domingo, 4 de setembro de 2022
Abel Gance
Cineasta, poeta e dramaturgo francês nascido em Paris, lançador da tela panorâmica e do som estereofónico, tornando-se um dos mais ilustres cineastas do período situado entre as duas guerras mundiais. Começou no cinema como ator em Molière, de Leonce Perret (1909), foi roteirista de Paganini e fundou uma produtora, para a qual dirigiu La Digue (1911), Le Nègre blanc (1912) e La Folie du docteur Tube (1915). O sucesso veio com Mater Dolorosa (1917) e La Dixième Symphonie (1918). Sua obra-prima e um dos clássicos do cinema foi Napoléon (1926), que levou quatro anos para ser rodado. Parou de dirigir filmes (1963) e morreu em Paris. Em sua longa filmografia citam-se La Digue (1911), Le Nègre blanc-le Masque d'horreur (1912), Un Drame au château d'Acre (1914), La Folie du Docteur Tube (1915), Le Fou de la falaise (1916), Le Droit à la vie (1917), La Dixième Symphonie (1918), La Roue (1923), Napoléon (1927), Marines et Cristaux (1928), La Fin du monde (1930), Mater Dolorosa (1932), Le Maître des forges (1933), Poliche (1934), Le Roman D'Un Jeune Homme Pauvre (1935), Lucrezia Borgia (1935), The Queen And The Cardinal (1935), Un Grand amour de Beethoven (1936), Le Voleur De Femmes (1936), Louise - Paradis perdu (1938), J'Accuse (1939), Louise (1939), Four Flights To Love (1940), La Venus Aveugle (1941), Le Capitaine Fracasse (1942), La Captaine Fracasse (1943), La Tour de Nesle (1954), La Tour De Nesles (1955), Magirama (1956), Austerlitz (1959) e Cyrano Et D'Artagnan (1963).
Biografia retirada de NetSaber
Leni Riefenstahl
Actriz, bailarina, fotógrafa e realizadora de cinema alemã, foi a mais controversa realizadora do século XX, por ter sido escolhida por Hitler para filmar os Jogos Olímpicos de 1936, com o título "Olympia", uma obra-prima onde usou vários tipos de máquinas. Foi duramente criticada, em 1945, no fim da Guerra e esteve presa por isso, mas a sua longevidade deu-lhe oportunidade de mostrar o seu inegável talento.
Os seus filmes a preto e branco são hoje já memoráveis. Extremamente bonita começou como bailarina e entrou em filmes nos anos 30, passando pouco depois a realizadora cinematográfica. Na segunda metade da década de 70 dedicou-se a produzir livros sobre uma tribo africana, bem como a filmar, com perto de oitenta anos, as profundezas dos oceanos.
Deixou uma obra assinalável e muito se tem escrito sobre ela. Se filmou a propaganda nazi, também é certo que nunca foi do partido e asseverou que nunca tinha tido um romance com o ditador. Alguém disse que "o seu talento foi a sua tragédia", por ser escolhida pelo ditador para realizadora oficial da propaganda do regime nazi. Acabou os seus dias bem com a sua consciência. Deixou o seu nome escrito na 7ª Arte.
Informação retirada daqui
Biografia de Fritz Lang
Realizador de origem austríaca, naturalizado americano.
Nasceu em Viena de Áustria, em 5 de Dezembro de 1890, e morreu em Beverly Hills, California, nos Estados Unidos da América, em 2 de Agosto de 1976.
Fontes:
Enciclopédia Britânica
Biografia retirada daqui
Nasceu em Viena de Áustria, em 5 de Dezembro de 1890, e morreu em Beverly Hills, California, nos Estados Unidos da América, em 2 de Agosto de 1976.
Filho de um arquitecto, Lang estudou muito brevemente arquitectura na Universidade Técnica de Viena, e depois de ter viajado um pouco por todo o Mundo de 1910 a 1914, estabeleceu-se em Paris, por algum tempo, sobrevivendo como pintor.
Participou na Primeira Guerra Mundial, enquanto oficial do exército austro-húngaro, tendo sido gravemente ferido em Junho de 1916. Durante a convalescença começou a escrever guiões para filmes, sobretudo de suspense e de horror, que o fizeram ir para Berlim após o fim do conflito para trabalhar com o produtor alemão Erich Pommer. Parte do guião do Gabinete do Dr, Caligari (1919), de Robert Wiene foi escrito por Fritz Lang.
Fritz Lang é um dos expoentes do Expressionismo, um estilo que tentava descrever emoções subjectivas e as reacções que os objectos e os acontecimentos provocam, e não a realidade objectiva, e que se caracterizou na Alemanha por ter um estilo duro, arrojado e visualmente muito intenso. O primeiro filme de sucesso que realizou foi Der müde Tod (1921), mas a série de filmes que realizou em 1919-1920 com o título Die Spinnen, já o tinham tornado conhecido enquanto realizador. O filme seguinte, Dr. Mabuse, der Spieler (1922) estuda um criminoso de génio; Die Nibelungen (1924), baseado no romance medieval alemão redescoberto em 1755 e celebrizado por Wagner, conta a história de uma vingança auto-destrutiva; Metropolis (1926) possivelmente o mais importante filme de ficção científica alguma vez realizado, é uma visão expressionista do futuro, baseado no livro da sua mulher Thea von Harbou, com quem se casou em 1922, e que tinha conhecido quando ambos escreveram o guião de Der müde Todt (1921); e M (1931), o seu filme alemão mais famoso, e o seu primeiro filme sonoro, mostra um assassino de crianças que confessa o seu comportamento criminosos compulsivo.
O filme Das Testament des Dr. Mabuse (1932), onde um louco descreve a filosofia nazi, foi proibido em Março de 1933 pelo chefe da propaganda nazi Joseph Goebbels, dois meses depois do partido nacional-socialista ter tomado o poder, mas o que não o impediu de convidar Lang a supervisionar a indústria cinematográfica alemã, e a realizar filmes de propaganda. Lang abandonou Berlim nesse mesmo dia, indo viver para Paris, onde realizou um filme com Charles Boyer, tendo-se mais tarde estabelecido nos Estados Unidos, de que se tornou cidadão em 1935. Entretanto a mulher pediu o divórcio e aderiu ao Nazismo.
O seu primeiro filme americano, Fury (1936), estudo de uma multidão que realiza um linchamento, é considerado o seu melhor da fase americana. Outros se lhe seguiram de 1937, em que realizou You Only Live Once até 1956 data do seu último filme Beyond a Reasonable Doubt.
Em 1956 Lang, farto de produtores metediços e controladores, abandonou a América indo viver para a Alemanha. Em 1959 realizou, em alemão, dois filmes na Índia, e em 1960 realizou na Alemanha o seu último filme Die Tausend Augen des Dr. Mabuse. Em 1964, quase cego, presidiu ao Festival de Cannes.
Enciclopédia Britânica
Biografia retirada daqui
Biografia de Luchino Visconti
Realizador de cinema italiano do século XX.
Nasceu em Milão em 2 de Novembro de 1906;
morreu em Roma em 17 de Março de 1976.
Luchino Visconti di Morone nasceu em 2 de Novembro de 1906 em Milão, «quando a cortina subiu no Scala», como ele próprio dizia. Filho de Giuseppe Visconti, duque de Modrone, e de Carla Erba, herdeira de uma ffortuna feita na indústria química, sendo um dos sete filhos do casamento, que durou até 1924, tendo tido uma infância bastante privilegiada.
Durante sua juventude contactou com importantes intelectuais e artistas, como o maestro Toscanini, o compositor Puccini e o escritor D'Annunzio. Como é natural, interressou-se desde cedo pela música e pelo teatro, mas também pelos cavalos, que se tornaram uma paixão. Tendo feito o seu serviço militar em 1926 na arma de cavalaria, passou a criar cavalos puro-sangue destinados às corridas de cavalos, logo que foi desmobilizado, de 1928 a 1936, não pensando em muito mais do que isso. Quando este interesse começou a esmorecer, e depois de ter realizado uma viagem à Alemanha, foi viver para Paris tornando-se amigo de Coco Chanel. A costureira apresentou-o ao realizador Jean Renoir com quem trabalhou brevemente no filme Une Partie de campagne, realizado em 1936, experiência que fez com que se interessasse seriamente pelo cinema. Nesta época, em que a Frente Popular governou em França, Visconti, que tinha sido um apoiante do fascismo, aderiu ao comunismo.
Em 1937, Visconti passou por Hollywood antes de regressar a Roma. Já Itália participou no filme de Renoir La Tosca, que terminou com o auxilio do assistente do realizador francês, devido ao regresso deste a França com o começo da Segunda Guerra Mundial. A partir de 1940 ligou-se ao grupo do jornal Cinema. Para financiar o seu primeiro filme vendeu algumas jóias da família. Ossessione de 1942, uma adaptação não autorizada do livro de James M. Cain O carteiro toca sempre duas vezes, teve dificuldades com a censura fascista, mas o resultado foi um enorme sucesso em Itála. No fim da Segunda Guerra Mundial Visconti permitiu que seu palácio fosse utilizado como centro de comando secreto por membros da resistência comunista, e participou em acções armadas contra os ocupantes alemães. Estas actividades fizeram com que fosse preso pela Gestapo em 1944, durante um curto período de tempo. Vingou-se do tempo passado na prisão quando filmou a execução do chefe da policia política italiana Pietro Caruso, para o documentário realizado em 1945 - Giorni di gloria.
O partido comunista italiano encarregou-o de produzir uma série de três filmes sobre pescadores, mineiros, e camponeses da Sicília, mas só o La Terra Trema - Episodio del mare foi realizado, em 1948. Este filme, juntamente com Rocco e i suoi fratelli, de 1960, que documentam as dificuldades das classes trabalhadoras, foram censorados pelos sucessivos governos de direita que dirigiram a Itália no pós-guerra. Mas, a partir dos anos sessenta, os filmes de Visconti tornaram-se mais pessoais. Talvez os seus trabalhos mais importantes sejam Il Gattopardo [O Leopardo], de 1963, e a Morte a Venezia [Morte em Veneza], de 1971. A adaptação exuberante do romance de Giuseppe di Lampedusa, saído em 1958, que retrata o declínio da aristocracia siciliana durante o Risorgimento, era um assunto que lhe estava próximo devido à história da sua família.
Não sendo o mais fácil dos diretores (a actriz Clara Calamai afirmou que era «um senhor medieval com chicote»), Visconti granjeou mesmo assim o respeito dos seus actores. Apesar de ser conhecida a maneira como tratou Burt Lancaster durante a rodagem do Leopardo, este actor afirmou que Visconti era «o melhor director com quem trabalhei até agora ... um sonho para um actor".
Luchino Visconti encenou diversas peças de teatro, incluindo obras de Jean Cocteau e Tennessee Williams. Era tão famoso como director de ópera como o era como realizador de cinema, sendo reconhecido o seu trabalho com Maria Callas, que afirmou que fora Visconti que a ensinara a representar.
Abertamente bisexual, como o seu pai, os filmes de Visconti têm poucas personagens explicitamente homosexuais, embora haja frequentemente nos seus filmes um erotismo encapotado de teor homosexual. Favoreceu sempre actores principais atraentes, tais como Alain Delon, e a sua obsessão no fim da vida foi pelo actor austríaco Helmut Berger que dirigiu no filme La caduta degli dei [A queda dos deuses] (1969), Ludwig (1972) e Grupo di famiglia in un interno (1974).
O seu hábito de fumar (até 120 cigarros por dia) provocou-lhe um ataque de coração, que lhe debilitou bastante a saúde, mas recuperou o suficiente para fazer L'Innocente antes de morrer em Roma em 1976. O funeral de Luchino Visconti teve a presença do presidente italiano Giovanni Leone e do actor Burt Lancaster. Houve quem ridicularizasse o estilo de vida de Visconti - opulento é o mínimo que se pode dizer -, já que era reconhecidamente marxista. Salvador Dali afirmou sarcásticamente que o realizador «era um comunista que só gostava do luxo». Visconti explicou a um repórter americano em 1961, que «eu acredito na vida, isso é o essencial ... e acredito numa sociedade organizada. E penso que tem hipóteses».
Fonte:Enciclopédia Portuguesa e Brasileira de Cultura;Encyclopedia Britannica
quinta-feira, 1 de setembro de 2022
Minnie Driver
Uma das mais interessantes actrizes da sua geração, especializou-se à muito em suaves e emotivos desempenhos secundários. Mas muitos acreditam que o seu valor é tal que o protagonismo pode estar já ao virar da esquina...
Minnie Driver nasceu em Londres, a 31 de Janeiro de 1970. Teve uma infância absolutamente normal e depois de ter representado em várias peças escolares, percebeu que tinha vocação para ser actriz. Por isso começou a estudar artes dramáticas antes de completar 18 anos. Aos 20 anos conseguia o seu primeiro papel diante das camaras. Foi em God on the Rocks, um telefilme britânico. No entanto só três anos depois o seu nome voltaria a surgir num elenco. A razão? Os estudos que decidiu continuar de forma paralela á sua carreira de actriz. E assim foi de novo na televisão, desta feita numa mini-serie, que Minnie Driver voltou a representar. Nesse ano faria ainda um telefilme de relativo sucesso, Royal Celebration, e nos dois anos seguintes continuaria a trabalhar exclusivamente na televisão, ora em telefilmes ora em series televisivas.
A chegada em definitivo ao cinema ocorreu em 1996 com um papel em Big Night, filme de Stanley Tucci e Campbell Scott. Nesse mesmo ano entraria em Sleepers, ao lado de um elenco recheado de nomes sonantes, para explodir verdadeiramente em 1997 numa serie de papeis que ajudariam a sua carreira a saltar para uma nova etapa. O primeiro foi em Grosse Pointe Blank, ao lado de Jon Cusack. Seguiu-se ainda Baggage. Mas seria o filme de Gus van Sant, Good Will Hunting que a catapultaria para a fama. O seu desempenho extremamente sólido e emotivo ao lado de Matt Damon valeram-lhe o aplauso da critica e do público. A partir de agora, Minnie Driver era um nome levado a sério.
Aproveitando a onda, o final dos anos 90 revelou-se bastante positivo para a sua carreira. Papeis em filmes como Hard Rain, The Governess - o seu primeiro papel como protagonista - e An Ideal Husband confirmaram o seu proclamado talento.
Em 2000 chegou um dos seus melhores papeis, ao lado de David Duchovny no filme Return to Me. Um sólido desempenho que fazia antever uma década de sucesso. O que não chegou a acontecer. Os papeis não chegavam, os projectos não tinham o sucesso esperado. A pouco e pouco o seu nome foi-se com o vento tão rapidamente como tinha chegado. Mas a eclética actriz não tinha ainda desistido. Depois de participações menores em filmes como Elle Enchanted ou Hope Springs chegou a hipótese de desempenhar aquele que viria a ser o melhor desempenho da sua carreira. Em Phantom of the Opera ela é Carlotta, a diva perfeita num desempenho secundário verdadeiramente arrebatador, um dos melhores papeis secundários de 2004.
Com o seu sucesso em Phantom of the Opera, esperam-se agora melhores dias para a sua agitada carreira. Dias que correspondam ás melodiosas notas que toca ocasionalmente na sua guitarra num qualquer clube de jazz por esse mundo fora.
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