1949 - António Manuel Sala Mira Gomes, nasce em Vilar de Andorinha, Vila Nova de Gaia, a 14 de Janeiro. Vem para Lisboa ainda miúdo e instala-se com a mãe numa casa antiga. É no piano existente a um canto da casa que António aprende a tocar as melodias que ouve na rádio.
1960 - Compõe a sua primeira canção, «Sereia», que nunca chegou a gravar.
1965 - Compõe «Recordação de Amor» que consegue convencer Shegundo Galarza a ouvir. Pouco depois, o famoso orquestrador grava a canção com a cantora madeirense Cecília Cardoso.
1966 - Forma os Fachos, conjunto pop «yé-yé» cujo repertório inclui essencialmente versões de sucessos dos Shadows e dois ou três temas originais. Forma os Argonautas, conjunto mais virado para o rock'n'roll de Bill Haley e Elvis Presley. Entretanto, começa a trabalhar na Rádio Graça, dos Emissores Associados de Lisboa, como técnico de som. No final da década de 60, profissionaliza-se como realizador e locutor a tempo inteiro apresentando, diariamente, entre as 6 e as 8 horas da manhã o programa «Olá como Estão».
1969 - Participa em coros de Igreja, onde canta temas gospel e forma, com mais oito dos elementos do coro de 60 pessoas que integra, o grupo Maranata. Reduzida a seis elementos, a formação definitiva dos Maranata inclui Miguel Baião, Miriam Selembier, Salete, Enoque, António Sala e Elizabete com quem António casará dois anos depois. Ainda em 1969, os Maranata gravam para a Musicord o seu primeiro disco - uma versão do espiritual negro He's Ever'thing to Me.
1971 - "Vem e Canta" é o titulo do primeiro álbum dos Maranata.
1975 - Começa a apresentar na Rádiodifusão Portuguesa, RDP, o «Programa da Manhã». Depois de ter actuado várias vezes na televisão como cantor, António Sala estreia-se como apresentador de televisão no programa «Música Maestro» do 2.° canal. Este programa assinala o início de uma carreira na RTP que incluirá a apresentação de programas como «Ou Vai ou Taxa», «Foguete», «Você Decide», «Palavra Puxa Palavra», «Quem é o Quê» e «1, 2, 3». Em simultâneo com a sua participação nos Maranata, António Sala inicia uma carreira musical a solo com a edição do single «Recado de Telex».
1977 - Os Maranata lançam o álbum "Cores da Música".
1978 - António Sala estreia-se na Rádio Renascença diariamente entre as 10 e as 12 horas com o programa «Nem mais nem menos».
1979 - Assina com Vasco de Lima Couto um dos maiores sucessos de música portuguesa deste ano «Zé Brasileiro Português de Braga» interpretado por Alexandra. Como compositor, António Sala continua a escrever, nos anos que se seguem, muitas vezes sob o pseudónimo de Manuel Bernardo, alguns dos maiores sucessos de cantores como Alexandra, Rodrigo, Clemente, Ana, Sérgio e Madi, Simone, Cidália Moreira, José Malhoa e Nuno Henrique. Afastando-se um pouco das adaptações de clássicos, Bach e Mozart, com secções rítmicas, os Maranata começam este ano a gravar músicas originais de António Sala e Miguel Baião quase sempre para poemas de Vasco de Lima Couto. "A Velha Estrada" é o primeiro original dos Maranata a conseguir um Disco de Prata, galardão que voltarão a receber pelas vendas do single «Aleluia» - a versão portuguesa do tema israelita que vencera nesse ano o Festival da Canção. Ainda em 1979, António Sala começa a apresentar e realizar todas as manhãs, entre as 7 e as 10 horas, na Rádio Renascença, o programa «Despertar» que se tornará no programa mais popular da rádio portuguesa.
1980 - E editado "Maranata", o último álbum deste grupo vocal. Neste mesmo ano, António Sala ganha, com Alexandra, no Festival RTP da Canção, o Prémio de Melhor Intérprete, ex-aequo com José Cid.
1982 - O single «Caminhos», dos Maranata, um tema composto com base na 4•a Sinfonia de Mozart, atinge a marca de Disco de Ouro. Ainda em 1982, ao fim de uma carreira de 10 anos, recheada com 34 singles, três álbuns e centenas de espectáculos em Portugal e no estrangeiro, os Maranata separam-se. António Sala continuará a gravar a solo e actuar ao vivo por todo o mundo.
1983 - Uma sondagem publicada pelo semanário "Expresso" elege António Sala como a figura mais popular do País, estatuto habitualmente atribuído a Mário Soares. Neste mesmo ano, Sala estreia-se como autor de programas de televisão, ao lado de Carlos Paião e Luís Arriaga, em «O Foguete».
1984 - Lança o seu primeiro livro de anedotas "Dicionário de Anedotas" que se torna um verdadeiro best-seller e edita o álbum "Segredos", produzido pelo maestro José Calvário, disco que interpretará ao vivo num espectáculo realizado em Lisboa, no Teatro São Luís.
1986 - Lança o seu segundo livro de anedotas, "Anedotas de Sala". A convite de José Nuno Martins, realiza no Loucuras, em Lisboa, com a Orquestra da Felicidade do Brilho e da Glória, um espectáculo ao vivo em que o repertório é exclusivamente constituído por boleros. Comemora 20 anos de carreira com espectáculos nos Coliseus do Porto e de Lisboa em que conta novamente com a colaboração da Orquestra da Felicidade do Brilho e da Glória, mas em que não se limita a cantar boleros. O espetáculo de Lisboa tem como convidada principal Amália Rodrigues.
1987 - Lança o álbum "Bons Velhos Tempos", parcialmente constituído por boleros e em que participa também a Orquestra da Felicidade do Brilho e da Glória.
1988 - No "Festival Internacional dos Pequenos Cantores" ganha o prémio de melhor poema atribuído a «Zacatraz».
1989 - Lança o álbum "Microfone e Voz" para o qual tinha começado a trabalhar, no ano anterior, com Carlos Paião, antes do falecimento do músico em Agosto de 1988. Após uma pausa de vários meses, em 1989 António Sala recomeça a trabalhar em "Microfone e Voz" com Luís Filipe que passaria a produzir todos os seus discos.
1992 - Passa a exercer na Rádio Renascença o cargo de director de programas do Canal 1. Edita o single «Timor História de Um Povo», depois de ter ficado impressionado com o poema desta composição de Dinis da Fonseca.
1993 - Lança o álbum "Histórias" que inclui um inédito de Carlos Paião — uma canção sobre Lisboa intitulada «Pecado Capital».
1996 - Edita no final do ano a coletânea "Trinta Anos de Carreira" cujas vendas atingem, em poucas semanas, o Disco de Ouro.
1997 - Regressa aos microfones da Rádio Renascença, ao programa «Despertar», após uma longa ausência em consequência de uma delicada operação a um tumor benigno no ouvido, feita nos Estados Unidos. Em Maio, no Coliseu de Lisboa, realizou-se um espectáculo comemorativo dos seus 30 anos de carreira, pouco antes de ter abandonado o «Despertar».



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