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sexta-feira, 5 de julho de 2013

Alexandre José de Medeiros Pereira Soares



Alexandre José de Medeiros Pereira Soares nasceu no Porto, em 15 de Junho de 1958. Na adolescência começa a tocar guitarra clássica. Aos 18 anos inicia-se na guitarra eléctrica. 

Durante algum tempo chega a tocar com os Pesquisa que vieram mais tarde a tornar-se nos Taxi.

Em 1980 estava a tocar sozinho em casa e à procura de elementos para formar uma banda. Encontra Vítor Rua e Toli César Machado com quem forma os GNR. Alexandre Soares  assumiu as vocalizações nos dois primeiros singles ("Portugal na CEE" e" Sê Um GNR"). 

Em 1981 toca com Vítor Rua e Rodrigo Freitas nos Pastorinhos de Fátima. 

Nos GNR lança ainda o máxi-single "Twistarte" e os LPs "Independança", "Defeitos Especiais", "Os Homens Não Se Querem Bonitos" e "Psicopátria".

Em 1986 foi co-autor, em conjunto com o seu irmão João Pedro Soares, da música para o bailado "Barcos Negros" que conquistou o primeiro prémio do Concurso Internacional de Bailado de Lisboa. 

No ano seguinte sai dos GNR devido a insatisfação com o trabalho no grupo.

Lançou o seu primeiro disco a solo em 1988. O álbum "Um Projecto Global", maioritariamente instrumental, incluía o tema "Luzes de Hotel" com letra de Pedro Ayres Magalhães.

Em 1990 compôs a música da peça "Coração na Boca", da autoria de Sam Shepard, com letras de Rui Reininho. Na peça participavam Xana, Ricardo Carmo e os actores Natália Luísa e Virgílio Castelo.

Nesse ano sofre um acidente de viação que o impede de tocar durante dois anos. Durante algum tempo dedica-se a fazer o som ao vivo dos Ban. Em 1992 entra para o projecto Song Experience que depois muda de nome para Zero. É com esta nova designação que é lançado o único álbum do grupo.

Ainda em 1992 é convidado a participar no álbum "Partes Sensíveis" dos Três Tristes Tigres. A primeira colaboração de corpo inteiro no projecto deu-se com a versão de "Anjinho da Guarda", incluída no disco de homenagem a António Variações, com arranjos e produção de Alexandre Soares.

Produziu uma intervenção sonora na instalação "Señor Estupor", de Javier Dias, para a exposição "La Imagen Frágil" da Fundación La Caixa (Barcelona).

Compôs também a música para o filme "Sapatos Pretos", de João Canijo e para uma curta metragem de Rui Simões.

Em 1998 foi considerado o compositor português do ano, pelo jornal Público, devido ao álbum "Guia Espiritual" dos Três Tristes Tigres. 

Em 1998, o seu projecto "Flight 2000" teve um tema num máxi da Kami' Khazz. O outro tema desse disco era dos Mute Life Dpt. 

Faz também a música original de "Buenas Noches, Mi Amor", com textos de Al Berto lidos por João Reis no Teatro Nacional S. João (1999).

Com "Vooum" iniciou a sua colaboração com a coreógrafa Né Barros e o Balleteatro. A Audeo lançou em 2000 o disco com a banda sonora de "Vooum".

A colaboração com Né Barros teve seguimento com "No Fly Zone" (estreado a 19 de Outubro de 2000) e "Exo" (2001).

Compôe a música para o filme "Ganhar a Vida", de João Canijo. Faz também a banda sonora do telefilme "Rádio Relâmpago" de José Nascimento.

Em 2003 assina a co-produção do disco de estreia dos Mesa. No Teatro Carlos Alberto (TeCa) é apresentado o espectáculo "Rua!" com música de Vítor Rua e que teve a participação de Alexandre Soares e Nuno Rebelo.

Assina a banda sonora da coreografia "Vaga" de Né Barros, em 2004.

A Audeo lança em 2005, no formato DVD, os espectáculos "No Fly Zone" e "Vaga", de Né Barros (direcção e coreografia), Alexandre Soares (música original) e Filipe Martins (DVD e montagem).

Começa um trabalho de colaboração com o músico Jorge Coelho.

DISCOGRAFIA
Um Projecto Global (LP, Polygram, 1986)
Vooum (EP, Audeo, 2000)
Cães aos Círculos (Ep, Borland, 2006) (com Jorge Coelho)

Colectâneas
República das Bananas (1996) - Fire Man (com Rui Fernandes/Hélder Gonçalves/Pedro Martins/António Cunha/Regina Guimarães)
Uma Outra História (2005) - Call Up (com Zé Pedro/Gui/Pedro Gonçalves/Jorge Coelho/Fred)
Borland (2005) -

COMENTÁRIOS
Eu não sou muito rápido a trabalhar. Há coisas que andam muito depressa mas, depois, existem pequenos pormenores que até podem não se notar em que ando meses à volta. Como gravo em casa, tenho de fazer tudo: ligar os cabos, sou técnico, electricista... Mas agrada-me mais assim. Tenho muito medo de ter de refazer tudo, dentro de um estúdio, em três semanas, com muito boas condições técnicas, mas com o contacto emocional todo trocado. A grande questão, quando estou a fazer música, é estar emocionalmente ligado aos temas que estou a trabalhar. A própria edição em «sampler» tem de ter um conteúdo emocional. Eu trabalho as máquinas como quem está a tocar guitarra. AS/1998

NO RASTO DE...
Alexandre Soares faz parte dos Três Tristes Tigres. O último disco editado foi a compilação "Visita de Estudo". 

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