sexta-feira, 31 de outubro de 2014
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
sábado, 25 de outubro de 2014
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
Grupos Musicais dos Anos 80 - Ena Pá 2000
Naturais da Foz do Arelho, os cinco elementos dos Modess & Aderentes começaram por ensaiar numa garagem e por tocar nas discotecas da zona. Depois resolveram ir para Lisboa à procura da sorte. É em Lisboa que conhecem aquele que viria a ser o sexto elemento do grupo.
O grupo decide mudar de nome para Ena Pá 2000. Os seis elementos eram Lello Vilarinho (1) (voz, violoncelo, trompete e bandolim), Pão Diospiro (guitarra sintetizadora), Francis Ferrugem (percussão), Pepito Durex (saxofone, viola, trompa), Manuel Anão (contrabaixo) e Joselito Desirato (bateria).
Concorrem ao 4º Concurso de Música Moderna do Rock Rendez-Vouz mas acabam por desistir depois de assinar contrato com a CBS.
Ainda em 1987 é editado o seu primeiro single com os temas "Telephone Call" e "Pão, Amor e Totobola". As músicas eram do grupo e as letras de Armindo Cerejeira, um poeta popular da sua terra.
Os espectáculos, organizados pelos Modess Aderentes, eram inesquecíveis. No jornal Blitz eram apresentados como um tipo com um funil na cabeça, a cantar canções como "Sexo na Banheira" ou "Mulheres Boas", e as Valquírias a mexer-se muito e a cantar pouco.
O álbum de estreia foi gravado em Março de 1989 (2) nos estúdios Tchá Tchá Tchá, com produção do próprio grupo e de Moz Carrapa. As misturas seriam feitas no ano seguinte. Após as recusas da Polygram e da EMI, o disco só seria editado no final de 1991, através da El Tatu.
Em Dezembro de 1990 estrearam o palco do Johnny Guitar.
Em 1992 é editado "Enapália 2000" que é uma transposição "revista e aumentada" para CD do primeiro álbum do grupo.
Manuel João Vieira é entrevistado na 100ª emissão do programa "Pop Off" que foi para o ar duas semanas antes do arranque da Sic e que uma jornalista do DN pensou tratar-se de uma televisão pirata.
O álbum "És Muita Linda" é editado em Novembro de 1994. O disco contou com a participação de Vitorino(3)e Janita Salomé ("Rap Alentejano"), Gimba, João Paulo Feliciano e Bernardo Sassetti.
Lançam o single "Doces Penetrações" em 1996. No ano seguinte é editado o álbum "Opus Gay" com uma capa inspirada nos clássicos da editora Deutsch Gramophone.
Em 1999 é editado o CD "2001 - Odisseia No Chaço".
Em Março de 2004 foi lançado o álbum "A Luta Continua!". No disco aparecem temas como "Mulher do Norte", o velhinho "Rosário", "Pudim" e "Tourada". Como convidado especial aparece o lendário guitarrista Filipe Mendes em virtude do anterior guitarrista ter ido para a China.
Em Abril de 2004 actuaram em Fundação de Serralves aquando da iniciativa "6=0 Homeostética - 48th Kavod Party", que durante dois dias fez uma retrospectiva dos Homeostéticos. Foi também lançado na ocasião o livro "Só Desisto se For Eleito" de Manuel João Vieira.
Em 2005 é editado um DVD com o concerto do dia 30 de Novembro de 2004, realizado no Paradise Garage, por ocasião dos 20 anos de existência do grupo.
(1) O líder do gupo, o carismático Manuel João Vieira, tem mudado de nome: Lello Vilarinho, Lello Marmelo, Lello Minsk, Lello Universal, Conégo Lello, Lello Orgasmo Carlos, etc... No disco de 1999 aparece citado como Lello Nimoi, na realidade Lelo Nimoid, só que uma gralha fez desaparecer o "d".
«Eu acho que os nomes que um gajo arranja são como as marcas. Tu tens uma fábrica onde produzes vários produtos. Imagina que produzes detergente e lhe dás um nome. Não pode ser o mesmo nome que dás ao sabão. Mas imagina que és japonês e és extremamente diversificado em termos de produtos que podes fabricar. Também produzes carros. Vais ter que ter um outro nome e chamas a uma merda qualquer Omo e a outra chamas...É tudo a mesma coisa...» MJV/Clix
(2) Entretanto, alguns elementos do grupo fizeram parte dos Tina And The Top Ten, "the first portuguese "fake" american band. O grupo era composto por Dr. Top, Tina Costa, Louis Desirat, The baron, Johny Money e Plastic Mimi e Cosmic Rita, nos coros.
(3) Em 1983, Manuel João e os primos "participaram" no disco "Flor de La Mar" de Vitorino. Nessa altura ainda se chamavam Banda Almôndega (no início dos anos 80 contava com Manuel João Vieira e Vitorino). MJV fez arranjos para bandolim nesse disco. Ainda antes dos Ena Pá 2000, o seu primo João Lucas tocava acordeão e ele tocava bandolim e acompanhavam a banda do Vitorino.
DISCOGRAFIA
Telephone Call/Pão, Amor e Totobola (Single, CBS, 1987)
Projecto Ena Pá 2000 Project! (EP, El Tatu, 1991)
Enapália 2000 (CD, El Tatu, 1992)
És Muita Linda (CD, Discossete, 1994)
Doces Penetrações (Single, Discossete, 1996)
Opus Gay (CD, Discossete, 1997)
2001 - Odisseia no Chaço (CD, CD7, 1999)
A Luta Continua! (CD, Zona Música, 2004)
Colectâneas
Johnny Guitar (1993) - Hon Hin Hon
COMENTARIOS
«[Os Ena Pá 2000] Formaram-se a partir de pessoal do Campo de Ourique. Encontrávamo-nos nesse bairro, íamos a casa uns dos outros, bebíamos umas cervejas, fumávamos um charro e o que nós gostávamos realmente era de pegar numa guitarra e começar a inventar disparates. Compunham a banda o Eduardo Cunha que saiu entretanto, o Francisco Ferro, o Jóni, eu, o Manuel Duarte e a Mimi. O José Luís (baterista) veio depois. Nasceu como um grupo de bairro basicamente.» MJV/Musicoesfera 16.11.2004
Virtuosos tocadores e malabaristas de palco com largos anos de experiência no ramo, proporcionam momentos inesquecíveis com agradáveis subtilezas linguísticas e semânticas num jogo em que todos são convidados a entrar. Uma banda aparentemente vulgar que de vulgar não tem nada, as duas valquirias indicam o caminho a seguir ao longo da travessia pouco católica do Cónego Lello, também vulgarmente conhecido, no seio e nos seios das artes plásticas por Manuel João. "...Manuel João, cultiva o jardim secreto da pintura, aparecendo publicamente como líder e vocalista dos grupos rock Ena Pá 2000 e Irmãos Catita. Prima pelo ecletismo e irreverência, não conseguindo esconder porém a grande cultura musical nos temas que (des)constrói para as suas bandas..."
Cada disco dos Ena Pá 2002 é um grito no deserto, infelizmente não há ninguém que os oiça. LN/NM
[sou sempre eu e o Fernando Brito] mas há excepções. Há músicas que foram feitas colectivamente, uma ou duas foram feitas pelo Francisco Ferro, há até algumas que são da altura do João Lucas, mas de uma maneira geral são da parceria com o Brito. MJV/PJ
O Movimento Homeostético surgiu há duas décadas para propor que os artistas se auto-organizassem em relação aos modos de exposição e ao mercado e, hoje, dizem os fundadores, o "verdadeiro espírito do grupo é o da espontaneidade forçada". O movimento acabou por desaparecer em 1987 porque, explicou Manuel João Vieira ao PÚBLICO, "alguns artistas viram as exposições realizadas como tentativas de promoção individual em vez de se sobrepor a dinâmica de grupo". Além disso, acrescentou, hoje não é possível repetir a fase pós-revolucionária e pré-CEE.
O tempo voltou mesmo para trás. Tal como em 1986, depois da abertura na Sociedade Nacional de Belas Artes da quinta e última exposição homeostética, "Continentes" - com trabalhos de humor irónico e irreverente de Fernando Brito, Ivo, Manuel João Vieira, Pedro Portugal, Pedro Proença e Xana, de 1982 a 1987 -, os Ena Pá 2000 atacaram o palco.
À excepção do vocalista Manuel João Vieira, os Ena Pá não vestem a camisa homeostética mas têm tatuada a filosofia anti-banalidade. Os dez membros da banda de Oeiras - veio da mesma fornada dos Pop Dell'Arte, Essa Entente e Linha Geral - têm mais de 40 anos, mas parecem os mesmos "putos irreverentes".
Nuno Passos / Público / 26.04.2004
«Havia uma ligação [com os Pop dell'arte e a Ama Romanta de João Peste] no sentido em que nós conhecíamos o trabalho deles. Éramos conhecidos de Campo de Ourique e tínhamos uma relação algo formal. Dizíamos olá mas nunca participámos num projecto comum.» MJV/Clix
EXTRA
Francisco Ferro = Francisco Xavier = Francis Ferrugem = Rei Bonga = Ray Bonga = Chiquito [Percussão, Congas]
Manuel João Vieira = Lello [voz]
Luís Desirat = Zé Liquido Rato = Zélito = Joselito Desirato [bateria]
Pedro Rijo = Pepe Mijo = Pepito Durex
Manuel Duarte = Manuel Anão = Escaravelho da Foz do Arelho = Nelo Vilarinho = Manuel A**as = Manel do Baixo [baixo]
João Santos = Juanito Porkys del Mar = Joni Pórkinho - Pão Diospiro [guitarra]
NO RASTO DE...
Os Irmãos Catita lançaram os discos "Very Sentimental" e "Mundo Catita". A solo, Manuel João lançou o disco "Corações de Atum", sob a designação Lello Minsk & Shegundo Galarza.
Manuel João foi candidato à Presidência da República e à Camâra Municipal de Lisboa. É pintor.
Francisco Ferro é designer.
Manuel Duarte é Engº Agrónomo.
Luís Desirat tem vários projectos de música improvisada.
Eduardo Cunha - guitarra dos Ena pá 2000
MD Os projectos embrionários dos irmãos catita Lello e Nelo (Irmãos Paralelos) actuavam em concertos.
Os Roxigénio com Filipe Mendes fizeram a 1ª parte do "merda concerto" dos Ena Pá 2000 no Pavilhão Carlos Lopes.
Vieira++João Lucas++Manuel Duarte++F. Ferro
Biografia retirada daqui
terça-feira, 21 de outubro de 2014
domingo, 19 de outubro de 2014
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
Grupos Musicais dos Anos 80 - Emílio e a Tribo do Rum
Grupo de rockabilly formado em Lisboa no início de 1985. Actuam com bastante sucesso no audiovisual, no Fórum Picoas e no dia de Natal no RRV. O grupo era formado pelo guitarrista João, pelo vocalista Jorge Bruto, pelo guitarrista Pinela (que tinha tocado numa das primeiras formações dos Mata-Ratos) e pelo baterista Tó (António Forte).
Miguel Liberato (baterista) entra em meados de 1987 para substituir Tó.
Em Maio de 1988 os elementos do grupo diziam ao Jornal SE7E que "Ser Emílio era estar em todas". Há dois anos que andavam nisso e quase toda a malta nova os conhecia, principalmente na zona de Alvalade "onde paravam para tomar bicas".
O grupo já tinha vários êxitos como "Cadillac El Dorado", "Pernas", "Elvis, Elvis", "One Of This Days" e "Brand New Cadillac".
Nessa altura só pecavam as vozes o que foi corrigido com a entrada de Nazaré e Annie para os coros.
Jorge Bruto (vocalista, 23 anos), Johnny (guitarista, 20 anos, o único que estava desde o início do grupo), Eduardo (baixista com o 4º ano do conservatório em violoncelo clássico, 24 anos) e Miguel Liberato (baterista, 21 anos) eram a formação do grupo.
Ao vivo tocaram no Rock Rendez Vous, Manobras de Maio, Santiago do Cacém, Santarém e Porto. Os temas do grupo iam sendo divulgados em alguns programas de rádio mas o grupo nunca chegou a gravar.
Acabaram inesperadamente em Outubro de 1988. Jorge Bruto, Pinela e Nazaré formaram, ainda nesse ano, os Capitão Fantasma.
Em 1999 chegou a ser anunciada, mas não concretizada, a edição de um disco de vinil 10' que iria incluir temas gravados ao vivo em várias salas de espectáculos.
COMENTÁRIOS
Banda de Lisboa que apenas pecou por não deixar registo sonoro. Fica a memória de excelentes concertos e algumas maquetes muito bem guardadas por quem a elas teve acesso. Foi para muitos o ponto de arranque para formar uma banda. Com boas letras em português, o som era uma espécie de 50’s Rock n’Roll com influências bem marcadas de Blues, mas já com a presença de riffs de puro Rockabilly. Tinham como particularidade um dueto de backing vocals femininas. Terminaram em 1988, acabando Jorge Bruto (voz) e Pinela (baixo) por formar mais tarde os Capitão Fantasma. (Underworld Magazine, 2006)
NO RASTO DE ...
Os Capitão Fantasma eram formados por 3 ETR e por Manolo (ex-Crise Total).
António Forte tocou com os Osso Exótico. Trabalhou na produtora de televisão Latina Europa onde colaborou em programas como "Ícaro" e "Pop-Off"
Biografia retirada daqui
sábado, 11 de outubro de 2014
quinta-feira, 9 de outubro de 2014
terça-feira, 7 de outubro de 2014
domingo, 5 de outubro de 2014
sexta-feira, 3 de outubro de 2014
Grupos dos Anos 80 - Ecos da Cave
Grupo de Santo Tirso formado em 1987. Os elementos do grupo eram Carlos Lima (guitarra e harmónica), Armindo (baixo), Francisco (guitarra), José Augusto Costa (bateria) e Alfredo (voz).
Em 1988 concorrem ao 5º Concurso do RRV onde chegam às meias-finais. O tema "Desejo" aparece na compilação "Registos" que incluí as oito bandas melhor classificadas .
Alfredo sai do grupo em Setembro de 1989.
Chico Zé (guitarra), Armando Lima (baixo), Carlos Lima (guitarra, teclas, harmónica, voz), Zé Costa (bateria, percussão) e Rafael (voz) gravaram o seu disco de estreia entre Fevereiro e Julho de 1991 nos estúdios Pinguim.
O LP "As Papoilas do Campo Estéril" (ET91003) foi editado em Outubro de 1991 pela El Tatu. Temas do Lado A : "O Vôo da Gaivota na Praia Poluída", "Ariana", "Espírito Livre", "Belzebu" e "Dilema". Lado B: "Nocturnos", "4 Paredes", "Farrapo Hunano" e "Odeio Amar-te".
Em 1992 participam na primeira edição das Noites Ritual Rock. Apresentam algumas composições em inglês e uma versão de um tema de José Afonso.
Em 1993 foram cabeça de cartaz da primeira edição do Festival Paredes de Coura.
Em 1994, os Ecos da Cave gravaram nos Estúdios Avé Mania, com produção de Carlos Lima. O disco com o título provisório de "O Silêncio Extremo do Aborígena" iria incluir temas como "Com o Álcool", "Vejam Bem" (versão de José Afonso), "Drop Down Dead", "Grande Lua", "Corre Como Um Cão", "Nova Guerra", "Visão Utópica", "Parte P'ra Vida", "Velhote", "Defeitos Humanos" e "Nada".
O grupo acabaria por terminar em 1995.
DISCOGRAFIA
As Papoilas do Campo Estéril (LP, El Tatu, 1991)
Colectâneas
Registos (1989) - Desejo
NO RASTO DE...
José Costa tem uma agência de management, a Banzé, formada em 1997, que trabalha ou trabalhou com nomes como Naifas, Haus En Factor, Stealing Orchestra e Fat Freddy. É também proprietário, desde 1991, do bar "Carpe Diem". Em 1994 organizou um Festival de Verão, em Santo Tirso, que contou com nomes como Cães Vadios, Mão Morta, Tarântula e Tédio Boys.
Os outros elementos da banda abriram o Estúdio Euterpe em Santo Tirso.
Os ECOS são uma banda que tem a sua origem nos Ecos da Cave onde ainda permanecem dois dos seus elementos.
Biografia retirada daqui
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
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