1964 Out. (16) Estreia de "Fado Corrido", filme de Jorge Brum do Canto baseado num conto de David Mourão-Ferreira, onde Amália tem um dos papéis principais e interpreta cinco fados.
1965 Jan. (26) Numa das suas lendárias sessões de gravação nos estúdios da Valentim de Carvalho, em Paço d'Arcos, que se prolongam habitualmente pela noite fora com a cantora a interpretar de rajada temas novos e criações antigas, Amália grava um sem número de canções que serão posteriormente aproveitadas para o LP "Fado Português". Do material gravado destacam-se 3 temas com poemas de Luís de Camões, que serão editados, separadamente, em Fevereiro no EP Amália Canta Luís de Camões, que inclui «Lianor», «Erros Meus» e «Dura Memória».
Mar. (12) Participa na "Gala des Artistes", em Paris, como domadora de elefantes.
(15) Estreia em Portugal de "As Ilhas Encantadas". O filme é mal recebido pela critica e pelo público, e Amália não voltará a aceitar um papel principal no cinema, apesar da insistência de amigos como Anthony Quinn, que chegou a acordo com os herdeiros de Federico Garcia Lorca para filmar a sua peça "Bodas de Sangue" com Amália.
Jun. (15) Pelo terceiro ano consecutivo, Amália grava marchas populares para edição num EP. É editado "Fado Português", álbum inteiramente gravado em Janeiro. Os seus 12 temas serão editados em EP durante os primeiros meses de 1966. Recebe o Prémio do SNI para a Melhor Atriz do Ano por "As Ilhas Encantadas".
1966 Abr. Grava de novo quatro dos seus fados clássicos dos anos 40, que gravara pela primeira vez no Brasil, com a orquestra de Joaquim Luís Gomes e o conjunto de guitarras de Raul Nery: «Fado do Ciúme», «Não Sei porque Te Foste Embora», «Só à Noitinha» e «Maria da Cruz». Os quatro fados serão editados num EP em Outubro.
Jun. (14) Atua no Lincoln Center em Nova Iorque com o maestro André Kostelanetz, num concerto de temas folclóricos portugueses acompanhados a orquestra. O concerto será posteriormente repetido no Hollywood Bowl, em Julho.
(17) Estreia em Paris de "As Ilhas Encantadas".
Jul. (22) Estreia em Portugal do filme de Jean Leduc "Via Macau", onde Amália interpreta «Le premier jour du monde». Simultaneamente, é editado um EP com o tema.
Set. Inspirada pelos concertos americanos do Verão, com André Kostelanetz, Amália grava nos estúdios da Valentim de Carvalho temas do folclore português com orquestra, com arranjos dos maestros Joaquim Luís Gomes e Jorge Costa Pinto.
Out. (27) Faz parte do júri do Festival da Canção do Rio de Janeiro, escolhendo igualmente Simone de Oliveira como representante de Portugal no Festival. Canta na festa da inauguração da ponte sobre o Tejo.
1967 Fev. (4) Recebe o prémio MIDEM 1965/66, em Cannes, das mãos do ator Anthony Quinn. Amália voltará a receber este prémio em 1968 e 1969.
Abr. (22) São editados simultaneamente três EP com as gravações de folclore realizadas em Setembro: Folclore 1 - Amália Canta Portugal, Malhão de Cinfões e Tirana.
Maio (4) Inicia uma temporada no Olympia como primeira figura de um espetáculo denominado «Grand Gala du Music-all Portugais», inteiramente composto por um elenco português do qual fazem parte Simone de Oliveira, o Duo Ouro Negro e Carlos Paredes, entre outros.
Ago. Em mais uma sessão de gravação, Amália grava com o conjunto de guitarras de Raul Nery uma série de fados clássicos que serão publicados, em Setembro, num álbum com o título Fado '67.
Nov. (29) Grava o «Concerto de Aranjuez», de Joaquín Rodrigo, com uma letra em francês, «Aranjuez, mon amour», acompanhada pela orquestra de Joaquim Luís Gomes. Será o tema principal de um EP publicado no Natal.
1968 Passa os primeiros meses do ano em gravações nos estúdios da Valentim de Carvalho, deixando assim material pronto para edição em vários singles e EP ao longo do ano.
Maio Grava «Vou Dar de Beber à Dor», de um compositor até aí inteiramente desconhecido chamado Alberto Janes.