Páginas

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Grupos Musicais dos Anos 80 - Opinião Pública

Os Opinião Pública formaram-se em 1981 como consequência do "boom" do rock português que teve o seu início com o "Chico Fininho" do Rui Veloso. 

Eram oriundos da zona de Lisboa. 

A banda era constituída por Carlos Estreia (voz e guitarra), Pedro Lima (guitarra), Luís Fialho (baixo e teclas) e Carlos Baltazar (bateria). 

Em 1981 concorrem ao Festival Só Rock, realizado na cidade de Coimbra, onde obtêm um dos primeiros lugares. O Festival foi ganho pela banda Alarme da Nazaré comandada por Carlos Cavalheiro. 

Esta boa classificação no Festival Só Rock (onde participaram bandas de quase todo o país) permitiu-lhes um contrato discográfico com a editora Rotação.

Nesse ano é editado o single "Puto da Rua", que contém no lado B o tema "Ela é Tua". 

Após terem sido incluídos na agência de espectáculos GRR (Grupos Rock Reunidos) na qual participavam os UHF, Xutos & Pontapés, NZZN e Iodo, a banda faz alguns espectáculos, nomeadamente efectuando as primeiras partes de vários concertos dos UHF (na época a banda com mais espectáculos em Portugal). 

Desse caminho conjunto entre os UHF e os Opinião Pública surge a ideia de convidar António Manuel Ribeiro para produtor do primeiro álbum da banda. 

Esse disco, intitulado "No Sul da Europa" mostra-nos uma banda com um som muito próximo da "new wave" e com algum potencial para vingar. 

Esse disco contém temas como "Na Terra", "Duplo Controle", Ritmo de Vida", "Walkman", "Cumprindo as Regras", "Subúrbio", "No Sul da Europa" e o tema "Puto da Rua" já anteriormente lançado em single. 

Para além da preocupação com a produção do disco, na sua componente musical, a banda preocupava-se em apresentar umas letras que revelavam uma forte consciência social e crítica a um certo estado de coisas em Portugal. 

O tema "Puto da Rua" conseguiu algum sucesso nas rádios nacionais e os Opinião Pública conseguiram, assim, alguma projecção. 

Tal facto não contribui, contudo, para que a banda tivesse continuidade. No mesmo ano de 1982 dava por terminadas as suas actividades, tal como aconteceria como muitas das bandas que surgiram nesta época. O mercado discográfico e de concertos começou a ressentir-se e a crise não tardaria. Apenas três ou quatro bandas conseguiram sobreviver. 

Hoje os Opinião Pública são quase desconhecidos para a maioria do público português, o que não significa que a sua música não seja procurada por especialistas em "powerpop", uma das diversas correntes musicais pós-punk. A banda é, aliás, considerada uma das grandes pérolas deste tipo de música, sendo inclusive referida em diversos "sites" da Internet, ligados a esta corrente musical. Os seus dois discos, em vinil (já que nunca foram reeditados em CD) são procurados como das grandes raridades musicais do rock português dos anos 80. 

DISCOGRAFIA
Puto da Rua/Ela É Tua (Single, Rotação, 1982)
No Sul da Europa (LP, Rotação, 1982)

COMENTÁRIOS
Os Opinião Pública são a única banda portuguesa a figurar nas compilações "Powerpearls" (com vários volumes editados) onde constam bandas internacionais dentro do espectro punk-powerpop dos anos 70 e 80. Aparecem mais propriamente no "Powerpearls Volume 6", com o já mítico "Puto da Rua" (és o esgoto da cidade, a procura nos rostos, por trás das máscaras). De realçar, que a capa do single "Puto da Rua" é talvez a melhor capa do rock português (também não é difícil eheheh), sempre se pode fazer algo com poucos recursos. http://www.punk-information.com/oo-oz.htm aqui estão os Opinião Pública No site http://punkmodpop.free.fr/ pode-se encontrar informações dos Opinião Pública, GNR e Street Kids.

NO RASTO DE...
Luís Fialho fez parte dos Entre Aspas.

Biografia retirada daqui

quinta-feira, 31 de março de 2016

Grupos Musicais dos Anos 80 - Ocaso Épico

Os Ocaso Épico foram formados em 1981 por Farinha (Carlos Cordeiro).

O tema "Memórias", gravado em 19 de Outubro de 1984, por Farinha (voz, guitarra, flauta, teclas), Alberto Garcia (bateria), Anabela Duarte (voz, performance e teclas), Ricardo Camacho (percussão) e Rui Magalhães (baixo), aparece na compilação "Ao Vivo No Rock Rendez-Vous em 1984" com o título "Intro".

São considerados a melhor banda ao vivo de 1984, em conjunto com os GNR, para o programa "Som da Frente" de António Sérgio.

Anabela Duarte sai do grupo em Março de 1985 após um concerto na sala do teatro "A Barraca".

Houve um ano em que foram o grupo que mais tocou no Rock Rendez-Vous. São convidados por Mário Guia (Dansa do Som, Rock Rendez-Vous) a gravar um disco. As gravações decorreram ao longo de vários meses. Mais do que um grupo funcionava antes como um projecto pessoal de Farinha Master.

O disco "Muito Obrigado" foi editado em 1988. No disco participaram Pedro Barrento, Rui Mofreita, Zé Nabo, Alberto Garcia, Rui Fingers, Ricardo Camacho e José Carrapato. 

Em 1989 foi divulgada a maqueta "Desperdícios" resultante de várias sessões de gravação. Um dos músicos participantes neste registo foi Carlos Zíngaro (também colaborador pontual de Zao Ten). "Experimentalismos ambientais, orientalices, um ou outro ritmo "industrial" e outras coisas acabadas em Zen. E o humor característico do Farinha Master em títulos como "Descarregar Proteína Animal", "Alvalóide", etc." (TP)

Aparecem na compilação "Insurrectos", que também incluía os Zao Ten, com "Uma Bica e um Neubauten".

O grupo continua a trabalhar sendo de destacar, neste período, temas como "Sonic Yuppie" e "Atalaia". O grupo para pouco tempo depois.

Em Junho de 1993 realizou-se o concerto de regresso, na Caixa Económica Operária, com primeira parte dos Subterfúgio. No entanto, o grupo apresentou-se sem Farinha (Dr. Zao Ten) que ficou retido em casa devido a uma gripe.

Mário Guia chega a anunciar a entrada em estúdio dos Ocaso Épico, prevista para Janeiro de 1995, para a gravação de um segundo disco mas tal não se concretizou.

DISCOGRAFIA
Muito Obrigado (LP, Dansa do Som, 1988)
Desperdícios (K7, Tragic Figures, 1989)

Colectâneas
Ao Vivo No Rock Rendez-Vous (1984) - Intro
Insurrectos (1990)  - Uma Bica e um Neubauten 
Feedback (1990) - Entre Barreiras / D. Suzete
Corrosão Cerebral (1992) - M. Obx

COMENTÁRIOS
Nascido em 1957, Farinha estudou engenharia no Instituto Superior Técnico, cedo integrando múltiplas actividades artísticas, de onde se destaca o ter tocado gaita de foles e stylofone num grupo de música popular. Estudou guitarra, flauta e voz no Hot Clube e fez teatro no Centro Cultural Roque Gameiro e circo no Chapitô (chegando a apresentar peças de teatro no Teatro da Comuna com este grupo num espectáculo de teatro-circo de Henrique Tenreiro). A sua produção teatral rendeu-lhe o primeiro sintetizador, comprado com dinheiro que fez de um espectáculo. Paralelamente a estas actividades perfomáticas, foi sempre praticando e interiorizando filosofia oriental. Em 1976, fez yoga no Centro Tibetano da Ogian Centre e, em 1980, estudou filosofia yin-yang no Instituto Kuchi. Mas foi na música que a sua influência  foi mais marcante e a sua actividade mais continuada. O seu primeiro grupo de pop-rock surge em 1980 e chamava-se "WC", integrando elementos como Anabela Duarte e Manuel Machado, companheiros também de grupos posteriores, e onde explora a guitarra, a flauta e a voz.

Em 1981, forma os emblemáticos "Ocaso Épico", que marcaram inequivocamente a música pop dos anos 80. Ligados para sempre ao apogeu do Rock Rendez-Vous, foram uma das bandas que mais actuações ao vivo realizou naquela mítica sala de concertos. Em 1988, lançaram o disco "Muito Obrigado", editado pela Dansa do Som. Todas as letras e músicas foram compostas pelo Farinha e os músicos que participaram foram : Pedro Barrento, Rui Moreita, Zé Nabo, Alberto Garcia, Rui Fingers, Ricardo Camacho e José Carrapato, e com a colaboração de Mário Guia na gravação. 

A banda Ocaso Épico surge em Portugal no início dos anos 80 , como um paradigma da nova música portuguesa criando um espaço nunca antes habitado do folclore português com cariz industrial. Para quem conhece o tema "Intro" do Lp ao vivo no saudoso Rock-Rendez-Vous poderá concerteza descortinar que este foi o berço de muitas ideias novas para a sonoridade da música moderna lusitana, com letras em português, cantadas também em tonalidades de "phado" por Anabela Duarte e em dueto com o cantar alentejano do Carlos Cordeiro/Farinha Master (já desaparecido mas aqui a ser recordado com saudades daquilo que ele fez e do que poderia ainda ter feito para estilhaçar a água do pântano ou marasmo do panorama musical português.

«Já devia ter gravado o disco, mas não estava preparado. Tem muito a ver com a carga karmica, que é o fio condutor de acções que originam reacções, reacções que originam acções...O que eu te sei dizer é que já faço yoga há 15 anos...» Blitz nº 200 (30/08/88)

NO RASTO DE
Farinha (Carlos Cordeiro) faleceu em 18 de Fevereiro de 2002. À altura da sua morte liderava os Angra do Budismo, projecto fundado em 1999, do qual faziam parte Luís Bernardo (guitarra eléctrica), Sabini (baixo) e Sara Belo (voz) e que lançaram a maqueta "TransMutação". Nos anos 90, Farinha participou ainda em projectos como "Zaoten", ao lado de nomes como os do violinista Carlos Zíngaro e João Sampaio, "The Pé" e "K4-Quadrado Azul". É ainda de referir a sua produção musical para cinema de animação, onde fez música para dois filmes de António Rocha. (Público).

 Ricardo Camacho e Alberto Garcia surgem ligados à banda, mas apenas como colaboradores temporários. (JN) O baterista Alberto Garcia tocou com os Rádio Macau. Rui Fingers fez parte dos V12.

A única ligação de Manuel Machado à música verifica-se apenas quando toca com o filho. Rui esteve na Bélgica, voltou a Portugal, mas não está ligado à música. Por seu lado, Paulo reside no Canadá, onde continua a actividade musical. (JN) Manuel Machado fez parte da primeira formação dos Angra do Budismo.

José Paulo Andrade foi guitarrista dos V12. Com o seu projecto Gamma Ray Blast lançou o EP "5 Dimensões".

erro! é um projecto musical de João Palma com um passado musical em bandas como Zao Ten, Ocaso Épico, Profilaxia e Feijão Freud.

Biografia retirada daqui

segunda-feira, 21 de março de 2016

Grupos Musicais dos Anos 80 - Ópera Nova

Grupo de Cascais formado em 1980. Os elementos do grupo eram Luís Beethoven (voz), Pedro Veiga (teclas) e Manuel Andrade Rodrigues (teclas). 

O mentor do primeiro single foi Pedro Veiga, que tirou a ideia do tema "Sonhos" a partir de um disco de Donna Summer. Como era muito técnico e inteligente em matemática e em programar computadores, fez várias junções entre sequenciadores e sintetizadores monofónicos que utilizavam na altura e em estúdio puderam usar material polifónico emprestado.

Manuel Rodrigues participou em algumas horas de estúdio (colocou dois  acordes com som de piano num teclado caseiro) e na sessão de fotos mas saiu do grupo ainda antes da edição do disco de estreia.

Já com o disco gravado, entra Braunyno da Fonseca, nome que fora sugerido ao grupo por Nuno Canavarro (Street Kids).

Assim, em 1983 é editado o single "Sonhos" com produção de Carlos Maria Trindade (Heróis do Mar). A edição em máxi-single incluía a versão longa de "Sonhos" no lado A e os temas "Luar" e "Palavras" no lado B. Venderam mais de 10.000 discos.

O grupo torna-se um duo, com Veiga e Braunyno, após a saída de Beethoven. Passam a utilizar alguns instrumentos acústicos. João Marques (trompete) e Renato Júnior (saxofone) foram alguns dos músicos que participaram em ensaios do grupo.

Editaram um novo single, em 1984, com os temas "México" e "Western".  O disco, produzido e gravado em 12 horas no Angel Studio, nos dias 22 e 27 de Dezembro de 1983, incluía várias referências da cultura musical, desde Kid Creole até New Order.

O grupo terminaria pouco tempo depois.

DISCOGRAFIA
Sonhos/Luar (Single, Polygram, 1983)
Sonhos (Máxi, Polygram, 1983)
México/Western (Single, Polygram, 1984)

NO RASTO DE...
Beethoven e Veiga formaram os F.A.S. que participaram no 1º Concurso de Música Moderna do Rock Rendez-Vous (1984).

Luis Beethoven é DJ. Colaborou com Carlos Maria Trindade no projecto No Data (2006).

Braunyno tinha formado anteriormente os Amor de Perdição (grupo que tinha uma direcção de música na linha dos Adam and The Ants). Mais tarde criou os Alfa Morreu que contaram com a colaboração do cantor (e artista gráfico) Paulo Scavullo (ex-Telavive).

O trompetista João Marques chegou a colaborar com os Sitiados. Mais tarde formou os Meninos d'Avó.

Renato Júnior colaborou com os Barbarela/Santa Luzia. Depois chegou a tocar com os UHF. Trocou o saxofone pelas teclas e mais recentemente produziu discos de Susana Félix e João Pedro País, entre outros. Foi o compositor da música do Euro 2004.

Biografia retirada daqui

sexta-feira, 11 de março de 2016

Grupos Musicais dos Anos 80 - NZZN

Naquela altura [início da década de oitenta] era um pouco mais fácil conseguir um contrato discográfico e nem sequer se utilizavam demo-tapes, Zica, ex-baterista dos NZZN, recorda como foi: «Nós éramos uma banda de "covers" de Van Halen e AC/DC. Começámos a tocar na zona de cascais e a certa altura fartámo-nos de fazer versões e resolvemos fazer originais.

Porque nessa altura a Vadeca estava a apostar em bandas portuguesas, contactámos a Vadeca. Ensaiávamos na Associação Popular de Paço D'Arcos e tínhamos duas ou três música feitas:"Vem Daí", "Deixa Arder" e pouco mais. O Idílio Viana foi ver-nos à sala de ensaio e gostou... Depois foi editado o single "Vem Daí"... 

Na altura tivemos o apoio dos UHF, que foi decisivo para a nossa carreira porque o Mário Dimas decidiu pegar nos NZZN e fazer a primeira parte dos UHF durante um verão, e, nesses anos, onde os UHF actuavam era enchente certa. A partir daí compramos um P.A. da Furacão e tornamo-nos  autónomos e a seguir fizemos o single "Gajos da Sorte". Fizemos concertos por todo o lado e seguiu-se a grande aventura do LP.

Em 1984 gravámos o disco nos estúdios Valentim de Carvalho, mas devido à inexperiência dos produtores (gravámos com o Tó Pinheiro da Silva e produção de Mike Sargeant) não saiu o som que queríamos. Foi um desastre, a crítica não perdoou, e como o álbum se chamava "Forte e Feio" [alinhamento: "Brigada Rock", "Infringindo a Lei", "Fogo Posto", "Participe no Concurso", "Vem Daí", "Heavy Metal", "Paga e Não Bufes", "Morde Aqui... A Ver Se Eu Deixo" e "Desgoverno (Nacional)"] ainda mais pancada recebemos. Depois houve problemas internos e a banda acabou por se desintegrar».

Os NZZN, a banda acrónima de Necas, Zica e Zé Nuno, foi a primeira em Portugal a enveredar pelos sons do "heavy metal". Havia até quem augurasse um futuro dourado àqueles que ousassem romper as malhas e se assumissem como pioneiros da onda mais pesada do rock em Portugal. A verdade é que o sucesso, uma vez mais, durou apenas dois anos.

Os NZZN ganharam lugar na história como criadores do primeiro single português de "heavy metal" - "Vem Daí" - lançado em 1980 e que disparou para o primeiro lugar do top do popularíssimo programa radiofónico Rock em Stock. Mas para finais do ano seguinte já a banda se dissolvia por falta de contratos. "Estávamos na contra-maré", dispara Necas, o ex-guitarrista da banda. "O que fazíamos e que sempre fizemos foi um hard-rock pesado, mas o que estava mesmo a dar era o new wave", explica. O ex-baixista do grupo, Zé Nuno, deixa as coisas claras: "Os discos tinham que vender, se não se vendiam a editora deixava de apostar na banda. Nós estivemos em cima com o primeiro single, não estivemos mal com o segundo, mas depois, com o álbum, que já não vendeu o que se esperava, sentimos logo isso". "Na época até achei ingenuamente que o meu esforço de dez ou 20 anos como músico ia ser finalmente recompensado. E embarquei idioticamente naquilo, só percebendo mais tarde que as coisas não eram assim tão lineares. Senti algum desencanto mas não desisti. Continuo a tocar e até me estou a cagar para os tops", afirma Necas. "É mesmo assim", brinca Zica, "a certa altura sentimos que nunca mais voltaríamos a ser estrelas do rock'n'roll".

De resto, o ex-guitarrista dos NZZN defende mesmo que este "boom" do rock português "foi algo criado artificialmente e a prova é que não durou mais do que dois ou três anos. Não havia circuito, não tínhamos mercado para termos aí umas 50 mil bandas a gravar". Mas, ainda assim, os NZZN embarcaram também na euforia. "É claro que optámos logo por cantar em português. Caramba, se somos portugueses porque é que não havíamos de cantar na nossa língua? ...Para além de que já vinham lá de fora coisas mais do que suficientes em inglês", diz Zica.

FORMAÇÃO
Armindo (voz); Necas (guitarra); Zica (bateria); Zé Nuno (baixo) 
[aquando da edição do álbum já estava Paulo no Baixo]

DISCOGRAFIA
Vem Daí/Deixa Arder (Single, Vadeca, 1981)
Trip Fixe/Gajo de Sorte (Single, Vadeca, 1981)
Forte e Feio (LP, Vadeca, 1982)

NO RASTO DE...
Zica teve um programa de rock ("Boca do Inferno") na Rádio Marginal. Já reformado da Tap é animador cultural e tem escrito textos para programas de humor como os "Malucos do Riso". 

Necas é funcionário do Tribunal de Justiça.

Necas e Zica tem um grupo de bares chamado "Atitude Rude". No dia 30/12/1994, os NZZN deram um concerto no Ruína Bar, com os Atitude Rude.

Zé Nuno voltou a estudar e é hoje engenheiro na C.M. Lisboa. 

Biografia retirada daqui