Páginas

domingo, 30 de agosto de 2015

Joaquim d'Azurém

Joaquim José Faria Ferreira nasceu em Azurém, Guimarães, no ano de 1959.

Com 5 anos vai viver para Paris com a família. É aí que inicia a aprendizagem de música e viola clássica. Em 1984 tem um contacto com a guitarra portuguesa que passa a ser  o seu instrumento de eleição.

Em meados de 1986 regressa a Portugal fixando-se em Óbidos.

O seu disco de estreia, "Transparências", esteve para ser editado pala Ama Romanta, é editado pela Edisom em Maio de 1989. Adopta o nome artístico de Joaquim D'Azurém.

O álbum, gravado em França e em Portugal, inclui os temas "Jardim de Recordações", "Ressurreição", "Dança", "Lágrimas", "Transparências", "Vidas Longínquas" e "Cristais d'Água".

Actua em Bruxelas por ocasião da edição portugália da Europália 91. Actuou também na inauguração do CCB e no Festival de la Guitairre de Thiais (França).

Colabora no disco "O Verbo" (1996) dos Diva e actua na Bienal do Livro do Rio de Janeiro.

Durante a Expo-98 participa no Festival da Guitarra Portuguesa dirigido por Pedro Caldeira Cabral.

Manteve um site em http://joaquimdazurem.123som.com onde era apresentado outro dos seus trabalhos: "Jogos Matinais".

DISCOGRAFIA
Transparências (LP, Edisom, 1989)
Jogos Matinais ()

Informação retirada daqui

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Jarojupe

O nome é um acrónimo de Jaime, Rosa, Juca e Pedro, os quatro irmãos de Viana do Castelo que formavam a banda. Em 1981 participaram no festival Só-Rock, em Coimbra, onde atingiram o 4º lugar. No ano seguinte venceram a "Grande Noite do Rock" mas não chegaram a gravar o single correspondente à vitória no concurso.

No dia 15 de Dezembro de 1984 participaram no Festival Heavy Metal de St.º António dos Cavaleiros.primeiro single

Em 1985 lançaram o single "Pecado Mortal".

Foram para Madrid no ano seguinte onde ficaram durante quatro anos.

O primeiro álbum, "I Need A Dream To Live", foi editado em 1991. 

Em Maio de 1993 actuaram ao vivo na Gartejo onde gravaram o álbum "Jarojupe ao Vivo, Lisboa/Gartejo" que foi editado em 1995 com distribuição da Polygram.

O disco "+ Perto" foi editado em 1997. No disco participaram o baterista Francisco Cardoso, o percussionista Pancho Tarabbia e o guitarrista de flamenco Cuchus Pimentel.

Em 2000 foi lançado o álbum "Coragem".

Em 2003 apresentam o single "Desolation", que foi apresentado sobre a forma de single e DVD, como cartão de visita do 5º álbum.

O disco "25th"

DISCOGRAFIA
Pecado Mortal/Criatura Sinistra (Single, Horizonte, 1985) 
I Need a Dream To Live (CD, GAM, 1991)
Jarojupe ao vivo (CD, Independent, 1995)
+ Perto (CD, Estúdio 128, 1997)
Coragem (CD, Ed. Autor, 2000)
25th (Compilação, Independent, 2006)

NO RASTO DE ...
Em 2003 apresentam o single "Desolation", que foi apresentado sobre a forma de single e DVD, como cartão de visita do 5º álbum.

Informação retirada daqui

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Janita Salomé

João Eduardo Salomé Vieira nasceu na vila do Redondo em 17 de Maio de 1947. O pai era ourives e um cantor excelente que sempre estimulou os filhos para a música. Janita , o mais novo de cinco irmãos, começou a cantar com 8 ou 9 anos e depois dos 16 anos integra alguns grupos de baile como o conjunto Planície e os Vagabundos do Ritmo.

Com 18 anos sai do Alentejo e vai para Lisboa trabalhar como funcionário judicial.

Com o Grupo de Cantadores do Redondo grava, em 1978, o disco "O Cante Da Terra".

Em 1980 torna-se músico profissional quando passa a acompanhar Zeca Afonso ao vivo. O seu primeiro álbum a solo, "Melro", com canções alentejanas e fados de Coimbra, foi editado em 1980.

Descobre a música da África árabe em 1981 durante uma estada em França.

Em 1983 foi editado o álbum "A Cantar Ao Sol" com produção de João Gil. Recebe o "Se7e de Ouro" e osPrémios de Revelação das revistas "Música & Som" e "Nova Gente".

O disco "Lavrar Em Teu Peito", produzido novamente por João Gil, foi editado em 1985. Participou também no álbum "Galinhas do Mato" de José Afonso.

"Olho de Fogo" foi editado em 1987 pela Transmédia. A produção deste disco foi de José Mário Branco.

Estreou-se como actor, desempenhando o papel de Conde de Óbidos, na peça "Margarida do Monte" do grupo A Barraca. Janita musicou "Cante Cigano" e "Margarida No Convento" para esta adaptação de Hélder da Costa de um texto de Marcelino Mesquita. 

Em 1990, formou o projecto Lua Extravagante com os seus irmãos Vitorino e Carlos Salomé e com a cantora Filipa Pais. O disco homónimo foi editado em 1991.

O álbum "A Cantar à Lua", que implicou uma recolha de fados de Coimbra dos anos 20 e 30, foi editado também em 1991.

Janita Salomé regressou aos discos em 1994 com o álbum "Raiano" produzido por Fernando Júdice. Em 1995 recebeu o Prémio Blitz para melhor voz masculina nacional. 

Participou no disco "Voz & Guitarra" de 1997 com os temas "Os Homens do Largo" (com Pedro Jóia) e "Não é Fácil o Amor". Participa também no disco "Três Estórias à Lareira".

Janita Salomé e o seu irmão Vitorino realizam, em Fevereiro de 1998,  no Centro Cultural de Belém, dois concertos em homenagem a Zeca Afonso.

Durante a Expo 98 participou na rubrica "As Vozes" e foi o convidado de Sofia de Portugal no seu espectáculo "Afinidades".

Participou no disco "Canções Proibidas: o Cancioneiro do Niassa", com as canções de campo da guerra colonial, que contou com a participação de outros interpretes como Rui Veloso, Paulo de Carvalho e Carlos do Carmo, entre outros.

"Músicas de Sol e Lua", um projecto que inclui a participação de Sérgio Godinho, Vitorino, Filipa Pais, Janita Salomé e Rão Kyao que são acompanhados por vários instrumentistas, foi apresentado pela primeira vez a 11 de Julho de 1999, em Bona, no Festival da Lusofonia.

A NDrecords editou a banda sonora do espectáculo "Tempo", estreado no Casino Estoril em Julho 2000, com música de Pedro Osório e com a participação dos cantores Rita Guerra e Janita Salomé.

O disco do projecto Vozes do Sul, dirigido por Janita Salomé, com a intenção de celebrar o cante alentejano, foi editado em 2000. No disco participaram: Os Ceifeiros de Pias, As Camponesas de Castro Verde, Grupo da Casa do Povo de Serpa, Cantadores do Redondo, Filipa Pais, Bárbara Lagido e Catarina, Marta, Patrícia, Janita e Vitorino por parte da familia Salomé. O disco estava pronto desde 1998 mas só saiu em 2000 porque não foi fácil arranjar editora. A edição foi da Capella, uma etiqueta ligada aos estúdios Audiopro.

O disco "Vozes do Sul foi recompensado com a atribuição do Prémio José Afonso de 2000. Participa no disco "Canções de Embalar" organizado por Nuno Rodrigues (ex-Banda do Casaco).

O disco "Tão Pouco e Tanto", com cinco temas inéditos e seis regravações, foi editado em Maio de 2003. O disco contou com a participação de José Peixoto, Mário Delgado, Pedro Jóia e José Mário Branco. Dulce Pontes colabora no tema "Senhora do Almortão".

Em Março de 2004 apresenta o disco "Tão Pouco e Tanto" no Grande Auditório do CCB. Em Abril, trinta anos depois do 25 de Abril, é editado o álbum "Utopia", registo dos concertos de Vitorino e Janita Salomé, onde interpretaram canções de José Afonso.

Em 2007 é editado o disco "O Vinho dos Amantes".

DISCOGRAFIA
Melro (LP, Orfeu, 1980)
A Cantar Ao Sol (LP, EMI, 1983)
Lavrar Em Teu Peito (LP, EMI, 1985)
Olho de Fogo (LP, Transmédia, 1987)
A Cantar À Lua (CD, Edisom, 1991)
Raiano (CD, Farol, 1994)
Tão Pouco e Tanto (CD, Capella, 2003)
Utopia (CD, EMI, 2004) (com Vitorino)
O Vinho dos Amantes (CD, Som Livre, 2007)

Outros:
O Cante da Terra (LP, Orfeu, 1978) (Grupo de Cantadores do Redondo)
Lua Extravagante (CD, EMI, 1991) (Lua Extravagante)
Vozes do Sul (CD, Capella, 2000) (vOZES DO SUl)

Colectâneas
Voz & Guitarra (1997) - Os Homens do Largo (com Pedro Jóia)/ Não é Fácil o Amor
Três Estórias à Lareira (1997) - Tema do Marinheiro / Tema de Fernão de Magalhães
Canções proibidas: o Cancioneiro do Niassa (1999) - Erva Lá Na Picada /  Fado do Miliciano / Hino do Lunho
Canções de Embalar (2001) - Matita

COMENTÁRIOS
[o que que mais me atrai na cultura árabe é] a poesia. As nossas raízes passam muito pela presença dos povos na Península Ibérica. Eles deixaram muitas marcas da sua cultura e eu, neste percurso, deixei-me fascinar pela história e tenho continuado a procurar as nossas origens através da cultura árabe. JS/2003

Informação retirada daqui

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Jáfumega

O grupo Mini-Pop esteve na origem dos Jáfumega. Os Mini-Pop, quarteto de adolescentes onde pontificavam os irmãos Barreiros (Mário, Eugénio e Pedro), chegaram a fazer algum furor nos anos 70, em Portugal.

Oriundos do Porto, os Mini-Pop gravaram alguns discos de sucesso como "Era Uma Casa Muito Engraçada". Os músicos do grupo foram adquirindo formação musical na área do Jazz e decidiram dar corpo a um novo projecto musical que baptizaram com o nome de Jáfumega.

Para isso, ao núcleo dos irmãos Barreiros juntaram-se o saxofonista José Nogueira e o baterista Álvaro Marques, para além do cantor Luís Portugal.

Em 1980 editam o seu primeiro trabalho, totalmente cantado em inglês e, singelamente intitulado "Estamos Aí". Neste trabalho já é possível ver algumas das pistas que irão ser exploradas em futuros trabalhos da banda.

As vocalizações são repartidas entre a voz aguda de Luís Portugal e a voz grave de Eugénio Barreiros. O tema mais conhecido deste disco, gravado com poucos recursos e com uma prensagem deficiente, é "There You Are", que chegou a ter algum "airplay" no programa "Rock em Stock", de boa memória.

Em pleno Boom do Rock português o grupo decide cantar em português e obtém um estrondoso sucesso com o single "Dá-me Lume", que contém o reggae "Ribeira", no lado 2. Este tema, cujo refrão andava na boca de toda a gente ("A ponte é uma passagem, p'rá outra margem..."), transforma os Jáfumega num dos grupos mais solicitados para concertos em todo o país.

Não é por isso de estranhar que, em Janeiro de 1982, o grupo se apresente ao vivo na cidade da Guarda, onde proporcionou um espectáculo inesquecível, não só pela qualidade da sua música, mas porque Luís Portugal estava doente e não pode estar presente. Eugénio Barreiros substituiu-o nas vozes e ouvir a "Ribeira" na voz potente de Eugénio fica na memória.

Pouco tendo a ver com o Rock português os Jáfumega tinham no seu line up alguns dos melhores músicos portugueses, disso não havia dúvidas.

O regresso da banda dá-se com o LP "Jáfumega" que inclui "Latin'américa" e "Kasbah". Extremamente bem produzido e bem tocado, o álbum é muito bem recebido pela crítica e pelo público.

Em 1983 o grupo edita o seu último trabalho de título "Recados", subdividido em "Recados da Cidade" e "Recados do Campo". Temas como "Romaria" ou "La Dolce Vita" revelam-se sucessos na rádio, mas não trazem ao grupo grandes proveitos comerciais, pelo que a banda se dissolve em 1984.

[Em Junho de 1985 ainda é anunciada a intenção da banda lançar um novo disco, "São João Brejeiro", para o qual já tinham vários temas.]

Recordados com grande saudade por todos aqueles que os viram e os ouviram, os Jáfumega, dignos representantes da boa música portuguesa, são hoje colocados na galeria dos clássicos...

Curiosamente, os Jáfumega não começaram por gravar em português. A primeira edição da banda foi em inglês, mas a grande notoriedade junto do público só se conseguiu um pouco depois, na Primavera de 1981, com "Ribeira", uma canção inspirada pela zona ribeirinha do Porto que fez um sucesso estrondoso na rádio. Mas, os Jáfumega tiveram a particularidade de já serem bem conhecidos mesmo antes da primeira edição em vinil, "Estamos Aí", em 1980. Tinham um público fiel, conquistado nos concertos ao vivo, desde há alguns anos. "Fazíamos para aí uns 100 mil quilómetros por ano, já tínhamos concertos em Espanha, mesmo antes de sequer termos editado qualquer disco", aponta o ex-baterista Álvaro Marques.

Os Jáfumega duraram seis anos, durante os quais editaram três álbuns e um single, todos de reconhecida qualidade e maturidade musical. A banda dissolveu-se, porém, num momento em que tinham praticamente todo o material pronto para gravar um novo álbum. "A questão essencial é que [depois da edição de "Recados", em 1983] já tinha passado o 'boom' e toda aquela euforia das editoras. Já não queriam gravar tudo o que lhes era proposto e começaram a surgir exigências de comercialismos fáceis e imediatos com que nunca tínhamos pactuado e com os quais não iríamos passar a compactuar", afirma José Nogueira.

Mário Barreiros explica também que a "suspensão" dos Jáfu'mega se deveu ao facto de "começar a tornar-se difícil juntar todos para os ensaios": "Já andávamos a ensaiar por sectores e cada um começava a seguir rumos muito diferentes, até musicalmente. Chegou um momento em que a situação se tornou óbvia". Outro dos irmãos Barreiros, Pedro, recorda que os Jáfu'mega "nunca foram um grupo temerário": "a banda sempre viveu muito dos ensaios, do trabalho conjunto e era só nesse sentido que os Jáfu'mega faziam sentido". Eugénio Barreiros vai ainda mais longe: "Os Jáfu'mega eram aqueles seis músicos, juntos, naquela altura. Foi apenas um episódio na longuíssima história musical de qualquer um de nós". Todos parecem partilhar este entendimento, parecendo quase impossível alguma vez se vir a assistir a uma reunião dos Jáfu'mega. "Só se for para um concerto pela paz" brinca Eugénio Barreiros. Como afirma José Nogueira, "nenhum deixou de ser músico, nenhum parou, não ficou nenhum fio solto no qual pegar outra vez, não ficou nada lá solto para se pegar agora".

DISCOGRAFIA
Estamos Aí (LP, Metro-Som, 1980)
Jáfumega (LP, Polygram, 1982)
Recados (LP, Polygram, 1983)
Jáfumega (compilação, Polygram, 1990)

SINGLES
Dá-me Lume/Ribeira (Single, Metro-Som, 1981).
Running Out/Zugueira (Single, Metro-Som, 1982).
There You Are/My Daddy's Rock (Single, Metro-Som, 1982)
Latin'América/Nó Cego (Single, Polygram, 1982)
La Dolce Vita/Romaria (Single, Polygram, 1983)

COMPILAÇÕES S.E.
O Melhor de 2 - Taxi/Jafu'mega (Compilação, Universal, 2001)

COMENTÁRIOS
Existiu pouco tempo entre os dois [Mini Pop e Jafu-Mega]. Havia muita necessidade de fazermos música original, depois daqueles anos a tocar versões e a trabalhar nesse sentido. Conhecemos pessoas que gostávamos, como o António Pinho Vargas e o José Nogueira, e participávamos nas 'jams' da Cooperativa Árvore. Eram sessões onde apareciam muitos músicos do Porto, o Vítor Rua, o Jorge Lima Barreto, o Rui Reininho... (...) Passado pouco tempo, organizámos um grupo, os Jafúmega, com o baterista dos Psico e com o António Pinho Vargas e o José Nogueira que tocavam nos Abralas [grupo de jazz-rock instrumental]. Foi uma simbiose entre três grupos. Mário Barreiros / Luso Beat

Naquela época, fizemos tudo o que era possível fazer. E, em minha opinião, deixámos coisas intemporais. Por outro lado, o mercado não tinha a abertura que tem hoje e os membros do grupo, excelentes músicos e executantes, sentiam a necessidade de experimentar coisas diferentes. Assim, optámos por uma pausa temporária mas, infelizmente, a paragem foi fatal. Luís Portugal / Clix Porto 2001

NO RASTO DE...
Luís Portugal: Cinco anos depois do fim do grupo não resistiu ao apelo do coração e regressou às lides musicais, fazendo parte do Sexteto de Carlos Araújo, projecto de curta duração que deu lugar ao grupo Luís e os Vandidos. Após alguns estudos de marketing, chega à conclusão que o nome de Luís Portugal resultava melhor em termos comerciais, pelo que o disco "Coisas Simples", editado em 1992, "um trabalho um pouco naif e ingénuo", surgiu em nome próprio. Um disco que, sendo pouco linear, tinha o condão de misturar rock com música tradicional portuguesa. Seguiu-se "Alta Vai A Lua", em 95, onde faz uma recolha de música tradicional, canta temas de Natal e dos Reis e experimenta uma nova vertente para a sua música.  Lançou um disco ao vivo  onde dá voz a temas intemporais da banda que lhe deu maior visibilidade, como "Ribeira", "Latin'America" ou "Nó Cego". "Ainda bem que fui eu a dar voz a esses temas. Regozijo-me com isso, mas não nego que me distanciei do que fazia naquela altura". (texto de J. M. Simões/ JN)

Mário Barreiros além de tocar com o seu Sexteto de jazz é um dos mais conceituados produtores da actualidade (Pedro Abrunhosa, Clã, Ornatos Violeta, Silence 4, Santos & Pecadores, ...). É o proprietário dos Estúdios MB, situados em Canelas.

Álvaro Marques trocou os pratos e as baquetas pela vida de empresário e tomou por rumo a profissão de engenheiro. (Pública/99)

Eugénio Barreiros abraçou o ensino e é na Escola de Jazz do Porto que lecciona piano e expressão em canto, para além de ir aqui e além fazendo música para genéricos e projectos de dança. (Pública/99)

Pedro vai dando "uns toques num hotel, com um pessoal amigo", dá aulas de baixo, e trabalha numa loja de instrumentos musicais do Porto. (Pública/99)

José Nogueira - O saxofonista que vinha do jazz antes de integrar os Jáfumega, regressou ao jazz. Tornou-se cúmplice por excelência do pianista António Pinho Vargas, quer como músico quer como produtor. Não se desligou da loja de instrumentos musicais, negócio de família antigo, e desempenha desde há alguns anos as funções de consultor da Fundação de Serralves na área do jazz. (Pública/99)

Informação retirada daqui

sábado, 22 de agosto de 2015

Iodo

Grupo da Margem Sul formado por Rui Madeira (voz), Jorge Trindade (guitarras), António "TóPé" Pedro (baixo), Alfredo Antunes (bateria) e Luís Cabral (teclas).

Em 3 de Fevereiro de 1981 estrearam-se no Rock Rendez Vous e foram convidados por Manuel Cardoso a ingressar na editora Vadeca. Gravam quatro temas no Angel Studio.

 Lançaram o primeiro single com os temas "Malta à Porta" e  "Aqueles Dias".

Em Maio tocaram nos programas "Febre de Sábado de Manhã" e "Passeio dos Alegres". Tony Silva, no auge do "boom" do rock português, faz uma versão do tema.

Tocam como convidados no Só Rock de Coimbra e em 26 de Junho fazem a primeira parte do concerto de Iggy Pop em Cascais.

Em Julho, o baterista Raul Alcobia entra para o lugar de Alfredo.

"Malta à Porta" foi um dos grandes sucessos desse ano. Atinge o primeiro lugar do Top do programa "Rock Em Stock", ostentando o conhecido autocolante com essa menção, e chega aos primeiros lugares do tabela  "Todos no Top" da Rádio Comercial onde permaneceu entre os meses de Junho e Outubro.

Em Outubro e Novembro voltam a participar nos programas de Júlio Isidro. O segundo single gravado nas mesmas sessões do disco anterior é editado nessa altura. "A Canção" chega a entrar para o Top do TNT, em Dezembro, mas fica poucas semanas nunca saindo do 20º lugar.

Em 20 de Dezembro de 1981 actuaram em Vila Franca de Xira por ocasião da festa do Musicalíssimo.

José Luís Barros entra para o lugar de Tó Pé.

Em 1982 é editado o álbum "Manicómio", com co-produção e arranjos de Iodo e Frodo. O disco inclui os temas "Ceby", "Lendas",  "As Novas das Tesouras Velhas", "Foz de Um Beijo", "Introdução Para O Lado B", "Expiração de Um Louco", "Ventos do Além", "Instrução Mental", "Deixo-me ir?" e "Conclusão de B e introdução para C... ". A maioria dos temas é de Luís Cabral. O tema em maior destaque foi "Ceby (Boneca de Cera)" mas o disco não obteve muito sucesso.

DISCOGRAFIA
Malta à Porta/Aqueles Dias (Single, Vadeca, 1981)
A Canção/Pedro e o Lobo (Single, Vadeca, 1981)
Manicómio (LP, Vadeca, 1982)

NO RASTO DE...
O guitarrista Jorge Trindade tem um blog onde fala do percurso da banda.

Informação retirada daqui


quinta-feira, 20 de agosto de 2015

In Loco

Grupo de Lisboa formado em 1987. Os elementos eram José Fernando Santos (voz), Fernando Alberto Guiomar (guitarra), José António Sousa (bateria), Maria João Castanheira (teclas) e Ralf Staub Martins (baixo).

Em Fevereiro de 1987 participaram no 4º Concurso de Música Moderna, organizado pelo Rock Rendez-Vous, mas acabaram por ser excluídos após assinarem contrato com a RM Discos, editora ligada à Dansa do Som.

É editado o seu primeiro single com os temas "Já Não Há Heróis" e "Lobisomem". O single obtém grande sucesso vendendo mais de 9.000 cópias.

Em 1988, os In Loco lançaram um novo single com os temas "Passageiro da Noite" e "Atlântida". No ano seguinte foi editado o single "Feitiço da Lua".

O grupo ainda durará até ao ano de 1991.

Em 2003 regressam com José Fernando (voz), Fernando Guiomar (guitarra) e Alfredo (bateria). A estes juntaram-se um baixista e um teclista.

Em Junho de 2003  é editado o álbum "Já Não Há Heróis" que inclui temas como "Já Não Há Heróis", "Passageiro da Noite", "Chuva de Cores", "Português Marinheiro" e "Leve o Tempo que Levar". 

DISCOGRAFIA
Já Não Há Heróis/Lobisomem (Single, RM Discos, 1987)
Passageiro da Noite/Casos (Single, RM Discos, 1988)
Feitiço da Lua/Atlântida (Single, RM Discos, 1989) 
Já Não Há Heróis (CD, Ovação, 2003)

NO RASTO...
Fernando Guiomar colaborou com Vítor Rua no Conjunto de Mandelbrot, Ressoadores e Vydia Ensemble. Também fez parte do Duo Cantabile com o flautista António Marques. Chegou a fazer a pré-produção do seu primeiro álbum a solo que esteva previsto para 1994. Em 1995 entrou para os Duplex Longa. Depois esteve no Trio de Guitarras de Lisboa que lançaram um álbum em 1997. Actualmente faz parte dos Trape-Zape que lançaram em 2002 o seu álbum de estreia, homónimo.

Padi tocou com os Civitae (CMMRRV, 1988), General Peck e Tambor.

Informação retirada daqui

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Ik Mux

Em Setembro de 1986, Armando Teixeira (guitarra, voz), Luís Paiva (teclas) e Pedro Cabral (baixo) juntam-se para formar os Ik Mux. O nome do grupo foi inspirado no nome do pintor Edvard Munch. As suas principais influências centravam-se na música Alternativa/Dance/Industrial na onda dos Clan of Xymox ou Dance Society. 

O primeiro concerto foi no 5º concurso de Música Moderna do Rock Rendez-Vous. Ainda antes das meias finais desse concurso ocorrem algumas modificações na formação. Paulo Coelho (ex-Dinamo Ibérica) inicia-se como vocalista (através de uma resposta a um anúncio publicado no jornal Blitz) e Pedro Cabral é substituído temporariamente por Jorge Dias (ex-Dinamo Ibérica). O grupo é eliminado na meia-final que teve como vencedores os Sitiados.

Após esse concerto o baixo passou a ser sequenciado tal como acontecia com a Caixa de Ritmos. Seguiram-se vários concertos  e ficam em 3º lugar no III concurso de música moderna da Amadora. 

O grupo chega a gravar um disco mas a editora MBP, que pagou a gravação do disco, foi à falência.

Gravam o teledisco de "Novo Estado Novo" [tema em que samplaram a voz de Salazar] no espaço do Clube Português de Artes e Ideias, na Feira de Indústrias de Cultura (1989). Este teledisco, realizado por José Pina,  ganhou o primeiro prémio num festival do Porto, em 1990.

São uma das bandas participantes no Concurso Aqui D'el Rock organizado pela RTP. Participam também no Concurso Pepsi/RFM que acabariam por vencer. Como prémio tiveram direito à gravação de um disco. 

Os temas do grupo são incluídos em várias colectâneas e o grupo chega a receber algumas propostas de editoras estrangeiras interessadas no trabalho do grupo.

Os concertos começaram a rarear o que originou alguma desmotivação. É uma fase em que os elementos do grupo começaram a dividir-se por outros projectos. 

O disco só seria editado em Fevereiro de 1994 apesar de ter sido gravado entre Julho e Setembro de 1992. "Alma do Insecto" inclui os temas "Lugosi e Garbo", "Chuva Ácida" (o primeiro tema composto pelo grupo), "Shirley", "Germe, "Em Chamas" e "A Alma do Insecto". Optaram por incluir as músicas que marcaram as fases do grupo embora considerassem que algumas músicas importantes tenham ficado de fora.

A banda já tinha praticamente acabado quando fizeram o disco por isso não foi de estranhar que terminassem as suas actividades logo a seguir.

DISCOGRAFIA
Alma do Insecto (CD, Polygram, 1994)

Colectâneas
Insónias (1989) - NOVO Estado NOVO
Cybernetic Biodred Transmission (1992) - 1º Encontro Entre Lugosi e Garbo
Coma - International Sample (1992) - Toda a Atracção Pelo Choque me Trai
Corrosão Cerebral (1992) - Germe

NO RASTO DE...
Armando Teixeira continua nos Bizarra Locomotiva. Formou os Boris Ex-Machina e esteve bastante tempo nos Da Weasel. Mais recentemente formou os projectos Balla e Bulllet.

Luís Paiva e Paulo Coelho formaram os Pukaroo, em 1996.

Paulo Coelho está nos More República Masónica desde 1989.

Luís Paiva chegou a tocar com os Kandinski.

Informação retirada daqui

domingo, 16 de agosto de 2015

Ibéria


Em meados de 1986, os ex-Asgarth João Alexandre (voz), João Sérgio (baixo) e Toninho (guitarra) decidem formar os Ibéria. Passam a contar com a participação de Francisco Landum (ex-TNT, Samurai) que desempenhava a figura de guitarrista, produtor e compositor, mas oficialmente não era musico da banda, sendo considerado musico de apoio.


No início de 1987 gravaram a primeira maqueta com os temas "Hollywood" , "Lady in Black" e "Warriors". Pouco tempo depois, Tony Cê entra para baterista da banda. 

As canções atingem os tops de alguns programas de metal e de Música Moderna Portuguesa, sendo de realçar o programa "Luso Clube" onde "Hollywood" atingiu o 2º lugar após 36 semanas de permanência.

Assinaram com a Discossete que deu ao grupo a possibilidade de gravarem, sem restrições, um mínimo de 10 temas por ano durante os 3 anos seguintes. Multinacionais como a Polygram e a EMI exigiam a gravação das músicas em português.

Em Março de 1988 gravam os temas "Hollywood", "Feels Like Love" e "All Night Flying" e uma versão extensa de "Hollywood" para incluir no Máxi-single. O single com os temas "Hollywood" e "Feels Like Love" foi lançado no mês de Abril.

"Hollywood" atinge o 3º lugar no top do novo "Rock em Stock". O grupo participa no espectáculo "Helping Hands" de apoio à Associação Nacional de Deficientes e Francisco Landum abandona os Samurai para se dedicar exclusivamente aos Ibéria. Nesse mesmo mês forma-se o Ibéria Fun Club que duraria até 1993.

Toninho abandona a banda durante algum tempo devido a motivos profissionais e João Alexandre passa a acumular o lugar de guitarrista ritmo com o de vocalista. Acaba por ser cancelada a edição do máxi-single e o grupo entra em estúdio em Setembro para gravar o álbum de estreia.

O LP "Ibéria", com produção de Landum e co-produção dos Ibéria, foi editado em Dezembro de 1988. O disco incluía os temas: "The Warriors Waltz/Warriors", "She’s So Lovely", "Sex Gun", "Lady in Black" e "Fuck the Teacher" (lado 1) e "No Pride", "Unfaithful Guitars" , "Some Girls", "Children of the World" e o instrumental "The Sailing Way to India" no lado 2.

O tema "No Pride" é difundido, no dia 20 de Janeiro de 1989, no programa "Friday Rock Show" da BBC - Radio 1. Os Ibéria tem direito à  capa e a cinco páginas na edição de 1 de Fevereiro do jornal "Se7e".

Alguns acidentes com elementos ligados grupo e a incorporação de João Alexandre no SMO levam a uma diminuição da actividade do grupo. Tony Cê e Francisco Landum acabam por sair do grupo e entra o baterista Tony Duarte (ex-Asgarth e ex-Samurai).

Em 1990 foi editado o álbum "Heroes Of The Wasteland", produzido por Francisco Landum e com co-produção dos Ibéria. O disco inclui os temas "Deep Cuts The Knife", "Heroes Of The Wasteland", "México" (único tema em português), "I'm Not A Fool", "Rock'n Roll Star", "Got To Run", "Please, Please", "Stripteaser", "Do You Wanna Die?" e "China Girl".

Toninho sai em Novembro para acompanhar os UHF e Tony Duarte também sai. Os seus lugares são colmatados com a entrada do guitarrista Vasco Vaz e do baterista Marco, ambos vindo dos Braindead.

Em Meados de 1990, os Ibéria comemoram o seu 5º aniversário com um concerto na União Banheirense, na Baixa da Banheira. Em Agosto participam no festival "Sim À Vida" que ocorreu no estádio do Barreirense. 

A editora Discossete não aceita a gravação do terceiro disco de originais o que leva a  uma ruptura entre as duas partes. A editora ainda lança uma colectânea "To Love" com uma balada antiga "Lady in Black" e a colectânea "Estradas de Fogo" que incluía os temas previstos para o Maxi-Single: "Hollywood – versão extensa, "Feels Like Love" e o inédito "All Night Flying". 

Os elementos do grupo dividem-se por outros grupos levando a uma paragem dos Ibéria. O projecto é retomado em finais de 1992. A Toninho, João Alexandre e João Sérgio juntam-se o vocalista Miguel Angelo (ex-Shangai Blue) e o baterista Quim Andrade (ex-Da Vinci).

A banda passa a dedicar-se a um repertório em português recuperando o tema "Mexico" e alguns temas já preparados para o terceiro disco. O grupo ainda grava um maqueta com Toninho como vocalista principal e gravam, nos estúdios Heaven Sound, o tema "Sismo" para incluir numa maqueta em conjunto com os Arabian Penthouse. 

Em finais de 1993, João Alexandre abandona a banda para ir para Inglaterra e passa Miguel a acumular as funções de guitarrista ritmo. Quim Andrade sai do grupo e entram o guitarrista Vítor Brás (ex-Shangai Blue) e o baterista Pedro Torrão (ex-Desatino Total).

O ano de 1994 é passado em ensaios com o grupo a procurar novas sonoridades com a inclusão da guitarra portuguesa e a adopção de sons acústicos.

No dia 9 de Março de 1996, os Ibéria fazem em directo um concerto acústico na Radio Super FM. Em Junho actuam no Johnny Guitar. 

O grupo enceta negociações para a gravação do disco desejado. No entanto Miguel Angelo decide sair do grupo devido a problemas pessoais e os restantes elementos decidem acabar com o grupo após 10 anos de actividade.

DISCOGRAFIA
Hollywood/Feels Like Love (Single, Discossete, 1988)
Ibéria (LP, Discossete, 1988)
Heroes of the Wasteland (LP, Discossete, 1990)

Colectâneas
Estradas de Fogo (1993) - Hollywood (versão extensa) / Feels Like Love / All Night Flying

NO RASTO DE...
João Alexandre foi para Inglaterra tirar um curso de Engenheiro de Som. Miguel foi para a Inglaterra onde se encontrou com o João Alexandre e onde ambos ainda residem. Actualmente está afastado de qualquer actividade musical.

João Sérgio, Toninho e Victor Brás formaram os E.D.P. (Escravos do Presidente) em 1997.

Pedro Torrão tocou com outras bandas entre as quais os Ferro & Fogo. Toninho trabalha por vezes com A.M.Ribeiro no seu projecto a solo.

João Sérgio entrou para os X-Stand (uma conhecida banda de covers) onde tocava o seu irmão Ricardo Reis.

Quim Andrade saiu do grupo para integrar os Gatos Negros de Vítor Gomes. Dedica-se a um projecto na área do Techno.

Francisco Landum (ou Ricardo) desligou-se da música ao vivo quando tinha 30 anos depois de ter passado pelos Da Vinci. Tem um estúdio (Aikesom) e compôe para muitos nomes da denominada "música pimba". Compôs e gravou o álbum de estreia da sua mulher Cristina Cross.

Vasco Vaz entrou para os Mão Morta em fins de 1995. Marco esteve nos Peste e Sida e Bizarra Locomotiva, entre outros projectos. 

Informação retirada daqui