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sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Thundercats 1989

 


António Pinto Basto

Nasce em Évora, a 6 de Maio. Desde cedo mostra gosto pela música em geral e, em particular, pelos cantos tradicionais e pelo fado que, enquanto adolescente, começa a cantar em festas. 

1970-1974 - Licenciado em Engenharia, pelo Instituto Superior Técnico, de Lisboa, grava três EP, que hoje renega, por considerar que desde então evoluiu bastante na forma de interpretar o fado. 

1974-1988 - Decide não gravar, por entender que o fado exige dos seus intérpretes mais do que a simples intuição natural. Não deixou, no entanto, de se apresentar em público em Portugal, Estados Unidos, Brasil, Espanha, França e Angola. 

1988 - Editou o seu primeiro álbum, "Rosa Branca", para a PolyGram, com sucesso assinalável. Ganha o "Grande Prémio de Revelação" da Rádio Renascença e dois "Seles de Ouro", um para revelação e outro para fado. 

1989 - Depois de mais de 120 concertos em todo o País, edita no final do ano o duplo álbum "Maria", com repetição de sucesso de vendas e de crítica. Ganha o "Grande Prémio de Popularidade" da Rádio Renascença e o "Grande Prémio de Popularidade" da Casa da Imprensa. 

1991 - E editado o terceiro álbum, "Confidências à Guitarra". 

1992 - No primeiro semestre do ano, visita os quatro continentes, actuando nomeadamente em Macau no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, e em Hong Kong perante diplomatas locais. Canta ainda o fado em Angola e em Sevilha, na EXPO-92. Nos Estados Unidos faz uma apresentação numa rede portuguesa de TV. 

1993 - Lançamento da compilação "Os Grandes Sucessos de António Pinto Basto". 

1994 - Convidado pelo Instituto Cultural de Macau, é solista da Orquestra Chinesa de Macau, com 68 elementos, numa digressão por Portugal. Um dos espectáculos de Lisboa é integrado no programa de Lisboa-94. 

1995 - Participa em Macau no "VI Festival de Artes" e dá dois concertos em Goa. No final do ano, é lançada uma vídeocassete intitulada «António Pinto Basto em Évora», baseada num concerto na sua terra natal. 

1996 - É editado, na BMG, o álbum "Desde o Berço". 

DISCOGRAFIA: 

1970 - Povo Sagrado (EP). 

1973 - Saudades Peregrinas (EP). 

1974 - Tem Fé Caminheiro (EP). 

1988 - Rosa Branca (LP, Philips). 

1989 - Maria (CD, Philips). 

1991 - Confidências à Guitarra (CD, Philips). 

1993 - Os Grandes Sucessos (CD, Philips). 

1994 - O Melhor dos Melhores (CD, Movieplay). 

1996 - Desde o Berço (CD, BMG). 

António Pinho Vargas

Nasce a 15 de Agosto, em Vila Nova de Gaia. 

1960 - Inicia lições de piano. 

1967 - Entra para os Grelha, grupo de liceu formado por um colega. 

1968 - Termina o liceu e vem para Lisboa estudar Direito, afastando-se da música. 

1971 - Pede transferência para o curso de História, mas um atraso na entrega da documentação impede-o de iniciar o curso ainda nesse ano lectivo. Regressa ao Porto e aos Grelha. 

1972 - Começa a interessar-se pela música clássica e pelo jazz, com a ajuda do musicólogo e jornalista Jorge Lima Barreto. Decide então procurar um professor de piano, e os Grelha inflectem para o free-jazz por influência das teorias de Barreto. 

1974 - Decide aprender jazz tradicional. 

1975 - Envereda a sério pela carreira musical, interrompendo os estudos de História. 

1976 - Participa num festival de jazz em Liubliana como acompanhante de Rão Kyao. 

1977 - Participa no Festival de Jazz de Cascais desse ano. Forma o primeiro dos seus dois grupos, o Zanarp, com José Nogueira, José Martins e Artur Guedes. 

1978 - Forma o grupo Abralas, com Fernando Girão. 

1979 - Participa no Festival de Jazz de Cascais. Atua pela primeira vez em Macau. A formação do Quarteto de António Pinho Vargas consolida-se, com José Nogueira, Mário Barreiros e Pedro Barreiros. 1980 - Participa no Festival de Jazz de Cascais. Decide retomar os seus estudos de História e completa o curso. 

1981 - Depois de uma passagem pelos Arte & Oficio, de Sérgio Castro, passa a integrar a Banda Sonora, de Rui Veloso, como pianista. 

1982 - Participa nas gravações do álbum "Fora de Moda", de Rui Veloso, como integrante da Banda Sonora, mas abandona o grupo ainda neste ano. 

1983 - Edita pela PolyGram o seu primeiro LP a solo, "Outros Lugares", que é aclamado pela crítica e obtém boa receção do público, esgotando duas tiragens sucessivas. O álbum é mais tarde definido pelo pianista como «um resumo» do seu trabalho até aí, pois os temas mais antigos remontavam já a 1976. Participa no Festival de Jazz de Cascais. 

1984 - Participa no Festival de Jazz de Cascais. 

Ago. - Participa no Jazz em Agosto, da Fundação Calouste Gulbenkian. Atua pela segunda vez em Macau. Atua no Festival de Jazz de Paris. 

1985 Abr. - Transfere-se da PolyGram para a EMI-Valentim de Carvalho, anunciando igualmente a gravação de um novo disco em Junho. 

Ago. - Participa no Jazz em Agosto, da Fundação Calouste Gulbenkian. 

Out. (15) - Inicia uma série de oito concertos em Paris com o Quarteto APV, a convite da Maison de Jeunes et de la Culture. 

Nov. - Edita o seu segundo álbum e primeiro para a EMI-VC, "Cores e Aromas". O tema de abertura, «Dança dos Pássaros», torna-se num inesperado êxito de rádio, algo de invulgar para um disco de jazz, e o álbum esgota a sua primeira tiragem. 

(21) - Em entrevista ao jornal "Êxito", António Pinho Vargas afirma que a sua saída da PolyGram se deveu à desatenção e incompreensão da editora, que deixou o álbum "Outros Lugares" esgotado vários meses e pretendia transformá-lo num novo Rão Kyao, numa alusão a um outro artista (sob contrato com a PolyGram) que, proveniente da área do jazz, se tornara num fenómeno de popularidade ao optar por um som mais easv listening e comercial. 

1986 Jun. (14) - Atua no Cinema Alvalade, no seu primeiro concerto ao vivo em Lisboa, desde a edição de "Cores e Aromas". 

1987 Abr. (24) - Apresenta ao vivo o seu novo álbum no Auditório Carlos Alberto. 

Maio - Edita o álbum "As Folhas Novas Mudam de Cor", do qual o tema «Tom Waits» se torna num enorme sucesso de rádio. O álbum atingirá o 8.° lugar do top nacional de vendas, durante uma estada de três meses no top. O título do disco é retirado de um verso de Eugénio de Andrade. Simultaneamente, é director musical da encenação teatral de Hamlet, de Shakespeare, feita por Carlos Avillez para o ACARTE. 

Jul. (24) - António Pinho Vargas apresenta-se ao vivo no Rivoli do Porto com o seu sexteto. 

(26) - Atua na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa. Compõe a banda sonora do filme de João Botelho, "Tempos Difíceis". 

Out. - Parte para a Holanda como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, a fim de estudar composição contemporânea com Klaas de Vries e Otto Ketting. 

(15) - Apresenta-se no Auditório Nacional Carlos Alberto, num concerto onde estreia em palco quatro novos temas e se apresenta com uma formação invulgar, com dois percussionistas, em vez do tradicional baterista. 

Nov. (5-12) - Realiza uma minidigressão nacional com datas fixas em Coimbra, Évora, Beja, Loulé, Lagos e Faro. 

1988 Abr. (10) - Atua no Auditório Nacional Carlos Alberto num concerto organizado para comemorar o 10.° aniversário da Liga dos Amigos do Hospital de Santo António. 

Ago. - Atua no Festival Jazz em Agosto, da Fundação Calouste Gulbenkian, com o Vargas Jazz Ensemble, designação nova para o sexteto, apresentando quatro temas inéditos que serão posteriormente gravados no álbum "Os Jogos do Mundo". Compõe a obra para orquestra «Geometral», encomendada pela Fundação Calouste Gulbenkian para os "XIII Encontros de Música Contemporânea". 

Nov. - "As Folhas Novas Mudam de Cor" é publicado em CD. 

1989 Abr. - É editado o álbum "Os Jogos do Mundo", que inclui «Do Teatro», baseado no tema principal da peça Hamlet, e «Do Cinema», inspirado num dos temas escritos para Tempos Difíceis. 

Maio (13) - «Geometral» é estreada nos "XIII Encontros de Música Contemporânea" da Fundação Calouste Gulbenkian, sob a direção do maestro Michel Tabaschnik, com a participação dos solistas Aníbal Lima (violino), Paulo Gaio Lima (violoncelo) e Olga Prats (piano). 

Set. (15-20) - Realiza uma minidigressão promovida pela Secretaria de Estado da Cultura, passando pelo Porto, Ovar, Viana do Castelo e Braga. 

1990 Maio (15) - "Outros Lugares" é reeditado pela EMI-VC, ao mesmo tempo que é finalmente editado em CD "Cores e Aromas". Diploma-se em Composição pelo Conservatório de Roterdão. Escreve música para a coreografia de Paulo Massano "A Bailarina do Mar".  

1991 Maio - É editado o álbum "Selos e Borboletas", gravado em quarteto com José Nogueira, Arild Andersen e Adam Rudolph. 

Jun. (1) - Atua no Coliseu do Porto para apresentação ao vivo do álbum Selos e Borboletas. 

(7) - Atua no Coliseu de Lisboa com a presença de Rui Veloso. A sua composição «Estudo/Figura» é premiada no IV Concurso de Composição da Oficina Musical. A peça é estreada em Amesterdão nesse mesmo ano. Ingressa como professor na Escola Superior de Música de Lisboa. 

1992 - Escreve a peça para orquestra e solistas de jazz «Explicit Drama», encomendada pela Comissão dos Descobrimentos Portugueses. Escreve «Mechanical String Toys», por encomenda da Orquestra Metropolitana de Lisboa de Miguel Graça Moura. 

1993 Abr. (6) - Atua em abertura do Simbiosis Jazz Festival na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa. O grupo de música contemporânea de Estugarda Musik Fabrik estreia nas 2.as Jornadas de Arte Contemporânea do Porto a peça para quarteto de cordas «Monodia — Quasi un Requiem». 

1994 Abr. (29) - Apresenta-se ao vivo no Coliseu dos Recreios de Lisboa num espectáculo integrado na série Coliseu's por iniciativa de Lisboa-94, com a presença dos convidados Laurent Filipe, Maria João e o Quarteto de Cordas da Orquestra Metropolitana de Lisboa e como convidado-surpresa Vitorino, abarcando a sua carreira como jazzman e compositor contemporâneo. O concerto é repetido a 5 de Maio no Teatro São João, no Porto. 

Nov. - Estreia-se na composição contemporânea com «Nocturno-Diurno», encomendada pelo sexteto de cordas AIEC, de Lille. 

1995 Jan. - É editado o seu primeiro disco de música contemporânea, "Monodia", que inclui cinco peças contemporâneas escritas entre 1986 e 1994 e interpretadas sob a supervisão do compositor. Para marcar bem a diferença de material em relação às suas gravações anteriores, o álbum é editado através do selo EMI Classics. 

Set. - Anuncia-se o regresso de Pinho Vargas aos estúdios de gravação, para um álbum de jazz em trio com a cantora Maria João e o seu saxofonista habitual José Nogueira. 

1996 Abr. (30) - E editado "A Luz e a Escuridão", gravado em Frankfurt com Maria João e José Nogueira. A par de temas inéditos, o álbum recupera ainda várias peças já gravadas em discos anteriores, casos de «Brinquedos» (de "Selos e Borboletas"), «Dinky Toys» (de "Outros Lugares") «Vilas Morenas» (de "As Folhas Novas Mudam de Cor") ou «Thelonious Schizo Sketch» (de "Os Jogos do Mundo"). 

Maio (4) - António Pinho Vargas apresenta-se ao vivo no Centro Cultural de Belém num concerto único com a participação de Maria João e José Nogueira para estreia ao vivo de "A Luz e a Escuridão". 

DISCOGRAFIA: 

1983 - Outros Lugares (LP, PolyGram). 

1985 - Cores e Aromas (LP, EMI-VC). 

1987 - As Folhas Novas Mudam de Cor (LP, EMI-VC). 

1989 - Os Jogos do Mundo (LP, EMI-VC). 

1991 - Selos e Borboletas (CD, EMI--VC). 

1995 - Monodia (CD, EMI Classics). 

1996 --A Luz e a Escuridão (CD, EMI-VC). 

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

António Mourão

 

António Manuel Dias Pequerrucho é o verdadeiro nome de António Mourão que viu a luz do dia, na vila do Montijo, a 3 de Junho de 1936. Foi dos poucos fadistas que trouxe para o fado, além de uma voz de belo timbre e extensão, um estilo sóbrio mas original de um dramatismo que, no início, era quase soluçante mas que, a pouco e pouco, devido à maturidade adquirida, se tornou versátil, ao ponto de estar tão à vontade no fado-canção como no folclore, ou até nas músicas inspiradas, mas profundas, de Alain Oulman e muito seguro, bom intérprete da poesia de Ary dos Santos, de Fernando Pessoa ou António Aleixo. 

Estreou-se na "Parreirinha de Alfama", mas passado pouco tempo, ao aceitar um convite para integrar, como atração nacional, o elenco da revista "E Viva o Velho", em 1965, no Teatro Maria Vitória, teve a rara oportunidade de cantar um fado de Eduardo Damas e Manuel Paião, que foi dos maiores sucessos que alguma vez saiu do Parque Mayer e é hoje um dos clássicos da música portuguesa, o sempre lembrado «Ó Tempo Volta para Trás». O sucesso foi tão grande que o público se deslocava propositadamente ao teatro para escutar este número na voz do seu criador que, entretanto, se situava já no primeiro lugar de vendas de discos no País. 

Dotado de uma excelente presença em cena, António Mourão foi várias vezes convidado como atração do teatro de revista, onde deixou bem marcadas as suas intervenções que sempre se traduziram em sucessos. Detentor de vários troféus e prémios de imprensa e da crítica, António Mourão, além dos espetáculos no continente é, ainda hoje, um incansável viajante, a convite das comunidades portuguesas
repartidas pelos quatro cantos do mundo.


DISCOGRAFIA: 
1968 - E Sempre Sucesso (LP, Decca).
1969 - Os Últimos Êxitos de António Mourão (LP, Decca).
1970 - Folclore das Provincias (LP, Decca). 
1971 - Meu Amor. Meu Amor (LP, Decca). 
1972 - Folclore (LP, Decca).
1973 - Se Quiseres Ouvir Cantar (LP, Decca). 
1974 - Fado e Folclore (LP, Decca). 
1975 - Pregão de Liberdade (LP, Decca). 
1976 - Cantigas Que a Gente Gosta (LP, Decca). 
1977 - Fado e Folclore 2 (LP, Decca). 
1978 - Canta o Amor (LP, Decca); O Nosso Folclore (LP, Decca).
1980 - Canto e Recanto (LP, Decca). 
1987 - Sucessos Populares (LP, Polydor). 
1992 - Temas de Ouro da Música Portuguesa (CD, Polydor). 
1994 - O Melhor dos Melhores(CD, Movieplay). 



sábado, 9 de agosto de 2025

António Menano

1895 - Nasce, a 5 de Maio, em Fornos de Algodres, na Serra da Estrela. 

1915 

- Mar. Já matriculado em Medicina, na Universidade de Coimbra, António Menano estreia-se em público num sarau organizado pela Associação Académica de Coimbra, com a participação da Tuna Académica e do Orfeão Académico. A reorganização que o orfeão sofre sob o Dr. Elias de Aguiar leva a que Menano seja nomeado solista e ensaiador do naipe dos primeiros tenores, passando igualmente a cantor «titular» de fados e canções nos espectáculos do orfeão. 

- Jun. (10) - Atua na festa de homenagem a Camões promovida pelos alunos do Liceu José Falcão, interpretando, em vez dos tradicionais fados de Coimbra, um trecho de "Os Lusíadas" musicado pelo Dr. Elias de Aguiar. Ainda neste ano, é publicada pela Livraria Neves a primeira edição musical com fados de autoria atribuída a António Menano, "Os Três Mais Lindos Fados de Coimbra". 

1918

- Abr. (29) - Manuel da Silva Gaio, secretário da Universidade de Coimbra, publica na revista "Ilustração Portugueza" um artigo rogando aos estudantes que não cantem fados de Coimbra mas sim cantigas populares. Este período coincide com um abandono por parte de António Menano dos fados de Coimbra, em favor de canções acompanhadas ao piano. 

- Jun. Conduzido à direção do Orfeão Académico, Menano atua nas Fogueiras de S. João interpretando novamente canções populares. 

1919 

- Dez. Organiza no Teatro Avenida, em nome da Associação Académica de Coimbra, um sarau musical cujo programa não inclui um único fado ou guitarrada. Pouco depois, uma proibição oficial de realização de serenatas acabará por ter o efeito oposto, provocando uma revitalização do género. 

1923 

- Abr. Já casado mas ainda não formado, participa na digressão do Orfeão e da Tuna Académica a Espanha, atuando em Salamanca, Madrid e Valladolid. Em Madrid, atua perante os reis de Espanha, acompanhado por Paulo de Sá e pelo seu irmão Alberto Menano, com tal sucesso que se vê forçado a fazer vários encores. 

1924 

- Jun. Atua em França integrado no Orfeão Académico, passando por Paris, Toulouse, Bordéus e Bayonne, cantando fados com Agostinho Fontes e acompanhado à guitarra por Artur Paredes. 

1925 

Conclui o curso de Medicina e passa a exercer clínica em Fornos de Algodres, a sua terra natal. 

1927 

Chega a acordo com a editora fonográfica parisiense Odeon para gravar em disco os seus fados de Coimbra. Menano gravará até 1929 várias dezenas de fados e canções que, publicados em 78 rpm, lhe granjearão grande popularidade e sucesso comercial. 

1929

É convidado pela Academia de Coimbra para integrar a Embaixada Artística enviada para atuar no festival oferecido aos reis de Espanha na inauguração do Pavilhão de Portugal da Exposição Ibero-Americana de Sevilha, composta ainda por Artur Paredes, Afonso de Sousa e Guilherme Barbosa. 

1933 

Parte para Moçambique para aí exercer clínica, abandonando a carreira artística. 

1956 

- Out. (22) Durante uma passagem por Lisboa, Menano dá um recital único no Instituto Superior de Agronomia, na Tapada da Ajuda, que apenas começa às duas horas da manhã e ficou lendário. 

1961

Regressa definitivamente a Lisboa. 

1967

 - (24) Atua nas escadarias da Sé Velha, em Coimbra, por ocasião da Serenata Monumental da reunião do Curso Jurídico de 1907-1912, do qual fazia parte o seu irmão Francisco Menano. 

Dez. 

(16) Faz a sua última apresentação pública, interpretando duas canções na inauguração da Galeria Rodin, em Lisboa. 

1969 

António Menano morre, a 11 de Setembro, na sua casa de Lisboa. 

1985 

Com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura, a EMI-Valentim de Carvalho publica um duplo álbum que reúne 24 das mais conhecidas gravações de Menano, editadas pela primeira vez em LP. O sucesso obtido por este disco leva à edição, alguns meses depois, de um segundo volume. 

1995 

Ago. - É editada em Portugal uma compilação realizada pela firma macaense Tradisom para a sua série Arquivos do Fado, compilada à revelia dos herdeiros do cantor a partir de discos de 78 rpm. 

Set. - E publicado pela EMI-Valentim de Carvalho o primeiro de três CD retrospetivos realizados a partir da coleção particular de 78 rpm do Eng.° Nuno Menano, filho do cantor, transferidos para DAT nos estúdios de Abbey Road, em Londres, e tratados com o sistema de restauro digital CEDAR Audio Restoration. O segundo volume é publicado no Natal de 1995, e o terceiro no Outono de 1996. 

DISCOGRAFIA: 

1985 - Fados de Coimbra (LP, EMI). 

1986 - Fados de Coimbra, vol. II (LP, EMI). 

1995 - Arquivos do Fado (CD, Tradisom); Fados (CD, Odeon); Fados, vol. II (CD, Odeon). 

1996 - Canções (CD, Odeon).