quinta-feira, 15 de agosto de 2013
terça-feira, 13 de agosto de 2013
domingo, 11 de agosto de 2013
António Variações
António Joaquim Rodrigues Ribeiro, filho de camponeses minhotos, desde muito cedo revelou propensão para a música. Nascido em 3 de Dezembro de 1944, abandonou a sua aldeia natal (Lugar do Pilar, freguesia de Fiscal) em 1957 e foi para Lisboa, onde se dedicou a várias actividades profissionais desde empregado de escritório até barbeiro.
Em 1975 viaja até Londres, onde fica durante um ano e parte, depois para Amsterdão onde aprende a profissão de cabeleireiro. Esta aprendizagem servir-lhe-á para se instalar, novamente, na capital portuguesa; onde se estabelece com o primeiro cabeleireiro unissexo de Portugal. Esta actividade não resulta muito bem e, para ganhar a vida, abre uma barbearia na Baixa lisboeta.
Em 1978 grava uma maqueta com alguns temas, que apresenta à Valentim de Carvalho, com a qual assinará contrato.
Na sua própria descrição a música que produz situa-se entre Braga e Nova Iorque. É no programa "O Passeio dos Alegres" de Júlio Isidro que António se apresenta ao grande público (1). Os temas que cantou nessa emissão chamavam-se "Toma O Comprimido" e "Não Me Consumas" e ainda permanecem inéditos, uma vez que nunca foram registados em disco.
O primeiro trabalho que gravou foi o single "Povo Que Lavas No Rio", imortalizado por Amália Rodrigues (2).
Amália era, aliás, uma das suas referências, que teve direito a uma canção de Variações ("Voz Amália de Nós"). O seu primeiro longa duração "Anjo da Guarda" (3) é também dedicado à popular fadista.
Neste disco participam Vítor Rua (com o pseudónimo Vick Vaporub) e Tóli César Machado, músicos dos GNR. Quem não recorda " É P'ra Amanhã" ou "O Corpo É Que Paga"? (4)
Durante o Verão de 1983 Variações é muito solicitado para espectáculos ao vivo, sobretudo em aldeias por este país fora.
Em Fevereiro do ano seguinte, António Variações entra em estúdio com os músicos dos Heróis do Mar para gravar o seu segundo longa duração que se intitulará "Dar e Receber".(5) O tema mais conhecido deste disco é, sem sombra de dúvidas, "Canção De Engate" que, posteriormente, se tornará um imenso sucesso numa versão dos Delfins.
Em Maio desse mesmo ano dá entrada no Hospital e, no dia 13 de Junho de 1984, morre em consequência de uma broncopneumonia bilateral grave. Será sepultado, dois dias depois, no cemitério de Amares (Braga), perto da sua aldeia natal, com a presença de poucos músicos acompanhando o funeral.
Com a sua morte desaparece um dos maiores renovadores da canção portuguesa das últimas décadas.
No entanto o seu espólio musical foi sendo aberto e Lena d'Água edita, em 1989, o disco "Tu Aqui" que inclui cinco composições inéditas de António Variações. (6)
Em Janeiro de 1994 é editado um disco de homenagem a António Variações que reúne, em torno de versões do cantor, os nomes de Mão Morta, Três Tristes Tigres, Resistência, Sitiados, Madredeus, Sérgio Godinho, Santos e Pecadores, Delfins, Isabel Silvestre e Ritual Tejo.
Isabel Silvestre incluirá no seu disco de 1996 "A Portuguesa" o tema "Deolinda de Jesus" de Variações. Este tema, uma sentida homenagem de Variações à sua mãe (que se chama exactamente Deolinda de Jesus) é o contraponto de qualidade a todas as "Mães Queridas" e quejandos deste país.
Em 1997 é editado o CD "O Melhor de António Variações", o qual recupera material editado em todos os seus discos.
Em 2006 é editada a compilação "A História de António Variações - Entre Braga e Nova Iorque".
Se Variações não tivesse desaparecido tão precocemente, a música portuguesa seria diferente? Esta é a interrogação que se impõe, tendo em conta o que o cantor/autor fez, em tão pouco tempo, pela música portuguesa.
ARISTIDES DUARTE / NOVA GUARDA
(1) Em 1980 o programa "Meia de Rock" da Renascença grava a canção "Toma O Comprimido" em casa do cantor e toca-a na rádio. No ano seguinte, António & Variações (o nome da banda que o acompanhava), cantam a canção no programa "O Passeio dos Alegres" de Júlio Isidro (um dos clientes da barbearia). O cantor apresentou-se na TV vestido de aspirina e lançando "smarties" para o público e para as câmaras...
(2) O contrato com a Valentim de Carvalho datava de 1977. O irmão, o advogado Jaime Ribeiro, pressiona a editora que acaba por vergar e António Variações entra finalmente em estúdio para gravar o seu primeiro disco. O single (e Máxi) de estreia, lançado em Julho de 1982, incluía uma versão do clássico "Povo que lavas No Rio" e o inédito "Estou Além".
(3) Em 1998 o disco foi reeditado, em versão remasterizada, com a inclusão de "Povo Que Lavas No Rio".
(4) Disco com arranjos e produção de Tóli César Machado e Vítor Rua substituído posteriormente por José Moz Carrapa. A mudança corresponde também à saída de Vitor Rua dos GNR após uma pausa nas gravações do disco.
(5) A edição em versão remasterizada de "Dar e Receber" inclui o inédito "Minha Cara Sem Fronteira" (gravado nas sessões de gravação do disco) e duas remisturas desse tema.
(6) A versão em CD do álbum "Tu Aqui" de Lena d'Água inclui cinco temas inéditos e recupera a versão do tema "Estou Além" incluída no álbum "Aguaceiro".
DISCOGRAFIA
Anjo da Guarda (LP, EMI, 1983)
Dar e Receber (LP, EMI, 1984)
O Melhor de António Variações (Compilação, EMI, 1997)
A História de António Variações - Entre Braga e Nova Iorque (Compilação, EMI, 2006)
SINGLES
Povo Que Lavas no Rio / Estou Além (Single, EMI, 1982) - duplo lado A
Povo Que Lavas no Rio / Estou Além (Maxi, EMI, 1982)
É P'ra Amanhã (Maxi, EMI, 1983)
É P'ra Amanhã/Quando Fala Um Português (Single, EMI, 1983)OCEQP
O Corpo É Que Paga (Single, EMI, 1997) - É P'ra Amanhã (remistura de Nuno Miguel)
REFERÊNCIAS/HOMENAGENS
O álbum "Tu Aqui" de Lena d'Água, editado em 1989, incluía cinco temas inéditos.
Anamar -"António Variações"
Madredeus - "A Sombra"
"A Festa da Música de Variações" - Espectáculo de Fernando Pereira
Versões (Delfins, Amarguinhas, Isabel Silvestre, M.D.A., etc...)
Disco de tributo
Documentário de Maria João Rocha
Concerto AVariações
Projecto Humanos
COMENTÁRIOS
Gostava de dar e receber, o António. O António Joaquim Rodrigues Ribeiro, o que nasceu no Minho, em 1945. Mas também o António Variações, que subia a rua do Carmo na década de 80, em Lisboa, e fazia os transeuntes virar-se para trás por causa de uma imagem peculiar. Barbas longas e roupas extravagantes aos olhos da maioria. Mas o António não queria saber. Procurava a provocação como forma de afirmar a sua independência. A sua identidade. Mas isso era partir do pressuposto que era uma personagem, coisa que não é verdade. Era genuíno, o António. Era como era. Na música foi um dos melhores. Tinha uma voz peculiar, mas era mais do que isso. Era aquela forma de apelar à memória colectiva, a uma certa tradição da música portuguesa, e mesmo assim produzir uma sonoridade profundamente modernista. De tal forma que, depois daquela madrugada de 14 de Junho de 1984, a sua música continua a manter a mesma pertinência. O álbum "Dar e Receber" foi agora reeditado - contém um inédito e duas remisturas inúteis - e quem não acreditar, faça favor de o ouvir. (Vitor Belanciano/Público)
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Curiosity Killed The Cat
NOME: Curiosity Killed The Cat
ORIGEM: Inglaterra
ÊXITOS: 'Misfit'; 'Down to Earth'; 'Hang On in Their Baby'
Os Curiosity Killed The Cat apareceram do nada, de repente... e deram nas vistas! Uma banda com 5 meninos bonitos a dar motivo às meninas para os colaremà parede do quarto! Ben Volpiere-Pierrot; Julian Brookhouse; Nicholas Trop; Michael Drummond e Toby Anderson.
Quando lançaram o primeiro disco, em 1986, 'Misfit', nem todos deram pela sua presença até ao dia em que Andy Warhol, uma das maiores figuras da arte pop, se assumiu como grande fã da banda! Aí sim, a música conquistou lugares de destaque nos Top's.
Porquê 'Curiosity Killed The Cat'? Nem eles sabem! Inicialmente, o nome até surgiu como nome para uma das primeiras músicas que escreveram. Só depois é que optaram por usá-lo como nome da banda.
'Down to Earth' é a música que se destacou do segundo álbum, ao ficar entre as dez mais da tabela de vendas do reino Unido. Já em 1992, 'Hang On In There Baby' ainda fez melhor: posicionou-se no 3º lugar.
Apesar dos bons resultados, os 'Curiosity Killed The Cat' desapareceram da cena musical até 2001, o ano em que se juntaramà tournée 'Here and Now'.
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
O que é feito de ... Manuela Bravo
Os cabelos ruivos ‘wildfire’ iluminam-lhe o rosto oval; um tom suave de batom avermelhado contorna-lhe os lábios; usa uma echarpe florida em tons rosa e vermelho, uma blusa preta, calças e blusão de ganga atado à cintura. Manuela Bravo tem hoje 52 anos. E já não é a cantora do êxito que venceu o Festival da Canção de 1979, ‘Sobe, sobe, balão sobe’: nos últimos cinco anos experimentou o desemprego, vendeu casas e fez telemarketing e recuperação de créditos.
"Não tenho vergonha, porque vergonha é estar em casa a fingir que se tem trabalho", conta, no seu jeito algo irreverente de falar. "As pessoas gostam de viver da fama e da aparência. E a fama é relativa: hoje estamos em cima e amanhã estão lá outros".
Em Janeiro de 1974 – ainda antes da revolução de Abril –, uma adolescente bonita, de traços finos e cabelos compridos, lisos, gravava o seu primeiro single com duas músicas, ‘Nova Geração’ e ‘Another Time’. A produção esteve a cargo de José Cid, Quarteto 1111, e Jorge Machado. Todos ídolos da jovem Manuela Bravo.
Manuela tinha começado a tocar guitarra acústica aos 12 anos, cheia de personalidade, para acompanhar, enquanto cantava, as letras da contestação de Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira, José Mário Branco, Sérgio Godinho e Francisco Fanhais. "Eu vivia com consciência daquilo que estava a cantar", recorda. Mas ouvia também êxitos da época, dos Beatles, Rolling Stones, Pink Floyd.
Depois de celebrizar o tema ‘Sobe, sobe, balão sobe’, em 79 – antes já tinha cantado composições de Tozé Brito e Jorge Palma –, bateu o pé a uma tournée pela África do Sul. Era contra o apartheid. E as suas convicções subiam mais alto do que qualquer sopro de fama conseguiria.
Logo a seguir, declinou fazer outra tournée, desta vez à ilha da Madeira, convicta de que deveria terminar o curso de Direito. "No dia em que iria para o arquipélago fiz um exame com a dra. Leonor Beleza, mas ela chumbou-me", recorda Manuela. Nesse dia desistiu do sonho de ser advogada.
Em 2004, gravou um master (a primeira cópia do álbum), mas não encontrou editora. "Diziam: ‘é muito bonito, está muito bem feito, mas isto não é bem a nossa onda’. Não era a onda da Valentim de Carvalho, EMI, Polygram, Strauss. Das multinacionais não era de nenhuma. Nas pequeninas, eu tinha de pagar isto e aquilo – queriam ganhar sem investir".
Manuela Bravo divorciou-se em 1999 e, a partir daí, a sua carreira musical, já com 19 anos de espectáculos, começou a decair. "Quando nos encostamos a outra pessoa e não aprendemos a fazer as coisas, para nos adaptarmos leva tempo". O ex-marido tinha sido o manager dela.
Nos tempos áureos, as tournées iam de Abril a Setembro. E em Agosto dava concertos todos os dias. "O mês de Outubro era o das borlas: todas as instituições nos ligavam para o crava" – recorda. Em Dezembro seguiam-se os espectáculos de Natal e de Ano Novo. Depois, havia ainda quatro dias de Carnaval. E no Inverno, os espectáculos eram para as comunidades estrangeiras: Canadá, Holanda, Inglaterra, França, Alemanha ou Suíça.
"Eu acho que sempre fui bem paga. Ganhava 500, 600 contos por espectáculo nos anos 90".
O ex-marido chefiava uma equipa de duas ou três pessoas, que montavam e desmontavam o equipamento dos palcos. "Tínhamos uma carrinha que, depois de eles tirarem o equipamento de som e as luzes, estava preparada para ser camarim". Tinha uma mesa, um espelho com luzes laterais, uma ficha eléctrica para o secador de cabelo e até uma sanita de campismo. "Emprestei muitas vezes a minha carrinha a companhias de teatro de revista e a gente que hoje, não sei porquê, finge que não me conhece".
Em cima do palco nunca gostou de unhas postiças, extensões no cabelo nem botox. Mas gastava muito dinheiro no guarda-roupa e em maquilhagem. Queria estar bonita.
Hoje, Manuela Bravo canta sobretudo na igreja. Não é católica. É maná desde 1992. De vez em quando pedem-lhe para fazer uma participação especial. E ela canta voluntariamente. "É este Deus que me faz sentir viva e sem necessidade nenhuma de fama. Estou a frequentar a escola bíblica maná, onde aprendemos várias disciplinas, desde o foro espiritual ao cultural".
O dinheiro da música começou a escassear após o divórcio. E nessa altura, Manuela aceitou o desafio do encenador Filipe La Féria para integrar o elenco do ‘Amália’. Fez o papel de Celeste Rodrigues, mas com o arrependimento de ter negado o convite para cantar fados no espectáculo. "Eu, armada em parva, disse que não sabia cantar fados de Lisboa. E podia ter experimentado", recorda a cantora, que, com o pai, Loubet Bravo, tinha aprendido o fado de Coimbra.
A experiência de alguns meses deu-lhe ânimo para enfrentar vários castings para telenovelas, sobretudo, da TVI. "Toda a gente me dizia: ‘a Manuela foi muito boa’. Mas cheguei à conclusão de que escolhiam sempre os mesmos e a mim não".
Com uma agenda de concertos cada vez mais livre, a cantora fixou-se, no Verão de 2002, no restaurante A Severa para descobrir que, afinal, o fado de Lisboa também lhe passava pela voz. Por esta altura, envolve-se num relacionamento "doloroso. Foram três anos de desgaste que não têm comparação com os 19 do primeiro casamento".
A vida afectiva entrou também num plano conturbado. Manuela vivia magoada. E a música de uma vida inteira começava a não ser comercial. Até 2005, a luta foi diária. Ironicamente, seria nestes últimos anos que as televisões mais a chamaram para entrevistas e para cantar nalguns programas.
"O ‘Balão’ continuou e continua a subir porque está na história da música popular portuguesa. As pessoas continuam a cantar. O meu ‘balão’ vai subindo até à eternidade".
No pino da fama, Manuela Bravo nunca imaginou que um dia vivesse com o dinheiro contado. Contudo, esse dia é hoje. Tudo o que ganha é bem aplicado no essencial para a vida. "Fui viver com a minha mãe, em 2008, para a casa onde nasci. Eu também precisava de dividir as despesas. Até certo ponto ela foi um apoio monetário".
Entretanto, a mãe faleceu e começou outra guerra: a partilha do apartamento de Queluz com o irmão. "Atento à intransigência de Manuela Bravo, o seu irmão foi forçado a recorrer ao tribunal para conseguir a partilha dos bens da sua falecida mãe, no que parece ser apenas o princípio de uma guerra lamentável e, sobretudo, evitável", comunicou Maria Paula Gouveia de Andrade, advogada de Libânio Bravo. Sobre este assunto, Manuela prefere não comentar.
A vida reservou-lhe muitos dissabores. Nos últimos cinco anos, Manuela foi cantando também em bares e restaurantes, onde as pessoas queriam matar as saudades dos anos 80 e 90. Mas o seu ganha-pão passou a depender de outros empregos. Uma experiência no telemarketing. Pior: o desemprego. Ou até um contrato numa empresa de recuperação de créditos. "Foi aí que me apercebi das grande dificuldades económicas e do drama dos portugueses".
A maior experiência de trabalho por onde passou foi o ramo imobiliário. As porteiras mal batiam o olho na figura de Manuela, desatavam a trautear: "sobe, sobe, balão sobe". E ficavam os clientes de alta finança a olhar, sem perceber.
"As pessoas olhavam para mim e para o nome no meu cartão de visita e achavam giro. ‘Olha, chama-se Manuela Bravo!’. Não lhes passava pela cabeça que a cantora pudesses estar ali a mostrar-lhes uma casa". E ela, às vezes, dizia-lhes quem era, outras não. Ria-se da incerteza deles.
A maioria das pessoas não viu o seu último grande espectáculo: em 2005, participou num musical de Óscar Romero, onde vivia o papel de Grizabella, a cantar ‘Memory’. "Vi que havia um casting para cantar o ‘Memory’ e pensei: ‘espera aí, não vais fazer o que fizeste ao La Féria’. Agarrei no CD da Barbara Streisand e disse: ‘deixa lá ver se canto neste tom’. E pimba, pimba, pimba – desculpe o termo –, ensaiei, ensaiei, ensaiei. E fiquei com o papel".
O rosto de Manuela Bravo sorri ao recordar. Para todos, será sempre a cantora – mesmo com outra vida.
Manuela Bravo tem uma filha de 24 anos. A cantora viveu em Montelavar até 1990. Mas como não tinha onde deixar a filha durante as tournées, mudou-se para Arganil. A sogra assumiu o papel fundamental de ajudar a criar a neta. Em 1999, Manuela separou-se do marido e, com o divórcio, perdeu também o convívio com a família dele. Mais tarde, Manuela teve um segundo relacionamento, de três anos, mas bastante "doloroso".
Desde 1992 que Manuela Bravo é maná. Agora está a frequentar um curso de leitura bíblica. O irmão recorreu ao tribunal para resolver as partilhas dos bens da falecida mãe de Manuela Bravo. Tentou vários castings para telenovelas mas nunca ficou com nenhum papel. Ganhou, no musical ‘Cats’, a vida de Grizabella.
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
sábado, 3 de agosto de 2013
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
António Pinho Vargas
Colabora com os A Grelha, grupo de rock do Porto. Em 1970 fundou, com Carlos Zíngaro e Jorge Lima Barreto, a Associação de Música Conceptual.
Com Lima Barreto e Artur Guedes faz parte do Anar Jazz Trio. Com Artur Guedes, José Nogueira e Pedro Cavaco forma os Abralas (1975/77).
Licencia-se em História pela Faculdade de Letras do Porto. Foi professor de História nos anos de 1975 e 1976. Tira o curso superior de Piano do Conservatório de Música do Porto. Enfrenta os anos 70 com algumas dificuldades pessoais pelo facto de querer ser músico de jazz.
Colabora com o grupo de jazz Araripa de João Heitor e José Eduardo. Com este grupo participa, em 1976, nas gravações do álbum "Malpertuis" de Rão Kyao. Participa também no disco "Bambu" de Rão Kyao, editado em 1978.
Ainda com José Nogueira faz parte do grupo de jazz-rock instrumental Abralas (ex-Zanarp). Os dois músicos fazem também parte da primeira formação dos Jáfumega. Durante algum tempo integra os Arte & Ofício com quem grava, em 1979, o álbum "Faces". Sai do grupo em 1982.
Entra para a Banda Sonora de Rui Veloso com quem grava o álbum "Fora de Moda".
Em 1982 fez parte do Quarteto de Rão Kyao juntamente com Mário Barreiros e José Eduardo. Participa nas gravações do álbum "Ritual" de Rão Kyao. Nesse ano frequenta os cursos de Emmanuel Nunes.
Em 1983 grava o seu disco de estreia, "Outros Lugares". O Quarteto que gravou o disco incluía ainda Mário Barreiros, Pedro Barreiros e José Nogueira.
Em 1984 volta a colaborar com Rão Kyao participando nas gravações do álbum "Estrada da Luz" .
O seu segundo álbum, "Cores e Aromas", é editado em 1985. O Quarteto que gravou o disco é o mesmo do seu disco de estreia.
Em 1987 é lançado o disco "As Folhas Novas Mudam de Cor". O disco vende mais de 9.000 exemplares e atinge o top 10 de vendas. Nesse ano faz a banda sonora da peça "Hamlet", de William Shakespeare, com encenação de Carlos Avilez. Vai para a Holanda, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, estudar composição com o compositor Klaas de Vries.
Em 1988 compõe a música para o filme "Tempos Difíceis" de João Botelho pela qual recebeu o Prémio do Instituto Português de Cinema para a melhor música de Cinema. Também fez as bandas sonoras dos filmes "Uma Pedra No Bolso" (1988) e "Onde Bate o Sol" (1989) de Joaquim Pinto.
Em Abril de 1989 é editado o álbum "Os Jogos do Mundo". Além de António Pinho Vargas participaram os instrumentistas José Nogueira (saxofones), Mário Barreiros (bateria), Quico (sintetizadores), Pedro Barreiros (contrabaixo) e Rui Junior (tablas e percussão).
Diplomou-se em Composição no Conservatório de Roterdão em 1990. A partir da sua passagem pela Holanda passa a dedicar-se principalmente à composição erudita contemporânea.
Em 1991 é lançado o disco "Selos e Borboletas" que foi canditado ao Prémio José Afonso. Neste ano inicia actividade de professor de Composição na ESM (Escola Superior de Música) de Lisboa. Trabalha com Amália num trabalho que não chegou a ser publicado devido a um problema de direitos com os herdeiros da poetisa Cecilia Meireles. Tinha outros projectos com a fadista mas que não chegaram a ser concretizados.
Em 1993 retoma a colaboração com João Botelho e Carlos Avilez para quem faz a banda sonora do filme "Aqui na Terra" e da peça "Ricardo II", respectivamente.
Nesse ano compôe "Monodia - Quasi Un Requiem", composição para quarteto de cordas. No ano seguinte é a vez de "Três Quadros para Almada" e "Nocturno\Diurno".
O CD "Monodia", gravado na Igreja da Cartuxa e no Estúdio A da RDP, foi editado, em 1995, pela EMI Classics. A edição contou com o apoio de Lisboa 94 - Capital Europeia da Cultura. Neste ano foi condecorado, pelo Presidente de República Portuguesa, com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique.
É o autor da obra "Nove Canções de António Ramos Rosa", para canto e piano.
Em 1996 é editado o álbum "A Luz e a Escuridão". O disco conta com a participação da cantora Maria João e do saxofonista José Nogueira.
Faz a banda sonora do filme "Cinco Dias, Cinco Noites" de José Fonseca e Costa. Por essa banda sonora recebe o prémio da melhor música do Festival de Cinema de Gramado (Brasil).
Apresentou, em 1996, na Culturgest, a ópera de câmara "Édipo - Tragédia do Saber", a partir de textos de Pedro Paixão.
A EMI-Valentim de Carvalho lança em 1998 a colectânea "As Mãos, O Melhor de António Pinho Vargas. O quarteto de cordas "Monodia - Quasi Un Requiem" foi tocado pelo Quarteto Artis de Viena e incluído no CD "Quartet Portuguese Chamber Music" do Arditti String (edição Etcetera Records).
Escreve a ópera "Três Versos de Caeiro" e "Os Dias Levantados", ópera em dois actos sobre o 25 de Abril, com libreto de Manuel Gusmão.
O CD "Versos" foi editado, em 2001, pela Strauss, com o apoio do IPAE. É também o autor da música do filme " Quem És Tu?" de João Botelho.
Em Novembro de 2001, desloca-se a Londres onde é um dos participantes no festival Atlantic Waves 2001. A compilação "Exploratory Music from Portugal 01" inclui "3rd Movement from "Trés Versos de Caeiro".
A Culturgest organizou um Festival António Pinho Vargas, entre 16 de Fevereiro e 6 de Março de 2002, com a maior parte da sua obra. Foi feito o documentário "António Pinho Vargas, notas de um compositor", encomenda da Culturgest, LxFilmes e RTP, com realização de Manuel Mozos e Luís Correia. A obra "Judas", resultado de uma encomenda do Festival de Música Sacra, foi estreada em Viana do Castelo.
A Afrontamento editou, ainda em 2002, o livro "Sobre Música" com sete ensaios e uma recolha de textos e entrevistas.
É um dos membros fundadores da direcção artística da OrchestrUtópica formada em 2003. Participa também no disco "Movimentos Perpétuos - Música Para Carlos Paredes" com o tema "Dois Violinos para Carlos Paredes".
Em Fevereiro de 2004 é editado o CD com a gravação da ópera "Os Dias Levantados", realizada em 6 de Março de 2002, na Culturgest.
DISCOGRAFIA
Outros Lugares (LP, VC, 1983)
Cores E Aromas (LP, EMI, 1985)
As Folhas Novas Mudam De Cor (LP, EMI, 1987)
Os Jogos do Mundo (LP, EMI, 1989)
Selos e Borboletas (CD, EMI, 1991)
Monodia (CD, EMI Classics, 1994)
A Luz e a Escuridão (CD, EMI, 1996)
As Mãos - O Melhor de António Pinho Vargas (Compilação, EMI, 1998)
Versos (CD, Strauss, 2001)
Solo (2CD, DFIE, 2008)
Solo II(2CD, DFIE, 2009)
COMENTÁRIOS
«Eu toquei rock em baile de finalistas, toquei e toco jazz, toquei com a Amália, o Carlos do Carmo, o Vitorino. Num dado momento comecei a trabalhar também noutra área, com possibilidades permanentes de trabalho. Julgo que o status da música erudita portuguesa nunca terá deixado de olhar para mim como aquele rapaz que veio do jazz e que agora compôe umas coisas contemporâneas e tal. É uma marca que transporto comigo, nada a fazer.» APV/DNA
«Uma das coisas escritas sobre mim que mais me comoveu foi 'O homem que fez com que começasse a ser possível falar de jazz português'. A minha vida como músico de jazz nos anos 80 foi relativamente semelhante ao que está a ser agora na música erudita. Também aí achavam que aquilo não era bem jazz...» APV/DNA
«Posso dizer que aprendi a não ter complexos de superioridade em nenhum momento. Aprendi a respeitar a diversidade, aprendi que um rapaz de 18 anos pode pegar num PC e ser mais criativo do que um estudante do conservatório que anda a ver se consegue tocar igual ao pianista X ou Y. É bom que a atenção seja recíproca, ou seja, que as tribos da pop, do rock, do metal ou da electrónica, não se fechem demasiado com base num complexo qualquer e perceba que o mundo é mais diverso do que aquilo que pensam. A mensagem fundamental é estar atento à diversidade do Mundo!» APV/Divergências (2004)
NO RASTO DE...
Lecciona Composição na Escola Superior de Música de Lisboa.
quarta-feira, 31 de julho de 2013
António Emiliano
Desde cedo dedicou-se aos estudos musicais tendo mesmo frequentado o Conservatório Nacional de Lisboa. Aos 17 anos abandonou esses estudos optando por uma prática musical mais criativa tendo chegado a fazer parte de uma das formações do conhecido grupo Beatnicks.
Nos anos de 1977 e 1978 frequentou o 1º ano da Licenciatura em Engenharia Electrotécnica do Instituto Superior Técnico, da qual desistiu inscrevendo-se na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Em 1982 licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas (Estudos Portugueses e Ingleses).
Foi um dos músicos participantes no disco "Sonho Azul" de Né Ladeiras. Em 1983 e 1984 colaborou em vários espectáculos realizados no Frágil por Anamar e Luís Madureira.
Em 1985 produziu o disco "Em Pessoa" de José Campos e Sousa, com textos de Fernando Pessoa. Foi nesse ano que iniciou publicamente a sua actividade de criação musical fazendo a banda sonora da peça "Teatro de Enormidades Apenas Críveis à Luz Eléctrica", espectáculo baseado em textos de Aquilino Ribeiro, concebido por Ricardo Pais, Olga Roriz, Luís Madureira e António Emiliano, com cenografia e figurinos de António Lagarto, pelo qual recebeu o Prémio da Crítica para Melhor Música de Teatro.
Em 1986 foi o autor da música do bailado "Espaço Vazio" (com coreografia de Olga Roriz), das bandas sonoras dos filmes "Repórter X" de José Nascimento (onde também entra como actor) e "Duma Vez Por Todas" de Joaquim Leitão (pelas quais recebeu mais tarde o Prémio de Música do Instituto Português de Cinema) e ainda da peça "Anatol" com encenação de Ricardo Pais. Com Nuno Rebelo e Emanuel Ramalho formou os Vors Trans Vekta que duraram pouco tempo. Assinou ainda a produção e arranjos do disco "Na Vida Real" de Sérgio Godinho que viria a vencer o Se7e de Ouro 86 para Disco de Música Popular.
A edição da banda sonora do filme "Repórter X" de José Nascimento com música de António Emiliano e participação de Anamar, Sérgio Godinho e Rui Reininho esteve prevista para ser editada pela Ama Romanta.
Recebeu o Prémio da Crítica para Melhor Música de Teatro, pelo espectáculo "Anatol".
Em 1987 compôe a música do bailado "Treze Gestos de Um Corpo" de Olga Roriz. Produziu ainda os discos "Aguaceiro" de Lena d'Água e "Negro Fado" de Vitorino. Volta a colaborar com Luís Madureira.
Em 1988 fez a banda sonora do filme "A Mulher do Próximo" de José Fonseca e Costa e de "Voltar" de Joaquim Leitão.
"Gahvoreh", a primeira obra de Gagik Ismailian para o Ballet Gulbenkian, sobre uma música original de António Emiliano, foi estreada em Julho de 1988.
Foi também o autor da banda sonora da peça de teatro "FAUSTO. FERNANDO. FRAGMENTOS", uma encenação de Ricardo Pais para o Teatro Nacional D. Maria II. Recebe o Prémio Garrett especial de música.
Os discos "Fausto Fernando Fragmentos" e "Gahvoreh" foram editados em 1989 pela Transmédia. No entanto a editora foi à falência pouco tempo depois.
Assina a música de "Ad Vitam", com coreografia de Paulo Ribeiro, e de "Estranhezas", com coreografia de Paula Massano.
Recebe o Prémio Garrett 1989 Especial de Música (da Secretaria de Estado da Cultura) para o espectáculo "Fausto. Fernando . Fragmentos" e o Se7e de Ouro 89 para Disco de Música Instrumental Contemporânea para os discos "Gahvoreh" e "Fausto. Fernando . Fragmentos".
Em 1990 volta a colaborar com Joaquim Leitão, em dois filmes da série "Love At First Sight", e com José Fonseca e Costa no filme "Os Cornos de Cronos".
Faz a banda sonora do filme "Ao Fim da Noite" (1991) de Joaquim Leitão.
É o autor da semi-ópera "Amor de Perdição", com encenação de Ricardo Pais e coreografia de Olga Roriz, estreada em Novembro de 1991 no Teatro Nacional de São Carlos. A obra foi apresentada no Théâtre Royal de La Monnaie, em Bruxelas, por ocasião da Europália '91.
Em 1993 produziu a faixa "Matar Saudades" incluída na reedição do disco "Banda do Casaco Com Ti Chitas". Colabora na coreografia "The Seven Silences of Salome", estreada em Londres por ocasião da reabertura do Savoy Theatre de Londres. O espectáculo recebeu o Time Out Award para melhor bailado do ano.
Em 1994 assina a banda sonora do filme "Uma Vida Normal", novamente de Joaquim Leitão.
Por ocasião das comemorações do centenário do Infante D. Henrique colabora na "Miscelânea de Garcia de Resende", com encenação e dramaturgia de Rogério de Carvalho, que foi apresentada na Culturgest.
Assinou a banda sonora da "Tragicomédia de D. Duardos", de Gil Vicente, com encenação de Ricardo Pais, apresentada em 1996 no Teatro Nacional S. João.
Suspendeu a actividade artística em 1996 para se dedicar exclusivamente à docência e à investigação em Linguística.
Retomou a actividade artística em 2005. Em 2006 assinou a banda sonora do filme "20,13" de Joaquim Leitão.
DISCOGRAFIA
Fausto Fernando Fragmentos (CD, Transmédia, 1989)
Gahvoreh (CD, Transmédia, 1989)
segunda-feira, 29 de julho de 2013
Cantoras dos Anos 80 - Belinda Carlisle
NOME: Belinda Joe Carlisle
DATA DE NASCIMENTO: 17-08-1958
ORIGEM: EUA - Hollywood
ÊXITOS: 'Mad about you' (1986); 'Heaven is a place on earth' (1987); 'I Get Weak' (1988); 'Circle in the sand' (1988); 'La Luna' (1989); 'We want the same thing' (1990); 'Live your life be free' (1991)
Fundadora da banda feminina de new wave 'The Go-Go's', uma das bandas mais bem sucedidas dos Estados Unidos no início dos anos 80. Já nasceu no sítio certo para ser uma estrela Hollywood. É a primeira filha de uma família de 7 irmãos, já na Escola liderava a claque de cheerleaders e, apenas com 19 anos, saiu de casa convicta de que a música era o seu futuro.
Teve a sua primeira aventura como baterista de uma banda punk e, de seguida, formou as Go Go's. Entre 1981 e 1984 gravaram três discos, mas o primeiro foi o que conseguiu um êxito maior, muito por culpa das músicas Beauty and the Beat e We Got the Beat.
Foi em 84 que Belinda fez uma incursão no cinema como atriz no filme 'Swing Shift' e, pouco depois, participou na banda sonora do filme 'Vision Quest'. As Go-Go's separaram-se em 1985 e Carlisle avançou numa carreira a solo. Depois de cinco anos de 'excessos' com as Go Go's, Carlisle passou por um período de recuperação física e reapareceu mais feminina, mais moderna, e até mais jovem. Começou por chamar a atenção com a música Mad about you e, em 87, Heaven is a place on earth conquistou o 1º lugar nos Top's dos Estados Unidos, Reino Unido e muitos outros países, incluindo Portugal. Do mesmo álbum, o 2º single, I Get Weak também subiu às primeiras posições das tabelas mundiais. Já no terceiro disco, Circle in the sand foi a música que teve maior destaque.
A esta altura, a sua popularidade já era de tal maneira que encheu o Estádio do Wembley, em Londres, para um concerto em 1988. Imparável, no ano seguinte, mais dois grandes êxitos: La Luna e (We Want) the same thing. Já no início dos anos 90, a música Live Your Life Be Free, do seu quarto álbum, foi um grande sucesso na Europa.
Belinda Carlisle é casada, tem um filho e quando tinha 42 anos provou o quanto continua em forma ao aparecer na revista Playboy. Em 2010, lançou uma auto-biografia.
sábado, 27 de julho de 2013
quinta-feira, 25 de julho de 2013
terça-feira, 23 de julho de 2013
domingo, 21 de julho de 2013
Ana Paula Reis
Ana Paula Reis é filha da cantora Teresinha Reis e de Zuzarte Reis (o responsável pela rubrica "Repórter da História" da Rádio Renascença).
Durante vários anos foi locutora da RTP.
Em 1984 gravou o Máxi-single "Utopia". O disco, em vínilo branco, incluía duas versões - a versão pequena e a versão grande - do tema "Utopia". O tema tinha letra de Ana Paula Reis que também produziu o disco em conjunto com Paulo Neves. A base instrumental foi gravada na Holanda e a música é da autoria de A. Larson e F. Martens.
Em 1985 foi editado o álbum "De Mim Para Ti" com produção de Zé da Ponte e Guilherme Inês. O disco incluía os temas "Espelho Meu", "Os Pontos Nos Is", "Amolador", "De Mim" e "Atina".
Foi lançado um Máxi-single com os temas "Espelho Meu" e "De Mim...".
Em 2006 foi convidada no programa "Canta Por Mim" da TVI onde foi um dos nomes que chegou à final.
DISCOGRAFIA
Utopia (Máxi, Rádio Triunfo, 1984)
De Mim Para Ti (LP, Rádio Triunfo, 1985)
NO RASTO DE...
Ana Paula Reis casou-se com Domingos Piedade e foi viver para a Alemanha. Neste momento regressou a Portugal onde exerce psicologia.
sexta-feira, 19 de julho de 2013
ABC
NOME: ABC
DATA DE FORMAÇÃO: 1980
ORIGEM: Inglaterra - Sheffield
ÊXITOS: 'Poison Arrow'; 'The Look of love'; 'All of my heart'; 'The night you murdered love'; 'King without crown a crown'
Apareceram mesmo no início dos anos 80. Na época do New Wave.
Martyn Fry era jornalista na área da música até ao dia em que entrevistou a banda Vice Versa, e, conversa puxa conversa, juntou-se a eles como vocalista do grupo. Estavam formados os ABC.
Lançaram o primeiro álbum em 1982, 'The Lexicon of Love', e conquistaram quase de imediato o 1º lugar de vendas. Ainda hoje, é referido pela crítica musical como um dos 100 melhores discos britânicos de todos os tempos. São deste álbum as músicas 'Poison Arrow'; 'The Look of love' e 'All of my heart'.
Nos dois anos seguintes, a saída de dois dos elementos trouxe alguma instabilidade ao grupo, mas, em 1985, acabam por surgir com um registo diferente e com novo disco, 'How to be a Zillionaire'. Pela primeira vez, com a música 'Be near me', atravessaram o Atlântico e conquistaram lugar entre as dez mais do Top americano.
Entretanto, Martin Fry ficou seriamente doente o que obrigou o grupo a parar por uns tempos. Quando regressaram, fizeram-no em grande: um disco com mais três grandes êxitos... 'When Smokey Things', 'The Night you Murdered Love' e 'King without a Crown'. O disco seguinte, em 1989, passou bem mais despercebido que os anteriores e, em 1990, editaram um 'Greatest Hits'.
Depois de uma mudança de editora, lançaram novo disco em 1991, outro oito anos mais tarde, com a gravação de um espetáculo ao vivo e, em 2001, nova colectânea.
Os ABC estão de regresso. Ao fim de tantos anos, editaram um novo álbum de originais, 'Traffic' e, vinte e sete anos depois, gravaram aquele que foi o primeiro disco da banda, ao vivo no Royal Albert Hall.
quarta-feira, 17 de julho de 2013
segunda-feira, 15 de julho de 2013
Grupos Musicais Portugueses - Banda Tribo
A Banda Tribo era formada por Fernando Amaral Gomes, João Paulo de Oliveira, José Ferreira de Oliveira,Mário Jorge Silva e José Gonçalo Amaral Gomes.
Em 1984 concorrem ao Festival RTP da Canção com "A Padeirinha de Aljubarrota" que fica em 3º lugar. O tema contou com a participação especial de Ana Sofia Cid.
Os arranjos e direcção musical do primeiro disco eram de José Cid.
Em Julho de 1985 lançam um novo single com os temas "Boneca" e "Andas Louquinha Por Mim".
No ano seguinte são a banda suporte do álbum "Xi-Coração" de José Cid.
DISCOGRAFIA
A Padeirinha de Aljubarrota/Devagar, Discretamente (Single, Orfeu, 1984)
Boneca/Andas Louquinha Por Mim (Single, Orfeu, 1985)
NO RASTO DE ...
João Paulo é teclista da banda de José Cid. Participou no Festival RTP da Canção de 1990 com "A Ilha do Tesouro".
Mário Jorge fez parte dos grupos Karamuru e Sextante. Em 2007 editou o disco "Retratos", a sua estreia a solo.
A filha de José Cid participou em alguns temas do pai.
José Gonçalo faz parte da Banda Tempo. Em 1988 ficou em segundo lugar no Festival RTP da Canção com "Cai Neve Em Nova Iorque".
sábado, 13 de julho de 2013
quinta-feira, 11 de julho de 2013
Anamar
Ana Maria Alfacinha de Brito Monteiro nasceu na cidade de Lisboa. Estreou-se nos palcos aos 17 anos. Frequentava a Escola de Teatro do Conservatório Nacional quando decidiu partir com um amigo para Paris com destino a Londres. Acaba por ir parar à Suécia onde fica durante 9 meses. Em Gotemburgo forma uma banda punk, os Odd Combo, que cantavam em inglês. É aí que passa a ser conhecida por Anamar.
Vai finalmente para Londres. Logo depois regressa à Avenida de Roma e ao Conservatório. Entretanto foi Anotadora da RTP e abriu uma loja. Em 1982 começou como porteira do Frágil (1) onde esteve até 1985.
No ano de 1983 grava, para a editora Fundação Atlântica, o álbum "Cartas de Portugal", com a direcção musical de Pedro Ayres Magalhães e com letras de autoria de nomes como Miguel Esteves Cardoso e Paulo Bidarra. O disco não chega a ser publicado sendo editado apenas um single com os temas "Baile Final" e "Lágrimas".
Com Luís Madureira, seu professor de voz na altura, grava o tema "O Teu Amor Sou Eu", versão de um tema de Irving Berlin com letra em português de Miguel Esteves Cardoso.
Em 1984 colabora com António Emiliano no espectáculo "Alana" realizado no Frágil. Ainda nesse espaço participa no espectáculo "Coproduction" com produção de Manuel Reis e música de António Emiliano.
Participa na peça "O Parque", de Botto Strauss, levada a cena pelo Teatro da Cornucópia, onde contracenou com Eunice Muñoz. Com esse papel ganha o Prémio de Actriz Revelação de 1985.
Em 1986 é um dos nomes que aparecem na compilação "Divergências" da Ama Romanta que lança também, em Março de 1987, o máxi-single "Amar por Amar".
No filme "Repórter X", de José Nascimento, aparece como actriz e interpreta o tema "Dor d’Alma" da autoria de Sérgio Godinho. Outros filmes em que entra, neste período, são "Crónica dos Bons Malandros" e "Um Adeus Português".
Em 1987 é lançado o álbum "Almanave", uma edição da Polygram, onde aparece uma nova versão de "Canção do Mar". Para promover o álbum, que chegou a disco de prata, foi agendado um concerto a solo no Coliseu de Lisboa: "A noite de 13 de Novembro foi de consagração para uns, mas para muitos outros de descalabro."
Colabora com António Emiliano na banda sonora do bailado "13 Gestos para um Corpo" de Olga Roriz na Gulbenkian.
Em 1989 regressa aos discos com o álbum "Feia Bonita" que contou com a direcção musical de José Peixoto e participações de Nuno Rebelo e do guitarrista Mário Delgado. O disco inclui temas como "Feia Bonita", "Ilha" e "Afinal".
Anamar foi mãe, e a sua carreira artística passou para segundo plano. A partir daí as suas aparições públicas tornaram-se raras, surgindo apenas no filme "Vida Normal" (1994) de Joaquim Leitão e na peça "O Ensaio".
Em 1997 é editado pela BMG o álbum "M" com produção de André Louro de Almeida (ex-Croix Sainte). (2) Este projecto é apresentado num concerto que decorreu na Estufa Fria, em Lisboa.
É aliciada por Tiago Torres da Silva a gravar um novo disco, dito de voz, onde estava prevista a recuperação de temas gravados para a editora Ama Romanta e inéditos de Torres da Silva, de Pilar e da brasileira Tete Espíndola.
No final de 2000, a convite de Torres da Silva, realizaram-se dois concertos "SMS8" em colaboração com Pilar e Né Ladeiras. Os concertos são um enorme sucesso mas não se voltariam a repetir apesar da promessa que ficou na altura.
O disco "Ao Vivo - com Pilar, Né Ladeiras e Anamar" é editado em 2002 pela Zona Música.
Em 2003 participa no espectáculo-concerto "Wild Cabaret", que ocupou o Teatro São Luiz, onde faz o papel de Rita Hayworth.
A Universal (ex-Polygram) lança em Maio de 2003 o disco "Afinal", uma antologia com 17 temas da sua carreira discográfica.
O disco "Transfado" foi editado pela CNM em Outubro de 2004. O disco subintitulado "Fado Tango e Alma Lusa" conta com Daniel Schvetz no piano, Luís Petisca na guitarra portuguesa e Ricardo Cruz no contrabaixo e percussão.
(1) A irreverente e muito british cantora, esteve à porta do Frágil entre 1982 e 1985 e lá voltou mais três vezes, duas ainda na década de 80 e a última em 1993. A sua passagem coincidiu com o aparecimento dos grupos líderes das noites, o que em parte lhe facilitou a tarefa, já que todos se conheciam. Mesmo assim, teve de recusar muitas entradas a quem não fazia parte dos "clientes habituais". (DN)
(2) "Assumimos as dívidas porque licenciámos o disco, mas a contrapaga era um contrato para a gravação de mais dois CD. A atitude da editora na promoção do M não funcionou. (...) Talvez fosse um disco fora de tempo, embora tivesse sido reconhecido na crítica. Mas a verdade é que não aconteceu. A/DN
DISCOGRAFIA
Baile Final/Lágrimas (Single, Fundação Atlântica,1983)
Amar por Amar (Máxi, Ama Romanta, 1987) (com os temas Roda e Ana no lado B)
Almanave (LP, Polygram, 1987)
Feiabonita (LP, Polygram, 1989)
M (CD, BMG, 1997)
Ao Vivo - com Pilar, Né Ladeiras e Anamar (CD, Zona Música, 2002)
Afinal (Compilação, Universal, 2003)
Transfado (CD, CNM, 2004)
Colectâneas
Divergências (1986) - Roda
ANAMAR POR ANAMAR
Radiografia dos discos que Anamar deixou gravados ao longo de 20 anos, agora compilados em «Afinal», feita pela própria em discurso directo.
«o primeiro disco que gravei não existe, foi um single gravado numas máquinas nos Estados Unidos da América. Eram duas canções do folclore português, uma do Alentejo e outra da Beira. Provavelmente foi o meu primeiro "frisson" musical...».
«o segundo disco também não consta. Foi um dueto com o Luís Madureira, meu professor de voz na altura, num exercício pimba de apropriação de uma música do Irving Berlin com letra em português do Miguel Esteves Cardoso. Resumível na expressão "olha para nós cultos e modernos a brincar ao kitsch do musical americano passadista". Tem um registo de voz bastante irónico, muito agudo, muito menina, é o oposto do que eu sou».
«Cartas de Portugal» (LP Fundação Atlântica, 1983). Produzido por Pedro Ayres Magalhães, o álbum nunca saiu e apenas o single «Baile Final» foi editado.
«É um bocadinho uma erupção do vulcão, que tem em si todo o potencial destrutivo que uma erupção tem mas que resulta, no caso, num fertilizar dos campos que permitiram ter o estofo e a ousadia e a capacidade criativa para avançar na música. Nunca gravei nenhum disco em condições tão fantásticas: três meses no grande estúdio da Valentim de Carvalho, com músicos óptimos, fantásticos... E saiu uma merda (risos). O disco nunca saiu, e o "Baile Fina!" sobrevive por várias razões, para mim porque é o tema desse disco no qual consegui cantar como eu era na altura».
«Amar por Amar» (máxi Ama Romanta, 1986)
«É claramente o início da aventura. É o disco mais marcante para mim, porque foi feito com muito poucos meios, muito depressa, com gente muito talentosa, numa mistura que na altura era bastante imprevisível».
«Almanave» (LP Polydor, 1987)
«O momento do "boom", ligado às multinacionais, aos patrocínios. Se bem me lembro, só o Rui Veloso e eu tínhamos patrocínios, e fomos apelidados de vendidos. Enquanto grande produção diz claramente que quero estar no centro das coisas e não num percurso à margem. E foi a experiência de fazer um disco normal, coisa que não tinha acontecido para trás. Foi também o início da relação com o Tozé Brito. Embora musicalmente não tenhamos nada a ver um com o outro, a nível de cumplicidade musical e na generosidade que ele tem de dar espaço ao que é novo, é uma pessoa fundamental».
«Feiabonita» (LP Polydor, 1989)
«É um disco em que tive ainda mais meios, o privilégio de trabalhar com o José Peixoto e começar a minha relação com o José Fortes. É eventualmente o disco com melhor som da minha carreira e foi gravado debaixo de uma tempestade pessoal: separei-me, tinha dois bebés, estava a gravar o disco, mãe sol- teira... O disco saiu e não teve continuidade ao vivo como teria que ter tido. A nível pessoal caiu o Carmo e a Trindade, e com dois gémeos à mistura tratava-se de criar condições para que os gémeos existissem. "Feiabonita" morreu na praia. E a seguir vem um período de silêncio muito grande, que se justifica por essa vida pessoal que tinha de ser reconstruída.»
«M» (CD RCA, 1997)
«Nasce na pior altura a nível de circunstâncias externas, mas numa altura !m que sinto absoluta necessidade de pôr cá para fora algo que correspondesse a uma dimensão espiritual da música, que não havia nos discos anteriores. Se o mercado fosse outro que não o português, que é estreito, poria este disco num circuito como o da Enya... Acontece que saiu numa BMG que passado muito pouco tempo se desintegrou. E esse desintegrar fez com que as coisas caíssem por terra».
«Ao Vivo» com Né Ladeiras e Pilar (CD Zona Música, 2002). Registo do concerto ao vivo «SM 58», realizado no final de 2000.
«Uma experiência ao vivo magnífica, às portas do céu... É a boa surpresa que vem de fora e que me desencaminha. O convite do Tiago Torres da Silva para fazer esse espectáculo ocorreu numa fase da minha vida em que eu estava quase a achar que se calhar vivia bem sem o palco, sem a música. Tudo se conjugou para que fosse um processo fácil e lúdico, de puro prazer, e portanto deixou um testemunho que não posso ignorar. Depois a ausência de promoção do disco - que não é inteiramente da responsabilidade da editora e teve a ver com uma incapacidade de nós as três estarmos disponíveis ao mesmo tempo para fazer o que era preciso ser feito - é uma pena. Para mim é uma edição que cai num vazio pelo facto de ser quase inexistente para o público».
«Afinal» (CD Universal, 2003)
«É a chave da ignição».
ARTIGO DE JORGE MOURINHA / BLITZ, 09/06/2003
[Em relação a Espectáculos, Anamar não esquece o “Coproduction” no bar Frágil, as jam sessions no bar Bain Douches em Paris, a estreia do canto em português no bar Anikibóbó no Porto, os loucos concertos no Rock Rendez Vous, e, concerteza, o polémico espectáculo de lançamento do disco “Almanave” no Coliseu dos Recreios de Lisboa.]
«Quando fiz os primeiros discos, era identificada pelo estereótipo da puta. Quando fiz o "M", poderia ser identificada com o estereótipo da santa. Acontece que nunca fui puta nem santa...» Anamar, Diário de Notícias, 2000
«Na primeira fase da minha carreira desiludi-me com o exterior. Na segunda desiludi-me com o interior» Anamar, Público, 2000
«"Só Ana", baseado no Fado Estoril e com uma letra autobiográfica: "É desconstrutora da Anamar distante, é só Ana. Fui completamente impotente para mudar as imagens que as pessoas criam: a Anamar fatal, mulher da noite, dama dos limiares, etc, era imutável. Neste disco mostro que, atrás dessa, está a 'só Ana', que brinca.» Anamar, Público, 2004
Filha de um pediatra, a cantora contou que, quando era pequena, o seu pai lhe dizia algo que a moldou para a vida. "Quando eu fazia algum disparate, a minha mãe tendia a ter uma atitude muito protectora, e eu perguntava-lhe por que razão é que os pais têm de mandar nos filhos, porque é que eu não podia mandar em mim. Ao que o meu pai respondia: ‘Podes mandar em ti se souberes cuidar de ti própria. Se tu decidires bem, eu não vou, de maneira nenhuma, contrariar-te.’ Essa foi uma lição de liberdade responsável que nunca mais esqueci", adiantou. Da mãe, por seu turno, Anamar aprendeu algo muito "bonito": "Ela dizia-me que tudo o que existia vivia. As mesas, os copos, tudo tinha vida própria. Estimulou-me muito a nível criativo e artístico, e eu tento fazer o mesmo com os meus filhos." (C/2001)
Anamar acredita que através da arte, da música e do espectáculo se pode intervir na realidade, que cada pessoa pode ser criativa, verdadeira, responsável e fiel a si própria. (Press-release 2004)
NO RASTO DE...
Mas, mesmo que a música continue ou não, avancei por uma outra área profissional: a da produção de conteúdos de audiovisual e Internet, onde encontro alguma auto-realização. Mas é verdade que o bicho de palco que sou continuava a sentir que haveria algo para cumprir. (DN/2000)
É empresária de conteúdos e autora de guiões para cinema, televisão e publicidade. (C/2001)Actualmente integra o projecto BloomArt como artística plástica.
terça-feira, 9 de julho de 2013
Cantores dos Anos 80 - Rick Astley
NOME: Richard Paul 'Rick' Astley
DATA DE NASCIMENTO: 06-02-1966
ORIGEM: Inglaterra - Lancashire
ÊXITOS: 'Never gonna give you up'; 'Whenever you need somebody'; 'Together forever'; 'Cry for help'
Foi descoberto pelo produtor Pete Waterman em 1985, quando tocava bateria numa banda e, dois anos depois, já estava no 1º lugar do Top britânico, durante cinco semanas consecutivas
, com a música 'Never Gonna Give You Up'- o single mais vendido em Inglaterra nesse ano. Ainda do mesmo álbum, mais uma a chegar ao topo da tabela, 'Whenever you need somebody' e, quando julgava ter tempo para respirar fundo e gozar destes dois grandes sucessos... em março de 1988, o single 'Together Forever' conseguia a mesma proeza, o 1º lugar do Top. Chegou a ser nomeado pelos prémios Grammy como Melhor Artista do Ano, mas perdeu-o para Tracy Chapman.
O disco seguinte teve algum êxito em Inglaterra, mas menos no resto do Mundo mas, em 1991, voltou a dar nas vistas com a balada 'Cry for Help'. Dois anos mais tarde, ainda lançou mais um álbum, mas passou quase despercebido.
Decidiu afastar-se e, só ao fim de 10 anos, é que regressou ao Mundo da música. Entre 2001 e 2005, gravou dois discos, um deles com interpretações de grandes clássicos dos anos 60 e 70.
Recentemente, surpreendeu os fans com uma tournée que passou pelas principais cidades inglesas.
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