domingo, 22 de novembro de 2015
sexta-feira, 20 de novembro de 2015
quarta-feira, 18 de novembro de 2015
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
quarta-feira, 21 de outubro de 2015
Michael J. Fox. O futuro dele era hoje às 16.29
Em Regresso ao Futuro II, Michael J. Fox aterrava em 2015. E já havia ecrãs planos
Se o nosso gosto cinéfilo envolver alguma forma de fé, podemos acreditar que hoje mesmo temos a possibilidade de conhecer Marty McFly. Quem? Pois bem, a personagem de Michael J. Fox na saga Regresso ao Futuro, de Robert Zemeckis.
Seria (ou será) num momento muito preciso: 16h 29m. Isto porque no filme Regresso ao Futuro II, era nesse horário que McFly desembarcava no dia 21 de outubro de 2015, viajando no espetacular DeLorean, o carro-máquina do tempo inventado pelo seu companheiro de viagem, Dr. Emmett Brown (Christopher Lloyd). McFly e Brown provinham de 1985 e chegavam ao futuro (este nosso presente) para tentar alterar os dados que podiam conduzir à prisão do filho de McFly (também interpretado por Michael J. Fox). Enfim, as coisas estavam longe de ser tão simples (?) porque, entretanto, o "mau da fita" Biff Tannen (Thomas F. Wilson) lhes roubava o DeLorean, recuando a 1955 para baralhar os dados e comprometer o futuro de toda a gente...
quarta-feira, 14 de outubro de 2015
segunda-feira, 12 de outubro de 2015
sexta-feira, 9 de outubro de 2015
quarta-feira, 7 de outubro de 2015
segunda-feira, 5 de outubro de 2015
sábado, 5 de setembro de 2015
Johnny Johnny
Grupo do porto formado por Álvaro Pilar (voz, baixo e piano), Eduardo Mont'Alverne (guitarra) e o ex-Culto da Ira Miguel Pais (bateria). O vocalista era técnico do estúdio dos Taxi.
Começaram em 1986. No ano seguinte tocaram várias vezes com os GNR.
Em 1988 lançaram o álbum, homónimo, que contou com a participação de Carlos Maria Trindade e Rui Veloso. O maior sucesso foi "Volto Já" com letra de Rui Reininho. Os outros temas do disco são "Fundo da Noite", "Nove Sete Oito", "7 Cores", "3 Dias", "Último Cais", "Outra Vida", "1º Amor", "Princesa", "Zanzibar" e o instrumental "Johnny Johnny".
Para a sua editora eram a primeira grande banda pop/rock do verão de 1988. Apesar de um relativo sucesso, a concorrência era muita, acabam por terminar. Em 2010 regressaram para dar alguns concertos.
DISCOGRAFIA
Johnny Johnny (LP, EMI, 1988)
Informação retirada daqui
quinta-feira, 3 de setembro de 2015
João Moutinho
Os membros de um grupo de baile resolvem experimentar, motivados pelo programa "Rock em Stock" de Luís Filipe Barros, alguns temas originais com letras de João Moutinho. Um dos temas dessa maquete caseira chegou a passar no programa. O último concerto da banda foi na passagem de ano de 1980 para 1981.
A editora Gira estava a promover, no programa matinal da Comercial, um concurso de letras para escolher a melhor versão de um tema dos English Boys. O prémio seria a gravação de um single com a letra vencedora. João Moutinho gravou a sua letra ("Anda Daí") sobre o instrumental do grupo inglês.
Apesar de não ser esse o mote do concurso, o tema foi logo divulgado no programa e agradou a Luis Vitta, o promotor da editora. O cantor tinha levado também uma cassete com as gravações caseiras da sua antiga banda, onde se encontravam os temas "Rockolagem" e "A Pastilha". A editora interessou-se pela gravação destes dois temas o que levou à reunião dos elementos da banda.
O técnico de som foi Moreno Pinto que deu o apoio necessário face à inexperiência dos músicos. "Pastilha" (escrito com Amilcar) e "Rockolagem" (com Carlos Barbosa) foram ediatdos num single com dois lados A.
João Moutinho passa para a Rádio Triunfo pela qual é editado um novo single com os temas "Ponta de Saída" e "Tony da Meia".
João Moutinho escreveu letras para o disco dos Seilasié. Com Armando Gama escreveu temas para outros artistas (Nicolau Breyner)
A letra de "Rockolagem" e a história da gravação do disco está incluída no livro "Memórias do Rock português" de Aristides Duarte.
DISCOGRAFIA
Rockolagem/A Pastilha (Single, Gira, 1981)
Ponta de Saída/Tony da Meia (Single, RT, 1981)
NO RASTO DE...
Cedeu letras para serem musicadas por Rui Veloso, entre as quais "Homenagem" de Adelaide Ferreira.
Informação retirada daqui
terça-feira, 1 de setembro de 2015
João C. Bom
Grupo que foi formado em Fevereiro de 1987. Nos seus primeiros anos de existência dão muitos concertos.
Os elementos do grupo eram Carlos Polónia (voz e guitarra), Jorge Novais (guitarra),Zé Novais (baixo) e Álvaro Guimarães (bateria).
O álbum homónimo foi editado em 1989. O grupo foi descoberto por Rui Veloso que produziu e que tocou guitarra em alguns temas do álbum. Outro dos nomes presentes no disco é o músico Zé Carrapa.
Até ao ano de 1991 a banda continua a sua actividade enquanto promove o referido trabalho, após o que se verifica uma alteração na formação com a saída de Carlos Polónia e a entrada de Mário Amora (teclas).
Em 1994 editam pela Numérica o álbum "À Margem da Lei".
DISCOGRAFIA
João C. Bom (LP, EMI, 1989)
À Margem Da Lei (CD, Numérica, 1994)
NO RASTO DE ...
Baterista, harmonicista, guitarrista e cantor, Carlos Polónia já participou numa série de projectos artísticos. Desde actuações nas primeiras partes de concertos dos UHF e dos Afonsinhos do Condado na altura em que o rock português nascia. Trabalhou cerca de um ano e meio com Rui Veloso nas gravações do disco dos João C. Bom. Participou com dois temas no disco de Luís Portugal, tocou no Pavilhão de Portugal na Expo 98 (26 de Julho) e no primeiro festival de blues de Gaia (3/2000). Entre muitos outros projectos, Carlos Polónia teve também uma passagem pelo cinema, no filme "Corações Periféricos" de Fernando Ávila com argumento de Carlos Tê. Discografia: Carlos Polónia - 1993, ed. Pôr do Som/dis. BMG; Carlos Polónia Grupe - 1998, Ed. Autor; "Acústico" é o nome do seu terceiro disco.
Informação retirada daqui
domingo, 30 de agosto de 2015
Joaquim d'Azurém
Joaquim José Faria Ferreira nasceu em Azurém, Guimarães, no ano de 1959.
Com 5 anos vai viver para Paris com a família. É aí que inicia a aprendizagem de música e viola clássica. Em 1984 tem um contacto com a guitarra portuguesa que passa a ser o seu instrumento de eleição.
Em meados de 1986 regressa a Portugal fixando-se em Óbidos.
O seu disco de estreia, "Transparências", esteve para ser editado pala Ama Romanta, é editado pela Edisom em Maio de 1989. Adopta o nome artístico de Joaquim D'Azurém.
O álbum, gravado em França e em Portugal, inclui os temas "Jardim de Recordações", "Ressurreição", "Dança", "Lágrimas", "Transparências", "Vidas Longínquas" e "Cristais d'Água".
Actua em Bruxelas por ocasião da edição portugália da Europália 91. Actuou também na inauguração do CCB e no Festival de la Guitairre de Thiais (França).
Colabora no disco "O Verbo" (1996) dos Diva e actua na Bienal do Livro do Rio de Janeiro.
Durante a Expo-98 participa no Festival da Guitarra Portuguesa dirigido por Pedro Caldeira Cabral.
Manteve um site em http://joaquimdazurem.123som.com onde era apresentado outro dos seus trabalhos: "Jogos Matinais".
DISCOGRAFIA
Transparências (LP, Edisom, 1989)
Jogos Matinais ()
Informação retirada daqui
sexta-feira, 28 de agosto de 2015
Jarojupe
O nome é um acrónimo de Jaime, Rosa, Juca e Pedro, os quatro irmãos de Viana do Castelo que formavam a banda. Em 1981 participaram no festival Só-Rock, em Coimbra, onde atingiram o 4º lugar. No ano seguinte venceram a "Grande Noite do Rock" mas não chegaram a gravar o single correspondente à vitória no concurso.
No dia 15 de Dezembro de 1984 participaram no Festival Heavy Metal de St.º António dos Cavaleiros.primeiro single
Em 1985 lançaram o single "Pecado Mortal".
Foram para Madrid no ano seguinte onde ficaram durante quatro anos.
O primeiro álbum, "I Need A Dream To Live", foi editado em 1991.
Em Maio de 1993 actuaram ao vivo na Gartejo onde gravaram o álbum "Jarojupe ao Vivo, Lisboa/Gartejo" que foi editado em 1995 com distribuição da Polygram.
O disco "+ Perto" foi editado em 1997. No disco participaram o baterista Francisco Cardoso, o percussionista Pancho Tarabbia e o guitarrista de flamenco Cuchus Pimentel.
Em 2000 foi lançado o álbum "Coragem".
Em 2003 apresentam o single "Desolation", que foi apresentado sobre a forma de single e DVD, como cartão de visita do 5º álbum.
O disco "25th"
DISCOGRAFIA
Pecado Mortal/Criatura Sinistra (Single, Horizonte, 1985)
I Need a Dream To Live (CD, GAM, 1991)
Jarojupe ao vivo (CD, Independent, 1995)
+ Perto (CD, Estúdio 128, 1997)
Coragem (CD, Ed. Autor, 2000)
25th (Compilação, Independent, 2006)
NO RASTO DE ...
Em 2003 apresentam o single "Desolation", que foi apresentado sobre a forma de single e DVD, como cartão de visita do 5º álbum.
Informação retirada daqui
quarta-feira, 26 de agosto de 2015
Janita Salomé
João Eduardo Salomé Vieira nasceu na vila do Redondo em 17 de Maio de 1947. O pai era ourives e um cantor excelente que sempre estimulou os filhos para a música. Janita , o mais novo de cinco irmãos, começou a cantar com 8 ou 9 anos e depois dos 16 anos integra alguns grupos de baile como o conjunto Planície e os Vagabundos do Ritmo.
Com 18 anos sai do Alentejo e vai para Lisboa trabalhar como funcionário judicial.
Com o Grupo de Cantadores do Redondo grava, em 1978, o disco "O Cante Da Terra".
Em 1980 torna-se músico profissional quando passa a acompanhar Zeca Afonso ao vivo. O seu primeiro álbum a solo, "Melro", com canções alentejanas e fados de Coimbra, foi editado em 1980.
Descobre a música da África árabe em 1981 durante uma estada em França.
Em 1983 foi editado o álbum "A Cantar Ao Sol" com produção de João Gil. Recebe o "Se7e de Ouro" e osPrémios de Revelação das revistas "Música & Som" e "Nova Gente".
O disco "Lavrar Em Teu Peito", produzido novamente por João Gil, foi editado em 1985. Participou também no álbum "Galinhas do Mato" de José Afonso.
"Olho de Fogo" foi editado em 1987 pela Transmédia. A produção deste disco foi de José Mário Branco.
Estreou-se como actor, desempenhando o papel de Conde de Óbidos, na peça "Margarida do Monte" do grupo A Barraca. Janita musicou "Cante Cigano" e "Margarida No Convento" para esta adaptação de Hélder da Costa de um texto de Marcelino Mesquita.
Em 1990, formou o projecto Lua Extravagante com os seus irmãos Vitorino e Carlos Salomé e com a cantora Filipa Pais. O disco homónimo foi editado em 1991.
O álbum "A Cantar à Lua", que implicou uma recolha de fados de Coimbra dos anos 20 e 30, foi editado também em 1991.
Janita Salomé regressou aos discos em 1994 com o álbum "Raiano" produzido por Fernando Júdice. Em 1995 recebeu o Prémio Blitz para melhor voz masculina nacional.
Participou no disco "Voz & Guitarra" de 1997 com os temas "Os Homens do Largo" (com Pedro Jóia) e "Não é Fácil o Amor". Participa também no disco "Três Estórias à Lareira".
Janita Salomé e o seu irmão Vitorino realizam, em Fevereiro de 1998, no Centro Cultural de Belém, dois concertos em homenagem a Zeca Afonso.
Durante a Expo 98 participou na rubrica "As Vozes" e foi o convidado de Sofia de Portugal no seu espectáculo "Afinidades".
Participou no disco "Canções Proibidas: o Cancioneiro do Niassa", com as canções de campo da guerra colonial, que contou com a participação de outros interpretes como Rui Veloso, Paulo de Carvalho e Carlos do Carmo, entre outros.
"Músicas de Sol e Lua", um projecto que inclui a participação de Sérgio Godinho, Vitorino, Filipa Pais, Janita Salomé e Rão Kyao que são acompanhados por vários instrumentistas, foi apresentado pela primeira vez a 11 de Julho de 1999, em Bona, no Festival da Lusofonia.
A NDrecords editou a banda sonora do espectáculo "Tempo", estreado no Casino Estoril em Julho 2000, com música de Pedro Osório e com a participação dos cantores Rita Guerra e Janita Salomé.
O disco do projecto Vozes do Sul, dirigido por Janita Salomé, com a intenção de celebrar o cante alentejano, foi editado em 2000. No disco participaram: Os Ceifeiros de Pias, As Camponesas de Castro Verde, Grupo da Casa do Povo de Serpa, Cantadores do Redondo, Filipa Pais, Bárbara Lagido e Catarina, Marta, Patrícia, Janita e Vitorino por parte da familia Salomé. O disco estava pronto desde 1998 mas só saiu em 2000 porque não foi fácil arranjar editora. A edição foi da Capella, uma etiqueta ligada aos estúdios Audiopro.
O disco "Vozes do Sul foi recompensado com a atribuição do Prémio José Afonso de 2000. Participa no disco "Canções de Embalar" organizado por Nuno Rodrigues (ex-Banda do Casaco).
O disco "Tão Pouco e Tanto", com cinco temas inéditos e seis regravações, foi editado em Maio de 2003. O disco contou com a participação de José Peixoto, Mário Delgado, Pedro Jóia e José Mário Branco. Dulce Pontes colabora no tema "Senhora do Almortão".
Em Março de 2004 apresenta o disco "Tão Pouco e Tanto" no Grande Auditório do CCB. Em Abril, trinta anos depois do 25 de Abril, é editado o álbum "Utopia", registo dos concertos de Vitorino e Janita Salomé, onde interpretaram canções de José Afonso.
Em 2007 é editado o disco "O Vinho dos Amantes".
DISCOGRAFIA
Melro (LP, Orfeu, 1980)
A Cantar Ao Sol (LP, EMI, 1983)
Lavrar Em Teu Peito (LP, EMI, 1985)
Olho de Fogo (LP, Transmédia, 1987)
A Cantar À Lua (CD, Edisom, 1991)
Raiano (CD, Farol, 1994)
Tão Pouco e Tanto (CD, Capella, 2003)
Utopia (CD, EMI, 2004) (com Vitorino)
O Vinho dos Amantes (CD, Som Livre, 2007)
Outros:
O Cante da Terra (LP, Orfeu, 1978) (Grupo de Cantadores do Redondo)
Lua Extravagante (CD, EMI, 1991) (Lua Extravagante)
Vozes do Sul (CD, Capella, 2000) (vOZES DO SUl)
Colectâneas
Voz & Guitarra (1997) - Os Homens do Largo (com Pedro Jóia)/ Não é Fácil o Amor
Três Estórias à Lareira (1997) - Tema do Marinheiro / Tema de Fernão de Magalhães
Canções proibidas: o Cancioneiro do Niassa (1999) - Erva Lá Na Picada / Fado do Miliciano / Hino do Lunho
Canções de Embalar (2001) - Matita
COMENTÁRIOS
[o que que mais me atrai na cultura árabe é] a poesia. As nossas raízes passam muito pela presença dos povos na Península Ibérica. Eles deixaram muitas marcas da sua cultura e eu, neste percurso, deixei-me fascinar pela história e tenho continuado a procurar as nossas origens através da cultura árabe. JS/2003
Informação retirada daqui
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
Jáfumega
O grupo Mini-Pop esteve na origem dos Jáfumega. Os Mini-Pop, quarteto de adolescentes onde pontificavam os irmãos Barreiros (Mário, Eugénio e Pedro), chegaram a fazer algum furor nos anos 70, em Portugal.
Oriundos do Porto, os Mini-Pop gravaram alguns discos de sucesso como "Era Uma Casa Muito Engraçada". Os músicos do grupo foram adquirindo formação musical na área do Jazz e decidiram dar corpo a um novo projecto musical que baptizaram com o nome de Jáfumega.
Para isso, ao núcleo dos irmãos Barreiros juntaram-se o saxofonista José Nogueira e o baterista Álvaro Marques, para além do cantor Luís Portugal.
Em 1980 editam o seu primeiro trabalho, totalmente cantado em inglês e, singelamente intitulado "Estamos Aí". Neste trabalho já é possível ver algumas das pistas que irão ser exploradas em futuros trabalhos da banda.
As vocalizações são repartidas entre a voz aguda de Luís Portugal e a voz grave de Eugénio Barreiros. O tema mais conhecido deste disco, gravado com poucos recursos e com uma prensagem deficiente, é "There You Are", que chegou a ter algum "airplay" no programa "Rock em Stock", de boa memória.
Em pleno Boom do Rock português o grupo decide cantar em português e obtém um estrondoso sucesso com o single "Dá-me Lume", que contém o reggae "Ribeira", no lado 2. Este tema, cujo refrão andava na boca de toda a gente ("A ponte é uma passagem, p'rá outra margem..."), transforma os Jáfumega num dos grupos mais solicitados para concertos em todo o país.
Não é por isso de estranhar que, em Janeiro de 1982, o grupo se apresente ao vivo na cidade da Guarda, onde proporcionou um espectáculo inesquecível, não só pela qualidade da sua música, mas porque Luís Portugal estava doente e não pode estar presente. Eugénio Barreiros substituiu-o nas vozes e ouvir a "Ribeira" na voz potente de Eugénio fica na memória.
Pouco tendo a ver com o Rock português os Jáfumega tinham no seu line up alguns dos melhores músicos portugueses, disso não havia dúvidas.
O regresso da banda dá-se com o LP "Jáfumega" que inclui "Latin'américa" e "Kasbah". Extremamente bem produzido e bem tocado, o álbum é muito bem recebido pela crítica e pelo público.
Em 1983 o grupo edita o seu último trabalho de título "Recados", subdividido em "Recados da Cidade" e "Recados do Campo". Temas como "Romaria" ou "La Dolce Vita" revelam-se sucessos na rádio, mas não trazem ao grupo grandes proveitos comerciais, pelo que a banda se dissolve em 1984.
[Em Junho de 1985 ainda é anunciada a intenção da banda lançar um novo disco, "São João Brejeiro", para o qual já tinham vários temas.]
Recordados com grande saudade por todos aqueles que os viram e os ouviram, os Jáfumega, dignos representantes da boa música portuguesa, são hoje colocados na galeria dos clássicos...
Curiosamente, os Jáfumega não começaram por gravar em português. A primeira edição da banda foi em inglês, mas a grande notoriedade junto do público só se conseguiu um pouco depois, na Primavera de 1981, com "Ribeira", uma canção inspirada pela zona ribeirinha do Porto que fez um sucesso estrondoso na rádio. Mas, os Jáfumega tiveram a particularidade de já serem bem conhecidos mesmo antes da primeira edição em vinil, "Estamos Aí", em 1980. Tinham um público fiel, conquistado nos concertos ao vivo, desde há alguns anos. "Fazíamos para aí uns 100 mil quilómetros por ano, já tínhamos concertos em Espanha, mesmo antes de sequer termos editado qualquer disco", aponta o ex-baterista Álvaro Marques.
Os Jáfumega duraram seis anos, durante os quais editaram três álbuns e um single, todos de reconhecida qualidade e maturidade musical. A banda dissolveu-se, porém, num momento em que tinham praticamente todo o material pronto para gravar um novo álbum. "A questão essencial é que [depois da edição de "Recados", em 1983] já tinha passado o 'boom' e toda aquela euforia das editoras. Já não queriam gravar tudo o que lhes era proposto e começaram a surgir exigências de comercialismos fáceis e imediatos com que nunca tínhamos pactuado e com os quais não iríamos passar a compactuar", afirma José Nogueira.
Mário Barreiros explica também que a "suspensão" dos Jáfu'mega se deveu ao facto de "começar a tornar-se difícil juntar todos para os ensaios": "Já andávamos a ensaiar por sectores e cada um começava a seguir rumos muito diferentes, até musicalmente. Chegou um momento em que a situação se tornou óbvia". Outro dos irmãos Barreiros, Pedro, recorda que os Jáfu'mega "nunca foram um grupo temerário": "a banda sempre viveu muito dos ensaios, do trabalho conjunto e era só nesse sentido que os Jáfu'mega faziam sentido". Eugénio Barreiros vai ainda mais longe: "Os Jáfu'mega eram aqueles seis músicos, juntos, naquela altura. Foi apenas um episódio na longuíssima história musical de qualquer um de nós". Todos parecem partilhar este entendimento, parecendo quase impossível alguma vez se vir a assistir a uma reunião dos Jáfu'mega. "Só se for para um concerto pela paz" brinca Eugénio Barreiros. Como afirma José Nogueira, "nenhum deixou de ser músico, nenhum parou, não ficou nenhum fio solto no qual pegar outra vez, não ficou nada lá solto para se pegar agora".
DISCOGRAFIA
Estamos Aí (LP, Metro-Som, 1980)
Jáfumega (LP, Polygram, 1982)
Recados (LP, Polygram, 1983)
Jáfumega (compilação, Polygram, 1990)
SINGLES
Dá-me Lume/Ribeira (Single, Metro-Som, 1981).
Running Out/Zugueira (Single, Metro-Som, 1982).
There You Are/My Daddy's Rock (Single, Metro-Som, 1982)
Latin'América/Nó Cego (Single, Polygram, 1982)
La Dolce Vita/Romaria (Single, Polygram, 1983)
COMPILAÇÕES S.E.
O Melhor de 2 - Taxi/Jafu'mega (Compilação, Universal, 2001)
COMENTÁRIOS
Existiu pouco tempo entre os dois [Mini Pop e Jafu-Mega]. Havia muita necessidade de fazermos música original, depois daqueles anos a tocar versões e a trabalhar nesse sentido. Conhecemos pessoas que gostávamos, como o António Pinho Vargas e o José Nogueira, e participávamos nas 'jams' da Cooperativa Árvore. Eram sessões onde apareciam muitos músicos do Porto, o Vítor Rua, o Jorge Lima Barreto, o Rui Reininho... (...) Passado pouco tempo, organizámos um grupo, os Jafúmega, com o baterista dos Psico e com o António Pinho Vargas e o José Nogueira que tocavam nos Abralas [grupo de jazz-rock instrumental]. Foi uma simbiose entre três grupos. Mário Barreiros / Luso Beat
Naquela época, fizemos tudo o que era possível fazer. E, em minha opinião, deixámos coisas intemporais. Por outro lado, o mercado não tinha a abertura que tem hoje e os membros do grupo, excelentes músicos e executantes, sentiam a necessidade de experimentar coisas diferentes. Assim, optámos por uma pausa temporária mas, infelizmente, a paragem foi fatal. Luís Portugal / Clix Porto 2001
NO RASTO DE...
Luís Portugal: Cinco anos depois do fim do grupo não resistiu ao apelo do coração e regressou às lides musicais, fazendo parte do Sexteto de Carlos Araújo, projecto de curta duração que deu lugar ao grupo Luís e os Vandidos. Após alguns estudos de marketing, chega à conclusão que o nome de Luís Portugal resultava melhor em termos comerciais, pelo que o disco "Coisas Simples", editado em 1992, "um trabalho um pouco naif e ingénuo", surgiu em nome próprio. Um disco que, sendo pouco linear, tinha o condão de misturar rock com música tradicional portuguesa. Seguiu-se "Alta Vai A Lua", em 95, onde faz uma recolha de música tradicional, canta temas de Natal e dos Reis e experimenta uma nova vertente para a sua música. Lançou um disco ao vivo onde dá voz a temas intemporais da banda que lhe deu maior visibilidade, como "Ribeira", "Latin'America" ou "Nó Cego". "Ainda bem que fui eu a dar voz a esses temas. Regozijo-me com isso, mas não nego que me distanciei do que fazia naquela altura". (texto de J. M. Simões/ JN)
Mário Barreiros além de tocar com o seu Sexteto de jazz é um dos mais conceituados produtores da actualidade (Pedro Abrunhosa, Clã, Ornatos Violeta, Silence 4, Santos & Pecadores, ...). É o proprietário dos Estúdios MB, situados em Canelas.
Álvaro Marques trocou os pratos e as baquetas pela vida de empresário e tomou por rumo a profissão de engenheiro. (Pública/99)
Eugénio Barreiros abraçou o ensino e é na Escola de Jazz do Porto que lecciona piano e expressão em canto, para além de ir aqui e além fazendo música para genéricos e projectos de dança. (Pública/99)
Pedro vai dando "uns toques num hotel, com um pessoal amigo", dá aulas de baixo, e trabalha numa loja de instrumentos musicais do Porto. (Pública/99)
José Nogueira - O saxofonista que vinha do jazz antes de integrar os Jáfumega, regressou ao jazz. Tornou-se cúmplice por excelência do pianista António Pinho Vargas, quer como músico quer como produtor. Não se desligou da loja de instrumentos musicais, negócio de família antigo, e desempenha desde há alguns anos as funções de consultor da Fundação de Serralves na área do jazz. (Pública/99)
Informação retirada daqui
sábado, 22 de agosto de 2015
Iodo
Grupo da Margem Sul formado por Rui Madeira (voz), Jorge Trindade (guitarras), António "TóPé" Pedro (baixo), Alfredo Antunes (bateria) e Luís Cabral (teclas).
Em 3 de Fevereiro de 1981 estrearam-se no Rock Rendez Vous e foram convidados por Manuel Cardoso a ingressar na editora Vadeca. Gravam quatro temas no Angel Studio.
Lançaram o primeiro single com os temas "Malta à Porta" e "Aqueles Dias".
Em Maio tocaram nos programas "Febre de Sábado de Manhã" e "Passeio dos Alegres". Tony Silva, no auge do "boom" do rock português, faz uma versão do tema.
Tocam como convidados no Só Rock de Coimbra e em 26 de Junho fazem a primeira parte do concerto de Iggy Pop em Cascais.
Em Julho, o baterista Raul Alcobia entra para o lugar de Alfredo.
"Malta à Porta" foi um dos grandes sucessos desse ano. Atinge o primeiro lugar do Top do programa "Rock Em Stock", ostentando o conhecido autocolante com essa menção, e chega aos primeiros lugares do tabela "Todos no Top" da Rádio Comercial onde permaneceu entre os meses de Junho e Outubro.
Em Outubro e Novembro voltam a participar nos programas de Júlio Isidro. O segundo single gravado nas mesmas sessões do disco anterior é editado nessa altura. "A Canção" chega a entrar para o Top do TNT, em Dezembro, mas fica poucas semanas nunca saindo do 20º lugar.
Em 20 de Dezembro de 1981 actuaram em Vila Franca de Xira por ocasião da festa do Musicalíssimo.
José Luís Barros entra para o lugar de Tó Pé.
Em 1982 é editado o álbum "Manicómio", com co-produção e arranjos de Iodo e Frodo. O disco inclui os temas "Ceby", "Lendas", "As Novas das Tesouras Velhas", "Foz de Um Beijo", "Introdução Para O Lado B", "Expiração de Um Louco", "Ventos do Além", "Instrução Mental", "Deixo-me ir?" e "Conclusão de B e introdução para C... ". A maioria dos temas é de Luís Cabral. O tema em maior destaque foi "Ceby (Boneca de Cera)" mas o disco não obteve muito sucesso.
DISCOGRAFIA
Malta à Porta/Aqueles Dias (Single, Vadeca, 1981)
A Canção/Pedro e o Lobo (Single, Vadeca, 1981)
Manicómio (LP, Vadeca, 1982)
NO RASTO DE...
O guitarrista Jorge Trindade tem um blog onde fala do percurso da banda.
Informação retirada daqui
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
In Loco
Grupo de Lisboa formado em 1987. Os elementos eram José Fernando Santos (voz), Fernando Alberto Guiomar (guitarra), José António Sousa (bateria), Maria João Castanheira (teclas) e Ralf Staub Martins (baixo).
Em Fevereiro de 1987 participaram no 4º Concurso de Música Moderna, organizado pelo Rock Rendez-Vous, mas acabaram por ser excluídos após assinarem contrato com a RM Discos, editora ligada à Dansa do Som.
É editado o seu primeiro single com os temas "Já Não Há Heróis" e "Lobisomem". O single obtém grande sucesso vendendo mais de 9.000 cópias.
Em 1988, os In Loco lançaram um novo single com os temas "Passageiro da Noite" e "Atlântida". No ano seguinte foi editado o single "Feitiço da Lua".
O grupo ainda durará até ao ano de 1991.
Em 2003 regressam com José Fernando (voz), Fernando Guiomar (guitarra) e Alfredo (bateria). A estes juntaram-se um baixista e um teclista.
Em Junho de 2003 é editado o álbum "Já Não Há Heróis" que inclui temas como "Já Não Há Heróis", "Passageiro da Noite", "Chuva de Cores", "Português Marinheiro" e "Leve o Tempo que Levar".
DISCOGRAFIA
Já Não Há Heróis/Lobisomem (Single, RM Discos, 1987)
Passageiro da Noite/Casos (Single, RM Discos, 1988)
Feitiço da Lua/Atlântida (Single, RM Discos, 1989)
Já Não Há Heróis (CD, Ovação, 2003)
NO RASTO...
Fernando Guiomar colaborou com Vítor Rua no Conjunto de Mandelbrot, Ressoadores e Vydia Ensemble. Também fez parte do Duo Cantabile com o flautista António Marques. Chegou a fazer a pré-produção do seu primeiro álbum a solo que esteva previsto para 1994. Em 1995 entrou para os Duplex Longa. Depois esteve no Trio de Guitarras de Lisboa que lançaram um álbum em 1997. Actualmente faz parte dos Trape-Zape que lançaram em 2002 o seu álbum de estreia, homónimo.
Padi tocou com os Civitae (CMMRRV, 1988), General Peck e Tambor.
Informação retirada daqui
terça-feira, 18 de agosto de 2015
Ik Mux
Em Setembro de 1986, Armando Teixeira (guitarra, voz), Luís Paiva (teclas) e Pedro Cabral (baixo) juntam-se para formar os Ik Mux. O nome do grupo foi inspirado no nome do pintor Edvard Munch. As suas principais influências centravam-se na música Alternativa/Dance/Industrial na onda dos Clan of Xymox ou Dance Society.
O primeiro concerto foi no 5º concurso de Música Moderna do Rock Rendez-Vous. Ainda antes das meias finais desse concurso ocorrem algumas modificações na formação. Paulo Coelho (ex-Dinamo Ibérica) inicia-se como vocalista (através de uma resposta a um anúncio publicado no jornal Blitz) e Pedro Cabral é substituído temporariamente por Jorge Dias (ex-Dinamo Ibérica). O grupo é eliminado na meia-final que teve como vencedores os Sitiados.
Após esse concerto o baixo passou a ser sequenciado tal como acontecia com a Caixa de Ritmos. Seguiram-se vários concertos e ficam em 3º lugar no III concurso de música moderna da Amadora.
O grupo chega a gravar um disco mas a editora MBP, que pagou a gravação do disco, foi à falência.
Gravam o teledisco de "Novo Estado Novo" [tema em que samplaram a voz de Salazar] no espaço do Clube Português de Artes e Ideias, na Feira de Indústrias de Cultura (1989). Este teledisco, realizado por José Pina, ganhou o primeiro prémio num festival do Porto, em 1990.
São uma das bandas participantes no Concurso Aqui D'el Rock organizado pela RTP. Participam também no Concurso Pepsi/RFM que acabariam por vencer. Como prémio tiveram direito à gravação de um disco.
Os temas do grupo são incluídos em várias colectâneas e o grupo chega a receber algumas propostas de editoras estrangeiras interessadas no trabalho do grupo.
Os concertos começaram a rarear o que originou alguma desmotivação. É uma fase em que os elementos do grupo começaram a dividir-se por outros projectos.
O disco só seria editado em Fevereiro de 1994 apesar de ter sido gravado entre Julho e Setembro de 1992. "Alma do Insecto" inclui os temas "Lugosi e Garbo", "Chuva Ácida" (o primeiro tema composto pelo grupo), "Shirley", "Germe, "Em Chamas" e "A Alma do Insecto". Optaram por incluir as músicas que marcaram as fases do grupo embora considerassem que algumas músicas importantes tenham ficado de fora.
A banda já tinha praticamente acabado quando fizeram o disco por isso não foi de estranhar que terminassem as suas actividades logo a seguir.
DISCOGRAFIA
Alma do Insecto (CD, Polygram, 1994)
Colectâneas
Insónias (1989) - NOVO Estado NOVO
Cybernetic Biodred Transmission (1992) - 1º Encontro Entre Lugosi e Garbo
Coma - International Sample (1992) - Toda a Atracção Pelo Choque me Trai
Corrosão Cerebral (1992) - Germe
NO RASTO DE...
Armando Teixeira continua nos Bizarra Locomotiva. Formou os Boris Ex-Machina e esteve bastante tempo nos Da Weasel. Mais recentemente formou os projectos Balla e Bulllet.
Luís Paiva e Paulo Coelho formaram os Pukaroo, em 1996.
Paulo Coelho está nos More República Masónica desde 1989.
Luís Paiva chegou a tocar com os Kandinski.
Informação retirada daqui
domingo, 16 de agosto de 2015
Ibéria
Em meados de 1986, os ex-Asgarth João Alexandre (voz), João Sérgio (baixo) e Toninho (guitarra) decidem formar os Ibéria. Passam a contar com a participação de Francisco Landum (ex-TNT, Samurai) que desempenhava a figura de guitarrista, produtor e compositor, mas oficialmente não era musico da banda, sendo considerado musico de apoio.
No início de 1987 gravaram a primeira maqueta com os temas "Hollywood" , "Lady in Black" e "Warriors". Pouco tempo depois, Tony Cê entra para baterista da banda.
As canções atingem os tops de alguns programas de metal e de Música Moderna Portuguesa, sendo de realçar o programa "Luso Clube" onde "Hollywood" atingiu o 2º lugar após 36 semanas de permanência.
Assinaram com a Discossete que deu ao grupo a possibilidade de gravarem, sem restrições, um mínimo de 10 temas por ano durante os 3 anos seguintes. Multinacionais como a Polygram e a EMI exigiam a gravação das músicas em português.
Em Março de 1988 gravam os temas "Hollywood", "Feels Like Love" e "All Night Flying" e uma versão extensa de "Hollywood" para incluir no Máxi-single. O single com os temas "Hollywood" e "Feels Like Love" foi lançado no mês de Abril.
"Hollywood" atinge o 3º lugar no top do novo "Rock em Stock". O grupo participa no espectáculo "Helping Hands" de apoio à Associação Nacional de Deficientes e Francisco Landum abandona os Samurai para se dedicar exclusivamente aos Ibéria. Nesse mesmo mês forma-se o Ibéria Fun Club que duraria até 1993.
Toninho abandona a banda durante algum tempo devido a motivos profissionais e João Alexandre passa a acumular o lugar de guitarrista ritmo com o de vocalista. Acaba por ser cancelada a edição do máxi-single e o grupo entra em estúdio em Setembro para gravar o álbum de estreia.
O LP "Ibéria", com produção de Landum e co-produção dos Ibéria, foi editado em Dezembro de 1988. O disco incluía os temas: "The Warriors Waltz/Warriors", "She’s So Lovely", "Sex Gun", "Lady in Black" e "Fuck the Teacher" (lado 1) e "No Pride", "Unfaithful Guitars" , "Some Girls", "Children of the World" e o instrumental "The Sailing Way to India" no lado 2.
O tema "No Pride" é difundido, no dia 20 de Janeiro de 1989, no programa "Friday Rock Show" da BBC - Radio 1. Os Ibéria tem direito à capa e a cinco páginas na edição de 1 de Fevereiro do jornal "Se7e".
Alguns acidentes com elementos ligados grupo e a incorporação de João Alexandre no SMO levam a uma diminuição da actividade do grupo. Tony Cê e Francisco Landum acabam por sair do grupo e entra o baterista Tony Duarte (ex-Asgarth e ex-Samurai).
Em 1990 foi editado o álbum "Heroes Of The Wasteland", produzido por Francisco Landum e com co-produção dos Ibéria. O disco inclui os temas "Deep Cuts The Knife", "Heroes Of The Wasteland", "México" (único tema em português), "I'm Not A Fool", "Rock'n Roll Star", "Got To Run", "Please, Please", "Stripteaser", "Do You Wanna Die?" e "China Girl".
Toninho sai em Novembro para acompanhar os UHF e Tony Duarte também sai. Os seus lugares são colmatados com a entrada do guitarrista Vasco Vaz e do baterista Marco, ambos vindo dos Braindead.
Em Meados de 1990, os Ibéria comemoram o seu 5º aniversário com um concerto na União Banheirense, na Baixa da Banheira. Em Agosto participam no festival "Sim À Vida" que ocorreu no estádio do Barreirense.
A editora Discossete não aceita a gravação do terceiro disco de originais o que leva a uma ruptura entre as duas partes. A editora ainda lança uma colectânea "To Love" com uma balada antiga "Lady in Black" e a colectânea "Estradas de Fogo" que incluía os temas previstos para o Maxi-Single: "Hollywood – versão extensa, "Feels Like Love" e o inédito "All Night Flying".
Os elementos do grupo dividem-se por outros grupos levando a uma paragem dos Ibéria. O projecto é retomado em finais de 1992. A Toninho, João Alexandre e João Sérgio juntam-se o vocalista Miguel Angelo (ex-Shangai Blue) e o baterista Quim Andrade (ex-Da Vinci).
A banda passa a dedicar-se a um repertório em português recuperando o tema "Mexico" e alguns temas já preparados para o terceiro disco. O grupo ainda grava um maqueta com Toninho como vocalista principal e gravam, nos estúdios Heaven Sound, o tema "Sismo" para incluir numa maqueta em conjunto com os Arabian Penthouse.
Em finais de 1993, João Alexandre abandona a banda para ir para Inglaterra e passa Miguel a acumular as funções de guitarrista ritmo. Quim Andrade sai do grupo e entram o guitarrista Vítor Brás (ex-Shangai Blue) e o baterista Pedro Torrão (ex-Desatino Total).
O ano de 1994 é passado em ensaios com o grupo a procurar novas sonoridades com a inclusão da guitarra portuguesa e a adopção de sons acústicos.
No dia 9 de Março de 1996, os Ibéria fazem em directo um concerto acústico na Radio Super FM. Em Junho actuam no Johnny Guitar.
O grupo enceta negociações para a gravação do disco desejado. No entanto Miguel Angelo decide sair do grupo devido a problemas pessoais e os restantes elementos decidem acabar com o grupo após 10 anos de actividade.
DISCOGRAFIA
Hollywood/Feels Like Love (Single, Discossete, 1988)
Ibéria (LP, Discossete, 1988)
Heroes of the Wasteland (LP, Discossete, 1990)
Colectâneas
Estradas de Fogo (1993) - Hollywood (versão extensa) / Feels Like Love / All Night Flying
NO RASTO DE...
João Alexandre foi para Inglaterra tirar um curso de Engenheiro de Som. Miguel foi para a Inglaterra onde se encontrou com o João Alexandre e onde ambos ainda residem. Actualmente está afastado de qualquer actividade musical.
João Sérgio, Toninho e Victor Brás formaram os E.D.P. (Escravos do Presidente) em 1997.
Pedro Torrão tocou com outras bandas entre as quais os Ferro & Fogo. Toninho trabalha por vezes com A.M.Ribeiro no seu projecto a solo.
João Sérgio entrou para os X-Stand (uma conhecida banda de covers) onde tocava o seu irmão Ricardo Reis.
Quim Andrade saiu do grupo para integrar os Gatos Negros de Vítor Gomes. Dedica-se a um projecto na área do Techno.
Francisco Landum (ou Ricardo) desligou-se da música ao vivo quando tinha 30 anos depois de ter passado pelos Da Vinci. Tem um estúdio (Aikesom) e compôe para muitos nomes da denominada "música pimba". Compôs e gravou o álbum de estreia da sua mulher Cristina Cross.
Vasco Vaz entrou para os Mão Morta em fins de 1995. Marco esteve nos Peste e Sida e Bizarra Locomotiva, entre outros projectos.
Informação retirada daqui
sexta-feira, 31 de julho de 2015
quarta-feira, 29 de julho de 2015
segunda-feira, 27 de julho de 2015
sábado, 25 de julho de 2015
quinta-feira, 23 de julho de 2015
H.i.S.T
Banda electro-industrial de Setúbal, os H.i.S.T. (Histeria de Imagens Sonoras em Transe) eram formados por Abel Raposo e Eurico Coelho.
Em Agosto de1988 foi editada pela Facadas Na Noite (Braga) a cassete "Greatest Hist" que englobava 15 temas do período entre 1983 e 1985 (30 cassetes gravadas). A música era apresentada como "áspera à qual se juntam palavras cínicas".
O tema "Kalatuku" foi incluído na compilação "13 Incisões" da mesma editora.
Em 1989 foi editada a cassette "Biologia" que englobava 16 temas de L'Ego (projecto de Eurico Coelho a solo) e 2 de HIST.
"Best Off Hist" contou com a produção de Miguel Carvalho (programação de ritmos e loops) . «Os 12 temas são os mais densos registos deste projecto. Os delays arrastados e uma atmosfera apocalíptica erguem uma parede compacta de som referenciada como industrial, obscura e hipnótica.» O trabalho foi editado pela FNN e mais tarde pela Tragic Figures.
O projecto obtêm um feed-back inesperado o que os leva a participar em várias colectâneas nacionais e internacionais. Editaram ainda um EP em conjunto com os Rua Do Gin e duas bandas espanholas.
"Bluff" de 1992 incluía trabalhos de L'ego e 7 temas de Hist. O registo foi gravado, novamente, por Abel Raposo (guitarra eléctrica, textos), Eurico Coelho (sampler, voz, textos e produção) e Miguel Carvalho (programações rítmicas).
No ano de 2003, os trabalhos de Hist e L'ego foram disponibilizados em formato CD-R pela editora Thisco (http://www.thisco.net/CTHISRUS.htm).
DISCOGRAFIA
The Greatest Hist (K7, FNN, 1988)
Biologia (K7, FNN, 1989) [c/L'Ego]
Best Off Hist (K7, FNN, 1989*)
Los Humillados - Rua do Gin - The Barbie Lovers - Hist (7"EP, FNN/Grabaciones Góticas, 1990)
Bluff (K7, 1992*) [c/L'Ego]
Colectâneas
13 Incisões (1988) - Kalatuku
Insónia (1989) - Vorwarts! / Delirium
Corrosão Cerebral (1992) - ...Plus des enfants
COMENTÁRIOS
«Nunca demos espectáculos e não tencionamos fazê-lo, porque não sentimos essa necessidade nem possuimos essa capacidade. Mas a produção continua...» Eurico Coelho
NO RASTO DE...
O projecto L'Ego de Eurico Coelho continua activo, tendo editado 4 cd's nos últimos 2 anos, em edição de autor. Participou também na compilação "Thisobidience".
"1 ª I N C I N E R A Ç Ã O", de 2002, foi o primeiro registo do projecto RESÍDUO de Abel Raposo em formato digital. Abel compõe com uma guitarra traficada, percussão em drum pad não programável, flauta, harmónica, voz e deturpação informática, Ana Isabel Caldeira vocaliza e o software usado é o Sound Forge XP 4.5 e Acid Pro 2.0 .
Informação retirada daqui
terça-feira, 21 de julho de 2015
domingo, 19 de julho de 2015
sexta-feira, 17 de julho de 2015
quarta-feira, 15 de julho de 2015
segunda-feira, 13 de julho de 2015
Heróis do Mar
Após o fim do grupo Corpo Diplomático, em Setembro de 1980, Pedro Ayres Magalhães recruta António José de Almeida (baterista dos Tantra) e Rui Pregal da Cunha para dar corpo a um novo projecto intitulado Heróis do Mar.
Continuavam com Pedro Ayres, vindos do Corpo Diplomático, Carlos Maria Trindade e Paulo Pedro Gonçalves.
Após vários meses de ensaios, os Heróis do Mar lançam o seu primeiro single em Agosto de 1981. Este disco continha os temas "Saudade" e "Brava Dança dos Heróis".
O grupo reflecte alguma estética nacionalista nas suas roupas e nas letras das canções. Houve, até, quem os acusasse de neofascistas ou neonazis.(1)
O seu LP de estreia contém os temas do single e outros como "Magia Papoila", por exemplo.
O seu estilo musical, de início, ainda que próximo de algumas fontes portuguesas ia beber ao fenómeno neo-romântico que despontava em Inglaterra capitaneado por grupos como os Spandau Ballet ou os Duran Duran.
Em Junho de 1982 é editado o máxi-single "O Amor"(2), o seu primeiro mega-sucesso comercial. Este disco conta, no lado B, com uma versão em que canta Né Ladeiras, artista com a qual os Heróis do Mar tinham gravado (enquanto músicos de estúdio) o LP "Alhur".
Em Agosto seguinte tocam na primeira parte do concerto dos King Crimson e dos Roxy Music, que os levam até Paris para actuarem na primeira parte da sua actuação em França.
O seu segundo disco "Mãe" tinha uma bela capa, mas apresentava fragilidades a nível das vocalizações de Rui Pregal e nenhuma canção deste disco se consegue impor com sucesso. Os temas de maior destaque são "Cachopa" e "Volta P'ra Mim".
O seu disco seguinte ("Paixão") obtém, finalmente, o êxito que tinha fugido com "Mãe" e leva a revista inglesa "The Face" a considerar os Heróis como o melhor grupo de Rock da Europa.(3)
Os músicos dos Heróis são os acompanhantes de António Variações no seu segundo disco "Dar & Receber", gravado em 1984.
Segue-se a edição do disco "O Rapto", [mini-álbum com 4 canções] que inclui "Supersticioso" e "Só Gosto de Ti". Os Heróis do Mar mudam de visual e apresentam-se com camisas rasgadas e tendo já muito pouco a ver com a sua estética nacionalista inicial.
Após lançarem no mercado outro single virado para as pistas de dança intitulado "Alegria" [lançado em Julho de 1985; no início do ano tinham lançado uma colectânea] e terem participado em espectáculos no país e no estrangeiro, partem para Macau onde ficam um mês.
As vivências de Macau transportam-nas para o seu novo disco, justamente intitulado "Macau", gravado nos Estúdios de Paço de Arcos da Valentim de Carvalho, com quem tinham firmado contrato após divergências com a editora inicial, a Polygram.
"Macau" [editado em Dezembro de 1986] é completamente diferente daquilo que os Heróis do Mar fizeram até então. Musicalmente muito mais avançados, os Heróis abandonam as suas vestimentas e deixam a música falar por si própria.
Deste disco, o tema "Fado" teria um relativo sucesso. Pedro Ayres estava já, por esta época, com os Madredeus, o que retirava algum tempo aos Heróis do Mar.
António José de Almeida abandona o grupo, em 1988, e já não participa na gravação do último disco chamado "Heróis do Mar"(4). A bateria é substituída por uma caixa de ritmos, nas gravações, e António Garcia (ex-Mler Ife Dada) é convidado para novo baterista. No entanto, ele não chegará a aquecer o lugar porque o grupo dá por terminadas as suas actividades, devido a diferentes opções dos seus elementos e a diferentes projectos onde, cada um, estava envolvido. (5)
O documentário sobre os Heróis do Mar, "Brava Dança", do jornalista Jorge P. Pires e do realizador José Pinheiro, estreou comercialmente em Abril de 2007. Na mesma altura foi editada a compilação "Amor" com temas gravados para a EMI e para a Polygram.
(0) Pedro Ayres Magalhães participou no último disco dos Tantra.
(1) «Houve gente nalguns meios de comunicação que não quis que as pessoas percebessem, apostada em confundir. Um movimento determinado a transformar os Heróis do Mar num ícone de um regresso da Direita, a associar-nos aos paraquedistas de Tancos, aos comandos do Jaime Neves e trinta por uma linha. Depois vim a saber onde é que isso foi combinado, porque foi efectivamente combinado, com votos a favor e votos contra. Durante pelo menos dois anos não conseguimos ir tocar a Sul de Setúbal, no Alentejo, porque éramos 'fascistas'. Chamaram-nos fascistas, a putos sem protecção nenhuma que apenas queriam reclamar uma herança histórica, numa altura em que nem na palavra 'pátria' se podia falar. Lançavam-nos: 'Querem é a herança do Salazar!', quando o que pretendíamos era a criação de um showbiz civilizado. Fazíamos tudo como uma companhia de ciganos independente.» PAM
(2) «O "Amor" foi feito em 22 minutos. Entrámos na sala de ensaio e decidimos fazer um 'funkalão' que fosse um êxito para calar toda a gente com aquela história do fascismo. Não é fácil. Na altura o Miguel Esteves Cardoso escreveu que tínhamos feito a coisa mais complicada que qualquer artista podia fazer: uma música comercial e boa» RPC. Primeiro disco de platina português.
A resposta à pergunta engraçadíssima do Paulo Pedro Gonçalves (colocada no meu primeiro encontro com os elementos da banda, à mesa do Califa) foi gravada, 2 meses depois (11/06/82 ) no Máxi-Single Amor. No lado A acompanhava o Rui Pregal da Cunha em uníssono até à 2ª voz "trocam doçuras/trocam delícias". Na versão nocturna (B) ficou a minha voz a solar até ao refrão.Eles tinham uma energia, tanto em estúdio como ao vivo, contagiante. Da introversão de Alhur veio a minha resposta tão espontânea quanto a pergunta do Pedro Paulo Gonçalves: “Tens alguma coisa contra a música de dança?” “Ó aaaaaaaaaaamor não me mataste o desejo” o refrão mais ouvido e dançado no Verão de 82. (Né Ladeiras/blog)
(3) «Embora tivéssemos sido considerados uma das dez melhores bandas da Europa, pela "The Face" e pela "Rock & Folk", e a "Actuel" nos tivesse considerado uma das cem melhores ideias da década, o certo é que, por cá, nunca tivemos nenhum dinheiro nem apoio, nem para a casa, nem para o carro, nem para as contas nem para nada... Foram muitos anos de uma vida difícil». PAM
(4) «Não encontrámos nenhum título que nos satisfazesse e qualquer outro nome só iria parecer artificial. plástico.» CMT
(5) Dão o último concerto em Outubro de 1989.
DISCOGRAFIA
Heróis do Mar (LP, Polygram, 1981)
Mãe (LP, Polygram, 1983)
O Rapto (Mini-LP, Polygram,1984)
A Lenda dos Heróis do Mar (1981-1984) (Compilação, EMI,1985)
Macau (LP, EMI, 1986)
Heróis do Mar IV (LP, EMI, 1988)
Heróis do Mar Vol. 1 (1981-1982) (Compilação, Polygram, 1992)
Heróis do Mar Vol. 2 (1982-1986) (Compilação, Polygram, 1992)
Paixão (Compilação, Universal, 2001)
Amor (Compilação, EMI, 2007)
SINGLES
Saudade/Brava Dança dos Heróis (Single, Polygram, 1981)
Amor (Partes I e II)/Amor (versão Nocturna) (Máxi, Polygram, 1982)
Amor (Parte I)/Amor (Parte II) (Single, Polygram, 1982)
Paixão (Máxi, Polygram, 1983)
Paixão/Cachopa (Versão Nova) (Single, Polygram, 1983)
Alegria/A Glória do Mundo (Single, Polygram, 1985)
Alegria/A Glória do Mundo/Castelo de S. Jorge (Máxi, Polygram, 1985)
Mad Mix / Fun Mix (remisturas de Adriano Remix) (Máxi, Polygram, 1986) 4
Fado/Fado (Versão a Guitarra) (Single, EMI, 1986)
Só No Mar/Os Canhões da Belavista (Single, EMI, 1987)
O Inventor (Máxi, EMI, 1987)
O Inventor/Homenagem (single, EMI, 1987)
Eu Quero (Mistura Possessiva)/Rossio/Eu Quero (Máxi, EMI, 1988)
Africana/Eu Não Mereci/D.F.S. (Máxi, EMI, 1989)
Paixão (Single, Universal, 2001)
COMPILAÇÕES SE
O Melhor de 2 - Heróis do Mar/Afonsinhos do Condado (Compilação, Universal, 2001)
colectâneas
Portugal Remix (2005) -
O single "Amor (Hap Hap Happy Day)/Pasión", edição limitada a 2000 exemplares, foi oferecido com o MEP 12" Philips 880079-1 (1984).
O CD single "Paixão", de 2001, inclui a versão longa de Paixão (editada em 1983) e duas remisturas de 1986 da autoria de Adriano Remix.
Os elementos do grupo lançaram alguns discos a solo: Carlos Maria Trindade lançou o single "Princesa/Em Campo Aberto" (Vimúsica, 1982). Toda a edição do álbum "Tédio" foi destruída devido à falência da editora; Paulo Pedro Gonçalves lançou "Rapazes de Lisboa" (FA, 1984) e Paulo Ayres Magalhães lançou o máxi "Ocidental Infernal" (FA, 1985) que seria o primeiro de cinco discos instrumentais.
COMENTÁRIOS
«Depois do fim do Corpo Diplomático, eu, o Pedro e o Carlos Maria estávamos completamente desiludidos e eu lembro-me de ter encontrado o Pedro no Cais do Sodré e lhe ter dito 'Acho que é altura de fazermos um grupo português, que tenha a ver com Portugal'. Nasceram ai os Heróis do Mar e aquela pose toda do primeiro disco...» PPG/Blitz
«Havia ministérios dentro do grupo. O Rui Cunha era o cérebro da imagem. Ele e o Paulo eram os cérebros da roupa e da animação 'anglo-americana'. O Tó Zé, com a experiência que trazia dos Tantra, era um génio da organização de concertos num país onde não havia produção de concertos. O Carlos Maria era um génio da música, como ainda hoje é. Eu tinha a determinação, uma permanente disponibilidade, estava lá quando não estava mais ninguém. Eu talvez fosse apenas a personificação de um serviço aquela organização». PAM/Público
(...) Inclusivamente já conhecia algumas das músicas dos Madredeus porque elas já tinham sido apresentadas na última fase dos Heróis do Mar. Nunca chegaram a sair. É um disco que está escrito e não saiu. Não saiu nunca. Seria o quinto LP, mas não chegou a sair porque o grupo seguiu caminhos diferentes. (...) quando se muda de projecto, algumas coisas vão para o projecto seguinte. Muitas coisas do Corpo Diplomático foram para os Heróis do Mar. Pelo menos três ou quatro músicas do primeiro LP estiveram nos Corpo Diplomático, com aquele formato quase, com outro nome, filosofia e estética. CMT/Blitz
Com a rotina, sentia-me a nível criativo muito limitado e achei que podia aplicar a criatividade noutra área. Tirei o curso de percussão, no Conservatório, e também estudei flauta. Isso ajudou-me imenso numa montagem, porque os ritmos são iguais. São artes que parecem distantes, mas não o são. (...)Desde que decidi que estava farto, nunca mais me sentei à bateria. Tinha uma, transparente e a única que havia em Portugal. Foi para o Kalú dos "Xutos", que tocou nela durante anos. AJA/JN 16.06.2006
NO RASTO DE...
Pedro Ayres Magalhães foi o fundador e principal mentor dos Madredeus e Resistência. Chegou também a tocar com os Delfins.
Pedro Paulo Gonçalves e Rui Pregal da Cunha fundaram os LX-90, que editaram o álbum "1 Revolução por Minuto", tendo posteriormente emigrado para Inglaterra e alterado o nome para Kick Out of The Jams (lançaram o disco "Santo António em Lisboa").
Carlos Maria Trindade editou os álbuns "Mr. Wollogallu" (1991) e "Deep Travel" (1996). Em 2006 lançou o disco do projecto No Data. Foi A&R da Polygram tendo saído para substituir Rodrigo Leão nos Madredeus. Produziu discos de Rádio Macau, Delfins, Xutos, Issabary ou Paulo Bragança. Mais recentemente produziu discos de Santos & Pecadores e Mariza, entre outros.
O baterista Tó Zé Almeida foi de todos o primeiro a deixar os Heróis do Mar, em 1987, para se dedicar a tempo inteiro à Panavídeo, empresa de produção publicitária e televisiva da qual é um dos proprietários, tendo-se afastado desde então da actividade musical. (Pública/99)
Paulo Pedro Gonçalves abriu, em Londres, um atelier/loja a que chamou Pavement. Ele e a mulher Andreia dedicaram-se a criar roupa a partir de roupa ("customizar"). Vestiram nomes como David Bowie e Blur. Também fizeram peças para o filme "Velvet Goldmine". PPG lançou um disco com o projecto Ovelha Negra. Mais recentemente regressaram a Portugal onde abriram a Loja Crucifixo (Lisboa).
Rui Pregal da Cunha tem um projecto de DJ denominado Bradoral. Participou num programa da TVI onde cantou com o actor José Wallenstein. Um dos temas foi uma interessante versão de "A Glória do Mundo". Colaborou em disco com Homem Invisivel (2000) e com os Golpes (2010) e em concertos com Delfins, José Cid ou Nouvelle Vague.
Informação retirada daqui
sábado, 11 de julho de 2015
quinta-feira, 9 de julho de 2015
terça-feira, 7 de julho de 2015
domingo, 5 de julho de 2015
sexta-feira, 3 de julho de 2015
HAZDAM
Os HAZDAM nasceram em Almada, no verão de 1986, na sequência do programa "O Outro Lado", da rádio Ponte Sul, realizado por Luís Milhano e António Simões (Tomané), o qual abordava temas e músicas electro-industriais.
Naquela altura escasseava o material para divulgação, por isso decidiram produzir música que pudesse ser apresentada no programa: "Se não temos discos daquilo que gostamos, porque é que não fazemos a nossa própria musica, sem que os ouvintes percebessem de que se tratava de um projecto nosso?".
A música do grupo foi chamando a atenção dos ouvintes e dos amigos e continuaram o projecto mesmo depois do fim desse e de outros programas, como "Sem Palavras" ou "Casa da Máquina".
O grupo foi formado por Luís Milhano e por Hélder Gonçalves. Inicialmente o som HAZDAM podia ser caracterizado como «experimental». Esta fase durou até 1988, altura em que avançaram para uma onda «industrial» (com recurso a bidões e outro material metálico).
Os temas "Guerra e Paz" e "Sound's Like Noise" aparecem na compilação "Insónia".
A cassete "1988", com temas do período 1986-1988, foi editada em 1989 pela FNN. Participaram ainda na compilação "no title - no problems", da editora alemã ZNS Tapes, com o tema "Thinking In the Rain". (ver http://vivavogel.ath.cx/3notitle.htm)
A partir de 1990 o som do grupo tornou-se mais «electrónico».
Além dos dois membros originais participaram ainda Tomané, o Miguel Cenoura (que integrou os Mata-Ratos) e Alain Mainguet.
DISCOGRAFIA
1988 (K7, FNN, 1989)
Colectâneas
Insónia (1989) - Guerra e Paz / Sound's Like Noise
No title - No problems (1989) - Thinking In the RainInformação retirada daqui
quarta-feira, 1 de julho de 2015
segunda-feira, 29 de junho de 2015
sábado, 27 de junho de 2015
quinta-feira, 25 de junho de 2015
terça-feira, 23 de junho de 2015
Grupo de Baile
A vida corria bem para o Grupo de Baile naquele ano de 1981. Já não eram apenas o grupo de amigos que se conheciam desde a infância (1), dos tempos em que tocavam na filarmónica da terra, nem sequer aquela banda que corria pelo circuito dos bailes com umas rocalhadas importadas do estrangeiro. As 99 mil cópias do single "Patchouly/Já Rockas à Toa", lançadas em Janeiro no mercado, foram consumidas vorazmente. As que traziam o "piiiiii" sobre a palavra "pentelho" e as em que se ouvia tudo. O Grupo de Baile fez disco de ouro em apenas um mês. Foi tiro e queda. Primeiro o tiro, depois a queda.
Quase dois anos depois, mesmo tendo gravado um novo single, "Estória Linda", o Grupo de Baile não voltou a ter o mesmo sucesso (2). Volatizaram-se. Viveram a mesma história que muitas outras bandas nascidas durante o "boom" do rock português, na euforia daqueles anos de 1980 a 1982, em que o panorama musical explodiu de uma tal forma que só podia mesmo vir depois a implodir.
Alguns anos antes e nunca se poderia ter gravado em Portugal uma música como o 'Patchouly'", explica o ex-vocalista do Grupo de Baile, Carlos Tavares.
"O 'boom' foi também muito incentivado pelas editoras, porque isso lhes dava uma maior escolha sobre aquilo que decidiam gravar ou não. Quantas mais houvesse, mais havia por onde escolher", afirma Carlos Tavares. Esta ideia é corroborada pelo guitarrista, Vicente. "Em Portugal as coisas funcionam assim: alguém experimenta uma coisa com sucesso e, de repente, parece que se descobriu a pólvora. Foi assim com o 'boom'. Apareceu o Rui Veloso com o 'Chico Fininho' e de repente percebeu-se que era possível fazer rock em português".
Toda a gente andava a querer e a conseguir gravar, e o Grupo de Baile recebeu o bilhete que os transportaria para o sucesso. "Embarcámos naquilo sem qualquer pretensiosismo, mas com a intenção de ir ver no que é que dava", esclarece o baterista, Luís Rosado. A Valentim de Carvalho convidou-os a gravar alguns dos temas originais que já tinham composto. "Tivemos hipóteses de impôr logo ali as nossas regras, mas não o fizemos", recorda Carlos Tavares. "Já éramos adultos nessa altura, mas nas coisas da música éramos mesmo uns miúdos" desabafa Luís Rosado.
Quando o quiseram fazer, pouco mais de um ano depois, perceberam que não podiam. Não eram essas as regras do jogo. "A certa altura quisemos deixar de ser os tais meninos e impôr as nossas escolhas à editora. Dissemos quais as canções que queríamos pôr num LP e quais é que queríamos que fossem lançadas em singles e a resposta foi um peremptório não. 'Nós é que sabemos disto, vocês editam aquilo que nós vos dissermos', foi a resposta", recorda Carlos Tavares. "Aquilo era espremer o limão até dar. Fomos chupados até ao tutano", reitera Vicente, defendendo que o Grupo de Baile teria tido, eventualmente, maior longevidade "se tivesse sido lançado um bocadinho mais por baixo e lhe tivesse sido dado tempo e estruturas de produção para crescer".
DULCE FURTADO / PÚBLICA, 14/11/1999
(0) Logo a seguir ao sucesso do single foi divulgado a notícia da gravação de um álbum que teria temas como "Metal Sonante Nº1", "Metal Sonante Nº2", "Flashes" ou "Bela Isa Bela".
(1) A maior parte dos músicos tocavam desde miúdos na Sociedade Filarmónica União Seixelense. O grupo foi descoberto por Ricardo Camacho. Antes da edição do single de estreia já tinham tocado, intensamente, em bailes e festas pelo país fora.
(2) Ainda tentaram lançar o single "Vocalista Rock" mas que foi rejeitado pela editora.
(3) Em 1999 aceitaram o convite para o Seixal Rock 99 que se realizou no Seixal, no Largo 1º de Maio, entre os dias 6 e 9 de Outubro. Uma experiência agradável para o guitarrista Vicente Andrade, que confessou nessa altura ao jornal "Setúbal na Rede" ter em vista uma reunião com a banda, no sentido de equacionar a possibilidade de regresso do Grupo de Baile às luzes da ribalta.
FORMAÇÃO
Carlos Manuel Tavares ( voz)
Vicente Andrade (guitarra)
Luís Rosado (bateria)
António Manuel (baixo)
Luís Landeirote(orgão)
Marcelino (saxofone alto)
João Mário (saxofone tenor)
Zé Manel (trompete)
DISCOGRAFIA
Patchouly/Já Rockas à Toa (Single, Valentim de Carvalho, 1981)
Estória Linda/Conversa de Comadres (Single, Valentim de Carvalho, 1982)
NO RASTO DE...
Vicente Andrade continuou como músico da Orquestra Ligeira do Exército. Trabalha como músico de estúdio e em programas de televisão. Mais recentemente trabalhou com Lara Afonso e Marco Paulo.
António Manuel e Zé Manel são músicos da Banda da Guarda Nacional Republicana.
Luís Rosado é funcionário da Divisão de Acção Cultural da C.M. Seixal e Carlos Manuel Tavares é responsável pelo departamento de electricidade da C.M. Seixal.
Luís Landeirote foi empresário de equipamento de som e mais recentemente passou a entretainer de cruzeiros turísticos, em Miami.
Marcelino está reformado da Marinha Portuguesa.
João Mário é engenheiro mecânico da Lisnave e professor universitário.
Informação retirada daqui
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