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segunda-feira, 26 de maio de 2025

Amália Rodrigues - Parte 9

1988 Jan. Inicia-se a transferência do catálogo de Amália para CD com a edição de "Com Que Voz". 

Ago. São editados pela primeira vez em CD "Folclore à Guitarra e à Viola" e "Encontro com Don Byas". 

1989 Jul. São editados pela primeira vez em CD "Asas Fechadas", o célebre álbum "Busto" e "Amália Canta Portugal". 

Dez. Comemorando os 50 anos de carreira de Amália, a EMI-Valentim de Carvalho edita Amália 50 Anos, uma coleção de oito duplos álbuns ou CD temáticos agrupando muitas das gravações de Amália para a companhia, entre os quais várias raridades e gravações inéditas. 

1990 Nov. (1) Amália atua no Town Hall de Nova Iorque, num concerto que é filmado pelo realizador português radicado nos EUA, Bruno de Almeida. É editado "Obsessão", o primeiro álbum de material original e inédito de Amália em sete anos, composto por temas gravados durante o interregno. 

1991 Nov. (10) É editada a cassete de vídeo «Amália Live in New York City», registo do concerto do Town Hall de Novembro de 1990. 

1992 Jul. (7) São editados pela primeira vez em CD "Cantigas da Boa Gente" e "Fado Português". 

(14) E editado pela primeira vez em CD "Oiça Lá ó Senhor Vinho". 

Ago. (18) É editado pela primeira vez em CD "Amália no Café Luso". 

Nov. (10) É editado pela primeira vez em CD "Amália Fado". 

(17) São editados pela primeira vez em CD "Maldição" e "Cantigas numa Língua Antiga". 

Dez. (10) É editado o CD "Abbey Road 1952", que reúne a totalidade das primeiras gravações realizadas por Amália para a Valentim de Carvalho nos estúdios de Abbey Road, em Londres. 

1993 Nov. Grava, com acompanhamento de Jorge Fernando e Mário Pacheco, dois duetos com o cantor napolitano Roberto Murolo, para inclusão no novo álbum daquele artista, "Anima i Cuore", editado em Itália em 1994 pela PolyGram. 

1994 Set. Anuncia-se que Amália terá regressado a estúdio para gravar um novo álbum de material inédito, produzido por Jorge Fernando e contando com participações de João Gil, António Pinho Vargas e Mário Pacheco. 

Nov. Anuncia-se que um novo álbum de Amália não será afinal editado este ano, devido a problemas legais relacionados com a autorização de uma poesia de Cecília Meireles gravada pela cantora. 

Dez. (11) Atua ao vivo no Coliseu de Lisboa. Alertada por vários relatos jornalísticos a EMI Valentim de Carvalho, editora de Amália, pede uma peritagem técnica ao tema "Fado" incluído no LP "Sex and Death" do grupo inglês The Durutti Column, por suspeitar que o tema inclui um sample não autorizado da voz de Amália. Contudo, o assunto não volta a ser mencionado na imprensa ao longo dos, meses seguintes. 

1995 Jan. (16) E editado em Portugal o álbum de Roberto Murolo "Anima i Cuore" que inclui dois duetos com Amália. 

Jun. (20) É editada pela primeira vez em CD a compilação "Estranha Forma de Vida - O Melhor de Amália". Apesar de atingir altas posições nos tops e de vender cerca de 25 mil exemplares ao longo dos meses seguintes, a edição em CD acaba por não repetir o sucesso estrondoso do lançamento original em LP. A RTP transmite, ao longo de uma semana, a série documental «Amália — Uma Estranha Forma de Vida», cinco episódios de uma hora, dirigidos por Bruno de Almeida, incluindo muitas imagens de arquivo provenientes dos cinco cantos do mundo e nunca antes exibidas em Portugal, entre as quais a estreia de Amália na TV americana, no programa de Eddie Fisher. 


domingo, 25 de maio de 2025

Talking Heads

 


Marc Almond


 

Tina Turner

 


Ali Campbell - UB40


 

UB40


 

Tears For Fears


 

Roland Orzabal - Tears For Fears

 


Curt Smith - Tears For Fears


 

New Order


 

Paul Young


 

Paul Young


 

Pet Shop Boys


 

Elton John


 

ZZ Top


 

Anita Guerreiro


Anita Guerreiro é o nome artístico de Bebiana Guerreiro Rocha Cardinalli. Nasceu em Lisboa a 13 de Novembro de 1936. Em 1953, concorreu ao "Tribunal da Canção", rubrica do programa «O Comboio das Seis e Meia», destinado a revelar novos valores. Foi apurada, mas Marques Vidal, impressionado com o talento da «miúda», retirou-a da competição e apresentou-a já como artista. A sua voz poderosa tinha as características ideais para o teatro de revista. O seu jeito comunicativo fazia o resto. Em 1955, em Fevereiro, estreou-se no teatro, na revista "Ó Zé Aperta o Laço". 

E assim começou uma carreira que conta no ativo com mais de 40 revistas, entre as quais, "Fonte Luminosa", "Cidade Maravilhosa", "Há Festa no Coliseu", "Mulheres de Sonho", "Festa é Festa", "Curvas Perigosas", e "Pernas à Vela". Na temporada de 1969/70, foi-lhe atribuído o Prémio Estevão Amarante, pela sua participação nas revistas "Peço a Palavra" e "Prato do Dia". 

Na mesma altura, criou o seu maior sucesso de sempre, «Cheira a Lisboa», hoje um dos clássicos da música ligeira, da autoria de César de Oliveira e Carlos Dias. Inexplicavelmente, após esse reconhecimento dos seus méritos, Anita Guerreiro esteve afastada durante 10 anos do teatro. Regressou em 1982 na revista "Há mas são Verdes", onde criou os seus últimos escritos «Hermínia de Lisboa» e «Calçadinha à Portuguesa». 


André Sardet

1976 - Nasce a 8 de Janeiro em Coimbra, onde estuda Mecanotecnia, mas a paixão pela música é mais forte. Aos 14 anos integra os Factor X, como vocalista. O grupo não singra e resolve encetar uma carreira a solo. 

1994 - Entra para o Conservatório de Coimbra, onde frequenta o curso de canto, e matricula-se no curso de Engenharia Mecânica da Faculdade de Tecnologia da Universidade de Coimbra. Compõe as primeiras canções, enviando-as às grandes editoras discográficas. A Sony recusa-o. 

1995 - A PolyGram assina contrato. 

1996 - Entre Janeiro e Março grava nos Estúdios Gravisom o álbum de estreia, "Imagens", que viria a ser editado em Setembro. Produzido por Filipe Larsen, nele participam Vivianne, dos Entre Aspas, e o sax-tenor Ernie Watts. Rotulado como «Rui Veloso do pop», o single «O Azul do Céu» goza de apreciável airplay nas rádios. O álbum inclui também uma versão de «Frágil», de Jorge Palma, e um inédito de Kika Santos, dos Blackout, «Cantarei Mil Histórias». 

Anamar

1983 - Grava o primeiro álbum da sua carreira, "Cartas de Portugal", para a Fundação Atlântica. O disco nunca chega a ser editado. Com direção musical do baixista e mentor dos Heróis do Mar, Pedro Ayres de Magalhães, tem letras assinadas por nomes como Miguel Esteves Cardoso e Paulo Bidarra. Do álbum é extraído um single, contendo «Baile Final» e «Lágrimas». Anamar é apresentada como cantora fatal, num registo até aí nunca tentado em Portugal. Os Heróis do Mar, que estavam no auge, após o lançamento de "Amor", no Verão de 1982, eram a expressão máxima de um núcleo que, em torno do então crítico do Sete Miguel Esteves Cardoso - era o tempo das «Bolas para o Pinhal» - e Pedro Ayres mudara o mapa estético e ideológico da música portuguesa, afirmando a rutura com as correntes oriundas da esquerda revolucionária ou da cultura freak, ainda presente, já que apenas se generalizara em Portugal após o 25 de Abril. Um pensamento nacionalista e de direita, aliado à enorme lucidez musical de ambos, fundamentado de forma mais consistente do que as correntes rivais, organizava a mudança e procurava em Anamar um novo rosto, após a tentativa falhada de «Foram Cardos, Foram Rosas», escrita por Esteves Cardoso para a voz de Manuela Moura Guedes. O dono do Frágil é outro grande impulsionador da carreira da cantora e produz, nesse ano, o espetáculo «Alana», com música de um ilustre desconhecido: António Emiliano. Anamar tinha o look certo, mas faltava-lhe a voz para dar credibilidade ao projeto construído em seu redor. 

1984 - Apresenta-se para um grande espectáculo no Coliseu, fortemente apoiado pela imprensa. O concerto, porém, é um fracasso. Anamar não vence o teste do palco e a afluência do público não é a esperada. A carreira da cantora sofre um duro revés e será retomada já com novos companheiros de estrada. Novo espetáculo produzido por Manuel Reis, no Frágil, com António Emiliano: «Coproduction». 

1986 - Na Ama Romanta, de João Peste, Anamar grava um maxi com as canções «Amar por Amar», «Ana» e «Roda». Esta última será integrada na coletânea "Divergências", também editada pela Ama Romanta. Nuno Rebelo, dos Mler Ife Dada, é o diretor musical de um trabalho onde se ouvem Emanuel Ramalho, hoje nos Delfins, e Pedro Caldeira Cabral. 

1987 - Segundo álbum, "Anamar", primeiro para a PolyGram, com produção de Emanuel Ramalho e Jorge Barata e a participação de Nuno Rebelo. O clássico «Canção do Mar», de Frederico de Brito e Ferrer Trindade, é uma das surpresas. 

1989 - Um novo silêncio de três anos precede o terceiro álbum de Anamar, "Feiabonita" (PolyGram) que conta agora com a direção musical do guitarrista José Peixoto. Músico de excepção, oriundo da área do jazz e já então com uma longa folha de serviços ao lado de cantores como Janita Salomé, José Peixoto divide-se pelas guitarras e programação de ritmos, num trabalho onde participam ainda Nuno Rebelo e outro guitarrista, Mário Delgado. «Feiabonita» é o single e a canção para as rádios de um disco onde se podem ainda ouvir «Ilha», «Afinal», «Santa Negra Virgem das Viagens», dedicada à raça cigana, «Lav», de João Peste, «António Variações», «Magia», «Há Coisas Assim» e «Larga-me da Mão». E a última gravação de Anamar, que posteriormente retoma as suas funções de Cérbero (porteira), agora no Alcântara. 

1997 - Regressa aos palcos num concerto na Estufa Fria, em Lisboa, onde apresenta apenas novas canções. Depois de negociações com a MCA, acaba por editar o álbum "M", pela BGM. 


sábado, 24 de maio de 2025

Ana Faria

Ex-vocalista do projeto de música tradicional Almanaque, Ana Faria arrancou para uma carreira a solo no início da década de 80, tendo ficado conhecida pelo seu timbre de voz bastante personalizado. Contudo, seria o projeto infantil "Brincando aos Clássicos" que lhe traria o sucesso público e crítico, adaptando letras infantis a excertos conhecidos de obras da música erudita. A sua carreira será a partir daí vocacionada exclusivamente para o público infantil, primeiro em nome próprio e, após o sucesso do álbum "Queijinhos Frescos", também com um grupo infantil formado pelos filhos de Ana e de Heduíno Gomes, um ex-militante da extrema-esquerda e depois do PSD, os Queijinhos Frescos. Um regresso à gravação em nome próprio com um disco para adultos antecipará a retirada de Ana Faria do olhar público, limitando-se ao trabalho de bastidor, supervisionando, tal como já o fazia com os Queijinhos Frescos, a linha de produção infantil da CBS, entretanto transformada em Sony Music, composta pela Onda Choc, Popeline e Ultimatum. 

DISCOGRAFIA: 

1982 - Brincando aos Clássicos (LP. Rádio Triunfo)

1984 - Se Eu Soubesse Que Voando (LP, CBS); Queijinhos Frescos (LP, CBS)

1986 - A Festa Vai Começar (LP, CBS)

1987 - O Luís já Foi a Paris (LP, CBS)

1989 - Brisa do Sul (LP, CBS)