1946 Out. (17) Estreia de "Rosa Cantadeira", onde Amália interpreta seis fados. Três ficarão como clássicos: «Fado do Ciúme», «Perseguição» (o ex-libris de Amália para o público brasileiro) e «Ai Mouraria». Grava os seus primeiros discos, oito 78 RPM's com um total de 16 gravações, para a editora brasileira Continental.
1946 Maio (18) Já em Lisboa, Amália participa na revista do Teatro Apolo "Estás na Lua!", interpretando cinco fados do seu reportório.
Jun. (25) É substituída por Ercília Costa no elenco de "Estás na Lua!", a fim de iniciar as filmagens de "Capas Negras".
Out. (18) É a vedeta de uma nova montagem da opereta "Mouraria", propositadamente feita para ela e com duas novas canções compostas para a sua voz. Ficará em cena no Teatro Apoio até ao 1° de Janeiro de 1947.
1947 Maio (16) Estreia do filme de Armando Miranda "Capas Negras", um enorme sucesso comercial que marca a estreia no cinema de Amália e bate todos os recordes de exibição até então, com 22 semanas consecutivas em cartaz no cinema Condes, em Lisboa. A seu lado está Alberto Ribeiro, que cria aqui «Coimbra» sem grande sucesso; só mais tarde, na voz de Amália, a canção correrá mundo.
Verão Filma em Madrid, nos estúdios Roptense, 10 fados para servirem de complemento à exibição de longas-metragens em Lisboa, e que serão exibidas num sem-número de cinemas portugueses entre 1947 e 1949.
Nov. (29) Estreia, no Coliseu do Porto, do filme de Perdigão Queiroga "Fado - História de Uma Cantadeira", fortemente publicitado como inspirado pela vida de Amália (o que não corresponde à verdade), e que é um novo êxito comercial.
Dez. (19) Estreia no Cinema Eden o primeiro dos 10 fados filmados em Espanha, "Fado da Rua do Sol".
1948 Fev. (16) Estreia em Lisboa, no Teatro da Trindade, de "Fado". Recebe o Prémio do SNI para a Melhor Atriz de Cinema pela sua interpretação em "Fado".
1949 Divorcia-se de Francisco da Cruz, ausente em África.
Abr. Canta pela primeira vez em Paris e em Londres, em festas do Departamento de Turismo organizadas por António Ferro. Em Paris, Amália atua no Chez Carrère e é aclamada pela critica e pelo público e, em Londres, atua no Ritz.
Jul. (29) Estreia de Sol e Touros, filme de José Buchs onde Amália canta, como convidada, o «Fado do Silêncio» de Raul Ferrão.
Dez. Regressa ao Brasil, mas uma doença de voz impede-a de assumir na íntegra os contratos celebrados.
Dez. (26) Estreia em Portugal do filme de Leitão de Barros "Vendaval Maravilhoso", uma co-produção luso-brasileira narrando a vida do poeta Castro Alves. Amália interpreta o papel da musa do poeta, Eugénia Câmara, numa mudança de registo, mas do filme, que é um fracasso comercial, julga-se não terem sobrevivido cópias.
1950 Set. Atua nos espetáculos do Plano Marshall pela Europa, corno única intérprete ligeira no meio de um elenco predominantemente clássico. Durante um espetáculo em Dublin, Amália canta «Coimbra», que fica no ouvido da cantora francesa Yvette Giraud, que a populariza em França como «Avril au Portugal».
1951 Grava pela primeira vez em Portugal, para a editora Melodia (Rádio Triunfo).
Mar. Atua pela primeira vez em Moçambique, no Congo Belga e em Angola.
1952 Set. Atua pela primeira vez em Nova Iorque, no "La Vie En Rose", onde ficará 14 semanas em cartaz. Assina contrato com a casa Valentim de Carvalho, fazendo as suas primeiras gravações para a companhia nos estúdios da EMI inglesa, em Londres. A relação discográfica de Amália com a Valentim de Carvalho só será interrompida brevemente, no final dos anos 50, por uma passagem pela editora francesa Ducretet-Thomson, após a qual Amália regressará à Valentim de Carvalho de vez.
1953 Atua pela primeira vez na Cidade do México.
Jul. (1) Estreia-se na televisão americana, no programa de Eddie Fisher na cadeia NBC.
1954 Jan. Estreia-se no "Mocambo", em Hollywood. É convidada para um pequeno papel no filme de Henri Verneuil "Os Amantes do Tejo", produção francesa parcialmente rodada em Portugal, com Daniel Gélin e Trevor Howard. No filme Amália interpreta «Canção do Mar» e «Barco Negro», que correm mundo arrastadas pelo sucesso do filme. Edita o seu primeiro LP: Amália Rodrigues Sings Fado from Portugal and Flamenco from Spain, publicado nos EUA pela Angel Records. Este álbum nunca será editado em Portugal com este acoplamento, mas conhecerá edições em Inglaterra e, em 1957, também em França.
1955 Jan. (18) Estreia em Portugal de "Os Amantes do Tejo".
Mar. (8) Estreia no Teatro Monumental da nova montagem do drama de Júlio Dantas "A Severa", numa produção do empresário Vasco Morgado com Amália no papel da Severa e Paulo Renato como Marialva. Estreia em Paris de "Os Amantes do Tejo".
Maio Estreia em Londres de "Os Amantes do Tejo". Amália muda-se para a Rua de S. Bento. Filma duas canções para a curta-metragem britânica April in Portugal, estreada ainda em 1955 na Royal Film Performance de Londres. Edita o seu primeiro LP em França, através da Pathé-Marconi.
Out. (12) Estreia na Cidade do México do documentário "Músicas de Sempre", onde Amália interpreta «Lisboa Antiga».
1956 Abr. (10) Atua pela primeira vez no Olympia de Paris, numa das festas de despedida de Josephine Baker.
(12) Estreia-se no Olympia como «vedeta americana», encerrando a 1 a parte do espetáculo. O sucesso é tal que, terminadas as três semanas do contrato, Amália é convidada para o prolongar mais outras tantas semanas.
(17) Estreia em Portugal da curta-metragem "April in Portugal".
1957 Jan. (17) Estreia-se como primeira vedeta no Olympia de Paris. Filma «Uma Casa Portuguesa» para o documentário mexicano "Canções Unidas".
1958 Assina contrato com a editora francesa Ducretet-Thomson, para a qual gravará material publicado em dois álbuns e cinco EP antes de regressar à Valentim de Carvalho.
Mar. (7) Estreia do filme de Augusto Fraga "Sangue Toureiro", onde Amália tem um dos papéis principais e interpreta cinco canções de Frederico Valério.
Jul. É, condecorada por Marcelo Caetano na Feira de Bruxelas.
Nov. (4) Estreia-se na televisão portuguesa, no papel principal da peça "O Céu da Minha Rua", adaptada de uma peça de Romeu Correia.
1959 Jan. Recebe a chave e a medalha de Paris das mãos do presidente da Câmara de Paris.
Mar. Atua na inauguração da sala Ohel Shem, em Telavive.
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