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quinta-feira, 21 de abril de 2016

Cantores dos Anos 80 - Paulo Pedro Gonçalves

Paulo Pedro Gonçalves fez parte dos Faíscas e dos Corpo Diplomático. Em 1980 é um dos fundadores dos Heróis do Mar.  Em 1983 começa a preparar o seu primeiro disco a solo.

A canção "Rapazes de Lisboa" foi composta por Paulo Pedro Gonçalves e escrita por Pedro Ayres Magalhães.

O disco inclui duas versões do tema: "Rapazes de Lisboa (Versão Urbana)" no lado A e "Rapazes de Lisboa (Versão Rural)" no lado B. "Rapazes de Lisboa" foi cantado pelo Paulo, que contou com a ajuda da Maria Paula e do Pedro nos coros.

Depois do fim dos Heróis do Mar lançou discos com os projectos LX-90, Kick Out The Jams e Ovelha Negra.

DISCOGRAFIA
Rapazes de Lisboa (Máxi, Fundação Atlântica, 1984)

Biografia retirada daqui

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Cantores dos Anos 80 - Paulo Gonzo

Alberto Ferreira Paulo (Paulo Gonzo) nasceu em 1 de Novembro de 1956. Em 1975 começou a sua carreira como co-fundador, compositor e vocalista da Go Graal Blues Band. Em 1984 decide iniciar a sua carreira a solo.

O primeiro single, "So Do I" , editado em 1985 pela Discossete - Materfonis, foi um enorme êxito. O tema era uma versão de um tema de T. Clark e C. Elves, editado sob licença da Plaza Records. O segundo single foi "Somewhere in the Night", dos mesmos autores.

Assina com a CBS que lança o LP "My Desire" em Outubro de 1986. O disco incluía versões de temas de Charlie Midnight, Dan Hartman, Daniel Lavoie e Jimmy Scott e ainda uma grande interpretação de "These Arms of Mine" de Otis Redding que foi o primeiro single a ser extraído do álbum.

Em meados de 1987 foi editado o single "Stay", com produção de Quico. O disco vendeu mais de 10.000 cópias.

Em 1988 é editado um máxi-single com os temas "My Girl", "She Knocks Three Times", "She Is My Song" e "Over There". No ano seguinte é lançado o maxi-single "Can´t Be With You", versão de um sucesso de Judy Boucher.

Participa no single "Maubere" da autoria de Carlos Tê e Rui Veloso.

Em 1992 é editado o CD "Pedras da Calçada" com produção de Luís Oliveira. O disco, cantado inteiramente em português, inclui temas como "Pedras da Calçada" (com letra de Jorge Palma), "Certos Caprichos da Lua" e "Jardins Proibidos".

Em Novembro de 1993 é publicada a colectânea  "My Best" com os seus maiores sucessos em inglês. Inclui os temas "Look At Me Now" (Jardins Proibidos) e "When You Cry" (Caprichos da Lua).

O álbum "Fora d' Horas", com produção de Frank Darcel, é editado em 1995.  O disco inclui letras de Pedro Abrunhosa ("Lugares" e "Acordar"), Rui Reininho e Pedro Malaquias.

Nos Prémios Blitz vence o prémio de melhor voz masculina sendo também nomeado para melhor artista masculino.

Em 1997, Paulo Gonzo lança a compilação "Dei-te Quase Tudo" que conseguiu a proeza de ser Sextúpla Platina. Os maiores sucessos deste disco são uma versão de "Jardins Proibidos", com a participação de Olavo Bilac, e "Dei-te Quase Tudo".

Em 1998 é editado o álbum "Suspeito" com produção de Frank Darcel e com uma participação especial de James Cotton (ex-trompetista de Miles Davis). É continuada a parceria de Paulo Gonzo com o letrista Pedro Malaquias e com Rui Reininho (em "Eco Aqui" e na adaptação de "These Foolish Things"). Outros temas são "Pagava P'ra Ver", "Ser Suspeito" e "Fogo Preso". O disco atinge o galardão de Platina.

"Ao Vivo Unplugged", gravado ao vivo nos Estúdios Valentim de Carvalho, é editado em 1999. O disco revisita uma grande parte do percurso a solo de Paulo Gonzo.  Como convidados aparecem o pianista Bernardo Sassetti, Rui Reininho em  "Coisas Soltas", Tim na versão acústica de "Chuva Dissolvente" e Zé Pedro toca em "Curva Fatal".

O álbum "Mau Feitio", gravado na Bélgica, é editado em 2001. Tito Paris e African Voices são alguns dos convidados deste disco.

Por ocasião do Mundial de Futebol da Coreia  e Japão lança o single "Mundial" [Mundial-Album Version-Paulo Gonzo/Now I'm Winning/Mundial (Instrumental)]. O tema foi incluído na compilação oficial do Campeonato do Mundo de Futebol de 2002.

Ainda em 2002 é lançado o single "Somos Benfica", com o hino que Paulo Gonzo compôs em parceria com António Melo e Rui Fingers.

Em Julho de 2003 é reeditado o disco "Ao Vivo Unplugged" com a inclusão de um DVD.

Em 2005 é editado o álbum "Paulo Gonzo" que é recebido friamente pelo público. É lançada uma segunda versão do disco com uma releitura do tema "Dei-te Quase Tudo", incluído na novela do mesmo tema, que transforma o disco num novo campeão de vendas.

Em 2007 é editado um disco e um dvd gravado ao vivo no Coliseu.

Em Novembro de 2007 é incluída uma compilação, "Perfil", com dois inéditos, entre eles uma nova versão de "Leve Beijo Triste" com a participação de Lúcia Moniz.

DISCOGRAFIA
My Desire (LP, CBS, 1986)
Pedras da Calçada (CD, Sony Music, 1992)
My Best (Compilação, Sony Music, 1993)
Fora d' Horas (CD, Sony Music, 1995)
Quase Tudo (Compilação, Sony Music, 1997)
Suspeito (CD, Sony Music, 1998)
Ao Vivo Unplugged (CD, Sony Music, 1999)
Mau Feitio (CD, Sony Music, 2001)
Ao Vivo Unplugged (CD+DVD, Sony Music, 2003)
Paulo Gonzo (CD, Sony/BMG, 2005)
Ao Vivo (CD, Sony/BMG, 2005)
Perfil (Compilação, Som Livre, 2007)

SINGLES
So Do I/So Do I (Versão Instrumental) (Single, Materfonis, 1985)--DMSG015
Somewhere in the Night (Single, Materfonis, 1985)--DMSG018
Somewhere In The Night/Somewhere In The Night (inst) (Máxi, materfonis, 1985) 
Somewhere in the Night (Máxi, CBS, 1986)
Ridiculous Love/Steamrollin' (Single, CBS, 1986)
These Arms Of Mine/Missing (Single, CBS, 1986)
Stay/All Over The World (Single, CBS, 1987)
My Girl/She Knocks Three Times (Máxi, CBS, 1988)
My Girl/She Is My Song (Single, CBS, 1988)
Can´t Be With You Tonight/If You Love Me (Máxi, CBS, 1989)
Caprichos da Lua (Single, Sony Music, 1992)
Jardins Proibidos (Single, Sony Music, 1993)
Acordar (Single, Sony Music, 1995)
Mundial (Single, Sony Music, 2002)
S.L.B. (Somos Benfica) (Single, Sony Music, 2002)

Colectâneas
Três Estórias à Lareira (1997) - Tema dos Povos Estranhos
Voz & Guitarra (1997) - Pedras da Calçada / Só
Noites Longas (1998) - Acordar (Alex S Sushi Style Mix)
XX Anos XX Bandas (1999) - Chuva Dissolvente

Biografia retirada daqui


sexta-feira, 1 de abril de 2016

Grupos Musicais dos Anos 80 - Opinião Pública

Os Opinião Pública formaram-se em 1981 como consequência do "boom" do rock português que teve o seu início com o "Chico Fininho" do Rui Veloso. 

Eram oriundos da zona de Lisboa. 

A banda era constituída por Carlos Estreia (voz e guitarra), Pedro Lima (guitarra), Luís Fialho (baixo e teclas) e Carlos Baltazar (bateria). 

Em 1981 concorrem ao Festival Só Rock, realizado na cidade de Coimbra, onde obtêm um dos primeiros lugares. O Festival foi ganho pela banda Alarme da Nazaré comandada por Carlos Cavalheiro. 

Esta boa classificação no Festival Só Rock (onde participaram bandas de quase todo o país) permitiu-lhes um contrato discográfico com a editora Rotação.

Nesse ano é editado o single "Puto da Rua", que contém no lado B o tema "Ela é Tua". 

Após terem sido incluídos na agência de espectáculos GRR (Grupos Rock Reunidos) na qual participavam os UHF, Xutos & Pontapés, NZZN e Iodo, a banda faz alguns espectáculos, nomeadamente efectuando as primeiras partes de vários concertos dos UHF (na época a banda com mais espectáculos em Portugal). 

Desse caminho conjunto entre os UHF e os Opinião Pública surge a ideia de convidar António Manuel Ribeiro para produtor do primeiro álbum da banda. 

Esse disco, intitulado "No Sul da Europa" mostra-nos uma banda com um som muito próximo da "new wave" e com algum potencial para vingar. 

Esse disco contém temas como "Na Terra", "Duplo Controle", Ritmo de Vida", "Walkman", "Cumprindo as Regras", "Subúrbio", "No Sul da Europa" e o tema "Puto da Rua" já anteriormente lançado em single. 

Para além da preocupação com a produção do disco, na sua componente musical, a banda preocupava-se em apresentar umas letras que revelavam uma forte consciência social e crítica a um certo estado de coisas em Portugal. 

O tema "Puto da Rua" conseguiu algum sucesso nas rádios nacionais e os Opinião Pública conseguiram, assim, alguma projecção. 

Tal facto não contribui, contudo, para que a banda tivesse continuidade. No mesmo ano de 1982 dava por terminadas as suas actividades, tal como aconteceria como muitas das bandas que surgiram nesta época. O mercado discográfico e de concertos começou a ressentir-se e a crise não tardaria. Apenas três ou quatro bandas conseguiram sobreviver. 

Hoje os Opinião Pública são quase desconhecidos para a maioria do público português, o que não significa que a sua música não seja procurada por especialistas em "powerpop", uma das diversas correntes musicais pós-punk. A banda é, aliás, considerada uma das grandes pérolas deste tipo de música, sendo inclusive referida em diversos "sites" da Internet, ligados a esta corrente musical. Os seus dois discos, em vinil (já que nunca foram reeditados em CD) são procurados como das grandes raridades musicais do rock português dos anos 80. 

DISCOGRAFIA
Puto da Rua/Ela É Tua (Single, Rotação, 1982)
No Sul da Europa (LP, Rotação, 1982)

COMENTÁRIOS
Os Opinião Pública são a única banda portuguesa a figurar nas compilações "Powerpearls" (com vários volumes editados) onde constam bandas internacionais dentro do espectro punk-powerpop dos anos 70 e 80. Aparecem mais propriamente no "Powerpearls Volume 6", com o já mítico "Puto da Rua" (és o esgoto da cidade, a procura nos rostos, por trás das máscaras). De realçar, que a capa do single "Puto da Rua" é talvez a melhor capa do rock português (também não é difícil eheheh), sempre se pode fazer algo com poucos recursos. http://www.punk-information.com/oo-oz.htm aqui estão os Opinião Pública No site http://punkmodpop.free.fr/ pode-se encontrar informações dos Opinião Pública, GNR e Street Kids.

NO RASTO DE...
Luís Fialho fez parte dos Entre Aspas.

Biografia retirada daqui

quinta-feira, 31 de março de 2016

Grupos Musicais dos Anos 80 - Ocaso Épico

Os Ocaso Épico foram formados em 1981 por Farinha (Carlos Cordeiro).

O tema "Memórias", gravado em 19 de Outubro de 1984, por Farinha (voz, guitarra, flauta, teclas), Alberto Garcia (bateria), Anabela Duarte (voz, performance e teclas), Ricardo Camacho (percussão) e Rui Magalhães (baixo), aparece na compilação "Ao Vivo No Rock Rendez-Vous em 1984" com o título "Intro".

São considerados a melhor banda ao vivo de 1984, em conjunto com os GNR, para o programa "Som da Frente" de António Sérgio.

Anabela Duarte sai do grupo em Março de 1985 após um concerto na sala do teatro "A Barraca".

Houve um ano em que foram o grupo que mais tocou no Rock Rendez-Vous. São convidados por Mário Guia (Dansa do Som, Rock Rendez-Vous) a gravar um disco. As gravações decorreram ao longo de vários meses. Mais do que um grupo funcionava antes como um projecto pessoal de Farinha Master.

O disco "Muito Obrigado" foi editado em 1988. No disco participaram Pedro Barrento, Rui Mofreita, Zé Nabo, Alberto Garcia, Rui Fingers, Ricardo Camacho e José Carrapato. 

Em 1989 foi divulgada a maqueta "Desperdícios" resultante de várias sessões de gravação. Um dos músicos participantes neste registo foi Carlos Zíngaro (também colaborador pontual de Zao Ten). "Experimentalismos ambientais, orientalices, um ou outro ritmo "industrial" e outras coisas acabadas em Zen. E o humor característico do Farinha Master em títulos como "Descarregar Proteína Animal", "Alvalóide", etc." (TP)

Aparecem na compilação "Insurrectos", que também incluía os Zao Ten, com "Uma Bica e um Neubauten".

O grupo continua a trabalhar sendo de destacar, neste período, temas como "Sonic Yuppie" e "Atalaia". O grupo para pouco tempo depois.

Em Junho de 1993 realizou-se o concerto de regresso, na Caixa Económica Operária, com primeira parte dos Subterfúgio. No entanto, o grupo apresentou-se sem Farinha (Dr. Zao Ten) que ficou retido em casa devido a uma gripe.

Mário Guia chega a anunciar a entrada em estúdio dos Ocaso Épico, prevista para Janeiro de 1995, para a gravação de um segundo disco mas tal não se concretizou.

DISCOGRAFIA
Muito Obrigado (LP, Dansa do Som, 1988)
Desperdícios (K7, Tragic Figures, 1989)

Colectâneas
Ao Vivo No Rock Rendez-Vous (1984) - Intro
Insurrectos (1990)  - Uma Bica e um Neubauten 
Feedback (1990) - Entre Barreiras / D. Suzete
Corrosão Cerebral (1992) - M. Obx

COMENTÁRIOS
Nascido em 1957, Farinha estudou engenharia no Instituto Superior Técnico, cedo integrando múltiplas actividades artísticas, de onde se destaca o ter tocado gaita de foles e stylofone num grupo de música popular. Estudou guitarra, flauta e voz no Hot Clube e fez teatro no Centro Cultural Roque Gameiro e circo no Chapitô (chegando a apresentar peças de teatro no Teatro da Comuna com este grupo num espectáculo de teatro-circo de Henrique Tenreiro). A sua produção teatral rendeu-lhe o primeiro sintetizador, comprado com dinheiro que fez de um espectáculo. Paralelamente a estas actividades perfomáticas, foi sempre praticando e interiorizando filosofia oriental. Em 1976, fez yoga no Centro Tibetano da Ogian Centre e, em 1980, estudou filosofia yin-yang no Instituto Kuchi. Mas foi na música que a sua influência  foi mais marcante e a sua actividade mais continuada. O seu primeiro grupo de pop-rock surge em 1980 e chamava-se "WC", integrando elementos como Anabela Duarte e Manuel Machado, companheiros também de grupos posteriores, e onde explora a guitarra, a flauta e a voz.

Em 1981, forma os emblemáticos "Ocaso Épico", que marcaram inequivocamente a música pop dos anos 80. Ligados para sempre ao apogeu do Rock Rendez-Vous, foram uma das bandas que mais actuações ao vivo realizou naquela mítica sala de concertos. Em 1988, lançaram o disco "Muito Obrigado", editado pela Dansa do Som. Todas as letras e músicas foram compostas pelo Farinha e os músicos que participaram foram : Pedro Barrento, Rui Moreita, Zé Nabo, Alberto Garcia, Rui Fingers, Ricardo Camacho e José Carrapato, e com a colaboração de Mário Guia na gravação. 

A banda Ocaso Épico surge em Portugal no início dos anos 80 , como um paradigma da nova música portuguesa criando um espaço nunca antes habitado do folclore português com cariz industrial. Para quem conhece o tema "Intro" do Lp ao vivo no saudoso Rock-Rendez-Vous poderá concerteza descortinar que este foi o berço de muitas ideias novas para a sonoridade da música moderna lusitana, com letras em português, cantadas também em tonalidades de "phado" por Anabela Duarte e em dueto com o cantar alentejano do Carlos Cordeiro/Farinha Master (já desaparecido mas aqui a ser recordado com saudades daquilo que ele fez e do que poderia ainda ter feito para estilhaçar a água do pântano ou marasmo do panorama musical português.

«Já devia ter gravado o disco, mas não estava preparado. Tem muito a ver com a carga karmica, que é o fio condutor de acções que originam reacções, reacções que originam acções...O que eu te sei dizer é que já faço yoga há 15 anos...» Blitz nº 200 (30/08/88)

NO RASTO DE
Farinha (Carlos Cordeiro) faleceu em 18 de Fevereiro de 2002. À altura da sua morte liderava os Angra do Budismo, projecto fundado em 1999, do qual faziam parte Luís Bernardo (guitarra eléctrica), Sabini (baixo) e Sara Belo (voz) e que lançaram a maqueta "TransMutação". Nos anos 90, Farinha participou ainda em projectos como "Zaoten", ao lado de nomes como os do violinista Carlos Zíngaro e João Sampaio, "The Pé" e "K4-Quadrado Azul". É ainda de referir a sua produção musical para cinema de animação, onde fez música para dois filmes de António Rocha. (Público).

 Ricardo Camacho e Alberto Garcia surgem ligados à banda, mas apenas como colaboradores temporários. (JN) O baterista Alberto Garcia tocou com os Rádio Macau. Rui Fingers fez parte dos V12.

A única ligação de Manuel Machado à música verifica-se apenas quando toca com o filho. Rui esteve na Bélgica, voltou a Portugal, mas não está ligado à música. Por seu lado, Paulo reside no Canadá, onde continua a actividade musical. (JN) Manuel Machado fez parte da primeira formação dos Angra do Budismo.

José Paulo Andrade foi guitarrista dos V12. Com o seu projecto Gamma Ray Blast lançou o EP "5 Dimensões".

erro! é um projecto musical de João Palma com um passado musical em bandas como Zao Ten, Ocaso Épico, Profilaxia e Feijão Freud.

Biografia retirada daqui