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domingo, 21 de julho de 2013

Ana Paula Reis

Ana Paula Reis é filha da cantora Teresinha Reis e de Zuzarte Reis (o responsável pela rubrica "Repórter da História" da Rádio Renascença).

Durante vários anos foi locutora da RTP. 

Em 1984 gravou o Máxi-single "Utopia". O disco, em vínilo branco, incluía duas versões - a versão pequena e a versão grande - do tema "Utopia". O tema tinha letra de Ana Paula Reis que também produziu o disco em conjunto com Paulo Neves. A base instrumental foi gravada na Holanda e a música é da autoria de A. Larson e F. Martens.

Em 1985 foi editado o álbum "De Mim Para Ti" com produção de Zé da Ponte e Guilherme Inês. O disco incluía os temas "Espelho Meu", "Os Pontos Nos Is", "Amolador", "De Mim" e "Atina". 

Foi lançado um Máxi-single com os temas "Espelho Meu" e "De Mim...".

Em 2006 foi convidada no programa "Canta Por Mim" da TVI onde foi um dos nomes que chegou à final.

DISCOGRAFIA
Utopia (Máxi, Rádio Triunfo, 1984)
De Mim Para Ti (LP, Rádio Triunfo, 1985)

NO RASTO DE...
Ana Paula Reis casou-se com Domingos Piedade e foi viver para a Alemanha. Neste momento regressou a Portugal onde exerce psicologia.


sexta-feira, 19 de julho de 2013

ABC


NOME: ABC
DATA DE FORMAÇÃO: 1980
ORIGEM: Inglaterra - Sheffield
ÊXITOS: 'Poison Arrow'; 'The Look of love'; 'All of my heart'; 'The night you murdered love'; 'King without crown a crown'



Apareceram mesmo no início dos anos 80. Na época do New Wave. 

Martyn Fry era jornalista na área da música até ao dia em que entrevistou a banda Vice Versa, e, conversa puxa conversa, juntou-se a eles como vocalista do grupo. Estavam formados os ABC. 

Lançaram o primeiro álbum em 1982, 'The Lexicon of Love', e conquistaram quase de imediato o 1º lugar de vendas. Ainda hoje, é referido pela crítica musical como um dos 100 melhores discos britânicos de todos os tempos. São deste álbum as músicas 'Poison Arrow'; 'The Look of love' e 'All of my heart'. 

Nos dois anos seguintes, a saída de dois dos elementos trouxe alguma instabilidade ao grupo, mas, em 1985, acabam por surgir com um registo diferente e com novo disco, 'How to be a Zillionaire'. Pela primeira vez, com a música 'Be near me', atravessaram o Atlântico e conquistaram lugar entre as dez mais do Top americano. 

Entretanto, Martin Fry ficou seriamente doente o que obrigou o grupo a parar por uns tempos. Quando regressaram, fizeram-no em grande: um disco com mais três grandes êxitos... 'When Smokey Things', 'The Night you Murdered Love' e 'King without a Crown'. O disco seguinte, em 1989, passou bem mais despercebido que os anteriores e, em 1990, editaram um 'Greatest Hits'. 

Depois de uma mudança de editora, lançaram novo disco em 1991, outro oito anos mais tarde, com a gravação de um espetáculo ao vivo e, em 2001, nova colectânea. 
Os ABC estão de regresso. Ao fim de tantos anos, editaram um novo álbum de originais, 'Traffic' e, vinte e sete anos depois, gravaram aquele que foi o primeiro disco da banda, ao vivo no Royal Albert Hall.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Grupos Musicais Portugueses - Banda Tribo

A Banda Tribo era formada por Fernando Amaral Gomes, João Paulo de Oliveira, José Ferreira de Oliveira,Mário Jorge Silva e José Gonçalo Amaral Gomes.

Em 1984 concorrem ao Festival RTP da Canção com "A Padeirinha de Aljubarrota" que fica em 3º lugar. O tema contou com a participação especial de Ana Sofia Cid.

Os arranjos e direcção musical do primeiro disco eram de José Cid.

Em Julho de 1985 lançam um novo single com os temas "Boneca" e "Andas Louquinha Por Mim".

No ano seguinte são a banda suporte do álbum "Xi-Coração" de José Cid.

DISCOGRAFIA
A Padeirinha de Aljubarrota/Devagar, Discretamente (Single, Orfeu, 1984)
Boneca/Andas Louquinha Por Mim (Single, Orfeu, 1985)

NO RASTO DE ...
João Paulo é teclista da banda de José Cid. Participou no Festival RTP da Canção de 1990 com "A Ilha do Tesouro".

Mário Jorge fez parte dos grupos Karamuru e Sextante. Em 2007 editou o disco "Retratos", a sua estreia a solo.

A filha de José Cid participou em alguns temas do pai.

José Gonçalo faz parte da Banda Tempo. Em 1988 ficou em segundo lugar no Festival RTP da Canção com "Cai Neve Em Nova Iorque".

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Anamar

Ana Maria Alfacinha de Brito Monteiro nasceu na cidade de Lisboa. Estreou-se nos palcos aos 17 anos. Frequentava a Escola de Teatro do Conservatório Nacional quando decidiu partir com um amigo para Paris com destino a Londres. Acaba por ir parar à Suécia onde fica durante 9 meses. Em Gotemburgo forma uma banda punk, os Odd Combo, que cantavam em inglês. É aí que passa a ser conhecida por Anamar.

Vai finalmente para Londres. Logo depois regressa à Avenida de Roma e ao Conservatório. Entretanto foi Anotadora da RTP e abriu uma loja. Em 1982 começou como porteira do Frágil (1) onde esteve até 1985.

No ano de 1983 grava, para a editora Fundação Atlântica, o álbum "Cartas de Portugal", com a direcção musical de Pedro Ayres Magalhães e com letras de autoria de nomes como Miguel Esteves Cardoso e Paulo Bidarra.  O disco não chega a ser publicado sendo editado apenas um single com os temas "Baile Final" e "Lágrimas". 

Com Luís Madureira, seu professor de voz na altura, grava o tema "O Teu Amor Sou Eu", versão de um tema de Irving Berlin com letra em português de Miguel Esteves Cardoso.

Em 1984 colabora com António Emiliano no espectáculo "Alana" realizado no Frágil. Ainda nesse espaço participa no espectáculo "Coproduction" com produção de Manuel Reis e música de António Emiliano.

Participa na peça "O Parque", de Botto Strauss, levada a cena pelo Teatro da Cornucópia, onde contracenou com Eunice Muñoz. Com esse papel ganha o Prémio de Actriz Revelação de 1985.

Em 1986 é um dos nomes que aparecem na compilação "Divergências" da Ama Romanta que lança também, em Março de 1987, o máxi-single "Amar por Amar".

No filme "Repórter X", de José Nascimento, aparece como actriz e interpreta o tema "Dor d’Alma" da autoria de Sérgio Godinho. Outros filmes em que entra, neste período, são "Crónica dos Bons Malandros" e "Um Adeus Português".

Em 1987 é lançado o álbum "Almanave", uma edição da Polygram,  onde aparece uma nova versão de "Canção do Mar". Para promover o álbum, que chegou a disco de prata, foi agendado um concerto a solo no Coliseu de Lisboa: "A noite de 13 de Novembro foi de consagração para uns, mas para muitos outros de descalabro."

Colabora com António Emiliano na banda sonora do bailado "13 Gestos para um Corpo" de Olga Roriz na Gulbenkian.

Em 1989 regressa aos discos com o álbum "Feia Bonita" que contou com a direcção musical de José Peixoto e participações de Nuno Rebelo e do guitarrista Mário Delgado. O disco inclui temas como "Feia Bonita", "Ilha" e "Afinal".

Anamar foi mãe, e a sua carreira artística passou para segundo plano. A partir daí as suas aparições públicas tornaram-se raras, surgindo apenas no filme "Vida Normal" (1994) de Joaquim Leitão e na peça "O Ensaio".

Em 1997 é editado pela BMG o álbum "M" com produção de André Louro de Almeida (ex-Croix Sainte). (2) Este projecto é apresentado num concerto que decorreu na Estufa Fria, em Lisboa. 

É aliciada por Tiago Torres da Silva a gravar um novo disco, dito de voz, onde estava prevista a recuperação de temas gravados para a editora Ama Romanta e inéditos de Torres da Silva, de Pilar e da brasileira Tete Espíndola.

No final de 2000, a convite de Torres da Silva, realizaram-se dois concertos "SMS8" em colaboração com Pilar e Né Ladeiras. Os concertos são um enorme sucesso mas não se voltariam a repetir apesar da promessa que ficou na altura.

O disco "Ao Vivo - com Pilar, Né Ladeiras e Anamar" é editado em 2002 pela Zona Música.

Em 2003 participa no espectáculo-concerto "Wild Cabaret", que ocupou o Teatro São Luiz, onde faz o papel de Rita Hayworth.

A Universal (ex-Polygram) lança em Maio de 2003 o disco "Afinal", uma antologia com 17 temas da sua carreira discográfica.

O disco "Transfado" foi editado pela CNM em Outubro de 2004. O disco subintitulado "Fado Tango e Alma Lusa" conta com Daniel Schvetz no piano, Luís Petisca na guitarra portuguesa e Ricardo Cruz no contrabaixo e percussão.

(1) A irreverente e muito british cantora, esteve à porta do Frágil entre 1982 e 1985 e lá voltou mais três vezes, duas ainda na década de 80 e a última em 1993. A sua passagem coincidiu com o aparecimento dos grupos líderes das noites, o que em parte lhe facilitou a tarefa, já que todos se conheciam. Mesmo assim, teve de recusar muitas entradas a quem não fazia parte dos "clientes habituais". (DN)

(2) "Assumimos as dívidas porque licenciámos o disco, mas a contrapaga era um contrato para a gravação de mais dois CD. A atitude da editora na promoção do M não funcionou. (...) Talvez fosse um disco fora de tempo, embora tivesse sido reconhecido na crítica. Mas a verdade é que não aconteceu. A/DN

DISCOGRAFIA
Baile Final/Lágrimas (Single, Fundação Atlântica,1983)
Amar por Amar (Máxi, Ama Romanta, 1987) (com os temas Roda e Ana no lado B)
Almanave (LP, Polygram, 1987)
Feiabonita (LP, Polygram, 1989)
M (CD, BMG, 1997)
Ao Vivo - com Pilar, Né Ladeiras e Anamar (CD, Zona Música, 2002)
Afinal (Compilação, Universal, 2003)
Transfado (CD, CNM, 2004)

Colectâneas
Divergências (1986) - Roda
 
ANAMAR POR ANAMAR
Radiografia dos discos que Anamar deixou gravados ao longo de 20 anos, agora compilados em «Afinal», feita pela própria em discurso directo.

«o primeiro disco que gravei não existe, foi um single gravado numas máquinas nos Estados Unidos da América. Eram duas canções do folclore português, uma do Alentejo e outra da Beira. Provavelmente foi o meu primeiro "frisson" musical...».

«o segundo disco também não consta. Foi um dueto com o Luís Madureira, meu professor de voz na altura, num exercício pimba de apropriação de uma música do Irving Berlin com letra em português do Miguel Esteves Cardoso. Resumível na expressão "olha para nós cultos e modernos a brincar ao kitsch do musical americano passadista". Tem um registo de voz bastante irónico, muito agudo, muito menina, é o oposto do que eu sou».

«Cartas de Portugal» (LP Fundação Atlântica, 1983). Produzido por Pedro Ayres Magalhães, o álbum nunca saiu e apenas o single «Baile Final» foi editado.

«É um bocadinho uma erupção do vulcão, que tem em si todo o potencial destrutivo que uma erupção tem mas que resulta, no caso, num fertilizar dos campos que permitiram ter o estofo e a ousadia e a capacidade criativa para avançar na música. Nunca gravei nenhum disco em condições tão fantásticas: três meses no grande estúdio da Valentim de Carvalho, com músicos óptimos, fantásticos... E saiu uma merda (risos). O disco nunca saiu, e o "Baile Fina!" sobrevive por várias razões, para mim porque é o tema desse disco no qual consegui cantar como eu era na altura».

«Amar por Amar» (máxi Ama Romanta, 1986)

«É claramente o início da aventura. É o disco mais marcante para mim, porque foi feito com muito poucos meios, muito depressa, com gente muito talentosa, numa mistura que na altura era bastante imprevisível».

«Almanave» (LP Polydor, 1987)

«O momento do "boom", ligado às multinacionais, aos patrocínios. Se bem me lembro, só o Rui Veloso e eu tínhamos patrocínios, e fomos apelidados de vendidos. Enquanto grande produção diz claramente que quero estar no centro das coisas e não num percurso à margem. E foi a experiência de fazer um disco normal, coisa que não tinha acontecido para trás. Foi também o início da relação com o Tozé Brito. Embora musicalmente não tenhamos nada a ver um com o outro, a nível de cumplicidade musical e na generosidade que ele tem de dar espaço ao que é novo, é uma pessoa fundamental».

«Feiabonita» (LP Polydor, 1989)

«É um disco em que tive ainda mais meios, o privilégio de trabalhar com o José Peixoto e começar a minha relação com o José Fortes. É eventualmente o disco com melhor som da minha carreira e foi gravado debaixo de uma tempestade pessoal: separei-me, tinha dois bebés, estava a gravar o disco, mãe sol- teira... O disco saiu e não teve continuidade ao vivo como teria que ter tido. A nível pessoal caiu o Carmo e a Trindade, e com dois gémeos à mistura tratava-se de criar condições para que os gémeos existissem. "Feiabonita" morreu na praia. E a seguir vem um período de silêncio muito grande, que se justifica por essa vida pessoal que  tinha de ser reconstruída.»

«M» (CD RCA, 1997)

«Nasce na pior altura a nível de circunstâncias externas, mas numa altura !m que sinto absoluta necessidade de pôr cá para fora algo que correspondesse a uma dimensão espiritual da música, que não havia nos discos anteriores. Se o mercado fosse outro que não o português, que é estreito, poria este disco num circuito como o da Enya... Acontece que saiu numa BMG que passado muito pouco tempo se desintegrou. E esse desintegrar fez com que as coisas caíssem por terra».

«Ao Vivo» com Né Ladeiras e Pilar (CD Zona Música, 2002). Registo do concerto ao vivo «SM 58», realizado no final de 2000.

«Uma experiência ao vivo magnífica, às portas do céu... É a boa surpresa que vem de fora e que me desencaminha. O convite do Tiago Torres da Silva para fazer esse espectáculo ocorreu numa fase da minha vida em que eu estava quase a achar que se calhar vivia bem sem o palco, sem a música. Tudo se conjugou para que fosse um processo fácil e lúdico, de puro prazer, e portanto deixou um testemunho que não posso ignorar. Depois a ausência de promoção do disco - que não é inteiramente da responsabilidade da editora e teve a ver com uma incapacidade de nós as três estarmos disponíveis ao mesmo tempo para fazer o que era preciso ser feito - é uma pena. Para mim é uma edição que cai num vazio pelo facto de ser quase inexistente para o público».

«Afinal» (CD Universal, 2003)

«É a chave da ignição».  

ARTIGO DE JORGE MOURINHA / BLITZ, 09/06/2003
[Em relação a Espectáculos, Anamar não esquece o “Coproduction” no bar Frágil, as jam sessions no bar Bain Douches em Paris, a estreia do canto em português no bar Anikibóbó no Porto, os loucos concertos no Rock Rendez Vous, e, concerteza, o polémico espectáculo de lançamento do disco “Almanave” no Coliseu dos Recreios de Lisboa.]

«Quando fiz os primeiros discos, era identificada pelo estereótipo da puta. Quando fiz o "M", poderia ser identificada com o estereótipo da santa. Acontece que nunca fui puta nem santa...» Anamar, Diário de Notícias, 2000

«Na primeira fase da minha carreira desiludi-me com o exterior. Na segunda desiludi-me com o interior» Anamar, Público, 2000

«"Só Ana", baseado no Fado Estoril e com uma letra autobiográfica: "É desconstrutora da Anamar distante, é só Ana. Fui completamente impotente para mudar as imagens que as pessoas criam: a Anamar fatal, mulher da noite, dama dos limiares, etc, era imutável. Neste disco mostro que, atrás dessa, está a 'só Ana', que brinca.» Anamar, Público, 2004

Filha de um pediatra, a cantora contou que, quando era pequena, o seu pai lhe dizia algo que a moldou para a vida. "Quando eu fazia algum disparate, a minha mãe tendia a ter uma atitude muito protectora, e eu perguntava-lhe por que razão é que os pais têm de mandar nos filhos, porque é que eu não podia mandar em mim. Ao que o meu pai respondia: ‘Podes mandar em ti se souberes cuidar de ti própria. Se tu decidires bem, eu não vou, de maneira nenhuma, contrariar-te.’ Essa foi uma lição de liberdade responsável que nunca mais esqueci", adiantou. Da mãe, por seu turno, Anamar aprendeu algo muito "bonito": "Ela dizia-me que tudo o que existia vivia. As mesas, os copos, tudo tinha vida própria. Estimulou-me muito a nível criativo e artístico, e eu tento fazer o mesmo com os meus filhos." (C/2001)

Anamar acredita que através da arte, da música e do espectáculo se pode intervir na realidade, que cada pessoa pode ser criativa, verdadeira, responsável e fiel a si própria. (Press-release 2004)

NO RASTO DE...
Mas, mesmo que a música continue ou não, avancei por uma outra área profissional: a da produção de conteúdos de audiovisual e Internet, onde encontro alguma auto-realização. Mas é verdade que o bicho de palco que sou continuava a sentir que haveria algo para cumprir. (DN/2000)

É empresária de conteúdos e autora de guiões para cinema, televisão e publicidade. (C/2001)Actualmente integra o projecto BloomArt como artística plástica.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Cantores dos Anos 80 - Rick Astley

NOME: Richard Paul 'Rick' Astley

DATA DE NASCIMENTO: 06-02-1966 
ORIGEM: Inglaterra - Lancashire
ÊXITOS: 'Never gonna give you up'; 'Whenever you need somebody'; 'Together forever'; 'Cry for help'



Quem na década de 80 era adolescente, sabe muito de quem se fala. O menino bonito com soul na voz que, todas as semanas, aparecia na revista 'Bravo' e que dançava o tempo todo nos videoclips que a MTV transmitia a toda a hora.

Foi descoberto pelo produtor Pete Waterman em 1985, quando tocava bateria numa banda e, dois anos depois, já estava no 1º lugar do Top britânico, durante cinco semanas consecutivas
, com a música 'Never Gonna Give You Up'- o single mais vendido em Inglaterra nesse ano. Ainda do mesmo álbum, mais uma a chegar ao topo da tabela, 'Whenever you need somebody' e, quando julgava ter tempo para respirar fundo e gozar destes dois grandes sucessos... em março de 1988, o single 'Together Forever' conseguia a mesma proeza, o 1º lugar do Top. Chegou a ser nomeado pelos prémios Grammy como Melhor Artista do Ano, mas perdeu-o para Tracy Chapman.

O disco seguinte teve algum êxito em Inglaterra, mas menos no resto do Mundo mas, em 1991, voltou a dar nas vistas com a balada 'Cry for Help'. Dois anos mais tarde, ainda lançou mais um álbum, mas passou quase despercebido. 

Decidiu afastar-se e, só ao fim de 10 anos, é que regressou ao Mundo da música. Entre 2001 e 2005, gravou dois discos, um deles com interpretações de grandes clássicos dos anos 60 e 70. 

Recentemente, surpreendeu os fans com uma tournée que passou pelas principais cidades inglesas.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Alexandre José de Medeiros Pereira Soares



Alexandre José de Medeiros Pereira Soares nasceu no Porto, em 15 de Junho de 1958. Na adolescência começa a tocar guitarra clássica. Aos 18 anos inicia-se na guitarra eléctrica. 

Durante algum tempo chega a tocar com os Pesquisa que vieram mais tarde a tornar-se nos Taxi.

Em 1980 estava a tocar sozinho em casa e à procura de elementos para formar uma banda. Encontra Vítor Rua e Toli César Machado com quem forma os GNR. Alexandre Soares  assumiu as vocalizações nos dois primeiros singles ("Portugal na CEE" e" Sê Um GNR"). 

Em 1981 toca com Vítor Rua e Rodrigo Freitas nos Pastorinhos de Fátima. 

Nos GNR lança ainda o máxi-single "Twistarte" e os LPs "Independança", "Defeitos Especiais", "Os Homens Não Se Querem Bonitos" e "Psicopátria".

Em 1986 foi co-autor, em conjunto com o seu irmão João Pedro Soares, da música para o bailado "Barcos Negros" que conquistou o primeiro prémio do Concurso Internacional de Bailado de Lisboa. 

No ano seguinte sai dos GNR devido a insatisfação com o trabalho no grupo.

Lançou o seu primeiro disco a solo em 1988. O álbum "Um Projecto Global", maioritariamente instrumental, incluía o tema "Luzes de Hotel" com letra de Pedro Ayres Magalhães.

Em 1990 compôs a música da peça "Coração na Boca", da autoria de Sam Shepard, com letras de Rui Reininho. Na peça participavam Xana, Ricardo Carmo e os actores Natália Luísa e Virgílio Castelo.

Nesse ano sofre um acidente de viação que o impede de tocar durante dois anos. Durante algum tempo dedica-se a fazer o som ao vivo dos Ban. Em 1992 entra para o projecto Song Experience que depois muda de nome para Zero. É com esta nova designação que é lançado o único álbum do grupo.

Ainda em 1992 é convidado a participar no álbum "Partes Sensíveis" dos Três Tristes Tigres. A primeira colaboração de corpo inteiro no projecto deu-se com a versão de "Anjinho da Guarda", incluída no disco de homenagem a António Variações, com arranjos e produção de Alexandre Soares.

Produziu uma intervenção sonora na instalação "Señor Estupor", de Javier Dias, para a exposição "La Imagen Frágil" da Fundación La Caixa (Barcelona).

Compôs também a música para o filme "Sapatos Pretos", de João Canijo e para uma curta metragem de Rui Simões.

Em 1998 foi considerado o compositor português do ano, pelo jornal Público, devido ao álbum "Guia Espiritual" dos Três Tristes Tigres. 

Em 1998, o seu projecto "Flight 2000" teve um tema num máxi da Kami' Khazz. O outro tema desse disco era dos Mute Life Dpt. 

Faz também a música original de "Buenas Noches, Mi Amor", com textos de Al Berto lidos por João Reis no Teatro Nacional S. João (1999).

Com "Vooum" iniciou a sua colaboração com a coreógrafa Né Barros e o Balleteatro. A Audeo lançou em 2000 o disco com a banda sonora de "Vooum".

A colaboração com Né Barros teve seguimento com "No Fly Zone" (estreado a 19 de Outubro de 2000) e "Exo" (2001).

Compôe a música para o filme "Ganhar a Vida", de João Canijo. Faz também a banda sonora do telefilme "Rádio Relâmpago" de José Nascimento.

Em 2003 assina a co-produção do disco de estreia dos Mesa. No Teatro Carlos Alberto (TeCa) é apresentado o espectáculo "Rua!" com música de Vítor Rua e que teve a participação de Alexandre Soares e Nuno Rebelo.

Assina a banda sonora da coreografia "Vaga" de Né Barros, em 2004.

A Audeo lança em 2005, no formato DVD, os espectáculos "No Fly Zone" e "Vaga", de Né Barros (direcção e coreografia), Alexandre Soares (música original) e Filipe Martins (DVD e montagem).

Começa um trabalho de colaboração com o músico Jorge Coelho.

DISCOGRAFIA
Um Projecto Global (LP, Polygram, 1986)
Vooum (EP, Audeo, 2000)
Cães aos Círculos (Ep, Borland, 2006) (com Jorge Coelho)

Colectâneas
República das Bananas (1996) - Fire Man (com Rui Fernandes/Hélder Gonçalves/Pedro Martins/António Cunha/Regina Guimarães)
Uma Outra História (2005) - Call Up (com Zé Pedro/Gui/Pedro Gonçalves/Jorge Coelho/Fred)
Borland (2005) -

COMENTÁRIOS
Eu não sou muito rápido a trabalhar. Há coisas que andam muito depressa mas, depois, existem pequenos pormenores que até podem não se notar em que ando meses à volta. Como gravo em casa, tenho de fazer tudo: ligar os cabos, sou técnico, electricista... Mas agrada-me mais assim. Tenho muito medo de ter de refazer tudo, dentro de um estúdio, em três semanas, com muito boas condições técnicas, mas com o contacto emocional todo trocado. A grande questão, quando estou a fazer música, é estar emocionalmente ligado aos temas que estou a trabalhar. A própria edição em «sampler» tem de ter um conteúdo emocional. Eu trabalho as máquinas como quem está a tocar guitarra. AS/1998

NO RASTO DE...
Alexandre Soares faz parte dos Três Tristes Tigres. O último disco editado foi a compilação "Visita de Estudo". 

Entrevista a Ágata

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Grupos Musicais Portugueses - Ana e as suas Irmãs

Em 1988, a RTP mudou a fórmula de escolha da canção representante ao Eurofestival. Convidou cinco compositores e a sexta canção seria a vencedora do Prémio Nacional de Música. O Prémio Nacional de Música realizou-se no dia 5 de Março de 1988 na Figueira da Foz. Uma das oito canções finalistas era "Nono Andar" da autoria de Nuno Rodrigues (ex-Banda do Casaco).
Inicialmente estava previsto que a canção fosse defendida por Mila Ferreira mas após a desistência da cantora acabou por ser interpretada pelo projecto Ana e Suas Irmãs. O projecto esteve envolto num clima de mistério: a cantora nunca tirou a mascarilha ao longo dos ensaios e chegou a constar, em relatos da época, que se tratava de uma jovem de esmerada educação, cujo pai, capitão da marinha mercante, não aceitava o envolvimento da filha mais velha no meio artístico.
Ela não deveria revelar a sua identidade para depois regressar a casa perfeitamente tranquila... Na noite do espectáculo acabou por tirar a mascarilha mas nada se soube da sua identidade. O tema vencedor do PNM foi "Déjà Vue" de Dora mas a canção escolhida para participar no Festival da Eurovisão acabaria por ser "Voltarei".
A edição em single contou com a colaboração de Né Ladeiras. Em 2001, Nuno Rodrigues idealizou o disco "Canções de Embalar" dedicado ao seu filho. Um dos temas, "Que Nome Lhe Vamos Dar", usava a música de "Nono Andar" mas com nova letra e com a interpretação de Sara Tavares.
DISCOGRAFIA
Nono Andar (Single, Transmédia, 1988)

terça-feira, 25 de junho de 2013

Cantoras Portuguesas - Anabela Duarte



Anabela Duarte fez parte dos W.C. Porno, grupo liderado por Farinha, que participou na 1ª edição do festival Só-Rock (Coimbra, 1981).

Ainda com Farinha esteve nos Ocaso Épico aparecendo no tema "Intro" [Memórias] da compilação "Ao Vivo No Rock Rendez-Vous em 1984". O último concerto com o grupo foi em Março de 1985 na sala do teatro A Barraca. 

Participa no tema "Apartheid Hotel" dos GNR, incluído no álbum "Os Homens Não Se Querem Bonitos". Em Julho de 1985 actua com o grupo na Aula Magna e esteve quase a ser vocalista dos GNR, em paralelo com Rui Reininho.

É convidada para os Bye Bye Lolita Girl, banda formada por alguns dos elementos dos extintos Ezra Pound. Tem também uma passagem rápida pelo projecto Moeda Noise.

Entra para os Mler Ife Dada mas os membros dos Bye Bye Lolita Girl reagiram muito mal à ideia de partilhar a sua vocalista com outro grupo. Exigiam uma exclusividade que pareceu pouco lógica à cantora pois a actividade da banda não era muita. Assim decidiu-se pelos Mler Ife Dada.

Em 1986,  os Mler Ife Dada participaram na compilação "Divergências" e lançam em single o tema "L'Amour va Bien Merci". Em 1987 editaram o álbum "As Coisas Que Fascinam" através da Polygram.

Alguém sugere que ela grave um disco de fado. A Polygram aceita e é gravado "Lishbunah". Neste disco pretendeu fazer um fado que nunca tivesse sido cantado ou tocado, que fosse inédito. 

Em 1989 lança o álbum "Espírito Invisível" com os Mler Ife Dada. Pouco tempo depois a cantora abandona o grupo.

Participa em vários concertos dos Duplex Longa  (em 1992 seria editado o disco "Forças Ocultas" que inclui as  colaborações de Anabela nos temas "Mar de Coral" e "Phado"). Canta e diz poemas de diversos autores portugueses utilizando um processador de voz. Participa no aniversário da editora Assírio & Alvim e actua no Jardim Botânico, em Lisboa, por ocasião do espectáculo "Nocturnos II". 

Colabora com Pedro Ayres Magalhães no espectáculo "Resistência As Primeiras Páginas (Canções Ilustradas)" apresentado, em Maio de 1990, na Feira do Livro de Lisboa. Anabela aparece a declamar enquanto as vozes são repartidas por Teresa Salgueiro e Filipa País.

Em 1990 participa no disco "Janelas Verdes" de Júlio Pereira. Nesse ano integra, como soprano, o coro do Teatro Nacional de S. Carlos.

Em Abril de 1991 actua em quatro espectáculos no Instituto Franco-Português, em Lisboa. Os concertos foram gravados pela RTP e o video do concerto, dirigido por Carlos Barradas, foi premiado na Europália 91.

Em Maio é editado um máxi-single (edição de autor com o apoio do IPJ) com os temas "Subtilmente", "Asiaouasi" e "Ela Ela". 

Ainda em 1991 foi lançado o álbum "Blue Turns to Grey", dos alemães Das Pferd, onde Anabela Duarte colabora nos temas “Espelhos D’Água” e "Estranho".

Parte para Itália onde faz cursos de canto lírico e participa em vários concertos. Passa a dividir o tempo entre Lisboa e Florença.

"O Horizonte Basta/Of Horizon Enough", editado pela Frenesi, em 1998, inclui a declamação de poemas de Hélder Moura Pereira e de Paulo da Costa Domingos. Trata-se de uma edição bilingue que inclui como oferta um cd-digital audio.

Em 1999, a AnAnAna lança o disco "Delito", onde são recuperadas as canções gravadas ao vivo em 1991, no Instituto Franco Português. Neste disco aparecem, com novos arranjos, três canções dos Mler Ife Dada. 

Em 2001, Anabela Duarte, depois de um período de recolhimento na procura de novas sonoridades, escolheu o site estudio54.com para divulgar os seus mais recentes trabalhos que há muito os seus fãs reclamavam. Iniciava-se assim a contagem decrescente para «uma espécie de tauromaquias musicais, mas sem sangue à vista; aliás o sangue é de vida e ferve em cada nota».

Em 2002 interpretou e criou música e sons para a peça de teatro improvisado ”O dia do desassossego”, de Fernando Pessoa, com direcção de Alberto Lopes e João Garcia Miguel.

A estreia ao vivo do projecto Anabela Duarte Digital Quartet ocorreu em Outubro de 2002 no Festival SonicScope 02.

O disco "Lishbunah" foi reeditado pela Universal em 2003. A mesma editora lança a compilação "Pequena Fábula" dos Mler Ife Dada onde aparece uma nova versão de "Zuvi Zeva Novi" que marcou o seu primeiro encontro com Nuno Rebelo após a saída dos Mer Ife Dada.

Colabora na compilação "Uma Outra História", promovida pelas lojas Fnac no âmbito do dia mundial da Música, onde aparece com uma versão do tema "Baby", dos Mutantes, que contou com a participação Mário Delgado, Alexandre Frazão e Zé Nabo.

"Blank Melodies" de Anabela Duarte Digital Duarte foi editado pela Zounds no início de 2005.

Em 2007 apresenta-se com "Machine Lyrique", um disco-concerto com canções possíveis e impossíveis de Kurt Weil e Boris Vian.

DISCOGRAFIA
Lishbunah (LP, Universal, 1988)
Subtilmente (Máxi, Sing Sing Records, 1991)
O Horizonte Basta (CD+livro, Frenesi, 1998)
Delito (CD, Ananana, 1999) 
Blank Melodies (CD, Zounds, 2005)  [com os Anabela Duarte Digital Quartet]

Colectâneas
Uma Outra História  (2004) - Baby

NO RASTO DE...
Anabela Duarte é professora de canto e tem apresentado ao vivo os espectáculos "Objogo" e "Máquina Liríca". Actualmente prepara um disco do seu projecto Anabela Duarte Digital Quartet. Entrevista de Anabela Duarte ao site a puta da subjectividade

domingo, 23 de junho de 2013

Chic




NOME: Chic
ORIGEM: Nova Iorque - EUA
ÊXITOS: Dance, Dance, dance; Le Freak; I Want Your Love; Good Time;


Provavelmente, a banda de disco mais popular e influente dos anos 70. Começaram por se chamar The Big Apple Band e, em 1977, mudaram o estilo musical e o nome também. Na sua formação original, faziam parte dos Chic, Bernard Edwards (baixo), Nile Rodgers (guitarra), Tony Thompson (bateria), nas vozes, Norma Jean Wright e Alfa Anderson. 

Foi logo no primeiro ano que conseguiram que a sua música fosse ouvida a toda hora e em todo o lado: Dance, Dance, Dance vendeu, num mês apenas, um milhão de cópias. No ano seguinte, os Chic editam o seu segundo conjunto de originais, 'C'est Chic', que inclui mais dois novos estrondosos sucessos: Le Freak e I Want Your Love.

Apesar do grande êxito Good Time surgir no álbum seguinte, é nesta altura que a banda começa a perder alguma popularidade, embora ainda tenham conseguido esporadicamente, um ou outro sucesso durante os anos 80. 

O guitarrista Nile Rodgers continuou a sua carreira como produtor. Like a Virgin de Madonna e Let's Dance de David Bowie são duas das músicas que produziu com muito sucesso. Depois de 8 anos de intervalo, em 1992, os Chic regressaram com uma nova formação e um disco novo, no entanto, sem a mesma força e popularidade dos finais da década de 70. 

Apesar do último registo da história do grupo, Live at Budokam, já ter sido há uns bons anos, eles continuaram a apresentar-se em concerto até 2003, ano em que Tony Thompson, o baterista, faleceu, vítima de cancro.

sábado, 15 de junho de 2013

Cantoras Portuguesas - Ana



A cantora Ana, de nome completo Ana Bela Alves, nasceu em Sintra no ano de 1954.

Estreou-se com o single "Sonha Comigo", editado pela Rossil em Outubro de 1980. O single foi um grande sucesso atingindo o galardão de disco de ouro.

Com o segundo single, "Quanto Mais Te Bato", com dois temas da autoria de Carlos Paião e produção de António Sala, volta a repetir o sucesso.

No ano de 1982 é lançado o single "Dama de Copas". Com o tema  "O Nosso Filme" participa no Festival da Canção da Rádio Comercial.

Grava em Londres um single com os temas "Tão Lindo" e "Começar" mas que obteve pouco sucesso.

Concorre ao Festival RTP da Canção de 1983 onde apresenta  o tema "Parabéns, Parabéns a Você" da autoria do madeirense Luís Jardim.

É lançado um novo single com os temas "Primeiro Beijo" e "Vem Depressa". Chega a disco de prata.

É editado novo single com "Alegria de Viver", um tema da autoria de Dino Meira.

O single "Laranja, Laranjinha" é editado no verão de 1985. Em Agosto de 1986 é editado o álbum "Tapete Voador - Os Sucessos da Ana Maria".

Assina com a editora Discossete. Com Luís Filipe grava os singles "Não Digas Mais Nada" (1986) e "Meu Bombom" (1987).

Em 1990 é editado o álbum "Só Mais Um Beijo" que contou com a colaboração de Ricardo Landum (ex-TNT, Ex-Ibéria).

Lança o álbum "Fazer de Mim Cetim" em 1991.

O álbum "Filha do Vento" é editado em 1992.

No ano de 1994 é lançado o álbum "Amor Bandido".

Regressa à editora Polygram que edita, em 1995, o CD "Doce Tropical" com temas como "Dança do Xuxu".

O álbum "Açúcar Moreno" é editado em 1997.

Novo disco, "Amor Divino", é editado em 1999.

Em 2001, a Universal lança a compilação "O Melhor de 2" com temas de Ana e Cândida Branca Flor.

A editora Farol editou em 2004 a compilação "O Melhor de Ana" com alguns dos maiores sucessos da sua carreira. A Universal lançou uma nova compilação na série "A Arte e a Música".

DISCOGRAFIA
Tapete Voador - Os sucessos da Ana Maria (LP, Polygram, 1986)
Só Mais Um Beijo (CD, Discossete, 1990)
Fazer de Mim Cetim (CD, Discossete, 1991)
Filha do Vento (CD, Discossete, 1992)
Amor Bandido (CD, Polygram, 1994)
Doce Tropical (CD, Polygram, 1995)
Açúcar Moreno (CD, , 1997)
Amor Divino (CD, , 1999)

SINGLES
Sonha Comigo (Single, Rossil, 1980)
Quanto + Te Bato/Mesmo Assim (Single, Rossil, 1981)
Dama de Copas (Single, Rossil, 1982)
O Nosso Filme (Single, Rossil, 1982)
Parabéns (Parabéns a Você) (Single, Polygram, 1983)
The Linde/--Começar (Single)
--Primeiro Beijo/Vem Depressa (Single, Polygram, 1983)
--Alegria de Viver (Single, Polygram, 1984/5)
Laranja, Laranjinha (Single, Polygram, 1985)
--Tapete Voador/Tapis Volant (Single, Polygram, 1986)
Queen Of The Night ... Satisfaction
Não Digas Mais Nada (Single, Discossete, 1987)
Meu Bombom (Single, Discossete, 1988)

COMPILAÇÕES SE
O Melhor de 2 - Ana/Cândida Branca Flor (Compilação, Universal, 2001) 
A Arte e a Música (Compilação, Universal, 2004)
O Melhor de Ana (Compilação, Farol, 2004)

COMENTÁRIO
"Comecei por fazer uma balada, depois o rock, a música romântica e, agora, uma música mais romântica, o género onde pretendo estacionar durante algum tempo (...) sou uma pessoa versátil, não gosto de fazer sempre a mesma coisa." Ana / TV Top 1983