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segunda-feira, 13 de julho de 2015

Heróis do Mar


Após o fim do grupo Corpo Diplomático, em Setembro de 1980, Pedro Ayres Magalhães recruta António José de Almeida (baterista dos Tantra) e Rui Pregal da Cunha para dar corpo a um novo projecto intitulado Heróis do Mar.

Continuavam com Pedro Ayres, vindos do Corpo Diplomático, Carlos Maria Trindade e Paulo Pedro Gonçalves.

Após vários meses de ensaios, os Heróis do Mar lançam o seu primeiro single em Agosto de 1981. Este disco continha os temas "Saudade" e "Brava Dança dos Heróis".

O grupo reflecte alguma estética nacionalista nas suas roupas e nas letras das canções. Houve, até, quem os acusasse de neofascistas ou neonazis.(1)

O seu LP de estreia contém os temas do single e outros como "Magia Papoila", por exemplo.

O seu estilo musical, de início, ainda que próximo de algumas fontes portuguesas ia beber ao fenómeno neo-romântico que despontava em Inglaterra capitaneado por grupos como os Spandau Ballet ou os Duran Duran.

Em Junho de 1982 é editado o máxi-single "O Amor"(2), o seu primeiro mega-sucesso comercial. Este disco conta, no lado B, com uma versão em que canta Né Ladeiras, artista com a qual os Heróis do Mar tinham gravado (enquanto músicos de estúdio) o LP "Alhur".

Em Agosto seguinte tocam na primeira parte do concerto dos King Crimson e dos Roxy Music, que os levam até Paris para actuarem na primeira parte da sua actuação em França.

O seu segundo disco "Mãe" tinha uma bela capa, mas apresentava fragilidades a nível das vocalizações de Rui Pregal e nenhuma canção deste disco se consegue impor com sucesso. Os temas de maior destaque são "Cachopa" e "Volta P'ra Mim".

O seu disco seguinte ("Paixão") obtém, finalmente, o êxito que tinha fugido com "Mãe" e leva a revista inglesa "The Face" a considerar os Heróis como o melhor grupo de Rock da Europa.(3)

Os músicos dos Heróis são os acompanhantes de António Variações no seu segundo disco "Dar & Receber", gravado em 1984.

Segue-se a edição do disco "O Rapto", [mini-álbum com 4 canções] que inclui "Supersticioso" e "Só Gosto de Ti". Os Heróis do Mar mudam de visual e apresentam-se com camisas rasgadas e tendo já muito pouco a ver com a sua estética nacionalista inicial.

Após lançarem no mercado outro single virado para as pistas de dança intitulado "Alegria" [lançado em Julho de 1985; no início do ano tinham lançado uma colectânea] e terem participado em espectáculos no país e no estrangeiro, partem para Macau onde ficam um mês.

As vivências de Macau transportam-nas para o seu novo disco, justamente intitulado "Macau", gravado nos Estúdios de Paço de Arcos da Valentim de Carvalho, com quem tinham firmado contrato após divergências com a editora inicial, a Polygram.

"Macau" [editado em Dezembro de 1986] é completamente diferente daquilo que os Heróis do Mar fizeram até então. Musicalmente muito mais avançados, os Heróis abandonam as suas vestimentas e deixam a música falar por si própria.

Deste disco, o tema "Fado" teria um relativo sucesso. Pedro Ayres estava já, por esta época, com os Madredeus, o que retirava algum tempo aos Heróis do Mar.

António José de Almeida abandona o grupo, em 1988, e já não participa na gravação do último disco chamado "Heróis do Mar"(4). A bateria é substituída por uma caixa de ritmos, nas gravações, e António Garcia (ex-Mler Ife Dada) é convidado para novo baterista. No entanto, ele não chegará a aquecer o lugar porque o grupo dá por terminadas as suas actividades, devido a diferentes opções dos seus elementos e a diferentes projectos onde, cada um, estava envolvido. (5)

O documentário sobre os Heróis do Mar, "Brava Dança", do jornalista Jorge P. Pires e do realizador José Pinheiro, estreou comercialmente em Abril de 2007. Na mesma altura foi editada a compilação "Amor" com temas gravados para a EMI e para a Polygram.

(0) Pedro Ayres Magalhães participou no último disco dos Tantra.

(1) «Houve gente nalguns meios de comunicação que não quis que as pessoas percebessem, apostada em confundir. Um movimento determinado a transformar os Heróis do Mar num ícone de um regresso da Direita, a associar-nos aos paraquedistas de Tancos, aos comandos do Jaime Neves e trinta por uma linha. Depois vim a saber onde é que isso foi combinado, porque foi efectivamente combinado, com votos a favor e votos contra. Durante pelo menos dois anos não conseguimos ir tocar a Sul de Setúbal, no Alentejo, porque éramos 'fascistas'. Chamaram-nos fascistas, a putos sem protecção nenhuma que apenas queriam reclamar uma herança histórica, numa altura em que nem na palavra 'pátria' se podia falar. Lançavam-nos: 'Querem é a herança do Salazar!', quando o que pretendíamos era a criação de um showbiz civilizado. Fazíamos tudo como uma companhia de ciganos independente.» PAM

(2) «O "Amor" foi feito em 22 minutos. Entrámos na sala de ensaio e decidimos fazer um 'funkalão' que fosse um êxito para calar toda a gente com aquela história do fascismo. Não é fácil. Na altura o Miguel Esteves Cardoso escreveu que tínhamos feito a coisa mais complicada que qualquer artista podia fazer: uma música comercial e boa» RPC. Primeiro disco de platina português.
A resposta à pergunta engraçadíssima do Paulo Pedro Gonçalves (colocada no meu primeiro encontro com os elementos da banda, à mesa do Califa) foi gravada, 2 meses depois (11/06/82 ) no Máxi-Single Amor. No lado A acompanhava o Rui Pregal da Cunha em uníssono até à 2ª voz "trocam doçuras/trocam delícias". Na versão nocturna (B) ficou a minha voz a solar até ao refrão.Eles tinham uma energia, tanto em estúdio como ao vivo, contagiante. Da introversão de Alhur veio a minha resposta tão espontânea quanto a pergunta do Pedro Paulo Gonçalves: “Tens alguma coisa contra a música de dança?” “Ó aaaaaaaaaaamor não me mataste o desejo” o refrão mais ouvido e dançado no Verão de 82. (Né Ladeiras/blog)

(3) «Embora tivéssemos sido considerados uma das dez melhores bandas da Europa, pela "The Face" e pela "Rock & Folk", e a "Actuel" nos tivesse considerado uma das cem melhores ideias da década, o certo é que, por cá, nunca tivemos nenhum dinheiro nem apoio, nem para a casa, nem para o carro, nem para as contas nem para nada... Foram muitos anos de uma vida difícil». PAM

(4) «Não encontrámos nenhum título que nos satisfazesse e qualquer outro nome só iria parecer artificial. plástico.» CMT

(5) Dão o último concerto em Outubro de 1989.

DISCOGRAFIA
Heróis do Mar (LP, Polygram, 1981)
Mãe (LP, Polygram, 1983)
O Rapto (Mini-LP, Polygram,1984)
A Lenda dos Heróis do Mar (1981-1984) (Compilação, EMI,1985)
Macau (LP, EMI, 1986)
Heróis do Mar IV (LP, EMI, 1988)
Heróis do Mar Vol. 1 (1981-1982) (Compilação, Polygram, 1992)
Heróis do Mar Vol. 2 (1982-1986) (Compilação, Polygram, 1992)
Paixão  (Compilação, Universal, 2001)
Amor  (Compilação, EMI, 2007)

SINGLES
Saudade/Brava Dança dos Heróis (Single, Polygram, 1981)
Amor (Partes I e II)/Amor (versão Nocturna) (Máxi, Polygram, 1982)
Amor (Parte I)/Amor (Parte II) (Single, Polygram, 1982)
Paixão (Máxi, Polygram, 1983)
Paixão/Cachopa (Versão Nova) (Single, Polygram, 1983)
Alegria/A Glória do Mundo (Single, Polygram, 1985)
Alegria/A Glória do Mundo/Castelo de S. Jorge (Máxi, Polygram, 1985)
Mad Mix / Fun Mix (remisturas de Adriano Remix) (Máxi, Polygram, 1986) 4
Fado/Fado (Versão a Guitarra) (Single, EMI, 1986)
Só No Mar/Os Canhões da Belavista (Single, EMI, 1987)
O Inventor (Máxi, EMI, 1987)
O Inventor/Homenagem (single, EMI, 1987)
Eu Quero (Mistura Possessiva)/Rossio/Eu Quero (Máxi, EMI, 1988)
Africana/Eu Não Mereci/D.F.S. (Máxi, EMI, 1989)
Paixão (Single, Universal, 2001)

COMPILAÇÕES SE
O Melhor de 2 - Heróis do Mar/Afonsinhos do Condado (Compilação, Universal, 2001)

colectâneas
Portugal Remix (2005) -

O single "Amor (Hap Hap Happy Day)/Pasión", edição limitada a 2000 exemplares, foi oferecido com o MEP 12" Philips 880079-1 (1984).

O CD single "Paixão", de 2001,  inclui a versão longa de Paixão (editada em 1983) e duas remisturas de 1986 da autoria de Adriano Remix.

Os elementos do grupo lançaram alguns discos a solo: Carlos Maria Trindade lançou o single "Princesa/Em Campo Aberto" (Vimúsica, 1982). Toda a edição do álbum "Tédio" foi destruída devido à falência da editora; Paulo Pedro Gonçalves lançou "Rapazes de Lisboa" (FA, 1984) e Paulo Ayres Magalhães lançou o máxi "Ocidental Infernal" (FA, 1985) que seria o primeiro de cinco discos instrumentais.

COMENTÁRIOS
«Depois do fim do Corpo Diplomático, eu, o Pedro e o Carlos Maria estávamos completamente desiludidos e eu lembro-me de ter encontrado o Pedro no Cais do Sodré e lhe ter dito 'Acho que é altura de fazermos um grupo português, que tenha a ver com Portugal'. Nasceram ai os Heróis do Mar e aquela pose toda do primeiro disco...» PPG/Blitz

«Havia ministérios dentro do grupo. O Rui Cunha era o cérebro da imagem. Ele e o Paulo eram os cérebros da roupa e da animação 'anglo-americana'. O Tó Zé, com a experiência que trazia dos Tantra, era um génio da organização de concertos num país onde não havia produção de concertos. O Carlos Maria era um génio da música, como ainda hoje é. Eu tinha a determinação, uma permanente disponibilidade, estava lá quando não estava mais ninguém. Eu talvez fosse apenas a personificação de um serviço aquela organização». PAM/Público

(...) Inclusivamente já conhecia algumas das músicas dos Madredeus porque elas já tinham sido apresentadas na última fase dos Heróis do Mar. Nunca chegaram a sair. É um disco que está escrito e não saiu. Não saiu nunca. Seria o quinto LP, mas não chegou a sair porque o grupo seguiu caminhos diferentes. (...) quando se muda de projecto, algumas coisas vão para o projecto seguinte. Muitas coisas do Corpo Diplomático foram para os Heróis do Mar. Pelo menos três ou quatro músicas do primeiro LP estiveram nos Corpo Diplomático, com aquele formato quase, com outro nome, filosofia e estética.  CMT/Blitz

Com a rotina, sentia-me a nível criativo muito limitado e achei que podia aplicar a criatividade noutra área. Tirei o curso de percussão, no Conservatório, e também estudei flauta. Isso ajudou-me imenso numa montagem, porque os ritmos são iguais. São artes que parecem distantes, mas não o são. (...)Desde que decidi que estava farto, nunca mais me sentei à bateria. Tinha uma, transparente e a única que havia em Portugal. Foi para o Kalú dos "Xutos", que tocou nela durante anos. AJA/JN 16.06.2006

NO RASTO DE...
Pedro Ayres Magalhães foi o fundador e principal mentor dos Madredeus e Resistência. Chegou também a tocar com os Delfins.

Pedro Paulo Gonçalves e Rui Pregal da Cunha fundaram os LX-90, que editaram o álbum "1 Revolução por Minuto", tendo posteriormente emigrado para Inglaterra e alterado o nome para Kick Out of The Jams (lançaram o disco "Santo António em Lisboa"). 

Carlos Maria Trindade editou os álbuns "Mr. Wollogallu" (1991) e "Deep Travel" (1996). Em 2006 lançou o disco do projecto No Data. Foi A&R da Polygram tendo saído para substituir Rodrigo Leão nos Madredeus. Produziu discos de Rádio Macau, Delfins, Xutos, Issabary ou Paulo Bragança. Mais recentemente produziu discos de Santos & Pecadores e Mariza, entre outros.

O baterista Tó Zé Almeida foi de todos o primeiro a deixar os Heróis do Mar, em 1987, para se dedicar a tempo inteiro à Panavídeo, empresa de produção publicitária e televisiva da qual é um dos proprietários, tendo-se afastado desde então da actividade musical. (Pública/99)

Paulo Pedro Gonçalves abriu, em Londres, um atelier/loja a que chamou Pavement. Ele e a mulher Andreia dedicaram-se a criar roupa a partir de roupa ("customizar"). Vestiram nomes como David Bowie e Blur. Também fizeram peças para o filme "Velvet Goldmine". PPG lançou um disco com o projecto Ovelha Negra.  Mais recentemente regressaram a Portugal onde abriram a Loja Crucifixo (Lisboa).

Rui Pregal da Cunha tem um projecto de DJ denominado Bradoral. Participou num programa da TVI onde cantou com o actor José Wallenstein. Um dos temas foi uma interessante versão de "A Glória do Mundo". Colaborou em disco com Homem Invisivel (2000) e com os Golpes (2010) e em concertos com Delfins, José Cid ou Nouvelle Vague.

Informação retirada daqui

sexta-feira, 3 de julho de 2015

HAZDAM


Os HAZDAM nasceram em Almada, no verão de 1986, na sequência do programa "O Outro Lado", da rádio Ponte Sul, realizado por Luís Milhano e António Simões (Tomané), o qual abordava temas e músicas electro-industriais.

Naquela altura escasseava o material para divulgação, por isso decidiram produzir música que pudesse ser apresentada no programa: "Se não temos discos daquilo que gostamos, porque é que não fazemos a nossa própria musica, sem que os ouvintes percebessem de que se tratava de um projecto nosso?".


A música do grupo foi chamando a atenção dos ouvintes e dos amigos e continuaram o projecto mesmo depois do fim desse e de outros programas, como "Sem Palavras" ou "Casa da Máquina". 

O grupo foi formado por Luís Milhano e por Hélder Gonçalves. Inicialmente o som HAZDAM podia ser caracterizado como «experimental». Esta fase durou até 1988, altura em que avançaram para uma onda «industrial» (com recurso a bidões e outro material metálico).

Os temas "Guerra e Paz" e "Sound's Like Noise" aparecem na compilação "Insónia".

A cassete "1988", com temas do período 1986-1988, foi editada em 1989 pela FNN. Participaram ainda na compilação "no title - no problems", da editora alemã ZNS Tapes, com o tema "Thinking In the Rain".  (ver http://vivavogel.ath.cx/3notitle.htm)

A partir de 1990 o som do grupo tornou-se mais «electrónico». 

Além dos dois membros originais participaram ainda Tomané, o Miguel Cenoura (que integrou os Mata-Ratos) e Alain Mainguet. 

DISCOGRAFIA
1988 (K7, FNN, 1989)

Colectâneas
Insónia (1989) - Guerra e Paz / Sound's Like Noise
No title - No problems (1989) - Thinking In the Rain

Informação retirada daqui

terça-feira, 23 de junho de 2015

Grupo de Baile


A vida corria bem para o Grupo de Baile naquele ano de 1981. Já não eram apenas o grupo de amigos que se conheciam desde a infância (1), dos tempos em que tocavam na filarmónica da terra, nem sequer aquela banda que corria pelo circuito dos bailes com umas rocalhadas importadas do estrangeiro. As 99 mil cópias do single "Patchouly/Já Rockas à Toa", lançadas em Janeiro no mercado, foram consumidas vorazmente. As que traziam o "piiiiii" sobre a palavra "pentelho" e as em que se ouvia tudo. O Grupo de Baile fez disco de ouro em apenas um mês. Foi tiro e queda. Primeiro o tiro, depois a queda.

Quase dois anos depois, mesmo tendo gravado um novo single, "Estória Linda", o Grupo de Baile não voltou a ter o mesmo sucesso (2). Volatizaram-se. Viveram a mesma história que muitas outras bandas nascidas durante o "boom" do rock português, na euforia daqueles anos de 1980 a 1982, em que o panorama musical explodiu de uma tal forma que só podia mesmo vir depois a implodir.

Alguns anos antes e nunca se poderia ter gravado em Portugal uma música como o 'Patchouly'", explica o ex-vocalista do Grupo de Baile, Carlos Tavares.

"O 'boom' foi também muito incentivado pelas editoras, porque isso lhes dava uma maior escolha sobre aquilo que decidiam gravar ou não. Quantas mais houvesse, mais havia por onde escolher", afirma Carlos Tavares. Esta ideia é corroborada pelo guitarrista, Vicente. "Em Portugal as coisas funcionam assim: alguém experimenta uma coisa com sucesso e, de repente, parece que se descobriu a pólvora. Foi assim com o 'boom'. Apareceu o Rui Veloso com o 'Chico Fininho' e de repente percebeu-se que era possível fazer rock em português".

Toda a gente andava a querer e a conseguir gravar, e o Grupo de Baile recebeu o bilhete que os transportaria para o sucesso. "Embarcámos naquilo sem qualquer pretensiosismo, mas com a intenção de ir ver no que é que dava", esclarece o baterista, Luís Rosado. A Valentim de Carvalho convidou-os a gravar alguns dos temas originais que já tinham composto. "Tivemos hipóteses de impôr logo ali as nossas regras, mas não o fizemos", recorda Carlos Tavares. "Já éramos adultos nessa altura, mas nas coisas da música éramos mesmo uns miúdos" desabafa Luís Rosado.

Quando o quiseram fazer, pouco mais de um ano depois, perceberam que não podiam. Não eram essas as regras do jogo. "A certa altura quisemos deixar de ser os tais meninos e impôr as nossas escolhas à editora. Dissemos quais as canções que queríamos pôr num LP e quais é que queríamos que fossem lançadas em singles e a resposta foi um peremptório não. 'Nós é que sabemos disto, vocês editam aquilo que nós vos dissermos', foi a resposta", recorda Carlos Tavares. "Aquilo era espremer o limão até dar. Fomos chupados até ao tutano", reitera Vicente, defendendo que o Grupo de Baile teria tido, eventualmente, maior longevidade "se tivesse sido lançado um bocadinho mais por baixo e lhe tivesse sido dado tempo e estruturas de produção para crescer".

DULCE FURTADO / PÚBLICA, 14/11/1999

(0) Logo a seguir ao sucesso do single foi divulgado a notícia da gravação de um álbum que teria temas como "Metal Sonante Nº1", "Metal Sonante Nº2", "Flashes" ou "Bela Isa Bela".

(1) A maior parte dos músicos tocavam desde miúdos na Sociedade Filarmónica União Seixelense. O grupo foi descoberto por Ricardo Camacho.  Antes da edição do single de estreia já tinham tocado, intensamente, em bailes e festas pelo país fora.

(2) Ainda tentaram lançar o single "Vocalista Rock" mas que foi rejeitado pela editora.

(3) Em 1999 aceitaram o convite para o Seixal Rock 99 que se realizou no Seixal, no Largo 1º de Maio, entre os dias 6 e 9 de Outubro. Uma experiência agradável para o guitarrista Vicente Andrade, que confessou nessa altura ao jornal "Setúbal na Rede" ter em vista uma reunião com a banda, no sentido de equacionar a possibilidade de regresso do Grupo de Baile às luzes da ribalta.

FORMAÇÃO
Carlos Manuel Tavares ( voz)
Vicente Andrade (guitarra)
Luís Rosado (bateria)
António Manuel (baixo)
Luís Landeirote(orgão)
Marcelino (saxofone alto)
João Mário (saxofone tenor)
Zé Manel (trompete)

DISCOGRAFIA
Patchouly/Já Rockas à Toa (Single, Valentim de Carvalho, 1981)
Estória Linda/Conversa de Comadres (Single, Valentim de Carvalho, 1982)

NO RASTO DE...
Vicente Andrade continuou como músico da Orquestra Ligeira do Exército. Trabalha como músico de estúdio e em programas de televisão. Mais recentemente trabalhou com Lara Afonso e Marco Paulo.

António Manuel e Zé Manel são músicos da Banda da Guarda Nacional Republicana.

Luís Rosado é funcionário da Divisão de Acção Cultural da C.M. Seixal e Carlos Manuel Tavares é responsável pelo departamento de electricidade da C.M. Seixal.

Luís Landeirote foi empresário de equipamento de som e mais recentemente passou a entretainer de cruzeiros turísticos, em Miami.

Marcelino está reformado da Marinha Portuguesa. 

João Mário é engenheiro mecânico da Lisnave e professor universitário.

Informação retirada daqui