banda norte-americana, 'The Call of Ktulu'.

O tema, presente em "Ride the Lightning", foi inspirado por uma obra do escritor H.P. Lovecraft, mas essa costela literária não lhe valeu uma letra - até hoje.

O fã em questão, conhecido como Less, enviou o seu trabalho à "Loudwire", que lhe deu um merecido destaque. A letra para 'Call of Ktulu' conta com quase 350 palavras, e funciona como conto baseado na abominação criada por Lovecraft. Ouça aqui a nova versão de 'The Call of Ktulu':

https://www.msn.com/pt-pt/noticias/ultimas/tema-instrumental-dos-metallica-ganha-letra-escrita-e-cantada-por-f%C3%A3/ar-AAWz1Ne?ocid=EMMX&cvid=9be26b5fe5d84741b0b08cf2de509279

segunda-feira, 25 de abril de 2022

Henry Fonda


A familia Fonda está intimamente ligada à história do cinema nos últimos oitenta anos. Apesar de todas as polémicas que o envolveram ao longo da careira, Henry Fonda soube sempre manter-se igual a si mesmo. Antes de morrer teve a justiça que merecia.
"Hank" Fonda chega em 1935 a Hollywood. Partilhava um quarto com James Stewart enquanto tinha aulas de representação com a mãe daquele que viria a ser Marlon Brando. Pelo meio fica um passado cheio de casos, o mais famoso dos quais foi o polémico casamento com Margaret Sullavan. Teve o seu primeiro grande papel em 1937 no filme You Only Live Once de Fritz Lang. A sua carreia continuou a progredir nos anos seguintes, com presenças em filmes como Jezebel e Drums Along the Mohawk. Em 1939 é um inesquecivel Abraham Lincoln em Young Mr Lincoln. O filme marca o inicio da colaboração com John Ford que irá acabar abruptamente no set de Mister Roberts, em 1955, quando Ford soca Fonda após uma violenta discussão.
Em 1940 é Tom Joad na inesquecivel adaptação de The Grapes of Wrath de John Steinbeck. O filme foi altamente censurado à época o que impediu Fonda de vencer o seu primeiro óscar. Só voltará a ser nomeado quarenta e um anos depois.
Trabalha com Lang de novo em The Return of Frank James e com Wellman em The Box-Ow Incident. É perfeito no seu terceiro filme com Ford, My Darling Clementine, como Wyatt Earp e volta a trabalhar com o realizador em Forte Apache e Mister Roberts. Acabada a união com Ford, enveredra pelo drama em War and Peace, passa pelas mãos de Hitchock em The Wrong Man e produz e representa de forma sublime 12 Angry Men. A sua presença nos palcos é constante e apesar de regressos ao cinema em filmes como Warlock, The Longest Day ou How the West Was On será em 1968, como vilão em Once Upon a Time in the West que Fonda volta ao seu melhor. Por essa altura corta relações com a polémica filha, Jane Fonda, e começa a sentir-se doente. Passa os anos 70 na televisão e em 1980 recebe um óscar honorário. Em 1981 junta-se a Khatarine Hepburn e à filha Jane Fonda, com quem faz as pazes, em On a Golden Pond. O filme é um relativo sucesso e já ás portas da morte torna-se o mais velho vencedor de um óscar, com 75 anos. Não consegue receber o óscar em Hollywood porque já está acamado. Nunca mais se irá levantar, morrendo nesse ano para tristeza de muitos amantes de cinema.

quarta-feira, 20 de abril de 2022

Russel Crowe

No inicio era um brutamontes que passeava por Hollywood. Hoje é um dos mais respeitados actores de cinema, e um dos maiores nomes da sua geração. Que transformação houve neste australiano para saltar do 8 ao 80 em tão pouco tempo?

Nascido nos antipodas do mundo ocidental, na longinqua Nova Zelândia a 7 de Abril de 1964, hoje o seu nome é incontornável na industria cinematográfica.
Apesar de ser de origem neo-zelandesa, o jovem Crowe foi muito cedo viver para a vizinha Austrália. Razão pela qual muitos hoje o apelidam de australiano em vez de neo-zelandes. Os pais trabalhavam na industria cinematográfica e por isso desde muito cedo que ele também sonhou com um lugar ao sol. Teve uma infancia normal para um jovem dos anos 70 e deu os seus primeiros passos como actor em 1988 numa serie televisiva chamada Living With the Law. Depois disso conseguiu pequenos papeis no cinema local e tornou-se numa estrela em ascensão na Austrália com o seu desempenho em Romper Stompers. Nessa altura dividia o cinema com a sua banda de musica, da qual ainda é membro, os 30 Odd Foot Of Grunts.
Em 1994 o seu nome chegaria aos Estados Unidos pelo seu desempenho em Sum of Us.


Daí até ao estrelato ainda demoraria um bocado, mas Russel já se fazia notar. Encantou Sharon Stone que o escolheu para lutar contra Gene Hackman no delicioso The Quick and the Dead. Depois do seu sucesso no filme de Stone, chegou a altura de dividir o ecrãn com Denzel Washington (com quem lutaria durante dois anos seguidos pelo óscar) em Virtuosity. Mas o seu grande papel chegaria em 1997. O filme era o notável LA Confidential de Curtis Hanson e Crowe brilhou a alto nivel ao lado de Guy Pierce e Kevin Spacey. Aclamado por muitos como o melhor filme do ano, Crowe conseguiu tornar-se num nome consensual. Apesar de haver quem o visse apenas como um bruto vindo da Austrália. Os seus papeis em Breaking Up e Mistery, Alaska, apesar de muito bons, pareciam confirmar essa versão. Até que chegou 1999 e com ele The Insider. A critica rendeu-se ao seu notável desempenho e falou-se em óscar. Conseguiu a sua primeira nomeação mas saiu derrotado pelo amigo Spacey. No entanto a estatueta estava a caminho. No ano seguinte, no épico de Ridley Scott, Gladiator, encantou tudo e todos e consagrou-se como grande actor do virar de século. E pela primeira vez foi eleito o melhor entre os melhores.


Quando muitos pensavam que Crowe poderia deixar a sua carreira ir abaixo em filmes de menor impacto, ele responde com um notável desempenho em A Beautiful Mind. O filme venceu vários óscares mas a Academia não o premiou pelo segundo ano consecutivo por achar que era exagero. Preferiu dar o óscar a Denzel Washington, o grande derrotado por Crowe no ano anterior.
Ainda assim Crowe não baixou o seu nivel. No ano passado foi a estrela soberana de Master and Commander : The Far Side of the World, falhando apesar de tudo a nomeação. Era o recado da Academia. Já tinha tido a sua hora de glória que tão cedo não se repetirá. Mas Crowe faz orelhas moucas disso e continua a encantar com os seus grandes desempenhos. Cinderella Man, filme de Ron Howard, e Eucalyptus são as suas grandes apostas para atacar os óscares em 2005 e 2006. Resta saber se conseguirá convencer Hollywood de que ele é de facto um dos icones actuais do cinema. Quem o conhece e acompanha o seu trabalho há anos, diz que disso não há duvida.



sexta-feira, 15 de abril de 2022

Naomi Watts

Apesar de ter uma carreira já quase com duas décadas, só muito recentemente é que o mundo do cinema se rendeu ao talento desta bela britânica. Um talento que começou a despontar num filme cujo titulo ainda anda na boca do mundo...

Não, Naomi Watts não é lésbica, por muito estranho que isso possa parecer a meio mundo depois do seu explosivo desempenho em Mullolhand Drive. Mas também não é nenhuma rookie já que o seu primeiro papel no cinema data de 1986.
Mas tudo começou um pouco antes, a 28 de Setembro de 1968 numa vila do Sussex no sul de Inglaterra. Foi esse o dia que viu Naomi Watts chegar ao mundo, o primeiro marco numa vida até agora notável.
Apesar de ter nascido nas terras de sua majestade, a verdade é que desde muito nova foi viver para a Australia. Aí começou uma carreira de modelo ainda muito jovem, chegando facilmente á representação, primeiro em anuncios, e com 16 anos, num filme australiano de nome For Love Alone. Watts acabou por pertencer a uma geração de talentosos australianos onde pontificiva também Nicole Kidman que acabou por se tornar na sua melhor amiga depois de ambas terem partilhado um taxi após um casting a um anuncio de bikinis. Uma amizade que ainda hoje perdura. Em 1991 trabalhou com Kidman em Flirting e no ano seguinte iria dividir o ecrãn com outra jovem estrela australiana, Russell Crowe, em Brides of Christ.


Na Austrália Naomi Watts já era uma estrela com apenas vinte cinco anos de idade. Fez diversos filmes para a indústria local, incluindo exitos como Wide Sargasso Sea, Gross Misconduct ou Tank Girl. Mas a verdade é que eram pequenas produções de uma indústria fértil mas sem grande expressão. Por isso, sempre que podia, Watts tentava audições em Hollywood. E foi num desses dias que a sua sorte mudou. David Lynch ficou impressionado com o seu enorme talento e beleza que não teve dúvidas em escolhe-la para o papel principal do seu mais confuso e aclamado filme até hoje, Mullolhand Drive. O filme foi um sucesso retumbante na critica e todos se renderam ao talento de Naomi Watts. Nem a enorme polémica pelas suas cenas de amor lésbico com Laura Harding atrapalharam na sua consagração nos Estados Unidos. E logo numa das suas primeiras tentativas. Estava provado que ali havia actriz com A grande.


A fama que granjeou no filme de Lynch começou a dar dividendos no ano
seguinte quando foi escolhida por Gore Verbinski para protagonizar o hit de terror de 2002, The Ring. O filme teve um grande sucesso de bilheteira alargando a fama de Watts para outro genero de público. O ano seguinte provou ser ainda mais bem sucedido quando Watts fez parte de um triangulo dramático ao lado de Benicio del Toro e Sean Penn em 21 Grams, o aclamado filme de Alejandro Inarritu. Por esse brilhante desempenho Watts conquistou a sua primeira nomeação ao óscar, tendo no entanto sido derrotado pela sul-africana Charlize Theron. Injustamente para muitos.
Depois de ter feito Ned Kelly nesse mesmo ano, Watts voltou a ter muito trabalho em 2004 com excelentes desempenhos em filmes como We Don´t Live Here Anymore, Ring 2, I Heart Huckebees ou The Assassination of Richard Nixon.


A sua beleza estonteante e talento inquestionável fizeram dela uma das mais pretendidas actrizes de Hollywood. Muitos apostam que nos próximos anos a sua consagração será definitiva. Entrar em King Kong, o filme de Peter Jackson pós-Lord of the Rings pode ajudar, e muitos esperam que o seu nome se torna oscarizável com o passar dos anos. É que é raro aparecer assim de repente um talento tão grande como o que a bela anglo-australiana tem vindo a demonstrar nos últimos anos.

domingo, 10 de abril de 2022

Morgan Freeman


O mundo demorou a reparar em Morgan Freeman. Antes tarde do que nunca. Nos últimos vinte e cinco anos o actor afirmou-se como um dos maiores nomes da sua geração, um verdadeiro gigante da arte de representar. Só este ano a confirmação foi "oficializada" com o óscar, mas de Freeman já se ouve falar há algum tempo. Nos anos 60 começa a trabalhar no cinema e na televisão mas é a década de 80 que o confirma definitivamente. 

Em 1987 no filme Street Smart consegue uma surpreendente e merecida nomeação aos óscares e afirma-se como o actor negro de maior projecção. Imediatamente a seguir entra em Glory - filme que consagra o seu amigo Washington - e em Driving Miss Daisy, onde perde o óscar de principal para Day-Lewis. Os anos 90 ficam marcados por desempenhos memoráveis. Em 1992 está ao lado de Clint Eastwood no multi-premiado The Unforgiven. Seguem-se The Shawshank Redemption e Se7en que o tornam um dos actores mais populares do mundo.

Entretanto passou os anos seguintes em produções menores e regressa em 2004 no filme Million Dollar Baby em grande estilo, conquistando o já merecido óscar. A sua voz é de tal forma espantosa que foi contratado para a narração do documentário March of the Emperor e é hoje um dos rostos e vozes mais facilmente reconheciveis em todo o Mundo.

terça-feira, 5 de abril de 2022

Kevin Spacey


Com uma carreira marcada por altos e baixos, a curiosidade centra-se à volta do facto que os altos coincidem sempre com uma estatueta dourada. Não é regular, nem explosivo. Apenas cerebral e emotivo. É um dos nomes mais interessantes do cinema dos anos 90. É o homem que se apaixonou por rosas...

Nasceu a 26 de Julho de 1959 em South Orange, no estado de New Jersey com o nome de Kevin Spacey Fowler.
Sempre teve uma infancia conturbada. Depois de ter acidentalmente colocado a própria casa a arde, os pais enviaram-no para uma Academia militar onde foi expulso pouco depois por agredir um colega. Daí saltou para um liceu local - já vivia na Califórnia - onde conseguiu catalizar a sua tendencia violenta para a representação. Apaixonou-se pelos palcos e começou a entrar em peças amadoras com relativo sucesso. Indeciso, mudou de escola várias vezes, nunca tendo conseguido um diploma universitário. Estava ansioso por começar a trabalhar. Passou pela Broadway com sucesso, onde ganhou um Tony em 1991, e foi ao trabalhar com o seu mentor Jack Lemmon, que começou a ganhar vontade de dar o salto para o cinema.


Sempre preferiu papeis secundários a papeis principais por achar que assim tinha mais tempo para construir as suas personagens. E foi assim que moldou toda a primeira parte da sua carreira, desde a estreia em Heartburn até Glengarry Glenn Rose. A sua primeira grande consagração chegaria em 1995. Primeiro como serial-killer em S7ven e depois como Verbal Klint em The Usal Suspects. A sua notável construção de personagem valeu-lhe a primeira nomeação e vitória ao óscar de melhor actor secundário. A sua carreira estava agora em alta. Começou a trabalhar ao lado de grandes nomes como Al Pacino em Looking for Richard, e estreou-se como realizador em Albino Alligator, filme que recebeu boas criticas em 1996. O ano seguinte voltaria a mostrar um Spacey em grande forma no notável LA Confidential e ainda no filme de Clint Eastwood, Midnight in the Garden of Good and Evil.


Em 1999 teve o seu melhor ano de sempre. Abriu o ano a deixar a sua marca no Hall of Fame de Beverly Hills e fechou-o a receber o óscar de melhor actor pelo seu fabuloso desempenho em American Beauty. Era o ponto mais alto da sua carreira. Com uma personagem solta e extremamente interessante, Spacey construiu uma performance notável e chegou mesmo a ver algumas revistas a elegerem-no como o maior actor da década de 90.
Depois da consagração na noite dos óscares, Spacey esteve em destaque em K-Pax e The Shipping News. Seguir-se-iam anos dificeis com desempenhos menos aplaudidos em The United States of Leland e The Life of David Gale. No entanto um regresso estilo pode estar iminente, já que o seu mais recente trabalho, Beyond the Sea, tem andado nas cogitações de alguns para os óscares do próximo ano. O homem que sempre que é nomeado revela-se vencedor, poderá tornar-se num alvo a abater para os "jovens lobos" di Caprio, Foxx e Farrell.

sexta-feira, 1 de abril de 2022

Julliane Moore

É uma das mais talentosas actrizes do momento. Tem a carreira repleta de trabalhos absolutamente brilhantes, faltando a estatueta dourada como coroa de glória. Até esse dia chegar, o seu talento e a sua beleza são suficientes para nos mantermos fieis a cada filme que faça....

Nasceu a 3 de Dezembro de 1960 em Fayetteville, na Carolia do Norte. De ascendência escosesa, Julliane Moore sempre quis ser actriz e por isso foi estudar para Boston, onde se formou com 23 anos, em 1983. Depois disso mudou-se para Nova Iorque onde trabalhou durante anos a fio em peças de teatro na Broadway. Depois, em meados da década de 80, chegou a vez de passar pela televisão numa serie de telenovelas de horário nobre. Passando ainda pelos telefilmes, só com 30 anos se estreou no cinema. Foi no filme Tales from the Darkside: The Movie que se estreou. Durante a primeira parte dos anos 90 fez uma serie de papeis secundários em filmes como The Hand That Rocks the Cradle, The Gun in Betty Lou's Handbag ou The Fugitive. Foi na adaptação de Checkov, Vanya on 42nd Street, que pela primeira vez conseguiu explodir verdadeiramente. E em 1995, o ano seguinte, trabalhou pela primeira vez com Todd Haynes em Safe. A nomeação ao Indepedent Spirit confirmou todo o seu talento.


Na segunda metade da década a carreira correu melhor. Apesar de presenças em filmes como Jurassik Park II, foram em dramas que o seu talento se confirmou. Surviving Picasso é um exemplo mas o filme que fez com que a actriz ruiva explodisse de vez acabou por ser Boogie Nights, de Paul Thomas Anderson. A nomeação ao óscar indicou que finalmente Moore se começava a impor como actriz de pleno direito em Hollywood.
Até ao final da década as presenças em filmes como Big Lebowski ou Psycho ajudaram a manterem-na bem na ribalta. Em Magnolia a actriz foi brilhante mas acabou por ser num outro filme de 1999, The End of the Affair, que Moore conquistou a sua segunda nomeação ao óscar. E se o final dos anos 90 foi excelente, que dizer do inicio de um novo século?


Em 2001 Moore ficou com o papel que tinha dado o óscar a Jodie Foster em Hannibal. O filme não teve o mesmo impacto do primeiro mas mesmo assim confirmou-a como actriz para todos os generos. E em 2002 Julliane Moore fez história ao conseguir dupla nomeação ao óscar. Por uma performance secundária em The Hours, e pelo seu desempenho assombroso no seu segundo filme com Tom Haynes, Far From Heaven. O óscar de principal perderia para a sua colega em The Hours. O óscar secundário acabaria nas mãos de Marcia Gay Harden. E muitos clamaram por injustiça. Talvez por isso se pensa-se que The Forgotten poderia vir a ser o seu passaporte para a estatueta dourada. Mas o filme acabou por ser revelar um tremendo flop e Moore viu assim adiado o seu sonho. Agora com 45 anos, Moore prepara-se para mais uma fase prolifera da sua carreira com uma mão cheia de projectos para os próximos anos. A mais bela ruiva de Hollywood promete continuar em estilo. Nós estamos por cá para confirmar.

sexta-feira, 25 de março de 2022

Gary Oldman


É um dos actores mais versáteis da história do cinema. Encarna todo e qualquer tipo de papeis sempre com a mesma genialidade. Encarnou desde personagens históricas a homens excentricos, sempre convencendo tudo e todos do seu enorme talento. É provavelmente o actor mais sub-estimado da sua geração. Um pecado que ainda vai a tempo de ser remediado...

Gary Oldman traz em si toda a chama dos actores britânicos aliado a uma versatilidade tipicamente norte-americana. É o homem dos sete oficios. Já foi vilão, heroi, politico, compositor, musico e feiticeiro. Mas sempre com o mesmo toque de génio.

Nascido a 21 de Março de 1958 em Londres, Leonard Gay Oldman é o fiho tipico de Londres. Os pais eram gente humilde e Oldman só entrou mesmo numa fase avançada da sua aprendizagem como actor graças a uma bolsa de mérito. Foi então que no Rose Bruford Drama College começou a dar azo a todo o seu talento. Em 1979 recebeu um prémio de alto mérito pelos progressos desenvolvidos. Passou para o Greenwich Young People's Theatre onde começou a representar de forma continua. Daí até saltar para os teatros do East End foi um instante. Em 1985 venceu o Prémio Revelação e Prémio Melhor Actor do teatro londrino pela peça The Pope´s Wedding. Estava a hora de provar o seu valor no cinema.


E para primeiro papel nada como a mitica personagem da cena musical Sid Vicious no filme Sid and Nacy. Estavamos em 1986 e esta seria a primeira personagem histórica que iria encarnar de forma tão convincente que já não imaginamos a mesma personagem interpretada por outro actor.
Depois foi Joe Orton, o conturbado dramaturgo gay britânico em Pick Up Your Ears, ao lado de Alfred Molina, em 1987. Seguiram-se excelentes desempenhos em Track 29, Criminal Law, Chattachochee e Rosencratz and Guilderstern are Dead, filmes de 89 e 90. Era uma fase boa para Oldman que se começava a afirmar entre os demais. Antes de saltar para a fama como Lee Harvey Oswald, no mitico filme de Oliver Stone, esteve em estado de graça em State of Grace - notável performance ao lado de Sean Penn e Ed Harris - e ainda em Heading Home.
Mas foi de facto JFK que o catapultou para a fama. A viver o suposto assassino de presidente Kennedy, Oldman é uma das peças fortes do filme sem nunca ser demasiado extravagante. A sua omnipresença reforça ainda mais a sua poderosa interpretação. E a fama ali tão perto.


E depois de ser Oswald não há nada como viver Dráculo. Foi isso que Oldman pensou quando aceitou o convite de Francis Ford Copolla para ser a estrela do seu mais recente filme, The Bram Stoker´s Dracula. Um papel intenso, como habitual, e cheio de profundidade dramática, ou seja, tipico de um filho dos palcos.
Em 1993 Oldman fez apenas Romeo is Bleeding, filme sobre o sub-mundo da policia e as suas relaçoes com a mafia.
O ano seguinte provou no entanto ser o melhor da sua carreira.
Primeiro foi Stansfield, a nemesis de Jean Reno no sucesso de Luc Besson, The Professional. E nesse mesmo ano conseguiu o seu maior desempenho de sempre - e um dos mais portentosos da década - ao viver o compositor Ludwig von Beethoven no inesquecivel Imortal Beloved. Um desempenho marcante mas que acabou por passar ao lado dos grandes prémios. Por essa altura já se percebia que Oldman era, a par de Johnny Depp, o actor mais sub-valorizado da sua geração.


O ano seguinte seria marcado por dois filmes apenas, Murder in the First e The Scarlett Letter, onde contracenou com Demi Moore num drama de época, onde valores morais e um amor impossivel se cruzam de forma impiedosa.
Basquiat iria dar a Oldman mais uma hipótese de brilhar, desta vez como elemento secundário, enquanto que em 1997 seria um Oldman hilariante aquele que Luc Besson escalou para entrar no seu sucesso The Fith Element.
Por essa altura a faceta de vilão de Oldman estava em alta o que se confirmou no filme Air Force One, ainda de 1997, no tele-filme Jesus, onde foi Pilatos, e ainda no notável The Contender, filme que para muitos poderia ter sido o da coroação tão ansiada. O que obviamente não veio a acontecer.


Hannibal marcava a estreia de Oldman no novo século. Era já uma fase baixa da carreira do notável actor, sucessivamente desaproveitado pelos grandes estudios. E depois de dois anos de trabalhos pouco reconhecidos, chegou a hipótese de Oldman se estrear num grande blockbuster. Foi em Harry Potter and the Wizard of Azkaban. Oldman só surge em cena nos últimos vinte minutos mas a forma como o faz desiquilibra logo as contas a seu favor. E prova a todos que ainda está no seu melhor.
Para os próximos tempos espera-se o regresso ao seu papel de Sirius Black em Harry Potter and the Goblet of Fire e Harry Potter and the Order of Fenix e ainda a ansiada performance em Batman Begins, onde viverá um jovem tenente Gordon.

domingo, 20 de março de 2022

Tom Cruise

Começou por ser um dos mais promissores actores dos anos 80. Fez inumeros filmes de sucesso até ao momento em que decidiu que ganhar dinheiro era mais importante do que representar bem. As semelhanças do actual para o antigo Tom Cruise são pura coincidência!


Nascido a 3 de Julho de 1962 em Syracuse no estado de Nova Iorque e hoje é um dos homens mais poderosos da industria cinematográfica. Mas ninguém imaginaria que seria esse o futuro de Thomas Cruise Mapother IV.
Os pais eram quase nómadas e o jovem Tom nunca esteve mais do que um ano no mesmo sitio. Daí não estranhou que, com 14 anos, ingressasse num seminário franciscano. O seu sonho de então era seguir como padre. Imagine-se! Foi a paixão pela representação que começou a conquista-lo na escola que o levaram a deixar os estudos e a tentar a sua sorte no mundo do cinema. Isso com 18 anos. Foi em 1981 que se deu a sua estreia em Endless Love. Seguir-se-iam pequenos papeis em Taps, The Outsiders e Losin it. O seu primeiro papel principal chegaria com Risky Business. Os anos oitenta coroariam Cruise como o menino prodigio do cinema norte-americano. Em Top Gun, The Color of Money, Cocktail, Rain Men e Born on the Fourth of July, Cruise brilhava e mostrava que merecia ser considerado como um dos grandes valores do cinema americano.


A entrada na década de 90 continuou a marcar esse bom momento. Em 1990 salta para as pistas em Days of Thunder e conhece aquela que seria a mulher da sua vida, Nicole Kidman. Casam-se e voltariam a fazer, dois anos depois, um filme juntos, Far Away. Só sete anos depois se reuniriam no ecrãn. Nessa altura a tendendcia já se tinha invertido. Agora a estrela era Kidman e Cruise estava em queda. Mas já lá vamos.
Interview with the Vampire, The Firm, A Few God Men e, acima de tudo, Jerry Maguire, marcaram o final do periodo dourado da sua carreira. E esperava-se a devida coroação da Academia. Isso não aconteceu, e, da noite para o dia, Cruise mudou por completo. Passou a trabalhar em blockbusters cujo o unico objectivo era o cachet que recebia, deixando os papeis mais soltos, aqueles em que se ele se mostrava melhor.
Começou com Mission Impossible e passou de seguida em Eyes Wide Shut, filme que rodou com Kubrick, antes de este morrer, e marcaria o fim da sua relação com a diva Nicole Kidman.


Mission Impossible II continuou a maré de péssimos desempenhos. Viriam depois Vanila Sky, Minority Report, Last Samurai e Collateral, todos papeis demasiado fracos e longe do que se esperaria de um actor do seu nivel. Exceptuando Magnolia, Cruise tinha deixado de representar com estilo. Agora procurava desesperadamente encher os bolsos e vencer o ansiado óscar. Desconfia-se que não será desta ainda que o actor o conseguirá.

Depois dos problemas amorosos com Kidman, seguiu-se a relação polémica com Penelope Cruz e a conversão à Igreja de Cientologia. Tudo noticias que descridibilizaram ainda mais o nome do actor. Esperam os fãs que The War of the Worlds inverta uma tendência que parece condenar Tom Cruise a um futuro mais sombrio do que se esperava nos seus dias de glória.

terça-feira, 15 de março de 2022

Dustin Hoffman

É sempre dificil escolher a ordem entre três dos mais proeminenes actores de sempre que são, ao mesmo tempo, da mesma geração. E como quanto mais depressa caminhamos para o fim, menos a ordem faz sentido, calhou a fava a Dustin Hoffman ficar em 10º lugar. Mas para chegar a este lugar fica desde logo a prova de que Hoffman é um actor e pêras.
Nascido em 1937, teve uns pequenos papeis antes de surgir pela primeira vez em estilo no filme The Graduate. Ao lado de Anne Bancroft criou uma quimica intensa e ao terceiro filme era já um dos mais fortes candidatos a vencer o óscar. Assumindo-se como o actor do momento, em 1969 vive um chulo tuberculoso em Midnight Cowboy. O filme é o primeiro a ter classificação restrita a vencer óscares, mas a sua segunda nomeação resultou como a primeira. Hoffman começa então a criticiar a Academia por colocar actor contra actores. Não aparece nas cerimónias seguintes, apesar de continuar em forma em filmes como Little Big Man, Straw Dogs ou Papillon. Em 1974 é de novo nomeado pela sua encarnação fabulosa de Lenny Bruce no biopic Lenny. Estavamos no ano da afirmação da geração dos movie-brats e isso também se via no irromper de grandes actores. Nos nomeados desse ano estavam também Pacino e Nicholson, e de Niro iria vencer o óscar de secundário. Um ano que serviria de base para o que se seguiria.
Em 1976 tem dois brilhantes desempenhos, em The Marathon Man e All the President´s Men, mas é 1979 o ano da sua consagração. No filme Kramer vs Kramer vive um pai angustiado pela possivel perda da custódia do filho. Um papel cheio de energia e sensibilidade que lhe valeram o óscar, doze anos depois da primeira nomeação. Já oficialmente consagrado, Hoffman faz em 1982 um dos mais espantosos papeis de sempre, desdobrando-se entre Dorothy Michael e Michael Dorsey no inesquecivel Tootsie. A derrota na cerimónia soube-lhe mal e durante uns anos afastou-se de Hollywood. Em 1987 está no gigantesco falhanço que foi Ishtar, mas regressa com o seu maior papel de sempre em 1988 no filme Rain Man. É a altura do segundo óscar e da sua confirmação com actor sem igual. Não abrandando o ritmo entra em Family Business, Dick Tracy, Billy Bathgate e Hero. Para trás tinha ficado o flop Hook que o levará a aceitar um papel doze anos depois em Finding Neverland, como maneira de se redimir perante o criador de Peter Pan. Em 1997 consegue mais um papel assombroso em Wag the Dog que lhe vale a sua sétima, e última, nomeação aos óscares, num filme onde partilha o ecrán com De Niro. A partir daí passa a ter pequenos papeis em diversos filmes, de Jean D´Arc a I Heart Huckbees, passando por Finding Neverland e Meet the Fockers. A sua carreira tem abrandado significativamente mas está longe de ter terminado. E Hoffman poderá assim tornar ainda mais dourada a sua brilhante vida como estrela de cinema.

quinta-feira, 10 de março de 2022

Barbara Stanwyck


Descoberta por Frank Capra com vinte anos, Barbara Stanwyck será sempre uma das grandes actrizes da era dourada de Hollywood. Não teve o prestigio e prémios de Joan Crawford ou Bette Davis, mas as suas performnces nunca estiveram longe das realizadas pelas suas rivais. 

Em 1937 salta definitivamente para a ribalta em Stella Dallas, pelo qual é pela primeira nomeada aos óscares. Volta a trabalhar com Capra em Meet John Doe e nos anos 40 entrega-se ao cinema de Serie B onde brilha em filmes como Double Indemnity (terceira nomeação) de Billy Wilder que também tinha escrito o argumento de Ball of Fire que lhe dá um segunda nomeação em 1941. 

O final de década é em alta com Sorry, Wrong Number, a sua última nomeação e um dos seus mais brilhantes desempenhos, e no inicio dos anos 50 encontramo-la em Clash By Night e Jeopardy. Hollywood ignora o seu talento e os anos 50 são passados em produções de segunda como Catlle Queen Montana. 

Em Forty Guns é reabilitada por Samuel Fuller - num majestoso primeiro plano - mas esse será o seu último grande papel. Troca o cinema pela televisão e acaba por falacer em 1990, vitima de uma falha cardiaca.

sábado, 5 de março de 2022

Paul Newman

Uma das maiores lendas vivas da 7º arte. Começou a brilhar ainda na década de 50 e tornou-se no herdeiro natural de James Dean. Ganhou estatuto e tornou-se no maior injustiçado da Academia até à década de 80. Hoje é um veterano de respeito. Mas mantém aquele brilho único no olhar...

Nasceu a 26 de Janeiro de 1925 no Ohio com o nome de Paul Leonard Newman. O pai dirigia uma loja de desporto e daí começou a paixão de Paul por tudo o que envolvia desporto. Começaria pelo baseball e acabaria nas corridas de automóveis. Competiu, comprou uma equipa, e hoje é um respeitado elemento do mundo de competição automóvel. Depois de ter começado a representar na escola, foi chamado para a 2º Guerra Mundial onde serviu na Marinha norte-americana da qual foi dispensado em 1946. Passou para os estudos universitários em Kenyon College. Daí passou para Yale onde estudou dramaturgia. Depois rumou a Nova Iorque para aprender no respeitado Actor´s Studio, ao lado de nomes como Marlon Brando, Montgomery Clift e James Dean. Passou pela Broadway onde fez Picnic, em 1953 (mais tarde Joshua Logan adaptaria o filme ao cinema mas preferiu William Holden)e estreou-se no cinema em 1954. The Silver Chalice foi tão mau que Newman reconsiderou mesmo manter o contracto com a Warner. Mas depois morreu James Dean e o jovem loiro de olhos azuis ficou com o seu lugar em Somebody Up There Likes Me. O filme foi um sucesso e Paul Newman deu o primeiro passo para a fama.


The Long Hot Summer, The Left Handed Gun e o notável Cat on a Hot Thin Roof marcaram os seus anos seguintes de carreira. Com o apagamento de Brando e Clift, ele era agora o simbolo vivo do "Metodo". Era já uma estrela, tanto pelo seu talento como pelo enorme sex-appeall que faz ainda hoje dele um dos actores mais sensuais da história. Em The Hustler teve uma performance memorável e muitos pensaram que seria o seu primeiro óscar. Mas aí começaria uma longa espera de 25 anos. Nem no notável Sweet Bird of Youth (1962), nem em Hud (1963) ou em Cool Hand Luck (1967) conseguiu a ansiada estatueta. Pelo meio trabalhou com Hitckock em Torn Curtain e casou com a parceira de The Long Hot Summer, Joanne Woodward, o mais longo e duradouro casamento de Hollywood. Para ela fez Rachel, Rachel em 1968, a sua estreia na realização. The Effect of Gamma Rays on Man-on-the-Moon Marigolds (1972) e Glass Menagerie (1982) seriam os seus outros dois filmes como realizador, sempre com a mulher como protagonista.


A entrada na década de 70 começou com a parceria com Robert Redford em The Butch Cassidy and the Sundance Kid. Em The Sting repetiriam a dose e mais uma vez o óscar ficava adiado. The Mackintosh Man, Towering Inferno e The Drowning Pool foram outros sucessos da década de 70. Já com 5 anos, Newman continuava uma estrela. A sua boa forma era visivel na forma como corria. Em 1979 foi segundo nas 24 horas de Le Mans ao volante de um Porsche. E em 1981 voltaria em grande com Absence of Malice. Seguir-se-ia The Veredict, onde todos pensavam que seria consagrado. Não foi e teve de esperar pelo filme seguinte, quatro anos depois, The Color of Money, a sequela de The Hustler, para vencer o óscar. Uma vitória justissima que só pecava por tardia. A partir daí a sua carreira abrandou. Começou a dedicar-se à equipa Newman e a sua empresa de alimentação. Em 1990 voltaria a representar ao lado da mulher em Mr and Mrs Bridge e quatro anos depois conseguiria uma das suas melhores performances de sempre em Nobody´s Fool. Daí até hoje seguir-se-iam pequenos papeis secundários em Message in a Bottle ou Rode to Perdition, onde conseguiu a sétima e última nomeação ao óscar até ao momento.


O homem que nunca viu um filme seu e que diz que o seu som favorito é o de um motor V8 em alta rotação, é hoje o maior actor vivo. Uma lenda do cinema, um homem marcante, e um icone de toda uma geração. 




terça-feira, 1 de março de 2022

Kate Beckinsale

Britânica de origem, americana de adopção. É em Hollywood que o seu talento tem sido mais apreciado. Mas muitos afirmam que o seu talento ainda está bem longe da sua beleza. Outros defendem-na como uma actriz com grande futuro. A duvida subsiste e só o tempo dará razão a uma das partes.

Foi a 27 de Julho de 1973 que Kate Beckinsale veio ao mundo. A capital britânica via assim nascer uma das actrizes mais aclamadas do momento. Mas já na altura a origem familiar - os pais são ambos actores - faziam já prever o rumo que a sua vida iria tomar alguns anos depois.
Menina prodigio na escola, vencedora de vários prémios para jovens autoras, ainda na adolescência começou a seguir a profissão ds pais. E foi assim, aos 18 anos, que se estreou no cinema com o filme One Against the Wind. Mesmo assim a jovem Beckinsale decidiu apostar primeiro na sua formação profissional, para só depois seguir a carreira como actriz. Assim, entre 1991 e 1994 fez apenas quatro filmes, um dos quais Much Ado About Nothing, a adaptação da peça de William Shakespeare por Kenneth Branagh. Foi o que valeu para um aplauso da critica, a que se seguiria um papel em Prince of Jutland. A carreira começava bem.


Em 1993 perante o dilema actriz-estudos, ela optou por seguir a profissão dos pais e deixou Oxford para se dedicar exculsivamente à representação. Fez televisão e teatro. Só depois chegaria o cinema. E o seu primeiro papel após esta importante decisão acabou por ser Haunted, filme em que ela se despe de todo e qualquer preconceito por vontade própria. Beckinsale queria tornar-se numa sex-symbol e este seria o primeiro passo. O primeiro de muitos que se seguiriam. Primeiro Shooting Fish e depois Brokdown Bowl. Mas seria em 2001, no filme Pearl Harbour, que o seu nome finalmente seria conhecido por todos.


Um papel á altura do filme que a ajudou a tornar numa actriz conhecida não só junto do grande público mas também em Hollywood. Serendipety, filmado nesse mesmo ano, e Underworld depois, confirmaram essa tendência. Pelo contrário, em Van Helsing, Kate Becksinale dá pouca alma á sua personagem, quase um antipoda de o que uma sex-symbol deve ser. Foi preciso encarnar uma das grandes bombas sexuais da história do cinema, a actriz Ava Gardner em The Aviator, para a sua carreira voltar a entrar em órbita. E agora espera-se para ver o que acontece no segundo Underworld, filme que lhe abriu as portas para um público adolescente mais alternativo. Com 32 anos, o futuro pode muito bem ser seu.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Bette Davis


Começou a representar numa era que fazia ainda a ponte das divas do mudo para as primeiras estrelas do sonoro. Não tinha a beleza e charme natural das grandes rivais da época, Garbo e Dietrich, e alimentou durante décadas uma rivalidade com Joan Crawford. 

No final de contas acabou por se perceber que Bette Davis é de facto um nome único na história de cinema, uma autêntica diva de Hollywood. Depois de pequenas participações em vários filmes do inicio dos anos 30, Bettie Davis faz-se notar pela primeira vez em Of Human Bondage, filme que lhe vale uma nomeação ao óscar em 1934. No ano seguinte sai vencedora da cerimónia graças ao monstruoso desempenho em Dangerous. Segue-se a parceira com Leslie Howard e Humphrey Bogart em Petrified Forrest e em 1938 o seu segundo óscar por Jezebel, onde interpreta uma jovem menina mimada do sul. 

Com a vitória Davis tornava-se a mais séria candidata a ser Scarlett O´Hara, mas para sua raiva o papel foge para Vivien Leigh. A sua carreira continua de vento em poupa nos anos seguintes com magnificos desempenhos em Dark Victory, The Private Life of Elizabeth and Essex, The Letter e Little Foxes. Em 1942 consegue a sua sétima nomeação em dez anos de carreira por Now Voyager. Em 1944 novo "papelão", desta feita em Mr. Skeffington. 

O papel da sua vida surge em 1950 no filme All About Eve. Um filme que poderia ter consagrado Davis como a primeira actriz a vencer três óscares, mas que acabou por se revelar um falhanço pessoal para Davis. Anos mais tarde a história ficcional tornar-se-á realidade em 1982 quando a actriz doente será substituida por Anne Baxter numa serie televisiva). 

A sua carreira estava afectada pelos problemas legais que mantinha com a Warner, de quem se queixava que não lhe davam os filmes que merecia, e os anos 50 serão uma catastrofe completa. Regressa em grande estilo em Whatever Happned to Baby Jane?, filme onde contracena com a rival de sempre, Joan Crawford, e que lhe vale a sua oitava nomeação ao óscar. 

Passa então para a televisão, chegando mesmo a ganhar um Emmy. Morre em 1989 após uma carreira com mais de uma centena de filmes e um leque de inesqueciveis performances.

domingo, 20 de fevereiro de 2022

Paul Newman

O mais belo actor da história, dono do mais famoso par de olhos azuis de toda a história. Dono de um charme, um fragilidade e uma força sem limites, Paul Newman viveu entre estrelas mas soube sempre superar-se durante cinquenta anos de carreira. Foi também um dos primeiros actores com sensibilidade para se tornar realizador, com o suceso que se lhe conhece.
A carreira de Newman deriva do fim da de James Dean. É lenda, mas é verdade. Herdou o papel de Dean em Somebody Up There Likes Me e afirmou-se de imediato. Depois de contracenar com a mulher da sua vida, com quem se casará no final da rodagem de The Long, Hot Summer, é um inesquecivel Billy the Kid em The Left Handed Gun. Nesse mesmo ano é um poço de emoções contidas em Cat on a Hot Thin Roof, a sua primeira nomeação ao óscar. Em 1960 começa uma serie de papeis inesqueciveis. Primeiro em Exodus, drama sobre a criação de Israel. Em 1961 é inesquecivel em The Hustler, onde joga bilhar como ninguem, e em 1962 é inadjectivável no filme Sweet Bird of Youth. Em Hud, estavamos em 64, completa uma serie de quatro papeis que, na iminência do afastamento de Brando, o tornam na maior estrela de cinema do mundo. Trabalha para Hitchock em Torn Curtain e junta-se a Robert Redford, primeiro em Butch Cassidy and the Sundance Kid e mais tarde em The Sting. Em 1981 Absence of Malice marca o seu regresso em grande, amplamente confirmado por The Veredict no ano seguinte. Em 1985 vence um óscar honorário para, à nona tentativa, conquistar finalmente o ambiciado prémio por The Colour of Money em 1986. Volta em grande estilo em Mr and Mrs Bridges, ao lado da mulher, e consegue um dos seus melhores papeis de sempre em 1994 no filme Nobody´s Fool. A sua última nomeação aos óscares chega como secundário em Road To Perdition. Newman decide então desistir da carreira de actor, dedicando-se á sua indústria de produtos alimentares e à sua equipa de corridas, paixão que alimenta desde jovem. Como realizador estreou-se em 1968 com Rachel, Rachel e é com The Effect of Gamma Rays on Man-in-the-Moon Marigolds e The Glass Menagerie que recebe os aplausos da critica. Continua vivo, e ameaça um comeback com Robert Redford, sabendo-se já que vai dar a voz a um carro de corridas em Cars. Ou seja, o mito continuará vivo!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Rachel Weisz

Mais uma jovem musa do cinema britânico que conquistou a América e o Mundo. Uma actriz de grande beleza e talento que, a pouco e pouco, começa a despontar em filmes cada vez mais interessantes. Nem que o sejam apenas por ela...

Rachel Weisz nasceu a 7 de Março de 1971 em Londres. Apesar de ter nascido em solo britânico a sua origem vem do coração do continente europeu já que o seu pai era austriaco e a sua mãe hungara.
Como a maior parte das actrizes mais populares de hoje, Rachel começou como modelo na sua adolescência. Aos 14 anos já fazia desfiles e trabalhava com agências. Mas ao contrário de muitas actrizes que saltaram directamente das passerelles para os palcos graças á sua beleza e sensualidade, a representação esteve sempre no sangue de Rachel. Em Cambridge fundou uma companhia de teatro amadora e a sua maior paixão eram mesmo as peças a que ajudava a dar vida.
O seu talento era tal que lhe valeu alguns prémios, incluindo o de actriz mais promissora para o London Critics Circle em 1994.


O cinema chegou em 1995, depois de alguns trabalhos na televisão. Death Machine marcou a sua estreia no cinema britânico. O ano seguinte foi mais produtivo com performances bastante interessantes em Stealing Beauty e Chain Reaction. Os dois anos seguintes também seriam preenchidos com uma serie de papeis secundários em filmes de pouca projecção. Mas esses filmes serviam essencialmente para a jovem actriz ganhar experiência e ficar conhecida no meio. Foi assim que acabou por ser escolhida para integrar o elenco do blockbuster de Sthepen Sommers, The Mummy. O filme foi um grande sucesso de bilheteira em 1999 e abriu as portas a uma sequela em 2001, também ela com Weisz, também ela um sucesso.


Mas não era só de grandes sucessos de bilheteira que a sua carreira vive. Depois de alguns papeis interessantes em filmes de baixo orçamento, os seus desempenhos em filmes como Enemy at the Gates e About a Boy valeram-lhe os aplausos da critica.
Mais recentemente as suas performances em filmes como Runaway Jury, The Shape of Things ou Envy também foram alvo de interesse.
Neste momento a sua carreira está marcada pelo sobrenatural. Primeiro com Constantine e depois com The Fountain, o próximo trabalho de Daren Aranofsky. Ainda em 2005 vamos poder ve-la em The Constant Gardener filme com Ralph Fiennes dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Piper Perabo



Tornou-se num lugar comum em bares um pouco por todo o mundo. Ficou sempre a tentação de espreitar para detrás do balcão não fosse ela estar lá, com o seu olhar tímido  à procura de uma oportunidade para cantar. De facto é incrível como um só papel pode moldar a nossa visão de uma actriz. Aconteceu com Piper...


Não é uma carreia feita de grandes filmes, aquela que Piper Perabo pode apresentar num eventual curriculum vitae. Mas por vezes as grandes actrizes demoram algum tempo até entrar num filme digno de ser realmente visto e revisto. Talvez seja esse o seu destino. De uma coisa os cinéfilos têm a certeza. Esta jovem é mais que uma simples beldade. É um talento em bruto à espera de uma oportunidade.
Aliás a paixão de Piper em representar vem de muito cedo. A actriz nasceu a 31 de Outubro de 1977 em New Jersey e já na sua juventude decidiu estudar para seguir o sonho de ser actriz. Descendente de pai português e mãe norueguesa, foi sempre uma aluna de sucesso na escola, nunca tendo entrado no mundo das artes antes dos 18 anos.
Foi então aí que decidiu apostar numa carreira como actriz, estudando para isso em várias escolas de representação em New Jersey e New York.


O grande salto para o cinema surgiu em 1998 quando entrou no filme Single Spaced. Seguiram-se pequenas aparições durante o ano seguinte em filmes como Whiteboys e Knuckleface Jones. 
Foi preciso chegar a 2000 para Piper Perabo ter um ano em grande estilo.
Primeiro foi uma das estrelas da comédia The Adventures of Rocky & Bullwinkle, que também contava com Rene Russo e Robert de Niro. No mesmo ano foi a rapariga mais sedutora de Coyote Ugly, uma das comédias mais divertidas do ano. Foi no papel de "Jersey" que Perabo se mostrou definitivamente aos cinéfilos, com uma interpretação extremamente sólida, o contrário do que se esperaria quase de uma novata. O seu desempenho acabou por ser reconhecido com um MTV Award e ainda uma nomeação como melhor Estreante do ano.


O ano seguinte acabou por ser bastante polémico na sua curta carreira, um ano que acabaria por marcar um ponto máximo de aparições no cinema, tendo sido praticamente sempre a descer a partir desse momento. Foi na produção canadiana Lost ad Delirious que a polémica chegou, tudo porque Piper Perabo encarnou o que na altura - e ainda hoje - era visto como uma personagem tabu: uma estudante que descobre ser lésbica e que se apaixona por uma colega. O filme, com cenas de sexo lésbico, acabou quase por não ser exibido no mercado norte-americano, e quando o foi, acabaria por ser com a classificação máxima. O mesmo destino teria o seu filme seguinte Slap Her...She´s French. 
Os últimos anos têm de facto infelizes para a jovem de ascendência portuguesa. Para além de Cheaper By The Dozen, onde era uma dos muitos filhos de Steve Martin e The I Inside, as interpretações da jovem actriz não têm sido nada relevantes.
Mesmo assim para este ano ainda poderemos vê-la em mais dois filmes: George and the Dragon e ainda A Piece of My Hearth.


Quanto ao futuro parece pouco risonho para a actriz, pelo menos nos próximos anos. Depois da polémica de Lost and Delirious tornou-se difícil a Piper Perabo voltar a estrelar um filme em Hollywood. Apesar de Cave, Edison e 10th & Wolf serem já projectos garantidos, falta ainda uma interpretação de encher o olho. Talvez quando ela chegar, e parece-nos certo que mais tarde ou mais cedo isso vai acontecer, se dissipem todas as dúvidas sobre o talento desta sedutora loirinha que também fala a língua de Camões.

sábado, 5 de fevereiro de 2022

Kevin Kostner


De um momento para o outro, um dos maiores valores da industria cinematográfica desapareceu do mapa. Uns dizem que foi por não ter aguentado três fracassos seguidos. Outros dizem que planeia um regresso em grande. De promessa a certeza, de certeza a desilusao, de desilusão a desaparecido. E agora como é?

Quando irrompeu em meados dos anos 80 trazia uma lufada de ar fresco à representação norte-americana, à época ainda muito dependente dos veteranos da geração de 65 (a de 75 não tinha vingado). Com um punhado de papeis assumiu-se imediatamente como uma referência da sua geração mas em meados dos anos 90 eclipsou-se por completo. Resta saber que Kevin Costner ficará para a história. O dos óscares de Dances With Wolves ou o dos falhanços como Waterworld?

Nasceu a 18 de Janeiro de 1955 na Califórnia. Baptizado Kevin Michael Costner, era o terceiro filho de um casal humilde. O facto do trabalho do pai exigir constantes deslocações de terra em terra, o jovem Kevin nunca criou raizes. Mas desde cedo mostrou ser multi-talentoso. Escrevia, recitava poesia e ao mesmo tempo conseguia ser o melhor em todos os desportos da sua escola. Aventureiro, costumava construir canoas para navegar pelos rios da Califórnia sozinho, procurando a aventura e a excitação do momento. Em 1997 entrou na California State University onde se formou com sucesso em Economia. Na mesma altura em que casava, com 23 anos, com a namorada de liceu, Cindy Silva, Kevin Costner começou a ter licções de representação dramática todas as noites. Estava decidido em tornar-se actor. A vida corria-lhe bem, mas, segundo a lenda, um dia encontrou Richard Burton que o convenceu a deixar tudo pelo amor à representação. E asim foi. Costner despediu-se, foi para Hollywood e trabalhou como camionista e operário para se sustentar enquanto procurava uma oportunidade na Meca do Cinema. Chegou a fazer filmes pornográficos no inicio dos anos 80, mas foi em 1983 que surgiu a sua oportunidade. As suas cenas no filme The Big Chill acabaram por ficar na sala de montagem mas o realizador do filme tinha gostado do que viu. E começou a pensar em Costner para o futuro.


O realizador era Lawrence Kasdan e decidiu apostar em Costner para o seu western alternativo: Silverado.
O filme foi um tremendo sucesso e Costner saltou de rompante para a ribalta. Começava um periodo dourado que duraria sensivelmente uma decada. Nos anos seguintes rejeitaria entrar em Platoon - por achar que ofendia o exército norte-americano - apostando no filme de Brian de Palma, The Untouchables. O filme foi um sucesso e Costner era cada vez mais uma das estrelas do momento.
Depois de No Way Out e Bull Durnham, novo grande papel no poético Field of Dreams. Mas, mais do que isso, foi nesse ano de 1989 que Costner começou a rodar aquele que viria a ser o filme mais marcante da sua carreira.


Dances With Wolves era um filme improvável. Um filme pacifista, conciliador e extremamente cinematográfico, privilegiando as paisagens às interpretações. Mesmo assim acabou por ser o grande vencedor da noite dos óscares de 1990, com Costner a subir por duas vezes ao palco. Primeiro para receber o galardão de Melhor Realizador, naquele que era o primeiro filme que dirigia, um facto praticamente inédito. E no final da noite para reclamar o óscar de Melhor Filme. Para trás tinha ficado a derrota na categoria de Melhor Actor, mas a verdade é que o filme foi um sucesso retumbante e Costner tinha-se finalmente afirmada como uma das estrelas de Hollywood.
E em alta estava de facto a sua carreira. Depois da consagração em 1990, o seu melhor ano em 1991.
Primeiro no blockbuster Robin Hood : Prince of Thieves, em que ao lado de Morgan Freeman e Alan Rickman dá vida a uma das mais miticas personagens da literatura britânica. O filme foi um enorme sucesso de bilheteira apesar da critica não ter gostado de ver o seu novo menino bonito a descer do belo para o explosivo. Mesmo assim Costner seria ainda a estrela de um dos filmes mais aclamados do ano, JFK. Vivendo o procurador Jim Garrison, este filme de Oliver Stone mostrava ao mundo o caso Kennedy em toda a sua negritude. E Costner era peça essencial no puzzle. No final o filme teve 8 nomeações ao óscar (ganhou apenas duas) mas Costner foi esquecido. Muitos acharam estranho, mas esse seria o primeiro sinal de que a industria lhe tinha voltado as costas.


Depois de Bodyguard, filme que tentou mais promover Whitney Houston do que tentar convencer os espectadores da narrativa, houve o interessantissimo A Perfect World, filme dirigido por Clint Eastwood, na altura em grande depois da consagração de Unforgiven. Mais uma vez Costner transformou-se para conseguir um dos papeis mais interessantes do ano. E mais uma vez foi ignorado por tudo e por todos.
Lembrando-se do sucesso de Silverado, Costner tentou de novo recuperar o western e dirigiu Wyatt Earp, mas longe do que conseguiu Kasdan, viu o filme ser apupado pela critica e ignorado pelo publico. Foi então que Costner decidiu fazer o maior filme de sempre. Era um dos orçamentos mais caros da história do cinema mas a verdade é que se tornou também o maior fracasso de sempre. Waterworld podia ter significado o final da sua carreira. Afinal poucos são os actores-realizadores que sobrevivem a um fiasco daquele genero. Mas Costner sobreviveu apenas para se meter noutro sarilho, o futurista The Postman. Tal como o antecessor, também este filme fracassou em toda a linha. Costner estava acabado diziam todos em Hollywood.


E assim parecia de facto. Foi então que o Costner-realizador passou para segundo plano, voltando o Costner-actor. Os seus papeis em Message in a Bottle e For The Love of The Game mostraram um Costner rejuvenescido. Afinal ainda não estava acabado. Em 2000 o seu desempenho em Thirteen Days foi aplaudido por alguns sectores, apesar do filme não ter tido o sucesso desejado. Mas o que parecia indicar o regresso do talentoso Costner desfez-se em tres filmes. Primeiro na homenagem a Elvis Presley em 3000 Miles to Graceland, e depois em Dragonfly. Costner tinha voltado a afundar-se e seria o western a revitalizar a sua imagem. Em Open Range, em que voltou a dirigir, Costner mostrou estar a uns furos acima do que tinha mostrado nos últimos dez anos, mas continuava a estar bem atrás do que mostrou ser capaz de fazer.


Para o ano, Costner estará de regresso num dos seus papeis favoritos, jogador de baseball. O filme é The Upside of Anger e muito se fala a propósito da performance de Joan Allen e do elenco de belas teen-stars. Poderá ser um balão de oxigénio para o actor que tem ainda dois projectos para 2005, Rumor Has It e The Turtilla Curtain.
Os fãs do actor estarão desesperados por um come-back em grande nos próximos anos. De grande promessa da geração de 85, Costner é hoje um dos mais mal amados da sua geração. Resta saber se conseguirá voltar a mostrar o seu melhor ou se serão os dvd´s e cassetes a recordarem-nos do que ele foi capaz de fazer.

10 Filmes em que os atores se amavam de verdade - Diário de um jornalista bêbado, 2010



“Diário de um jornalista bêbado” foi um filme importante no destino de Johnny Depp. Porque ele, assim como o seu personagem, perdeu a cabeça por Amber Heard. Após as filmagens, o solteiro fez uma proposta de casamento à jovem atriz, algo que não chegou a fazer para Vanessa Paradis, mulher com quem Depp viveu por 14 anos.

10 Filmes em que os atores se amavam de verdade - O apartamento, 1996



Nas filmagens deste filme, floresceu o amor entre a atriz italiana Monica Bellucci e o ator francês Vincent Cassel, famoso mulherengo. Assim nasceu o casal que por muitos anos continuou sendo um dos mais belos da cinematografia mundial.